Tradução: Como elas não sabem?

  Louisville, E.U.A - 20 de agosto, 09h55

Louisville High School é exatamente como os filmes falam o que é uma escola americana. Existe os grupos dos populares, o grupo do jornal da escola, e o grupo de proteção ambiental. E estes por serem os únicos três grupos da escola, eles se odeiam odeiam sem motivo algum, como posso saber disso se sou nova na escola? Simples, em toda escola é assim, e também Reyna já me alertou sobre elas.

Reyna é uma das que não se encaixam em nem um dos grupos, sendo assim, acaba virando um Zé ninguém para eles.

– Piper, essa é a quadra da escola, e aonde fico no intervalo - diz ela averiguando o local com seus olhos castanhos claro. – E como você tem a próxima aula aqui, pode ficar comigo.

Reyna e eu passamos as primeiras aulas na mesma sala, apenas porquê segundo ela, é um plano da escola para eu não me sentir sozinha. Quando havia chegado na escola, ela estava esperando-me para apresentar a escola. Simples. Pode parecer estranho, mas nesse pouco tempo em que fiquei com ela, posso dizer que ela será uma grande amiga.

– Sabe Reyna, eu não sou de conversar com as pessoas no primeiro dia de aula. – digo nervosa

– Tudo bem. Sei como é ficar se mudando – diz ela enrolando seu cabelo castanho claro em um coque – Por isso me inscrevi nesse programa da escola.

– Você se muda muito por que? – Pergunto curiosa.

– Trabalho da minha mãe – responde ela – Ela tem que ficar se mudando para lá e para cá, então, é por isso. E você?

– Então... É um pouco estranho – mordo meu lábio em vergonha.

– Vamos lá Piper - diz ela pegando um pedaço de seu lanche e jogando em mim – Eu te contei, agora a sua vez.

– Ta. Tudo bem. Mas não desperdice mais comida, ok? – digo cruzando os braços. Ela ri e depois concorda. – Minha mãe também. Mas não é por causa do trabalho, e sim porque a cada namoro que ela termina, nos mudamos de cidade.

– E ela termina muitos namoros? – pergunta ela curiosa.

– Você não faz ideia – respondo – Cada cara idiota que ela namora.

– Bom, pelo menos, eu acho, que ela nunca namorou um Jason Grace. – diz ela como um desabafo.

– Quem é Jason Grace? – pergunto.

Antes de responder, a porta do ginásio é aberta com forca, Reyna e eu olhamos para aquela direção, e vimos entrando um casal de mão dadas, depois que eles fecham a porta, vejo-os agarrarem um ao outro.

Reyna puxa-me rapidamente para trás da arquibancada, onde podemos ver o casal ainda se comendo

– Aquele é Jason Grace¹ – responde Reyna.

– Ok, mas por que estamos aqui atras da arquibancada? – olho-a curiosa.

– Quero ver uma coisa – responde ela sussurrando com raiva.

– Tudo bem – sussurro.

– Por que não dizemos para todos que estamos namorando, Jay? – pergunta a garota assim que larga dele.

– Gatinha, eu já te expliquei isso – diz ele sentando na arquibancada e ela ao seu lado – Estou na temporada de jogos decisivos para a escola, e o treinador não quer que eu namore para não ser uma distração para mim.

– Tudo bem – diz ela manhosa – É que é difícil ver todas de olho no meu Jay.

– Ele não e só seu não, queridinha – diz Reyna num sussurro, encaro-a e ainda sem me olhar ela sussurra:

– Te conto depois.

Depois de um bom tempo, a garota sai da quarta deixando Jason - acho que é Jason - sozinho.

– Olha, alguém esqueceu o lanche aqui! – Diz ele pegando o lanche de Reyna nas mãos e mordendo um pedaço.

– Meu Deus! – exclama Reyna – Meu lanche! Vou morrer de fome.

– É só um lanche, Reyna. – explico

– Não é só um lanche – sussurra ela – É a minha vida

Reviro os olhos com o drama de Reyna, enquanto isso, uma garota loira entra na quadra e vai em direção a Jason o beijando.

Olho para Reyna indignada, ela apenas me olha com um olhar de: "Eu falei".

– Jay, por que mesmo que ninguém pode saber do nosso namoro? – pergunta a garota.

– Gatinha, eu já te expliquei isso – diz ele dando vários selinhos – Estou na temporada de jogos de basquete, e o treinador não quer que eu namore para não ser uma distração.

– Eu já ouvi isso, você já ouviu isso também, Reyna? – pergunto irônica.

– Já, já sim, Piper - diz ela no mesmo tom – E você não imagina o quanto!

Enquanto esperávamos o pessoal se beijar, Reyna conversava com um amigo seu, e eu fiquei encarando Jason. Como as garotas não percebem?

– Eu tenho que fazer uma entrevista com a garota nova da escola – diz a loira – Tenho que procura-la e etc. Tenho que ir meu chuchu.

– Ate mais tarde gatinha. – diz ele sentando-se na arquibancada novamente – vou ficar aqui, para esperar o treinador.

– Tem mais uma? – Pergunto para Reyna, quando lembro-me que e o professor de educação fisica - leia-se também, treinador de basquete - havia passado mal, e teve que ir para o hospital.

– Se duvidar, mais seis.

Logo depois que a loira saiu, uma morena com o uniforme do time das lideres de torcida entra, e já o agarra. Poxa, nem um oi?

Depois de um tempo, eles se sentam na arquibancada. Não como pessoas normais sabe, ela no colo dele.

– Eles estão quase fazendo... Coisas aqui! – reclamo para Reyna.

– Silena sempre foi assim – responde Reyna.

Depois de um bom tempo esperando o ar acabar para aqueles dois, Reyna teve uma brilhante ideia.

Pppruuuf ²

Seguro-me para não rir da cara dois assim que se separaram.

– Jason, foi você que vez isso? – Pergunta a garota com uma voz de nojo

– Eu juro que não fui eu – responde ele.

Pruuuff

– Jason! - exclama ela – Seu porco. Não poderia esperar até eu sair não?

– Mas não fui eu, gatinha – diz ele nervoso.

Pruf pruf pruffff

– É seu aquele lanche ali? – Pergunta a garota

– Não. Já tava ai quando eu cheguei – responde ele – Eu só comi um pedaço.

– Jason, você comeu um lanche desconhecido? – a garota pergunta levantando do colo de Jason

Pruuuuuuuuuuf

– Sim – responde ele.

– Meu Deus, Jay – exclama ela – vai na enfermaria pedir um remédio que eu acho que você comeu um lanche estragado.

Logo apos os dois terem saído da quadra, olho para Reyna que mostra-me seu celular rindo.

– Aplicativo de Peido - diz ela rindo - Não me pergunte o porquê eu tenho, não saberei como lhe responder.

Começamos a rir que nem umas doidas e saímos de trás da arquibancada e sentamos aonde estávamos anteriormente.

– Não está estragado – diz ela mordendo um pedaço de seu sanduíche

Paramos de rir depois de alguns minutos. Escaro Reyna e pergunto:

– Como elas não sabem?

– Simples. Ele pega garotas diferentes que nunca se falariam na vida – diz Reyna explicando – Assim, nem uma saberia uma da outra.

– Como sabe disso? – pergunto curiosa – Ahhhh...

– Sim, e se algum dia alguém quiser se vingar de Jason – diz ela – eu quero ajudar.