You're my Downfall escrita por Another Wendy


Capítulo 11
Capítulo 10 - Renée Died


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtinho com dois pontos de vista diferentes, só pra vocês entenderem melhor o que aconteceu, espero que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/640479/chapter/11

PDV MARCUS SPENCER

— Dê um jeito nisso tudo. – Meu chefe ordenou-me olhando o cadáver de Renée com desdém. Assenti e segurei-a pelos pulsos com cuidado, arrastando-a para fora da sala. Estava há muito tempo trabalhando para aquele homem frio, mas não tinha escolha se não obedecê-lo. Apesar de ser seu secretário, ele tratava-me como seu detetive particular, capanga, motorista e qualquer coisa que precisasse de alguém para limpar suas mãos. Já havia visto muitas mulheres serem abusadas, espancadas e até mesmo mortas, por motivos fúteis e doentios.

Levei Renée para fora com a ajuda de Felix e colocamos o corpo no porta-malas do carro, seguindo para pequena floresta que ficava a 3 km dali, parando apenas para deixa-la em um local afastado. Ela era tão bonita, uma mulher com tanta vida... Era uma pena ter tido um final tão trágico.

— Ela era tão doce... – Sussurrei olhando seu corpo sobre as folhas frias. Uma fina garoa começou, e junto com o som dela veio a risada de Felix.

— Ah, por favor, não haja como se fosse a primeira, ela não é nem a mais nova delas. – Respondeu virando as costas e entrando no carro. Aquilo me apertou o peito, já estava cansado de tudo aquilo, toda a frieza e desumanidade daquelas pessoas.

— Sinto muito. – Murmurei antes de irmos embora dali.

PDV – CARLISLE CULLEN

Estava voltando do hospital quando Esme ligou-me pedindo para que eu passasse em uma livraria pelo local, que no caso já era para eu ter achado, se não fosse o GPS maldito que insistia em querer que eu entrasse com o carro em uma floresta na estrada. Parei no acostamento e resolvi ligar para Esme novamente. Não sei por quanto tempo fiquei ali procurando sinal, mas um barulho chamou minha atenção e vi um carro parado por entre as árvores dali. Dois homens, cujo eu não podia ver o rosto, pareciam carregar uma mulher nos braços. Rapidamente sai do carro e aproximei-me da cena, mas parei ao ouvir o que um deles estava falando.

— Ela era tão doce... – Falou assim que a colocou no chão. Escondi-me atrás de uma árvore ainda observando-os, quando percebi quem era a mulher de quem eles falavam. Uma fina garoa começou, e a risada do homem mais novo preencheu o local. Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo, até notar o vestido azul de Renée ensopado de sangue.

— Ah, por favor, não haja como se fosse a primeira, ela não é nem a mais nova delas. – O homem mais novo respondeu virando as costas e entrando no carro. Eles iam mesmo deixar Renée ali?

— Sinto muito. – O homem mais velho murmurou e saiu correndo para dentro do carro, que logo saiu cantando pneus do local.

Sem pensar duas vezes corri até o corpo de Renée e quando abaixei ao seu lado e notei a sua situação, as lágrimas desceram incontroláveis por meu rosto. Ela estava pálida e encharcada, seu rosto parecia em agonia, embora seus olhos estivessem fechados. Eu sabia que não teria mais jeito, sabia que ela estava morta.

Disquei o número de Esme e incrivelmente ela atendeu no primeiro toque.

— Querido, conseguiu o livro que pedi? Já estava ficando preocupada... – Falou suspirando ao telefone.

— Esme, eu não... Renée, ela está... – Comecei a falar e então parei, sem conseguir terminar as palavras.

— Meu bem, o que está acontecendo? O que tem Renée? – Perguntou sem entender.

— Ela está morta. – Falei finalmente olhando em volta. Havia um canivete a cerca de um metro de nós. – Esme, ligue para a polícia. – Pedi e desliguei o celular. Fui até o canivete e peguei-o, analisando-o. Não havia sangue ali, então provavelmente não era a arma do crime, mas talvez pertencesse a um dos homens que a deixaram ali.

— Chefe, acho que a encontramos. – Alguém falou e assim que levantei meu rosto vi Charlie encarando-me com ódio. Olhei para minha mão direita e o canivete nela pareceu pesar mais que uma tonelada naquele instante.

— Charlie, não é o que está pensando. – Falei erguendo minhas mãos em rendição. Logo seus homens correram até mim, algemando-me.

— Não é o que estou pensando? Isso é o melhor que pode inventar? – Perguntou abaixando ao lado do corpo de sua esposa e abraçando-a enquanto chorava. Tentavam arrastar-me dali, e eu fazia de tudo para que Charlie me ouvisse, mas ele ignorava-me completamente.

— Vamos, você tem direito a um advogado, e sugiro não abrir a boca, pois cada palavra será usada contra você. – Um policial falou empurrando-me em direção à viatura, mas assim que iam colocar-me dentro da mesma, Charlie veio até mim e encostou sua arma em minha testa.

— Charlie, você me conhece, eu não faria isso, eu nem sei o que realmente aconteceu. – Falei sentindo minhas mãos tremerem e suarem.

— CALE-SE! – Gritou em fúria, assustando-me, ele estava fora de controle.

— Chefe, devemos resolver isso na delegacia, você tem outras prioridades agora... – Um de seus policiais falou segurando seu ombro. Ele olhou-me por longos segundos, e então deu-me uma pancada na cabeça, deixando-me inconsciente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You're my Downfall" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.