You're my Downfall escrita por Another Wendy


Capítulo 13
Capítulo 12 - Life


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Espero que gostem do capítulo, em breve pularemos para um futuro próximo e não muito distante de ambos, onde as coisas começam a pegar fogo! Não esqueçam de dizer o que acharam...



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A música clássica preenchia todo o carro, e embora eu gostasse, estava começando a irritar-me. Aro estava sentado ao meu lado esquerdo e meu pai ao meu lado direito, atento ao movimento lá fora. Sentia a ira querer comandar meu corpo, mas sabia que de nada adiantaria.

— Então... Finalmente nos encontramos, Isabella. – Aro falou sem olhar-me, sorrindo de forma nojenta. Como meu pai podia ficar ao lado daquela coisa?

— É, titio. – Respondi sorrindo ironicamente e inclinando-me pra longe. Ele ampliou seu sorriso, desviando seus olhos para mim.

— Já faz algum tempo, vejo que não tem andado com boas influências. – Retrucou seriamente, fazendo com que minhas mãos se fechassem em punho sob meu colo.

— Você não sabe de nada. – Acusei olhando-o com fúria.

— Não é bem assim, irmão, eles não param de nos perseguir, está cada vez mais difícil. – Charlie falou tocando meu ombro.

— Esqueceu-se de quem é, meu irmão? – Aro perguntou com superioridade para meu pai, que engoliu em seco. – Faça seu trabalho. – Exigiu e então olhou entediado para frente.

O restante do caminho foi angustiante. Não sabia sequer para onde estávamos indo, e o perfume forte amadeirado de Aro começou a incomodar-me também.

— Será que alguém pode me dizer pelo menos para onde estamos indo? – Esbravejei e então o carro parou.

— Chegamos. – Aro afirmou sorrindo grandemente enquanto seu segurança abria a porta para que saíssemos. Estávamos parados em frente a uma grande mansão, com uma fonte e vários seguranças na entrada.

— Seja bem vindo de volta, pai. – Um garoto loiro surgiu detrás dos guardas dali, e logo reconheci ser Riley pelo gigante sorriso branco que possuía, mas dessa vez o garoto estava bem mais alto e bonito. – Vejo que trouxe visitas. – Prosseguiu parando em nossa frente, olhando diretamente para mim.

— Olá, Riley. – Falei cruzando os braços evitando que uma careta se formasse em meu rosto. Aro nos olhou em expectativa e então engatou em uma conversa com Charlie, seguindo para dentro da mansão.

— Você cresceu, priminha. E ficou uma gata! – Falou vindo abraçar-me. Esquivei-me de seus braços rapidamente sorrindo amarelo.

— Ok, Riley, já pode parar com seus joguinhos, não vou cair neles. – Respondi subindo os poucos degraus da casa, sendo acompanhada por ele, que soltou uma sonora risada, fazendo-me morder os lábios para não xingá-lo.

A mansão era toda planejada e decorada com cristais e artigos realmente bonitos, mas também não era de se estranhar, pois Aro sempre esteve em meio à politica. Parei no centro da sala, observando tudo com atenção e respirando fundo. Aquele lugar fazia com que eu me sentisse sufocada.

— Filho, traga Isabella para conhecer os outros. – Aro falou com Charlie ao seu lado. Não pude evitar olhá-lo com desdém, ele seria mesmo um dos capangas daquele mala sem alça?

— Vamos. – Riley falou sério pela primeira vez, apoiando uma das mãos em minhas costas e guiando-me até o outro cômodo onde todos já estavam ajeitando-se. Minha vontade era cavar um buraco ali mesmo e esconder-me quando toda a atenção foi posta em mim assim que entrei na “sala de reuniões”. Havia poucas mulheres ali, uma senhora de cabelos grisalhos, uma ruiva de óculos e uma negra de cabelos ondulados, todas muito bem arrumadas e de roupas sociais, que me olharam de cima abaixo sem nenhum pudor. Os homens, que pareciam ser cerca de doze, estavam todos trajando terno e gravata, sentados na grande mesa junto às mulheres.

— Bom, creio que teremos muito que conversar hoje. – Aro falou sentando-se na ponta da mesa novamente junto a meu pai, que evitava olhar-me. – Sentem-se. – Aro ordenou a nós. Soltei uma risada sínica não acreditando naquilo, era sério?

— Faça o que ele mandar. – Riley sussurrou em meu ouvido guiando-me até o lado de Charlie e puxando a cadeira para mim, logo em seguida sentando-se ao lado direito de seu pai.

— Isabella e Charlie a partir de hoje se juntarão a nós. – Falou sorrindo do jeito insuportável de sempre, olhando para mim.

— Isso só pode ser brincadeira. – Falei encarando meu pai que olhou-me com raiva, fazendo-me ficar calada.

— Isabella possui excelentes notas, está na turma avançada de seu colégio, no qual tem algumas matérias com pessoas mais velhas. Sua vaga já está garantida em qualquer universidade que queira entrar, e eu e seu pai optamos por Harvard, onde a mesma cursará Direito, claro. – Prosseguiu ignorando-me completamente. Eu sequer conseguia reagir a aquilo tudo. – Ela se tornará uma Swan de excelência, como o esperado, e a partir de agora cortará qualquer amizade que seja com quem tentar arruinar o futuro de uma jovem como ela. –

— Você é louco! – Falei levantando-me por impulso enquanto todos sorriam em aprovação com as afirmações daquele insano.

— Charlie, faça-nos o favor. – Aro pediu sem olhar-me. Meu pai levantou-se hesitante e antes que eu pudesse impedir meu rosto começou a arder e eu caia sentada de volta na cadeira com a mão na bochecha. Charlie arrumou a jaqueta de seu uniforme e sentou-se com o rosto vermelho e olhos marejados. Ele havia me batido. Charlie nunca houvera feito algo assim antes. Riley olhava-me com olhos arregalados enquanto as outras pessoas permaneciam em silêncio.

— Creio que tudo dará certo. – A mulher ruiva falou ajeitando os óculos. Não consegui evitar as lágrimas que caiam sem parar pelo meu rosto, e encolhi-me onde estava, chorando silenciosamente e desistindo de tentar impedi-los.

— Certo, creio que ela se enquadraria perfeitamente como uma promotora. Ter um a mais do nosso lado é sempre bom... Precisamos de uma carta na manga caso aquele Cullen insista em sua carreira. Provavelmente tentará se tornar um defensor público para limpar o nome do pai, e é ai que nossa menina entra. – Aro comentou com naturalidade rindo de forma assustadora enquanto batia palma comemorando suas intenções monstruosas.

A reunião levou cerca de uma hora, e todos saíram deixando-me com Aro, Riley, um homem que estava ao lado dele e Charlie.

— Deveria ficar feliz, você sempre desejou um futuro brilhante. – Charlie falou depois de todo aquele tempo. Seus olhos estavam sem emoção ou brilho algum, o que me fez sentir ainda pior.

— Ela está feliz, irmão, seria burrice não estar. – Aro respondeu por mim levantando-se. – Marcus, irei com Riley até nossos aposentos, você pode mostrar a eles onde irão ficar e amanhã ajuda-los a organizar o que for preciso. – Ordenou ao homem de terno cinza e cabelos compridos até os ombros, que fez uma pequena reverência, vindo até o nosso lado enquanto Aro e Riley saíam em nossa frente. Charlie pousou uma mão em meu ombro para que eu me levantasse, e rapidamente empurrei a mesma para longe, levantando-me e marchando para fora também, até lembrar-me que precisava da ajuda de Marcus para localizar-me naquele exagero todo que chamavam de casa.

— Senhorita Isabella, pode acompanhar-me? Seus aposentos ficam próximos um ao outro, então... – Falou sorrindo e guiando-nos até o andar superior. – Caso precisem de algo, basta chamar por um de nossos empregados, mas creio que tudo estará á acesso de vocês. – Prosseguiu, logo nos dando boa noite e deixando-nos á sós.

— Bella, me perdoe por... – Charlie começou a desculpar-se, mas rapidamente entrei em meu quarto deixando-o sozinho no corredor.

Meu quarto era realmente bonito, muito bem decorado, assim como o resto da casa. A cama era grande e confortável, havia uma cômoda branca e uma penteadeira também branca com um espelho redondo acima. Andei pelo quarto e entrei no closet, observando as várias roupas e sapatos dentro do mesmo. Tudo tão lindo e que um dia eu havia sonhado tanto em possuir, mas que agora não havia um significado sequer. Era tudo vazio.

Sentei-me na cama com meus pensamentos naquele ruivo de olhos verdes que insistia em estar em meus sonhos, e não me permiti chorar novamente. Prometi para eu mesma que tudo aquilo iria mudar, mesmo que não fosse agora, mas um dia eu faria todos pagarem por tudo o que fizeram a mim e as pessoas a minha volta.

E foi naquele momento que lembrei-me de tudo, todos os detalhes que tentaram fazer com que eu me esquecesse.

Dizem que na vida de cada um só existem dois dias importantes, o dia em que nascemos, e o dia em que descobrimos porque nascemos, e naquela hora eu tive a certeza de que eu havia nascido para enfrentar tudo aquilo, e fazer justiça, não importa o que acontecesse.

Se era Isabella Swan que eles queriam enganar e manipular, eles é quem se tornariam os tolos da história.


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