You're my Downfall escrita por Another Wendy


Capítulo 14
Capítulo 13 - Cry


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, sinto muito por ter demorado tanto a postar o capítulo, estou sinceramente bem triste com essa fic e tem ficado cada vez mais difícil escrevê-la. Bom, espero que gostem...



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Levantei um pouco zonza por conta do sono e fui direto para o banho. Sempre acordava três horas antes para nunca chegar atrasada. Vesti uma calça jeans preta, uma camiseta preta e branca estilo colegial com mangas longas e meu all star vermelho escuro, e por fim arrumei meu cabelo de forma que o mesmo ainda parecesse bagunçado “naturalmente”. Depois separei meu material em minha mochila e ajeitei minhas papeladas, pois a semana seria a mais aguardada do ano. Ao sair do quarto acabei por esbarrar em uma garota de cabelos loiros e pele pálida que passava pelo corredor, fazendo com que todos os papéis em minhas mãos fossem para o chão. Respirei fundo três vezes antes de me abaixar e começar a recolher toda a bagunça. A garota passou por cima de tudo, desviando de mim e de meus minha mochila, seguindo pelo corredor até sumir de minha vista. Aquilo me deixou extremamente irritada.

— Bom dia, minha filha. - Charlie falou e apenas passei reto por ele com minha mochila, evitando olha-lo.

Desci as escadas com o mesmo logo atrás de mim, e logo avistei Aro, Riley e a garota loira que havia derrubado meus papéis pelo corredor, e agora estava de mãos dadas com o loiro.

— Bom dia família! - Aro falou sorrindo grandemente.  Senti nojo daquele homem na mesma hora, e uma onda de raiva atingiu-me, fazendo com que meus punhos se cerrassem automaticamente.

— Bom dia meu irmão, já está tudo sobre controle, então não há com o que se preocupar. - Charlie prosseguiu sentando-se à mesa.

— Eu quero ir sozinha, será possível? – Perguntei indiferente. Aro riu histericamente, assustando a todos no cômodo.

— Ah, Isabella querida, não nos faça de idiota, sei que está ansiosa para ver os Cullens, e você poderá vê-los. – Falou levantando-se e vindo até mim. Senti meu corpo tremer com sua aproximação e minhas mãos começaram a suar involuntariamente. – Você precisa nos trazer informações sobre eles. Daremos seis meses para se afastar de seus amiguinhos, creio que seja o bastante. – E então saiu da cozinha, deixando-me ali com todos olhando-me em expectativas.

Não sei quanto tempo fiquei imóvel tentando absorver tudo aquilo. Eles me usariam e me fariam de gato e sapato? Não mesmo.

— Sente-se conosco, minha adorável prima, tome seu desjejum. – Riley falou com deboche sem conter o sorriso sarcástico em seu rosto. A garota loira olhou-o em reprovação.

— Não, obrigada, comerei algo na escola, estou atrasada. – Menti já me preparando para sair, mas fui interrompida por Charlie.

— Comporte-se, e... Ah sim, hoje você irá no carro com o Black. – Falou ajudando-me a apoiar os papéis em minhas mãos.

— Black? Mas quem é esse? Eu quero ir sozinha. – Falei pegando minhas coisas e assim que olhei para trás avistei o garoto moreno encostado no batente da porta da cozinha. Ele me olhava com uma cara nada agradável, e vestia uma camiseta branca agarrada ao corpo. – Você é... – Comecei a perguntar, mas o garoto virou as costas e sacudiu as chaves do carro em cima da cabeça enquanto saia pela porta.

— Estarei esperando no carro. – Falou antes de sumir. Eu não estava acreditando naquilo, Jacob Black?

Sem muito o que fazer, segui para fora da casa e em frente a mesma estava parado um Chevrolet Impala 1967, carro que o Dean Winchester possuía, e que por acaso não se vendia mais. Claro que aquilo me deixou extremamente animada e me fez querer entrar no carro com uma criança sedenta por doce.

— Esse carro é incrível! – Falei abrindo a porta e entrando. Era totalmente espaçoso e eu podia sentir o ronco do motor em minhas artérias.

— Você diz como se soubesse de algo sobre ele. – Falou rindo sarcasticamente.

— Vou ignorar esse seu comentário desnecessário e aproveitar o tempo dentro dessa belezinha. – Falei sorrindo e analisando os detalhes, tentando me distrair e não olhar para aquela cara feia. Seguimos toda a viagem calados e fiquei confusa quando paramos em frente a uma padaria.

— O que você vai querer? – Ele perguntou saindo do carro.

— Hã... Nada, eu acho. – Falei desviando o olhar. Que merda era aquela? Ele estava tentando ser gentil?

— Vai ficar sem comer? – Perguntou franzindo a testa. – Bem, você que sabe. –

— Aish, cuide da sua vida. – Falei revirando os olhos e saindo do carro, e indo para o lado oposto da padaria onde haviam chocolates e salgadinhos industrializados. Sem que ele percebesse, comprei uma grande barra de chocolate branco e tratei de escondê-la em meu casaco. Voltamos para o carro e assim que sentei-me, Jacob colocou um saco em meu colo, dando partida no carro logo em seguida.

— Você precisa comer. – Falou com a cara fechada. Eu? Comer aquilo? Poderia até mesmo estar envenenado!

— Não estou com fome. – Falei abrindo o porta-luvas para colocar aquilo lá dentro, mas logo meu estomago me dedurou, roncando quase mais alto que o motor do carro. Jacob tentou segurar a risada, mas não conseguiu, fazendo-me ficar envergonhada. – Ok, acho que preciso comer. – Resmunguei abrindo o saco e pegando um dos donuts de chocolate que estavam ali. “Seja o que Deus quiser”.

— Por que você precisa chegar tão cego à escola? Cara, isso é coisa de gente maluca, realmente, combina bem com você. – Falou irritado, o que me deixou surpresa.

— Hey, o que é isso, falando tão informalmente... – Respondi virando-me para a janela. Ficamos calados por todo o caminho, e depois de atravessar a cidade finalmente chegamos ao meu destino. Saí do carro de má vontade, confesso, aquele carro era um sonho de consumo.

— Nos encontramos no final da aula. – Falou com uma expressão confusa. – Aliás, eu posso falar informalmente com você, já que sou mais velho. – Respondeu e virou as costas, sumindo de minha vista.

— Mas que cara abusado, onde já se viu um garoto falar assim comigo. – Reclamei virando-me em direção ao prédio, esbarrando em alguém, novamente.

— Quem era aquele cara? – Edward perguntou parado em minha frente. Fiquei em estado de choque ao ouvir sua voz, e ao olhar para ele senti minhas bochechas queimarem.

— Mas que droga, eu não aguento mais esbarrar nas pessoas, isso me deixa irritada. – Falei baixo enquanto algumas teimosas lágrimas caiam sobre meu rosto. Edward me olhava assustado e antes que ele pudesse dizer algo, corri dali o mais rápido que pude. Entrei no prédio da escola e fui direto para o banheiro. Como aquilo havia acontecido? Olhei para o espelho e vi que a maquiagem havia escorrido, deixando-me com olheiras grotescas. Rapidamente me ajeitei e saí dali.

Em poucos minutos os alunos chegariam, então me posicionei na entrada da escola com os folhetos que anunciavam a feira de profissões, onde haveria palestras e aconselhamentos aos alunos em relação às universidades. Claro que, para que todos participassem, eu era encarregada do evento que juntamente viria com uma festa de encerramento. Os alunos foram entrando entusiasmados para pegar os folhetos de minhas mãos, organizadamente. Era visível que eles estavam felizes apenas com a festa, o que era normal de nós adolescentes. Aquilo me animou um pouco e me fez deixar de lado o que me incomodava.

Depois das primeiras aulas finalmente chegamos ao intervalo, o que foi ainda mais desagradável.

Sentei-me na mesa central do pátio, como de costume, com Rose, Jasper e Angela, e ficamos conversando por algum tempo, até Edward chegar no refeitório com Alice e Emmett. Todos eles sentaram-se pouco distante de nós, e mantinham seus olhos fixados na mesa. Edward ameaçou levantar-se, mas Alice segurou-o ali.

Rose e Angela tagarelavam sobre algo relacionado à festa da próxima semana, talvez falassem sobre suas roupas ou sobre quem seria seu par de entrada. Aparentemente ninguém além de mim e dos Cullens sabia sobre a noite passada. Saí de meus devaneios quando percebi que Jasper mantinha seus olhos em mim o tempo todo.

— Desde quando essa escola ficou assim tão chata? – Perguntei bebendo um grande gole de Coca-Cola e levantando-me da mesa. Os três que estavam sentados comigo ficaram espantados. – Eu preciso de ar, fiquem aqui. – Pedi e então fui para o estacionamento do colégio. Não sei por quanto tempo fiquei parada lá, apenas sentia-me sufocada a cada dia.

— Cansada da rotina? – Alguém perguntou atrás de mim. Não precisei virar para saber quem era o dono daquela voz.

— Eu preciso de ar, me deixe em paz. – Pedi em tom firme.

— Precisa de ar? Bella, eu conheço você. – Edward falou virando-me de frente para ele. Evitei olhar em seus olhos. – Você precisa saber de tudo, e precisa fugir daquelas pessoas... – Ele hesitou por um tempo antes de prosseguir. – Olhe pra mim. – Pediu levantando meu rosto com uma das mãos.

— Eu... – Comecei a falar enquanto o encarava disposta a dizê-lo que eu sabia de tudo, de toda a verdade, mas antes que pudesse falar qualquer outra coisa, a namorada de Riley atravessou o pátio, olhando-me como se quisesse me calar. – Eu sinto muito por isso, mas... Não depende de mim. Um dia talvez, você irá entender o quanto eu te amei, e ainda amo. – Falei respirando fundo e virando as costas.

— Bella, não vá, você tem que me ouvir. – Pediu puxando-me e abraçando-me com força. Naquele momento não consegui lutar contra eu mesma, e desabei em lágrimas. Edward depositou um beijo terno em minha testa, enquanto tentava acalmar-me.

— Você não entende. – Falei afastando-me novamente. - Eu... Simplesmente não posso. Fique bem, Edward. – Pedi e logo depois retirei seus braços que estavam em minha volta. Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, tratei de voltar para dentro da escola novamente, sem olhar para trás. Sentia minhas pernas fraquejarem, mas precisava sair dali, ou ele estaria em perigo. Eu ficaria longe deles, se isso fosse o melhor a fazer. Logo o sinal tocou e me juntei a Rosalie e Jasper, que me olhavam assustados e tentavam fazer com que eu lhes falasse o motivo, mas logo desistiram, e permanecemos sem falar sobre aquilo até o final das aulas.

— Bella, você vai conosco ou em sua picape? – Jasper perguntou segurando-me pela mão. Ele não havia falado com Alice e aquilo deixou-me triste.

— Ela irá comigo. – Jacob falou passando um dos braços pelos meus ombros. Eu tiraria seu braço de mim e até o bateria se estivesse em sã consciência, mas estava derrotada e sem força alguma. Jasper e Rosalie olharam-se atônitos, eles estavam fazendo isso durante todo o dia.

— Tire suas mãos imundas dela, agora! – Rosalie gritou dando um sonoro tapa em sua face. Não consegui ver mais nada, pois minhas pernas fraquejaram novamente e fui ao chão, sentindo uma forte tontura invadir-me. Conseguia ouvir somente as pessoas em nossa volta e Rosalie gritando pelo meu nome histericamente.

— Bella. – Alice apareceu em minha frente segurando meu rosto com suas duas mãos, fazendo-me encará-la. – Bella, recupere seus sentidos, Jasper e Rosalie não tem nada a ver com isso. – Falou baixo e então percebi o que estava acontecendo.

— Alice? – Perguntei confusa e Jasper caiu ao meu lado com Jacob em cima dele. Assustei-me e levantei dali na hora, partindo pra cima de Jacob.

— SOLTE ELE SEU IDIOTA! – Gritei pulando em suas costas, fazendo com que os dois se distraíssem e parassem a briga.

— Isso é sério? – Jacob perguntou levantando comigo ainda em suas costas. – Vamos embora. – Falou tirando-me de suas costas e quando preparei-me para lhe dar um belo soco, o mesmo segurou meus braços, pendurando-me em um de seus ombros. Gritei com o movimento que pegou-me de surpresa, e vi Edward aproximar-se de nós, a raiva estampada em seu rosto. Alice e Rosalie estavam acudindo Jasper que parecia estar em péssimas condições.

— Largue ela. – Pediu e Jacob hesitou. Encarei Edward de ponta cabeça e então olhei para Jacob, que me olhava em expectativa.

— Mas que droga, me ponha no chão. – Mandei já irritada com os cabelos na cara. Ele não moveu um músculo sequer. – Eu não irei fugir. – Falei entre dentes e então senti meus pés no chão.

— Pode explicar o que está acontecendo aqui? – Edward perguntou visivelmente enciumado alternando olhares entre eu e Jacob.

— Não te devo explicações. – Jacob respondeu segurando-me pelo pulso.

— Sinto muito, Edward. – Falei olhando em seus olhos verdes pela última vez, antes de virar as costas e entrar no carro de Jacob. Ele gritava meu nome e corria atrás do carro desesperadamente.

— Você sabe que pode aproveitar esse tempo que lhe deram, não é? – Jacob falou tão baixo que quase não pude ouvi-lo. – Dê uma chance, quem sabe até lá as coisas não possam se resolver? – Falou diminuindo a velocidade do carro.

— Seu idiota, o que está fazendo? – Perguntei enquanto via Edward aproximar-se cada vez mais de nós, e fiquei ainda mais eufórica quando Jacob parou no acostamento.

— Vá. – Falou de cara amarrada.

— Vamos embora, vai ser melhor assim. – Pedi segurando sua mão em súplica e sentindo minhas mãos tremerem.

— VÁ! – Gritou assustando-me. Sai do carro e como se minhas pernas criassem vida própria, corri até Edward esquecendo qualquer motivo, esquecendo qualquer impedimento que fosse possível nos separar. Naquele momento eu queria apenas estar nos braços dele.


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Notas finais do capítulo

Se não for pedir demais, podem dizer o que estão achando? Me faria muito feliz!



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