Bem Vindo a Solidão escrita por Gin


Capítulo 12
We Are The World


Notas iniciais do capítulo

Não é uma crítica

Nem uma sugestão

É apenas uma desabafo

Uma simples opinião



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Que mundo é esse
Que a bondade vira maldade?
Que igualdade, vira desigualdade?
Que a alegria, se torna saudade?

Que mundo é esse que não existe mais amor?
Que as pessoas perderam a noção da cor
Que agora, a única coisa que restou
Foi a dor

Que mundo é esse onde a música se torna maldosa?
Onde ser feliz, é uma coisa dolorosa
Onde as pessoas
São impiedosas

Que mundo é esse, onde a magia se torna bruxaria?
Onde a risada se torna uma gritaria
Onde menosprezamos nossos "tios ou tias"
Onde não damos valor a quem nos ensina

Que mundo é esse, que nos intrometemos em tudo?
Que para nós, o que importa é o nosso mundo
E somos égoistas demais para pensar em mais alguém
Onde todos ao nosso redor, são reféns
E é só você, não existe mais ninguém

Esse é o nosso mundo
Cada vez mais difícil de ser certo
Cada vez mais complicado de estar correto
Pois se você é assim
Logo, vai mudar
Acredite em mim
Pois as pessoas, irão te chamar

A corrupção já está em nosso sangue
Desde que nascemos
Estamos em uma constante, pulsante,
Cadeia de pregos
Onde não há lugar para deficientes, cegos
Onde os ladrões de verdade, usam ternos

Já não existe mais gentileza
Ela foi substítuida pelo prazer
E o prazer das pessoas
É ver a outra sofrer
Enquanto sorri, enquanto está parado ali

Somos manipulados o tempo todo
Por uma sociedade, que não se preocupa com o todo
E está tudo centralizado
Onde o marginalizado
É tratado como um pobre coitado

E o pior é que não paramos para perceber
Que nós estamos mais envoltos nisso, do que percebemos
Pois a todo momento, nós nos envolvemos, e estamos envolvidos,
Veja o seu medo a sair, as suas contas a pagar, os serviços
E verá o ocorrido

E isso não vem de agora
Pois tudo isso vem acontecendo lá de trás
Anda meu povo, já é a hora
De acordar, antes que seja tarde demais

Pessoas matam, pessoas roubam
Não tem piedade, mas choram
Dá para entender?
Se comovem, mas não fazem nada para ajudar
Esses seres humanos...
Como conseguem tanto,
Se contrariar

Parece que a todo momento
Só vemos crueldade
De vez em quando, algo belo
Mas logo isso se torna memória e desigualdade

Não existe uma salvação, não ainda, não depois
Não sabemos
Não queremos
Não entendemos
Que nós somos a causa
Nós somos a salvação
Nós somos a claúsula
Nós somos a decepção

E no nosso mundo, tudo se destroi, nada se constroi,
Nem se arruma
Tudo se amontoa, e se acumula
E enquanto pensamos aqui
Há desastres acontecendo

Crianças passam fome
Generais, se enchem de comida
Guerras acontecem, pessoas morrem, sem nome
Eles enchem sua barriga

E eu me pergunto
Por que toda essa desigualdade?
Para que toda essa maldade?
Se olharmos bem
Nascemos sobre o mesmo céu, o mesmo ar
Então, por que?
Por que é tão difícil nos aceitar?

"Mas no ano novo, nada como se preparar"
"É ano novo! Usar branco, eu vou!"
Mas a dúvida é que tanta gente usa branco
E até agora a paz mundial não chegou

E as nossas atrocidades
Não param por ai
Ao ligar a televisão, por dois minutos
Percebi coisas, que nunca vi

E já estamos expostos a isso, desde sempre
Mas aceitamos
E como eles
Estamos nos tornando

Não é isso que eu quero
Não quero ser igual, aos princípes em um castelo
E não tenho moral, para falar de justiça
Mas a nossa
Já está bem submissa...

E esse é meio que meu desabafo
Não aguentei ficar só olhando
E não criticar
Mesmo que de certa forma, eu não esteja fazendo nada
Eu não vou deixar eles, tomarem meu lugar

E se esse mundo, ainda importa para você
Não se abata, levanta
Que nós ainda não fomos vencidos
Nós ainda podemos vencer


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Notas finais do capítulo

Não precisamos de verdade estar nos protestos, reclamar nossos direitos, o tempo todo, se você gostar de fazer isso, pode ir.
Mas há outras formas de mudar o mundo, eu e você só precisamos descobrir como, e até lá, não vamos nos entregar.

Uma ótima semana para vocês, fiquem bem, e mantenham sempre o senso crítico, pois ele será preciso, até a próxima!



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