Any? –Diz Mia com a voz trêmula ao ver o rosto ensanguentado de colega de trabalho-

Ao tocar a pele da amiga, ela percebe que deixou um rastro de sangue, olha então para suas mãos que estão cobertas por ele, grita o mais alto que pode e apaga.

Ao acordar percebe que não está mais no local do acidente, os destroços não estão mais ali. Mas como ela poderia ter mudado de lugar estando desmaiada? É um lugar escuro e frio, seu corpo está congelando. As roupas das malas seriam úteis agora.

Ela levanta meio tonta, não consegue enxergar nada, não há nenhuma luz, estica os braços e sente uma parede, parece ser uma caverna. Apoiando-se na parede ela anda até achar um buraco que parece ser uma saída para a floresta.

Ao sair ela observa em volta, apenas árvores e aquela caverna.

—Meu Deus, não é possível, não pode ser –Ela diz quase sem voz- É aqui que eles ficam durante o dia, mas como está escuro, eles não precisam se esconder. Mas, porque não me mataram?

Ela olha para o céu, aparentemente amanheceria em breve, não seria uma boa ideia estar ali quando os zumbis voltassem para escapar da luz do sol.

Mia olha para todos os lados, mas só existem árvores em sua volta. O máximo que ela consegue ver é algo que parece ser uma estrada. Identificar as coisas com apenas a luz da lua é algo extremamente difícil.

Ela corre em direção a estrada que é composta por cascalhos.

—Graças a Deus, rastros de carro eu acho –Ela sussurra-

Ela corre até chegar em um portão que tem uma extensão imensa. É composto por barras que parecem muito fortes e cercas altas.

—Socorro!

Ela chacoalha o portão com todas as forças que restaram, até ver que uma luz distante acendeu e alguém saiu.

Um rapaz se aproxima do portão.

—Mia?