Um Amor que Cura escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 10
Nova Moradora


Notas iniciais do capítulo

-Adélia tem um amor incondicional por Joana, atento a isso, Alberto faz uma surpresa para sua esposa...

Boa Leitura!!!



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Na segunda Adélia recomeçou seu curso de enfermagem e ficou feliz por saber que em seis meses estaria formada. A tarde foi na escola clássica para aula de pintura, e chegou em casa cansada mais realizada por ter um dia tão movimentado. Na entrada já sentiu um cheiro maravilhoso de pão caseiro, e na hora lembrou-se de Joana, ficou surpresa por encontrar Alberto no sofá da sala lendo um livro, já tomado banho e preparado para o jantar.

–Olá… - ela falou chamando a atenção dele.

–Adélia, como foi seu dia, fiquei chateado por não vim almoçar em casa, mas o dia foi muito intenso. – Alberto levantou e toda aquela animação a deixou ainda mais confusa.

–Tudo bem com você?

–Sim, sim... Porque não sobe e toma seu banho para jantarmos?

–Rejane fez pão caseiro? É uma novidade nessa casa, vou ver…

–Não!-o marido impediu sua ida a cozinha. -Vá primeiro se arrumar.

Ela não entendeu nada, subiu tomou um banho rápido. E quando desceu a mesa já estava posta e Alberto bebia um vinho sentado no seu lugar.

–Vinho?

–Sim, estamos comemorando alguma coisa?

–Na verdade estamos…

–E eu posso saber do que se trata?

–E que temos uma nova moradora nessa casa.

–Temos?

–Sim.

–Menina posso servir o jantar? - Adélia escutou a voz e se virou e lá estava sua querida Joana.

–Joana? O que? Como assim nova moradora é você?

–Sim seu Alberto conseguiu que eu seja novamente a empregada aqui.- Joana explicou enquanto era abraçada por Adélia.

–Alberto?

–Eu só resolvi que chega de termos escravos de sua mãe aqui, você precisa ter sua própria ajudante.

–Não, mas eu não quero uma escrava! – Adélia ficou aflita de repente. – Você?… Você comprou a Joana?- na mesma hora seus olhos encheram de lágrimas.

–Não menina eu…

–Não Joana, pelo amor de Deus, eu sempre a quis perto de mim, mas não quero que seja minha escrava, você é como uma mãe para mim… E esse tempo da escravidão está acabando, apenas meus pais e alguns poucos preconceituosos mantém esse habito que tenho horror!

–Adélia calma, por favor… - Alberto se aproximou dela.

–Não! Por favor, você! Como foi capaz de comprar a Joana!?

–Adélia…

–Você é pior que meu pai…

–Chega!- Alberto falou alterado. -Eu lhe faço uma surpresa e é assim que você reage pelo amor de Deus, eu não comprei a Joana!

–Menina seu pai me deu a liberdade. –Joana segura nos braços de Adélia e fala.

–Meu pai? – ela fica chocada com o que escuta.

–Senhor Alberto falou com ele e acertaram tudo, ai ele me convidou para trabalhar aqui, e disse que vou receber muito bem, e teria horas de folga para ver minha filha e tudo, como eu nunca tive.

–Meu Deus isso é… Alberto?! -ele havia saído enquanto Joana explicava. -Onde ele foi???

–Saiu menina porta a fora, porque falou desse jeito com ele, só queria te fazer feliz.

–Me fazer feliz?

–Eu acho que ele está apaixonado por você, se visse o jeito que ele me falou hoje, dizendo que faria de tudo para que eu ficasse perto de você minha menina, pois queria te ver feliz.

–Ah meu Deus, Joana eu sou uma boba. Fiquei achando que ele tinha te comprado. Mas eu duvido que meu pai tenha feito isso assim tão fácil.

–Não sei, mas pelo que escutei a sua mãe falando foi algo a ver com a obra da barragem, como uma troca.

Adélia se sentiu horrível e ficou com medo dele não voltar.

–Não ele vai voltar, menina ele vai voltar.

–Joana, se ele não voltar vou morrer de tristeza. - ela chorou no abraço da negra que sorriu percebendo que sua menina estava ficando livre do passado, para amar novamente.

***

Perto da meia noite Alberto voltou, Adélia estava na sala quando escutou a porta se fechar e foi correndo até o marido.

–Alberto! Estava tão preocupada, onde estava?

–Desculpe-me estava dando umas voltas acabei indo falar com Nestor, perdi a noção do tempo. –ele falou sem encará-la.

–Por favor, Alberto me perdoe, eu fui tão arrogante, não devia jamais comparar você com meu pai, foi incrível o que fez pela Joana… O que fez por mim.- ela segurava a mão dele e dizia cada palavra olhando em seus olhos.

–Tudo bem, eu não devia ter feito aquela surpresa e ter contado logo…

–Não eu adorei, só fui uma boba, por favor, diga que me desculpa! -ela se aproximou dele com os olhos em suplica.

–Tudo bem, vamos esquecer… Afinal eu não consigo ficar bravo com você. – Alberto retirou um fio solto do cabelo dela e arrumou atrás da orelha, Adélia sentiu sua pele queimar com o contato dele. E ficaram se olhando como hipnotizados um pelo outro.

–Menina… ah me desculpe. - a mulher estava descendo a escada e flagrou os dois naquele clima.

–Não Joana, está tudo bem. Alberto já me desculpou. – Adélia se afastou dele.

–Essa sua menina é muito brava Joana.

–Eu sei senhor, eu sei! Desde criancinha!

–Ei vocês dois que complô é esse?!

–Nada, nada, menina eu já arrumei as camas, agora vou me retirar.

–Camas? — Adélia sentiu uma pontada em seu coração, então era isso que Alberto pretendia sair do seu quarto sem Rejane ali não precisava mais fingir nada. Ela não quis olhar para ele para não demostrar o desapontamento que estava sentindo. -Obrigada Joana querida... Eu... Eu já vou dormir também, boa noite.

Ela subiu rápido para o quarto e ficou esperando ele vim atrás, quem sabe mudasse de ideia, e quisesse escutar a história, mas ele não apareceu. Deixando Adélia terrivelmente magoada.


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Notas finais do capítulo

Eita Adélia!!! Que mulher mais arretada! E agora que estava tudo tão amorzinho... Será mesmo que Alberto que pediu a troca de quartos?

Beijos



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