You're my Downfall escrita por Another Wendy


Capítulo 7
Capítulo 6 - What the hell...?


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, mais um capítulo para vocês, espero que gostem e digam o que acharam depois! Mais uma vez agradeço a todos que estão acompanhando a fic ♥



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Acordei com uma terrível dor de cabeça, mas não me importei com isso. Tomei um banho rápido e me troquei colocando uma regata branca, um casaco azul com uma calça jeans básica e meu all star cinza. Peguei minha mochila e desci correndo as escadas, pois quanto antes chegasse ao hospital, melhor.

– Bom dia, Bells. – Meu pai falou aparecendo no batente da porta com sua xicara de café e já vestido em sua farda. Não contava com o fato de que ele ainda estivesse em casa, então isso acabou me atrasando.

– Bom dia, Char.. Pai. – Falei brevemente enquanto procurava as chaves da picape. “Que ele não me pergunte onde estou indo, que ele não me pergunte onde estou indo...” Repetia mentalmente.

– Aonde vai tão cedo? – Perguntou tomando o último gole e colocando a xícara na pia rapidamente, vindo ao meu lado. Fiquei parada com uma cara provavelmente nada agradável o olhando, enquanto ele limpava a garganta esperando uma resposta.

– Ao hospital? – Respondi com uma pergunta óbvia. Ele deu de ombros e entregou-me um saco.

– Quer uma carona? – Perguntou enquanto eu olhava o sanduiche dentro do saco. Uma buzina impediu-me de precisar recusar a oferta de Charlie, e então corri para a porta agradecendo a Rosalie por ter-me salvo.

– Bom, Rose irá me dar uma carona, e mesmo assim ainda teria a picape, obrigada papai. – Respondi dando um beijo em sua bochecha e apressei ao correr até o conversível vermelho da loira, que sorria grandemente.

– Bom dia. – Falou abraçando-me fortemente. Estranhei a animação dela, como podia estar assim quando o próprio irmão estava no hospital?

– Bom dia... Como sabia que eu estava indo ao hospital? – Perguntei sorrindo enquanto atacava o sanduíche que Charlie havia me dado.

– Bom, eu te conheço um pouquinho pra saber o quão desesperada você devia estar, mesmo ele estando muito bem e fora de perigo algum. – Falou dando partida no carro.

– Espere, você disse que ele está fora de perigo? Mas, Charlie disse que... – Parei e tentei entender o que estava acontecendo. Por que ele havia mentido pra mim?

– O que houve? – Perguntou preocupada percebendo minhas feições.

– Ele não estava inconsciente? – Perguntei temendo a resposta.

– Não! Céus, onde ouviu isso? Ele só quebrou um braço e como passou a noite no hospital fazendo outros exames, acabou por dormir lá mesmo. –

– Certo, então foi assim... Fico feliz que ele esteja bem. – Falei sorrindo forçadamente. Apesar de tudo, esse assunto teria que ficar para depois, e Charlie me diria o porquê mentiu.

– Bella. – Rosalie chamou-me agora séria. Virei-me um pouco de lado para prestar atenção no que ela havia para dizer. – Você entende porque Jasper está assim? – Perguntou receosa ao estacionar em frete ao hospital. Olhei-a confusa por alguns instantes.

– Ele está mesmo envolvido com drogas? – Perguntei colocando as mãos na cabeça chocada com aquilo.

– Não, sua doida, ele te ama. – Falou dando um tapa em minha cabeça. Aquilo não fazia o menor sentido.

– Pare de brincar com isso, não tem graça nenhuma, Rose. – Pedi cruzando os braços e encarando a entrada do hospital pelos vidros do carro.

– Ele passou por muita coisa, Bella. Imagina como é ver alguém, qualquer pessoa que seja, morrer na sua frente? Jasper perdeu a namorada em seus braços. Ele teve pesadelos e acordava chorando todas as noites, era horrível. – Falou deixando uma lágrima escorrer por seu rosto. – Eu convivo com ele e sei o que ele passou, mas ninguém pode entender como ele se sente até hoje com tudo isso por dentro. – Respirou fundo e então prosseguiu. – Eles estavam voltando de um passeio no parque, Jasper disse que era como se fosse realmente uma despedida. Foi o dia mais romântico dos dois, estavam voltando animados e acredite, ele não fazia ideia do que acontecia na família dela. A mãe era uma prostituta e o pai devia para uns caras ruins. A mãe dela abandonou-a com o pai porque não queria mais aquela vida, e nesse passeio com o Jasper esses caras chegaram de repente e... – Ela parou de falar parecendo estar perdida em seus pensamentos

Não sabia o que dizer depois de tudo o que ouvi. Nunca soube os detalhes de como realmente havia acontecido tudo.

– Eles largaram ela lá, nos braços dele, e a última coisa que ele pode ouvir dela foi que ela tinha cumprido a promessa dela de que morreria se um dia amasse alguém. – Falou rindo ironicamente e balançando a cabeça negativamente.

– Sinto muito, Rose, eu não tinha ideia... – Respondi abraçando-a forte. Deixei que ela chorasse em meu ombro, e senti que estava sendo injusta com Jasper.

Depois de alguns minutos, Rose se recompôs e entramos no hospital a tempo de ver Jasper parado na recepção já vestido e segurando sua mochila. Ele me olhou por meio segundo, parecendo estar envergonhado, e sem pensar duas vezes corri e o abracei com toda força que pude, evitando os olhares que estávamos atraindo.

– Bella, o que... – Jasper começou a falar, mas logo pude senti seus braços envoltos de mim e seu corpo tremer em uma gargalhada baixa.

– Que susto você deu nela hein? Ela estava correndo pra cá, achava até que estivesse inconsciente... – Rose falou sorrindo enquanto nos largávamos. Senti minhas bochechas queimarem, como eu explicaria que não era bem assim?

– Rose! – Adverti evitando olhar para Jasper, que tentava segurar o riso.

– Foi só um braço quebrado, Bella. – Ele falou passando um braço por cima de meus ombros e o outro pelo de Rose.

Saimos de lá após Jasper assinar alguns papéis, e mesmo depois de eu insistir que ele deveria ficar em repouso, ele teimou que precisava ir ao colégio.

Rosalie foi dirigindo comigo no banco passageiro e Jasper no banco de trás, ambos pareciam tão estranhos e quietos, que chegava a me incomodar.

– Aconteceu algo que eu não sei? – Perguntei desconfiada e os dois trocaram um breve olhar.

– Hã... Sabe o tal de Edward Cullen? – Rosalie perguntou sem me olhar.

– Sim... O que tem ele? – Perguntei desconfortável com a careta de desgosto que Jasper fez pelo espelho retrovisor.

– Ele não é um aluno, Bella. Ninguém sabe nada sobre ele na verdade, apenas que é responsabilidade do diretor e irmão de Emmet... Isso não é estranho? – Falou confusa. – O que ele faz lá? –

– Isso não é da nossa conta, Rosalie. – Jasper respondeu mal humorado. Não me atrevi olhar para ele naquele momento.

Ao chegarmos à escola, estacionamos ao lado de um volvo prata que nunca notei por ali. Trocamos olhares confusos, seria um aluno novo?

Todos os alunos passavam por nós sorrindo e acenando, e Rosalie ficou empolgada ao ver Emmett apoiado em seu jeep, pois apesar de não ter interesse nenhum no garoto, ela gostava de aparecer.

– Rose, pare com isso. – Jasper resmungou enquanto olhava a tela do celular, lendo alguma mensagem de texto que havia chego.

– Emmett! – Alguém gritou atrás de nós.

Foi tudo tão rápido e estranho, e aquela voz... Foi incrível como soou tão familiar.

Virar para trás, na verdade, não foi a coisa certa a se fazer. Edward estava parado a centímetros de mim, tão perto que podia sentir sua respiração batendo em meu rosto, e então por um momento eu esqueci de como respirar. Suas orbes verdes olhavam-me tão atentamente, fazendo com que tudo ao redor parecesse sumir.

– Eu mandei ficar quieta. – Ouvi alguém dizer e de repente tudo o que eu via eram luzes e pessoas mascaradas em cima de mim. O que era aquilo?

Minha vista voltou ao normal e Edward me encarava com uma expressão perturbada e com... dor.

– Ai meu Deus. – Foi a única coisa que consegui dizer ao sentir minhas pernas bambas. Apoiei as mãos na cabeça, eu devia realmente estar maluca. Braços fortes me seguraram antes que eu pudesse atingir o chão.

– Nós cuidamos disso agora. – Jasper falou puxando-me pela cintura, e só então percebi que quem antes me segurava era Edward. Ele pareceu lutar internamente para me soltar, até Emmett aparecer e segurar seu ombro. Endireitei-me e olhei para Rose, que estava com os olhos arregalados.

– Edward, vá. – Emmett falou parecendo sério demais. Afinal, o que estava acontecendo ali?

Edward saiu em passadas longas até o volvo prata que antes vimos ao lado do carro de Rosalie, e assim que entrou no mesmo, saiu cantando pneus e sumindo de nossas vistas.

– O que seu irmão faz aqui? – Rose perguntou a Emmett, que já se preparava para entrar no prédio da escola. Ele virou apenas a cabeça, sem olhar para a loira, parecendo até sombrio naquele momento.

– Não vejo como isso pode ser da sua conta. – E assim saiu correndo de encontro a seus amigos do time de futebol. Jasper tentava segurar a risada, enquanto eu ficava pasma com a cara que Rosalie fizera ao ouvir a resposta de Emmett. Parecia que ela havia sido esfaqueada.

– Hã... Rose... Fique calma. – Pedi dando tapinhas leves em suas costas, tentando acalmá-la.

– Isso é culpa sua, que ceninha toda foi aquela para cima do Cullen? – Perguntou fazendo-me ficar vermelha. Jasper olhou feio para ela. – Argh! Não me sigam, enquanto você tem matérias com pessoas mais velhas, e você fica aí apaixonadinho por ela, eu preciso pensar. – Pediu e saiu andando com raiva em nossa frente. Troquei um breve olhar com Jasper, e ambos demos de ombros, seguindo para nossas aulas. Ao chegar à frente de minha sala, Jazz parou-me segurando uma de minhas mãos, o que me deixou confusa.

Ele aproximou-se até nossos narizes se tocarem, deixando-me petrificada sem saber o que fazer, e então pude sentir seus lábios tocarem o canto direito de minha boca. Só percebi o que havia acontecido quando os alunos de dentro da minha sala começaram a gritar e bater nas mesas enquanto riam. Jasper sorriu de canto e saiu correndo para sua sala, deixando-me ali, sem reação.

Entrei na sala sentindo meu rosto e pescoço queimarem, provavelmente estaria parecendo um pimentão vermelho naquele momento. Ignorei os olhares furiosos de algumas garotas e ao sentar em meu local de costume, escondi-me atrás de um dos livros.

O que diabos estava acontecendo com as pessoas hoje?


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