No dia seguinte a escola estava um alvoroço, alguns alunos arrumavam as malas em ultima hora, estavam ansiosos para aproveitar as férias de novembro, alguns alunos já saiam acompanhados de seus pais. Ashe e Sejuani comiam seus cafés da manhã tranquilamente, tinham arrumado suas coisas dias antes, seus malões estavam no ponto de aparatação da Academia Alaiyans.

Toda a turma estava reunida na mesa da Bennett-Keller.

— Eu disse para a minha tia que não sairia daqui antes do café! – disse Morrel em quanto mastigava sua panqueca.  

— Não fale de boca cheia, seu porco! – ralhou Ashe. 

Andrômeda os observava com um sorriso, finalmente tinha brigas bobas no café da manhã com seus amigos, tinha amigos! 

— Ta chorando por quê? – perguntou Ashe estranhando. 

— Só estou contente, vou sentir saudades de vocês – respondeu limpando as fracas lagrimas. 

— Nós também vamos – concordou Narcisse  

— Sentir saudade de que? – perguntou Ashe grossa – Você vai morar com a gente. 

— Deixa a menina ser feliz em paz! – disse Morrel dando leves tapas nos ombros da loira ao seu lado. 

— Já arrumou as malas, Laurel? – perguntou Sejuani puxando assunto. 

— Vir para cá não foi planejado, minha mala ficou em Hogwarts – respondeu – Uso as roupas que vocês me emprestam – explicou.  

— Nossa! – observou Narcisse e Morrel. 

— O papai resolve isso – disse Ashe dando de ombros. 

Depois do café os meninos se despediram e as meninas foram encontrar seu responsável na sala de aparatação. Andrômeda observou que seu padrinho conversava com Astra Herondale, seu bom humor se foi no mesmo instante, o que aconteceu na reunião ainda estava fresco em sua memória. Se aproximou de seu padrinho junto com as gêmeas. 

— Andy! – disse Alois contente em ver sua afilhada – Soube que estava preocupada com seus pertences, mas não precisa mais se afligir, Rosemarie trouxe suas coisas de Hogwarts, quando chegarmos em casa poderá usar suas próprias roupas. 

— Preciso agradecer a Rosa por isso – sorriu aliviada. 

— Vamos pra casa! – apressou Ashe impaciente. 

Andrômeda foi junto de seu padrinho, já as gêmeas foram de mãos dadas com Astra Herondale. A sensação de aparatar era extremamente desagradável. Quando chegou ao seu destino precisou de alguns minutos para se recuperar, aparatar sempre lhe deixava enjoada. 

Antes de olhar a construção a sua frente, Andrômeda olhou para o céu com a sobrancelha arqueada, a temperatura era abafada, mesmo com o sol se pondo, mas o que a confundia era o fato de na Alaiyans estar nublado. 

— Não estamos mais no Canadá, estamos? – perguntou Andrômeda para o seu padrinho. 

— Não! – respondeu Alois animado.

Seu olhar voltou-se para a paisagem ao seu redor, estavam dentro de uma floresta e sua nova casa tinha sido construída envolta de uma grande arvore, seu padrinho tinha levado a casa na arvore para outro nível, tendo três andares e uma enorme janela de vidro. 

— Espero que a base seja bem resistente – comentou acuada. 

— Não se preocupe em quanto a isso – disse Sejuani com um sorriso no rosto – Cada tabua da casa foi revestida em magia, o peso dela não será um problema.

— Bom saber. 

— Quem chegar por ultimo vai virar comida de basilisco! – gritou Ashe saindo correndo para casa, sendo seguida pela irmã logo atrás. 

— Como conseguem ter tanta disposição logo de manhã? – perguntou Andrômeda sem esperar resposta. 

Ao subir as escadas pode perceber logo que o interior não era proporcional ao lado de fora.

 - Feitiço de expansão, muito útil – comentou Andrômeda.

— Andrômeda, precisamos conversar – pronunciou Astra.

— Tem biblioteca na casa? – perguntou Andrômeda ignorando a avó – Se tiver gostaria de conhecê-la mais tarde.  Olha! – gritou animada ao ver sua mala no meio da sala - Finalmente poderei usar minhas próprias roupas, onde fica o meu quarto?

— No corredor atrás de você, subindo as escadas amarelas, terceira porta a esquerda – indicou Alois – Não tem como errar, tem uma placa com seu nome e uma cobra entalhada.

— Não é só porque eu fui parar na Sonserina que significa que eu goste dela – comentou arrastando a mala até o corredor.

— Podemos mudar depois, e avise as meninas para depois que se trocarem, descerem, tenho uma novidade para vocês – sorriu animado. 

Ao Andrômeda desaparecer de vista, Astra suspirou. 

— Ela não entende – reclamou. 

— Claro que não entende – disse Alois indo para a cozinha – Ela só tem onze anos. 

Andrômeda abriu a porta do seu novo quarto, sorriu, era maior que seu antigo e tinha sua própria estante, recheada de livros, deixou sua mala na entrada e correu para ver os títulos, reconheceu a maioria deles, era os mesmos que tinha ganhado de sua mãe, abriu o de capa dourada e viu a primeira pagina, estava com a data de quando os ganhou, os títulos que reconhecia eram realmente seus. Colocou o livro no lugar e foi arrumar suas coisas, em menos de cinco minutos tinha roupa espalhada por todo o canto.

 - Vou querer uma cortina para tampar essa janela, ninguém merece acordar por causa da claridade – comentou encarando a janela. 

Depois de diminuir a bagunça que criou separou uma muda de roupa e se trocou. 

— Onde esta o meu sapato? – se perguntou em quanto procurava por todos os cantos de seu quarto. O achou debaixo da cama, junto com um cubo preto. – Da onde isso veio? – encarou o cubo com interesse. 

— Laurel!! – chamou uma das gêmeas em quanto batia na porta do quarto – Ta na hora do almoço.

— Santo Merlin! – gritou Andrômeda ao abrir a porta – Esqueci de avisar que o padrinho queria falar com a gente depois de nos trocarmos. 

— Avisou agora – sorriu Ashe.