You're my Downfall escrita por Another Wendy


Capítulo 8
Capítulo 7 - Remember Me


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, peço desculpas pela demora, estava viajando e a inspiração resolveu sumir :c
Agradeço a todos que estão comentando e acompanhando a fic, isso me dá forças para continuar ♥
Espero que gostem do capítulo e digam o que acharam e o que esperam para o próximo!!



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Passei o dia inteiro imersa em pensamentos, e quase cometi erros em cálculos que seriam absurdos.

— Bella, você está bem? – Rosalie perguntou virando-se para trás, visivelmente preocupada.

— Estou, só tem acontecido muitas coisas ultimamente... – Respondi respirando fundo e rasbicando uma das folhas de meu caderno. Estávamos perto do final das aulas e Rosalie também não parecia bem, o que me fez pensar duas vezes em perguntar o que havia acontecido, depois do episódio pela manhã.

Assim que saímos da sala Jasper nos esperava do lado de fora com um grande sorriso nos lábios. Eu adorava vê-lo sorrindo, admito, mas havia algo errado ali, como se não fosse o sorriso certo.

Quando finalmente chegamos do lado de fora da escola, Rosalie congelou no meio do estacionamento, fazendo com que trombássemos os três uns nos outros. Quando abri a boca para resmungar com a mesma, também fiquei chocada com o que estava vendo.

James estava parado em frente ao seu carro abraçado com uma mulher ruiva, muito bonita por sinal, com grandes ondas moldando seu rosto bem delineado. Ela usava um vestido preto até o final das coxas e saltos também pretos, deixando claro que não era nenhuma aluna. O pior de tudo foi ver que ambos combinavam perfeitamente.

Rosalie não se moveu de forma alguma, e quando toquei em seu ombro para tirá-la dali ela tentou correr, mas logo próximo ao seu carro tropeçou nos próprios pés e caiu de joelhos no chão. Todos começaram a prestar atenção na cena, algumas meninas até riam, e antes que eu ou Jasper pudéssemos alcançá-la, alguém jogou uma jaqueta por cima de seus ombros finos e puxou-a para cima, abraçando-a enquanto a mesma escondia o rosto em seu peito.

— O que ele pensa que está fazendo? – Jasper sussurrou já se armando para ir até os dois, mas parei-o imediatamente, encarando a cena. Rosalie agarrava-se à camisa de Emmett enquanto chorava excessivamente. Nunca havia visto a loira se abrir assim com nenhuma pessoa se não comigo ou Jasper, e ele pareceu perceber isso também, pois aparentava estar tão surpreso quanto eu.

Olhei em volta com os braços cruzados e todos desviaram os olhares, entrando em seus carros. Por alguns segundos peguei-me procurando um carro que talvez pudesse estar ali, mas não havia nenhum volvo prata no local, o que me fez ficar desapontada.

— Procurando por ele? – Jasper perguntou com o olhar longe. Naquela hora não consegui dar-lhe alguma resposta, então apenas caminhei lentamente até Rose e Emmett, que abria a porta do carro colocando-a no banco traseiro, acariciando seus cabelos. Não consegui evitar sorrir com a cena. Emmett era realmente um bom rapaz, carinhoso e atencioso, e era perceptível que ele gostava muito dela.

— Prometa que não vai mais chorar assim na frente de ninguém. – Pediu a ela que já estava mais calma e parecia envergonhada. Ela apenas assentiu, e pude ver o brilho em seus olhos quando sorriu timidamente para o garoto.

— Com licença. – Jasper falou limpando a garganta. Emmett afastou-se meio metro colocando as mãos nos bolsos e sorriu sem jeito, mostrando as covinhas em suas bochechas. Podia jurar que ouvi um suspiro de um certo alguém dentro do carro. – Vamos? – Jasper prosseguiu olhando-me. Assenti e parei em frente à porta.

— Obrigada, já são duas vezes agora. – Falei a Emmett e entrei no carro em seguida de Jasper, que encheu o saco para sair o mais rápido dali, e mesmo assim Rosalie ainda olhava para trás acenando freneticamente para o rapaz que aos poucos ia sumindo de nossa visão.

— Rosalie, comporte-se ou falarei com nossos pais. – Jasper advertiu. Ela encolheu-se no banco e desviou o olhar para a janela.

— Jazz, ela não é mais uma criança, pelo amor de Deus! – Falei revirando os olhos.

— Então que ela não aja como uma, isso é ridículo. – Comentou miseravelmente.

— Ah, então os sentimentos das pessoas são coisas ridículas? Diga-me mais sobre seus sentimentos ridículos por mim, seu idiota. – Resmunguei encarando-o irritada, me arrependendo logo em seguida. Sem perceber brequei o carro com brutalidade e o mesmo morreu, fazendo-nos ir para frente com tudo.

— Qual é o seu problema? – Perguntou elevando a voz com o rosto a centímetros do meu. – Ficou maluca? Pode ter certeza de que darei um jeito de retirar esse lixo de sentimento por você de mim. –

— Lixo de sentimento? Você por acaso é um ser humano? Você que é maluco! – Falei também elevando o tom e empurrando-o para longe.

— CHEGA! – Rose gritou batendo as mãos freneticamente em nossos bancos, assustando-nos. – Seus babacas, parem de brigar por besteira, isso é tão chato, as crianças aqui são vocês dois. – Falou emburrada cruzando os braços. Olhei-a indignada, como ela podia falar aquilo se eu estava defendendo-a? – Ligue esse carro agora, Bella. – Mandou olhando-me com raiva.

O caminho seguiu quieto, o que foi desconfortável. Assim que chegamos em frente a minha casa, peguei minhas coisas e desci do carro com lentidão, pois mais tarde teria que enfrentar Charlie, e não estava com a mínima disposição para isso.

— Até amanhã ... – Falei olhando para os dois. Jasper ignorou-me completamente. Rose sorriu e passou para o banco do motorista. Assim que os dois se foram, entrei em casa e deitei-me no sofá, jogando os tênis longe. Não tinha ânimo nem para cozinhar, então peguei um saco de batatas no armário e comi assistindo um filme aleatório na televisão.

Não sei ao certo quando foi que adormeci ali, mas acordei com um grande barulho em frente a casa e notei que já estava tarde. Andei até a janela da sala e observei o homem levantando-se do chão e limpando as calças sujas de terra.

— Mas que droga. – Reclamou olhando para cima da casa, tentando subir na árvore em frente a janela do meu quarto.

Sem pensar duas vezes sai de dentro da casa e encarei-o, levando um susto e corando violentamente ao ver quem era o ser. Por que diabos eu tinha que estar de chinelo logo naquela hora?

— Bella? – Perguntou olhando-me quando já estava apoiado na janela.

— Edward... O que está fazendo? Podia ter tocado a campainha. – Falei apoiando as mãos na cintura. Sério que ele estava tentando invadir meu quarto?

— Hã... Claro. – Respondeu descendo com facilidade dali. – Eu não queria que o chefe Swan me visse, então... – Disse parando em minha frente. Fiquei admirando aqueles olhos verdes por alguns segundos, até que me toquei antes que ele percebesse isso.

— Ele não está, entre. – Pedi dando espaço para que ele passasse. Ele hesitou por um momento antes de finalmente entrar na casa acompanhado por mim.

— Sua casa é bem aconchegante. – Comentou olhando em volta, parando em meus sapatos jogados pela sala. Corri e recolhi os mesmos, escondendo-os atrás de mim.

— Então, o que o trás aqui? – Questionei pegando o pacote de batatas em cima do sofá e indo em direção à cozinha. Ele observava cada detalhe ainda sorrindo.

— Você não se lembra de nada mesmo, não é? – Perguntou apoiando-se na parede enquanto eu colocava as panelas em cima do fogão. Olhei-o confusa e ele ficou sério na mesma hora, aproximando-se demais de mim.

— Tente se lembrar, Bella, não é possível que tenha me esquecido assim... – Pediu colocando uma mão em meu rosto e outra em minha cintura, colando nossos corpos e com o rosto a centímetros do meu.

— Edward, do que você... – Tentei raciocinar, mas me sentia embriagada com a presença dele. Por que ele me causava aquelas reações? Era como se estivéssemos conectados.

Afastei-me com dificuldade de seus braços sentindo minha cabeça doer novamente. Apoiei-me na mesa para não cair e Edward olhou-me preocupado enquanto minha visão ficava turva. Fechei os olhos com força e flashes invadiram minha mente.

“Isso não é verdade, Bella, por favor, acredite em nós, meu pai é inocente.” Um rapaz falava chorando, mas eu não podia ver seu rosto claramente.

“Não me deixe sozinha, eu estou com medo, por favor, eu preciso de você.” Eu pedia também chorando enquanto alguém me segurava e pedia que levassem-no para longe dali.

— Bella, você consegue me ouvir? Olhe para mim. – Edward pedia agora apoiando-me em seus braços. Demorei para me orientar e senti uma lágrima descendo pelo meu rosto.

— Edward? O que está acontecendo? – Perguntei sentindo os soluços entalados em minha garganta. Ele balançou a cabeça negativamente e abraçou-me com força.

— Eu não faço ideia, eu sinto muito por tudo isso... – Respondeu com a voz embargada. Naquela hora percebi que havia algo errado, não só comigo, mas com todos, e aquilo doeu, muito. O que estavam escondendo de mim?

Ouvimos a viatura de Charlie sendo estacionada em frente a casa e ficamos em choque olhando um para o outro.

— Ele não pode saber que você está aqui. – Sussurrei puxando-o pela mão em direção a janela e ajudando-o a passar por ela. Assim que estava do lado de fora ele hesitou e puxou-me pela nuca, colando nossos lábios rapidamente, antes de sair correndo dali na mesma hora em que Charlie entrava na cozinha. Fiquei estática com a mão na boca não acreditando no que havia acontecido.

— Bells, estou faminto... Oh, você ainda não fez a janta? O que acha de pedirmos uma pizza? – Comentou tirando sua jaqueta e sua arma, aproximando-se da janela. Senti meu coração falhar uma batida quando ele parou totalmente os movimentos e olhou pela janela, mas logo relaxou saindo brevemente da cozinha para guardar suas coisas.

— Acho ótimo pai, não me sinto muito bem, preciso descansar um pouco. Peça a mesma de sempre... – Falei seguindo-o. – Irei subir e descansar um pouco, quando a pizza chegar me chame, precisamos conversar. – Falei séria e percebi que ele ficou tenso com aquilo. Subi as escadas e fui direto para o banho, depois joguei-me na cama sorrindo feito uma boba.

Edward havia me beijado.


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