Um Amor que Cura escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 9
Jantar em Família


Notas iniciais do capítulo

-A mãe de Adélia está sempre achando meios de prejudicar a vida da filha, mas Alberto mostra que está do lado da esposa que a cada dia aprende a admirar.

Boa leitura ;)



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Na noite de sábado eles se arrumaram para ir ao jantar na casa da mãe de Adélia, ela estava linda e ele a admirou sem expressar nenhuma palavra enquanto ela descia a escada, mas em seu peito o coração pulava diante daquela mulher.

–Estou pronta, vamos?

–Sim vamos!- respondeu encantado com a beleza dela.

***

Adélia não havia falado com a mãe, desde o dia da briga na casa da madrinha, mas tentou parecer tranquila e sentou-se ao lado do marido entre os casais, embora quisesse ficar com as primas rindo na mesa das solteiras. Conversaram sobre política, obras da prefeitura, e tudo mais, os pais de Alberto também estavam e a conversa fluiu apenas Adélia ficou calada enquanto observava o marido falar.

–Filha este jantar está virando uma reunião de negócios, você não acha? Que tal nos alegrar, ao piano? -a mãe falou deixando Adélia aflita, ela não estava preparada para isso.

–Ah mamãe eu estou adorando o assunto, por favor, estou destreinada para tocar.

–Como Rejane comentou que toca toda tarde, você não a acha incrível ao piano Alberto. - a mãe estava tentando desestabilizar os dois, pois com toda certeza Rejane comentará que nunca a viu tocar para o marido, mas Alberto não se deixou abalar.

–Na verdade querida sogra, tudo que Adélia faz é incrível e admirável, confesso que a noite temos tanto a conversar que nem sobrou tempo para escutá-la ao piano. Mas… - ele segurou a mão dela entre a suas. - Meu amor eu adoraria que colocasse animação nessa noite e nos livrasse desses assuntos realmente entediantes. Falando isso Alberto deu um beijo demorado na mão da esposa.

Adélia consentiu encabulada, mas firme em seus atos, percebendo que a mãe estava com um olhar confusa pela demonstração de afeto que presenciou.

Sentou-se no piano e tocou divinamente, Alberto estava realmente encantado, levantou-se e ficou ao seu lado no piano, observando a obstinação com que ela tocava em cada tecla. Ao fim ela foi aplaudida por todos.

Depois do jantar uma banda animou um pequeno baile, Adélia aproveitou para conversar com sua querida Joana.

–Ah minha doce menina, tocou como um anjo.

–Joana eu sinto tanto a sua falta, você parece abatida.

–Não é nada minha menina, nada.

–Me conte, por favor.

–Minha filha está grávida.

–Sim eu lembro.

–Uma gravidez difícil.

–Você está conseguindo ir visitá-la?

–Nem sempre, sua mãe… Ah senhor Alberto.

Adélia se virou e viu o marido com ar de preocupado atrás dela.

–Tudo bem Joana?

–Sim senhor, sim.

–Joana. -eu queria tanto que pudesse vim morar com a gente novamente.

Alberto pensou por um instante que ela queria um jeito de não precisar mais ficar no mesmo quarto que ele, mas percebeu o amor entre as duas e ficou tocado.

–Eu também minha menina, doce menina, mas eu já estou velha precisa de alguém mais forte.

–Preciso de você.

–Bom eu vou ajudar na cozinha antes que sua mãe me veja aqui.

Elas trocaram um abraço afetuoso.

–Tudo bem Adélia?- ele questionou quando ela virou de frente para ele.

–Sim, mas me preocupo com a saúde dela, está tão cansada.

–Ai estão vocês queridos. - a madrinha de Adélia apareceu na porta do corredor. - Nada de namorar agora, vamos dançar. Quero ver essa mulher rodando no salão como quando era mais nova.

–A não, dançar… - ela começou a protestar.

–Ótima ideia, Adélia me concede essa dança?! — ela não pode recusar ao pedido cativante de seu marido.

Assim que entraram no salão tocou uma música animada e eles bailaram alegres, Alberto sentia algo novo ao tocar na extensão do corpo dela cada vez que se juntavam na dança. Adélia sentia também o impacto do contato dos dois. Após essa primeira dança começou uma valsa mais lenta e romântica, Adélia quis se direcionar para fora da pista mais ele a puxou para si, e com uma troca de olhar intensa deslizaram pelo salão numa dança perfeita como se só os dois estivessem ali.

Mais tarde as pessoas já começaram a se despedir, Adélia falou com as primas e depois se juntou ao marido e os sogros, estava na hora de irem.

–Sabe Alberto não acho que seja muito boa a relação de Adélia com minha irmã.

–Como assim sogra?

–Ainda outro dia tivemos uma discussão por causa dela.

–Por favor, mamãe, a briga foi por causa do seu preconceito.

–Ora me diga Alberto minha irmã estava apoiando uma ideia ridícula e imprudente de Adélia, voltar para a escola técnica a fim de terminar o curso de enfermagem.

–Não entendo onde está a imprudência?- Alberto confrontou a sogra.

–A imprudência está em uma mulher casada, em vez de cuidar da casa, se mandar para uma escola como uma menininha. Lugar de mulher é em casa!- o pai de Alberto falou criando um clima ainda mais desagradável e tomando partido da sogra.

–Pai, lamento, mas o lugar da sua mulher é em casa, da minha é onde ela quiser estar, e não vai deixar de ser minha esposa se buscar vencer preconceitos ultrapassados como os de vocês.

Todos ficaram calados diante das palavras de Alberto.

–Agora se vocês nos derem licença, querida sogra, o jantar estava ótimo. –e olhando para a esposa disse:- Vamos meu amor. Acredito que Rejane já está nos esperando para voltar para casa. Ah sogro segunda passarei no seu escritório na prefeitura, tenho um assunto para resolver.

Falando isso ele deu o braço para Adélia e os dois saíram.

***

Na hora de dormir, Adélia antes de ler resolveu puxar assunto.

–Alberto eu quero lhe agradecer.

Ele havia deitado e virado para escutar a história.

–Agradecer? Por quê?

–Por tudo na verdade, você tem tornado as coisas muito mais prazerosas que eu imaginei que esse casamento seria. Mas principalmente obrigada por calar a boca da minha mãe.

–Pode contar comigo para isso sempre que precisar… mas o agradecimento é mutuo você também tem tornando esse casamento muito, muito melhor mesmo do que eu esperava.

Eles trocaram um olhar intenso, e Alberto teve vontade de a beijar, se sentir seu corpo, mas se conteve.

–E o que tem para resolver com o meu pai na segunda?

–Ah uma coisa de trabalho.

Adélia estranhou, mas resolveu começar a ler sua história, cada dia a leitura chegava mais e mais perto da parte mais dolorosa a morte de Joab/Iam. Estava na parte em que o negro e a moça fugiam da cidade para o vilarejo de refugiados.


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Notas finais do capítulo

Alberto *-* tem como amar menos??????

Beijos



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