Em família escrita por Hikari Mondo


Capítulo 4
Shika Siblings, part II


Notas iniciais do capítulo

"Mais uma família grande e feliz!" "Não graças a você."

Este era pra ser o capítulo de ontem, mas como tive outra idéia, ficou pra hoje.



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Com alguma paciência e ajuda de Yoshino, Temari conseguiu fazer com que ‘Temari’, o gamo, se aproximasse dela, ficando a apenas 3 passos de distância. Agora era coordenar a captura para que pudessem pegar ‘Gaara’, sem que ‘Kankurou’ atacasse ninguém. Mas, é claro, tudo estava fácil demais para ser verdade.

Quando Kankurou enviou os pedaços de sua marionete em direção ao filhote, ‘Kankurou’ o gamo percebeu o movimento, e embora ele não tenha conseguido fugir, soltou uma bufada que alertou ‘Gaara’ e ‘Temari’. Shikamaru agiu rápido, e conseguiu capturar ‘Gaara’ o gamo antes que este ficasse em pé direito. Temari também se movimentou para pegar ‘Temari’ o gamo, no entanto este estava em muito melhor forma e tentou fugir. Por conta da distância, Temari teve que se atirar em direção ao pequeno cervo, e mal conseguiu pegá-lo por uma das patas, a qual teve que soltar para evitar que ele também acabasse se machucando. Ainda assim, o breve agarre de Temari deu tempo suficiente para que Gaara enviasse sua areia e prendesse o filhote com esta. Com os três capturados, Shikamaru andou até o menor deles para ver como ele estava e poder tratá-lo. O pequeno estava visivelmente assustado, e só se escutava sua respiração apavorada. Shikamaru tentou se aproximar mais lentamente, se abaixando, para que o filhote percebesse que ele não era uma ameaça.

‘Temari’, não podendo se debater, soltava balidos desesperados ao ver Shikamaru avançar em direção a ‘Gaara’. Temari se colocou próximo a ele e sentou no chão – Calma, está tudo bem. Ninguém vai machucar vocês... – Ela tentava acalmar o medo, sem muito sucesso. Dentro da marionete, ‘Kankurou’ dava cabeçadas, grunhia e bufava, extremamente irritado. Não parecia que ele pararia de fazê-lo enquanto ele não fosse solto, ou não acabasse suas energias.

Shikamaru suspirou. No entanto, não podia negar que os irmãos da Suna tinham sido de ajuda. Ele finalmente pegou o filhote no colo, e começou a caminhar em direção a sua mãe, que remexia nas sacolas que trouxera, com comidas, faixas e outros medicamentos, próprios para tratar dos cervos. Ele podia sentir o coração do gamo bater freneticamente, e o contorno de seus ossos. Ele realmente estava magro, mesmo para um cervo.

– Eu comentei com vocês que ele não ficaria muito feliz com isso? – Kankurou falou, se referindo ao seu xará.

– Tinha que ser Kankurou para estragar tudo. – Temari cruzou os braços logo depois de dizer estas palavras.

– Você está falou de mim ou do filhote?

– Dos dois! Tinha que ser Kankurou...

– Até onde sei, eu fiz a minha parte toda certa. Você que não conseguiu pegar o seu direito.

– Mas isso não teria acontecido se você tivesse pego o seu antes de ele dar um alarme para os outros!

– Vocês dois estão perdendo o motivo de fazermos isso. Os gamos estão bem, nosso objetivo foi atingido. – As vezes Shikamaru se perguntava quem era realmente o mais velho. Gaara sempre apaziguava as coisas entre seus dois irmãos mais velhos.

Shikamaru segurou o pequeno filhote enquanto Yoshino aplicava uma pomada com compostos para aliviar a dor. Quando ela mexeu a pata para colocar no lugar, o pequeno ‘Gaara’ chorou, e como resposta, ‘Temari’ soltou um balido estridente e ‘Kankurou’ deu uma cabeçada mais agressiva, se isso fosse possível. Temari se aproximou do filhote na areia e estendeu a mão em direção a cabeça deste. – Está tudo bem. Nós vamos cuidar do seu irmão. – A voz dela era doce, algo um tanto incomum, mas Shikamaru não poderia realmente dizer que era inesperado. Temari tinha um coração muito bondoso e responsável, ela só o escondia bem por trás de palavras ásperas.

O gamo se virou para ela e soltou um balido curto e fraco, como em um pedido de ajuda. – Vai ficar tudo bem. – Shikamaru sentiu algo quente e caloroso inflar em seu peito ao ver Temari não só preocupada com os cervos de sua família, mas sendo aceita facilmente por um deles. Um dos mais ariscos, que eles tiveram dificuldades para lidar.

Shikamaru observou sua mãe improvisar uma tala de imobilização para a pata machucada de ‘Gaara’, usando faixas e dois galhos retilíneos, com bastante maestria, e se perguntou se alguma vez seu pai também sentira isso sobre sua mãe. Quando Shikamaru nascera, sua mãe já era parte do clã, e Shikamaru nunca se perguntara como seria Yoshino antes de ser uma Nara. Era muito mais fácil reclamar do jeito mandão dela do que pensar em como sua mãe se dedicava ao que fazia.

– Pronto, sua pata já está no lugar. Agora é só você não comer sua tala, até que a fratura cicatrize, ok? Coma esse aqui – Yoshino ofereceu alguns liquens de fácil digestão para o pequeno gamo, que comeu até bem empolgado para alguém tão assustado. – Você já pode colocá-la no chão. Ela precisa se acostumar a andar com a tala.

– Ela?

– Sim, é uma garota.

Shikamaru fez como lhe era ordenado, colocando o gamo a sua frente, virado para a floresta. Ela ficou em pé por si só, mas teve dificuldade para andar. Ela deu um passo desajeitado, e virou-se para os Naras que estavam atrás dela. Yoshino sorria e ofereceu mais algumas folhas, que ela pegou, mas não comeu. Tentou novamente, deu três passos e observou seus arredores. Ninguém se mexia, mas todos olhavam para ela. Ela abaixou a cabeça e então prosseguiu, um pouco mais segura, mas ainda desajeitadamente, para longe dos humanos.

– Você já pode soltar ‘Temari’, Gaara. – Gaara obedeceu, recolhendo sua areia e liberando o gamo, que correu em direção à menor, troteou em volta dela, cheirando e balindo.

...

– E ‘Kankurou’?

– Espere eles se afastarem um pouco mais. Não queremos correr o risco de ele tentar nos atacar. – Os cinco se reuniram, assistindo aos gamos se afastarem. Após eles avançarem em direção as árvores, Kankurou liberou o terceiro gamo, que bufava e grunhia em irritação, provocando-os a uma briga, mas que correu atrás dos outros dois ao ver sua ameaça não respondida.

– É isso aí! Mais uma família grande e feliz! Ou nem tão grande, e espera-se que feliz. – Kankurou restou importância ao assunto ao dizer estas palavras, guardando sua marionete.

– De novo, não graças a você. – Temari provocou.

– Vocês dois não tem solução, não é? – Kankurou e Temari sorriram em cumplicidade com o comentário do irmão mais novo. E embora o que dissera, Gaara não parecia chateado com a discussão de seus irmãos. Ele parecia até conter um pequeno sorriso sobre o comportamento deles.

Yoshino observava a interação dos irmãos da Suna com um sorriso no rosto. Shikamaru sorriu para si mesmo assistindo a todos. Tudo ficaria bem enquanto eles estivessem em família.


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