You're my Downfall escrita por Another Wendy


Capítulo 3
Capitulo 2 - Fool


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, galerinha, espero que estejam gostando, e caso haja algum erro gigantesco ou não gostem de algo, por favor, não deixem de me avisar!



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Ao chegar em casa, subi direto para meu quarto e resolvi escrever em meu blog, já que meus leitores estavam me cobrando e eu não atualizava-o a algum tempo. Ninguém sabia minha verdadeira identidade, nunca havia contado a ninguém que era a famosa “B.Abell”, nem mesmo Jasper ou Rosalie. Deixei que meus pensamentos vagassem livres antes de digitar.

A felicidade daquela garota se parecia com bolhas de sabão, que sobrevoavam no ar com sua leveza, como se representassem a inocência de uma criança. Mas, assim que aquela garota resolve tocar as bolhas multicoloridas, elas estouram. Ela apenas desejava possuir um pote de vagalumes, para que a luz de sua vida nunca se apagasse, e quando tudo a sua volta permanecesse sem luz, e se transformasse em plena escuridão, ela poderia liberá-los, para que tudo voltasse a ter total harmonia. Mal sabe ela que talvez tudo o que procura pode estar imerso no vazio e escuro da noite, e que algumas vezes uma voz humana pode não ser tão sincera quanto o uivo de um lobo em uma noite de lua cheia.

Pensei muito antes de clicar no botão onde tornaria-o visível para todos.

– Dane-se. – Sussurrei antes de finalmente publicar aquilo. Fechei meu notebook e resolvi sair para tomar um ar. Tomei um banho demorado e desci, estava quase saindo de casa quando escutei um barulho atrás de mim.

– Charlie? É você? - Perguntei indo em direção a cozinha, que estava vazia. Era difícil meu pai chegar cedo, então poderia ser algum rato ou animal. Estava distraída até sentir uma respiração em minha nuca, que me deu calafrios.

– Kris... - Jasper sussurou agarrando minha cintura. Virei-me de imediato e desejei não estar ali naquele momento. Ele estava com os lábios roxos e olhos vermelhos, além de pálido e fora de si com um sorriso zombeteiro no rosto.

– Jasper, me solte, por favor. - Pedi assustada enquanto sentia seus braços se apertarem ainda mais em minha volta.

– Não, Kristen, eu quero você. - Respondeu correndo os olhos por todo meu rosto. Ele soltou uma das mãos para acariciar minha nuca, e então uma lágrima saltou de seus olhos. -Porque me deixou? Eu tive que ficar sem você, tive que fingir durante todo esse tempo que eu estava bem, mas eu estou morrendo por dentro. - Falou em desespero, e então senti meu coração se partir com aquilo. Jasper havia se drogado e estava alucinando.

– Jas, olhe pra mim, eu não sou a Kristen. Sou a Bella, se lembra? – Perguntei segurando seu rosto com as duas mãos. – Você tem que parar com isso, já faz um tempo. –

– Bella? – Perguntou afrouxando os braços que antes quase esmagavam meus ossos.

– Oi, Jasper, estou aqui. – Respondi abraçando-o. Jasper não hesitou eu retribuir o abraço e chorou compulsivamente em meu ombro, como uma criança. Após um tempo abraçados, afastei-me dele e sentei em uma cadeira, olhando para o chão.

– Sinto muito, Bella. Você me lembra muito ela e eu não sei o que acontece, eu ... –

– Jasper, isso precisa parar. – Pedi bagunçando meus cabelos. Ele permaneceu em silêncio, e ficamos assim por longos minutos.

– Bella, eu gosto de você. – Falou finalmente olhando-me. Respirei fundo, estava quase o expulsando dali.

– Rosalie sabe que você está aqui? – Perguntei levantando-me e indo em direção à sala, até ele segurar-me pelo braço e puxar-me de volta com certa violência.

– Pare de me ignorar, eu sei o que sinto, não estou maluco. – Falou com o tom rude. O olhei sorrindo sarcástica.

– Jura? Não é o que parece. – Respondi olhando para sua mão em meu braço. – Me solte, AGORA. – Falei mais alto, fazendo-o sobressaltar e afastar-se de mim. – Não me faça te expulsar daqui, Jasper, volte aos seus sentidos. – Pedi olhando em seus olhos. Ele respirou fundo e assentiu.

– Você parece ter gostado do ruivo excêntrico, não é mesmo? – Perguntou em tom zombeteiro. Olhei-o sem entender sobre o que ele falava, e o mesmo começou a rir.

– Cale essa boca, seu idiota, isso não é verdade. – Respondi com raiva aproximando-me novamente dele. – Não invente mentiras para tentar entender o porque te dei um fora, isso é muito infantil, vê se crescer, Jasper. – Ralhei, recebendo uma grande bofetada na cara, que me fez ir ao chão.

– Você não tem o direito de fazer isso comigo, eu amo você, Isabella. – Falou erguendo-me pelos ombros. Não conseguia mais discernir se aquilo era efeito da droga ou se era realmente Jasper ali.

– Jasper, me solte. – Pedi entredentes, levando um soco no estomago, que me deixou completamente sem ar.

– Você ainda será minha, Isabella. – Falou soltando-me e saindo porta a fora.

Fiquei no chão sem entender o que havia acontecido. Por quê Jasper havia feito aquilo comigo? Ele era como um irmão pra mim, tinha tudo o que queria, e só por conta de um fora ele destruiu toda a amizade que levamos anos para construir?

Subi com dificuldade para meu quarto e fui direto para o banheiro, olhando a pequena marca roxa em meu rosto e abdome, pressionando o local para logo gemer de dor.

– Droga, Jasper. – Reclamei, pois aquilo levaria muito tempo para ser coberto com maquiagem.

Pensei em ligar para Rosalie e contar o que aconteceu, mas desisti, pois sabia que Jasper apenas tinha feito aquilo por estar fora de si e altamente drogado. Mas desde quando ele usava essas coisas?

Tomei um banho quente e relaxei, tentando esquecer tudo aquilo, sem sucesso. Será que ele ficaria bem sozinho? Estava sentindo-me culpada pelas coisas que havia dito a ele, mas aquela história do ruivo, era simplesmente ridícula.

Assim que sai do banheiro e me troquei, vi pela janela Charlie chegar em sua viatura, e logo adentrar em casa. Desci o mais rápido que pude, já pensando em uma maneira de explicar o roxo em meu rosto.

– Boa tarde, pai! Como foi no serviço hoje? – Perguntei sorrindo, ele se jogou no sofá com os olhos fechados, fazendo-me rir.

– Acredite, foi um dos mais cansativos. Está tendo alguns ataques de animais pela cidade, tivemos várias denuncias sobre casos, mas não sabem ao certo que tipo de animal são. – Respirou fundo.

– Ataques de animais? Aqui em Forks? – Perguntei preocupada, pois já imaginava-o caçando nas florestas.

– Sim querida, por isso tome cuidado quando estiver... O que é isso em seu rosto? – Perguntou levantando-se e aproximando-se de mim. Rapidamente tampei o local com a mão.

– Eu caí... Da escada. – Menti, sendo nada convincente. – Na verdade eu tropecei e caí, não saia que um hematoma doía tanto. – Prossegui fazendo-o ficar mais tranquilo.

– Não esconda nada de mim, sabe que posso te proteger, é meu dever. – Falou alisando o topo de minha cabeça. Sorri com o instinto protetor de Charlie.

– Claro que sei, pai. Não se preocupe com isso. O que quer comer? Posso fazer o jantar hoje. – Sugeri fazendo-o ficar mais animado.

– Oh, claro, o que acha de strogonoff de frango? Está me dando água na boca só de pensar. – Falou passando a mão em sua barriga, fazendo-me rir.

– Claro, enquanto isso descanse, eu cuido de tudo. – Respondi seguindo novamente para a cozinha. Hesitei em entrar lá por alguns segundos, mas logo tomei coragem e comecei a preparar tudo. Cozinhei os cubos de frango e preparei todo o molho enquanto o arroz não ficava pronto. O cheiro maravilhoso fez minha barriga roncar. Não demorou muito para Charlie aparecer na cozinha.

– Bells, o cheiro está ótimo, quando isso fica pronto? – Perguntou observando as panelas.

– Já está no ponto! Pode colocar os pratos na mesa? – Pedi e rapidamente ele o fez. Coloquei as panelas sobre a mesa e finalmente conseguimos jantar. Charlie contou detalhes sobre as ligações que recebeu durante o dia, e até fez algumas piadinhas sobre alguns casos, mas com certeza estavam atolados de trabalho pelo resto do mês.

– Quero que se cuide, pode fazer isso? – Pediu assim que terminamos. Sorri e assenti, levantando para retirar os pratos.

– Você fica com a louça, preciso checar meu e-mail, tenho um trabalho em grupo para fazer e precisamos nos organizar. – Falei depositando um beijo em sua testa e subindo para meu quarto.

Peguei meu notebook, evitando de ler os comentários sobre o texto que havia postado mais cedo, e lá estava o e-mail de Tayler.

De: Mike Newton – Assunto: Trabalho na biblioteca

Para: Isabella Swan, Jessica Stanley

Olá, meninas! Pensei em nos reunirmos ao sábado pela manhã com os grupos. Poderíamos conversar com a direção da escola, como é para uma atividade didática eles podem liberar a área para estudarmos. O que acham, estão de acordo?

Atenciosamente, Mike Newton.

Ri do e-mail, mas logo respondi concordando com tudo e combinando o horário que nos reuniríamos. Não seria difícil conseguir o espaço para os estudos.

Hesitei um pouco antes de resolver ler os comentários do blog, mas me surpreendi com os elogios dos leitores. Pelo menos tive algo para alegrar o resto da noite...

Deixei o notebook de lado e preparei minha cama, pois precisaria dormir cedo. Quando apaguei a luz e deitei-me, recebi um sms.

De: Rosalie

Para: Bella

Jasper chegou já tem um tempo, ele parece melhor, mas está me ignorando. Talvez ele precise de um tempo para ele. Você está bem?

Respirei fundo antes de responder. “Não Rose, eu não estou bem.” Era o que eu queria dizer a ela.

De: Bella

Para: Barbie

Oi, Rose. Eu estou bem, espero que ele também fique. Cuide de seu irmão, preciso dormir. Nos vemos amanhã, beijos.

E larguei o celular em cima da escrivaninha, antes de pegar no sono.

– Peguem-no, agora. – Charlie gritava, e eu corria sem parar atrás do individuo, que adentrava a floresta e sumia nas sombras. Todos ficaram para trás, e eu continuei correndo com aquele arco gigante na mão. Não desisti até vê-lo novamente, e escondi-me atrás de uma das árvores. Ele então parou de correr e olhou em minha direção, por conta do capuz não conseguia ver seu rosto, e sem pensar duas vezes atirei. Ele caiu ao chão, e finalmente corri até alcança-lo, mas a surpresa foi quando vi que tinha atingido seu peito. Ajoelhei-me ao seu lado e retirei seu capuz, ficando em choque ao ver quem era.

– Bella... Corra. – Ele sussurrou enquanto uma lágrima descia pelo seu rosto.

– Edward, não, por favor, fique comigo. – Pedi me desesperando enquanto segurava seu rosto entre minhas mãos sem saber o que fazer, e então senti uma dor insuportável. Só me dei conta do que acontecia ao ver uma lança atravessada em meu corpo.

Acordei assustada e com o coração acelerado, o que tinha sido aquilo?


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