100 dias escrita por Camila Lião


Capítulo 15
Capítulo 15 - Quando tudo vem à tona


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora. ♥



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—Viollet! Há quanto tempo. Sempre soube que você iria voltar. –Disse Herick em tom de empolgação-

Herick Chevalier era um jovem de aproximadamente vinte e oito anos, amigo de Viollet desde os dez.
Alto, moreno de olhos verdes e cabelo castanho, o rapaz aparenta ter alegria por todos a sua volta.

—Achei que você não tivesse mais ninguém –Sussurou Leon no ouvido de Viollet-

—Ele é um velho amigo. Seja educado, está bem?

—Seja educado, está bem? –Murmurou Leon-

—Herick, é sempre bom poder contar com você. Tudo bem eu voltar, não é mesmo?

—Mas é claro, sempre será um prazer tê-la conosco. Quem é o rapaz?

—Ah, esse é o Leon, ele se perdeu e nos encontramos por acaso, ele é meu...

—Namorado –Leon fala rapidamente interrompendo Viollet-

Ela olha para ele com uma expressão confusa

—Entendo, parece que você realmente conseguiu continuar sua vida. Fico feliz por você, Vi. Eu acho.

—Ora, Herick, pare com isto, está bem? Já faz muito tempo

—Gostaria de lembrá-los que eu também estou aqui e gostaria de saber do que estão falando. –Se intrometeu Leon com tom sarcástico-

—Acho que não tem necessidade de entrarmos nesse assunto. Herick o meu quarto está ocupado?

—Não, está do jeito que você deixou. Mas sua cama é de solteiro, talvez o rapaz deva ficar em outro lugar, ele pode...

—Não será necessário, vou arrumar um lugar para ele –Viollet responde interrompendo Herick-

—Você quem sabe.

—Vamos, Leon?

—Obrigada por nos deixar ficar aqui –Diz Leon sorridente-

—Guarde seus sorrisos, faço isso pela Vi.

Viollet pega na mão de Leon e o guia até as escadas

—Vamos usar as escadas, acho que ele não gostou muito de você, vai que ele resolver sabotar o elevador, nunca se sabe –Disse Viollet rindo muito-

—Eu concordo –Respondeu Leon na mesma maneira-

Os dois desceram cinquenta e nove degraus até um corredor que haviam inúmeras portas, o quarto de Viollet era o último.

Era um quarto pequeno, porém, aconchegante. Havia uma cama de casal, uma penteadeira, uma escrivaninha, tudo em tons pastéis exceto o banheiro que tinha um azul vivo.

—E então? –Pergunta Viollet observando Leon sentado na cama-

—Sente-se, ou pretende ficar de pé?

Viollet puxa uma cadeira e a coloca de frente a ele.

—Já pode começar –Responde Viollet seriamente-

—Não quer beber nada?

—Até quando vai ficar de rodeios?

—Eu não estou fazen...

—É claro que está! Ouça bem, só concordei em deixá-lo vir comigo porque me prometeu que iria contar tudo o que não sei. Ou quer que eu saía por aí com você novamente correndo risco de vida?

—Você quer que eu comece exatamente por onde?

—Como você foi parar no hospital? Como conheceu o Sidney?

—Sidney e eu somos amigos desde crianças. Eu fui parar no hospital devido aos dois anos em coma que eu fiquei.

—Seja mais específico.

—Há dois anos eu estava procurando uma planta medicinal muito antiga para tentar criar a cura para uma doença que se espalhou em uma pequena cidade perto de onde eu morava. Faltava apenas ela para eu fazer um novo teste. Porém, essa planta nascia apenas em locais extremamente altos. Resumindo, eu subi em busca dela, fui descuidado, caí, me feri e entrei em coma.

—Como te encontraram?

—Sidney me acompanhou durante a viagem, foi ele que me socorreu. Algo mais?

—Você disse “Faltava apenas ela para eu fazer um novo teste”. O que quis dizer com isso? Você havia testado essa “cura” antes de estar terminada?

—Sim, eu a testei em um habitante, entretante, ele morreu e desapareceu.

—Talvez ele tenha entrado no estágio em que a pessoa morre e depois revive como zumbi. Já pensou nisto?

—Sim. Era disse que o Sidney se referia quando disse que eu sou o culpado por tudo que estamos passando.

—Você acredita nisso? –Perguntou Vi enquanto aproximava sua mão no rosto de Leon para acariciar-

—Acho que sim. Mas porque não mudamos de assunto e você me conta mais sobre o seu amigo? –Ele retira a mão dela e beija carinhosamente-

—O Herick? Não tenho nada de interessante para contar. Crescemos juntos, namoramos, não deu certo e cada um foi para o seu lado, eu saí do abrigo e fui me aventurar.

—Isso parece meio contraditório. Achei que você tivesse sido sempre sozinha.

—Vamos dormir? Tenho que arrumar um lugar pra você descansar. Acho que vou forrar o chão com cobertor para você, tudo bem?

—Tanto faz.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido até aqui. ♥



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