Clichê escrita por Sabsyoda


Capítulo 3
Spoiler


Notas iniciais do capítulo

Bem, essa é realmente uma short-fic. Eu pensei seriamente em parar nesse cap mas ia ficar muito vago, então, eu acho que esse é o penúltimo capítulo. O ultimo ainda vai demorar mais um pouquinho pra sair porque tenho que arrumar umas coisas nele ~tipotudoqqqq~



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Depois daquele dia na doceria, eu não falei mais com Kyungsoo. Nem mesmo com Jongin, Lay ou Baekhyun, apesar de os mesmos tentarem algum contato comigo. E já se passara uma semana. Sim, eu estou evitando falar com eles, na realidade, a única pessoa com quem mantenho contato é Sehun mas como ele já está na faculdade, nem sempre tem tempo para vir conversar comigo. O problema maior é na escola, quando Kyungsoo tenta vir falar comigo usando aquela voz doce, parecendo preocupado comigo, se é que ele realmente se preocupava, pois agora só tinha olhos para Hyerin. Na verdade, ele criou uma outra vida e infelizmente nessa vida não tem espaço para mim.

Nesse instante eu me encontro sentada sozinha em uma mesa durante o intervalo. Como o lanche que comprei sem ao menos prestar atenção que era, não consigo prestar atenção em nada mais, pois tudo o que consigo fazer é pensar, pensar e pensar. E é isso que me mata cada vez mais lentamente. Eu só consigo pensar nos "e se...", e isso me deixa agoniada, me tira o sono de noite e provavelmente agora eu devo estar com enormes olheiras embaixo dos olhos. E se Kyungsoo tivesse percebido meu amor? E se eu tivesse tomado coragem e contado tudo para ele? E se ele namorasse comigo? E se não namorasse? E se me recusasse? Bem, seria melhor do que ficar sofrendo por algo que nem tenho. Eu sou uma trouxa, com toda a certeza do mundo, pois eu só estou me afundando mais e mais e nem preciso de ajuda para fazer isso, eu mesma faço isso comigo ao pensar em tudo o que eu poderia passar ao lado de Kyungsoo. Eu poderia dormir em sua casa sem parecer desrespeitoso para uma menina fazer isso pois eu não seria qualquer menina, eu seria sua namorada, eu poderia sair com ele sempre que quisesse e lhe encher de mimos, poderia fazer planos para o futuro com ele, beijá-lo sempre que tivesse vontade, abraçá-lo sem nenhum motivo em mente, tocar seu corpo apenas por curiosidade, mandar mensagem a cada cinco minutos, acordar com um bom dia e dormir com uma boa noite vindo dele. Ou não. Se Kyungsoo me rejeitasse logo, quem sabe eu não esqueceria esse amor que sinto por ele, para então limpar meu coração para outro rapaz. Eu poderia estar agora mesmo sendo feliz com outra pessoa que me veria como a primeira opção para tudo, que me faria sentir como se eu precisasse de proteção e quisesse ser protegida por ele. Eu me privei de tantas coisas por ele, mas no fim valeu a pena?

Sim, a resposta apesar de tudo sempre vai ser sim.

Hyori.

Um arrepio percorreu minha espinha. Isso sempre acontecia quando ele usava esse mesmo tom autoritário para me chamar. Eu mais senti do que vi a aproximação de Kyungsoo, pois sempre foi assim, eu conseguia senti-lo se aproximar porque algo me liga a ele.

— Hyori, você está bem?

Continuei a olhar para meu lanche, despedaçando-o com os dedos sem realmente comer algum pedaço.

— Você parece bem pensativa. No que tanto pensa?

Despedacei todo o lanche e passei a olhar para a caixinha de suco. Será que ele não percebera que eu não quero ser incomodada?

— Pelo amor de Deus, fale alguma coisa! — a mesa tremeu. Olhei para Kyungsoo e percebi que isso aconteceu pois ele bateu os dois punhos na mesa, sua expressão em uma mistura de agonia e tristeza — Diga algo, por favor.

— Eu acho que vai chover amanhã — comento tão baixinho que tenho dúvidas de que ele realmente me escutou. Paro de olhar para ele e olho para a janela do refeitório. Está chovendo hoje. Suspiro e continuo olhando as gotinhas descendo pela janela, uma a uma desaparecendo no final.

— Por que você está assim? Seus olhos, eles costumavam a ser a parte mais bonita de seu rosto...Mas agora, eles estão tão frios. E suas palavras...— olho para Kyungsoo que balança a cabeça negativamente — O que aconteceu com você, Hyori?

Você. Você aconteceu. Mas é claro que eu não disse isso. Apenas me limitei a sorrir, ou tentar sorrir.

— Droga, por que parece que toda conversa que temos é forçada? Você não quer mais minha amizade, é isso? — ele passa as mãos pelo cabelo, em um ato de nervosismo — Por que eu sinto que você está se distanciando de mim?

— Você sabe o que significa clichê? — questiono, olhando para minhas mãos em cima da mesa — É uma ideia previsível, algo que desgastou-se com o tempo e perdeu o sentido pois é repetitivo. Algo cansativo, trivial.

— Você não respondeu minhas perguntas — ele diz, a irritação presente em sua voz.

— Mas é claro que respondi — dessa vez tento sorrir, todavia, não sei se tenho sucesso no que faço — a vida é um clichê. Um dos piores clichês que se pode ter, pode apostar. Ela vai te desgastando e desgastando com algo tão banal que no final você fica cansado. A vida cansa, essa é a dura realidade.

— Do que você está falando? — Kyungsoo parecia prestes a explodir. Suas sobrancelhas franzidas enquanto mordia seu lábio inferior, me encarando severamente.

De tudo — dou uma risada sem graça e então o encaro de volta, sem expressão — Você se lembra de quando nos conhecemos na escola, aos seis anos? Eu tive medo de entrar na sala no primeiro dia de aula mas então você se aproximou de mim, disse que eu não tinha que temer nada e então pegou na minha mão e me levou para dentro da sala. E quando eu ralei meu joelho brincando no quintal da casa de Jongin e você lavou meu machucado e por fim deu um selinho nele, dizendo que tudo ia ficar bem? Eu me lembro desse dia. Quando nós fomos a primeira vez no cinema e você me deixou escolher o filme e por isso assistimos a melhor comédia romântica da minha vida, quando estava chovendo e nós estávamos saindo tarde de uma lanchonete e você me emprestou o seu casaco para me cobrir da chuva, quando prometemos que iriamos ser amigos para sempre durante nossa viagem a praia...

— Por que você está dizendo essas coisas?

— Porque nós não temos mais isso — digo, a voz saindo meio sufocada — Você não vê o clichê nisso? Nós só estamos nos desgastando mais e mais e isso só nos faz mal.

— Eu realmente não faço ideia do que você está falando, quero dizer, eu ainda sou seu amigo...— Kyungsoo tentou alcançar minhas mãos, mas eu as puxei para meu colo.

— Você tem certeza? — questiono, um sentimento horrível se apoderando de mim. Tristeza, solidão — Porque não isso o que parecia na quarta feira passada.

— Você...— Kyungsoo dá uma risada sem graça, suas mãos se fechando em punhos — Você está assim só porquê não te chamamos para ir no Case Tabs com a gente? Não, espera, você está insinuando que esse drama todo é só por causa daquilo? Eu não te entendo, Hyori. Você para de falar comigo, com Jongin, recusa o cargo de presidente do grêmio, começa a faltar na escola e não dá explicação, e isso tudo só porquê não te chamamos para sair?

— Na primeira semana do seu namoro com Hyerin, o que foi que eu fiz no meu tempo livre de tarde? — indago, mexendo as mãos em um tique nervoso.

— Como? — os olhos de Kyungsoo se arregalam mais que o normal.

— Exatamente o que você ouviu, o que foi que eu fiz? — Kyungsoo me encara sem saber o que responder. Sorrio — Nada, eu fiquei gripada por uma semana porque peguei uma chuva no caminho pra casa. Você sabe como eu passei o meu final de semana passado? Provavelmente não, mas saiba que não foi nada legal pois meus pais inventaram de brigar mais uma vez e você sabe o que acontece quando eles brigam, não é? Colocam toda a culpa em mim.

— Por que você não me...

— Por que eu não te disse? — paro de morder o lábio inferior e dou uma risada um tanto quanto triste — Ah, vejamos, talvez porque você não ouve mais nada do que eu digo, seja por mensagem, pessoalmente...Você não tem mais tempo para mim nessa sua nova fase da vida. Pode até parecer meio dramático o que digo, mas é a verdade. E eu sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde, aliás, não sei como não aconteceu antes já que aparentemente eu não sou uma pessoa tão legal assim, não é?

— V-Você ouviu o que nós dissemos na doceria? — ele perguntou mais para si mesmo do que para mim — Droga, é claro que ouviu, e-eu, quero dizer, nós, nós não quisemos dizer aquelas coisas na maldade...

— Você se lembra da promessa que fizemos? — silêncio — Você se lembra?

Kyungsoo engoliu em seco e suspirou, passando a mão em seu cabelo.

"Amigos para sempre, não importa o que acontecer" — ele sussurrou.

— Eu não entendo...— minha voz saiu trêmula — Nós nos esquecemos dela?

— Não! — Kyungsoo levanta-se da cadeira e se agacha ao meu lado, segurando minhas mãos entre as suas — Não, nós não nos esquecemos dela...

— Nos esquecemos dela porque agora ela não serve mais, não é? Estamos ocupados com outras coisas.

— N-Não diga isso, por favor, não é verdade. Não há verdade nessas suas palavras frias — ele aperta minhas mãos e eu sinto vontade de abraçá-lo. Ah, Deus, como eu quero abraçá-lo.

— Então, estamos ocupado esquecendo? — questiono e Kyungsoo para o aperto em minhas mãos — É isso, não é?

— Não sei do que você está falando — sua voz não tem mais nenhum sentimento, é apática.

Respiro fundo mas isso só me deixa mais agoniada, tenho medo de que um soluço possa escapar de mim. A promessa que fizemos, nos esquecemos dela porque estamos ocupados ou estamos ocupados esquecendo dela? Eu consigo ver a resposta bem à minha frente.

— Ela pediu isso? — pergunto, apenas sentindo o calor de suas mãos — Ou foi você que decidiu se distanciar?

Maldito sentimento que me sufoca! Por que tem que ser tão difícil? Por que tenho que me sentir desse jeito? Eu consigo ver a qual final essa conversa vai nos levar. E eu não quero ver.

— Eu decidi tratá-la como minha amiga...— ele suspirou profundamente enquanto olhava para baixo, para depois olhar dentro de meus olhos — Nós somos muito íntimos, Hyerin, ela não tem confiança em si mesma. Eu sei que ela acha que a qualquer momento vou trocá-la por alguém e o fato de você ser minha amiga não ajuda. Me desculpe por não ver que estava te deixando tão de lado, Hyori, mas acho que você se acostumou com algo que não era realmente uma amizade, então agora, eu quero ser amigo como devo ser.

Mas eu vi. Em cada ação dele, desde o momento em que ele veio sentar-se aqui até agora, eu consigo ver o spoiler anunciando nosso fim, o fim de algo que não era para existir.

Eu te amo.

Silêncio. A pior resposta que existe para qualquer pergunta, o cruel silêncio que aniquila meu coração. Sou capaz de ouvir suas palavras não ditas "Mas eu não te amo. Me desculpe". Meu amor sempre foi e sempre será unilateral por mais que eu tente fingir que não, a fantasia na qual eu o prendi não irá se concretizar pois o que ele planejou para mim não é o que eu quero. Está tudo errado, esse momento está errado. Todavia, o que posso fazer? Não quero que minha vida se torne um clichê neste momento, mas aqui estou eu sofrendo pelo meu melhor amigo, tem algo mais comum que isso? Quando pequena eu só queria ter um romance igual ao dos filmes, será que esse é o meu castigo agora? Porque eu sempre pensei que ter uma história clichê seria a melhor coisa que poderia acontecer comigo mas neste instante vejo o quão tola eu fui. Clichê é somente uma repetição de cenas que vão te sufocando, problema em cima de problema, dor em cima de dor, pior do que tudo que se possa imaginar, porém, uma vez que você entra em um clichê não é possível parar as cenas, elas vão continuando até te afundar.

— Eu não posso, isso é...— suas mãos soltaram as minhas e ele sentou-se no chão, olhando para baixo — Por que? Por que você tem que me amar desse jeito? Não é certo, Hyori.

— Me desculpe — as lágrimas começam finalmente a cair. Um soluço escapa — Se eu pudesse, eu tirava esse sentimento de mim mas eu não consigo.

Eu jamais vou ter meu romance de filme com Kyungsoo pois não passamos nem da primeira cena, o fim aconteceu antes do previsto, ou talvez, esse fosse o previsto. Uma hora ou outra isso aconteceria, provavelmente só escolhi a pior hora para que ocorra.

— Eu não posso continuar sendo sua amiga, Kyungsoo — minhas poucas lágrimas se transformaram em muitas, eu já tenho um, dois, três soluços. Tento respirar para conseguir terminar de falar, mas minha respiração sai entrecortada. Tento mais uma vez — Não posso continuar sendo sua amiga depois disso.

Uma simples mentira. Algo que eu sei que irá me matar de pouco em pouco. Mas eu sei que é o melhor a se fazer, o melhor a se fazer para ele e para mim, não vou conseguir ficar com essa dor em meu peito por muito tempo, se eu me afastar, talvez eu o esqueça. Mas por que só de pensar na ideia dele me esquecer eu já fico mal? Eu posso estar desistindo muito fácil, talvez ele sinta algo por mim...

Kyungsoo-yah, você está bem? — Hyerin aparece em frente a nossa mesa. Seu rosto demonstra preocupação ao passar o olhar de Kyungsoo até mim.

Não. É claro que não, por que eu insisto em ter esperanças?

Percebo que não é só eu que choro compulsivamente, Kyungsoo também possui lágrimas escorrendo por seu rosto, e todos nos observam.

— Acho melhor eu ir, logo mais tocará o sinal — minha voz sai trêmula e eu tento dar um sorriso, porém, só mais lágrimas escorrem por meu rosto. Pode doer o que estou fazendo, mas é o certo — Até mais, Kyungsoo.

"Mesmo que eu me esqueça de você, não se esqueça de mim. Por favor, nunca se esqueça de mim" era tudo o que eu pensava até ser interrompida por alguém chamando meu nome. Encontro-me sentada no balanço que possuo no quintal da minha casa, e quando olho para cima, vejo um Sehun em pé me estendendo um bubble tea.

— Você está acabada — ele comenta assim que pego o bubble tea e senta-se no balanço do meu lado.

— Ah, obrigada por essas palavras acolhedoras — tento sorrir mas não acho que dá certo, ultimamente não consigo mais sorrir como antes — Bem, eu fiz o que tive que fazer.

— Você os separou? Sério? — Sehun arqueia as sobrancelhas em surpresa. Dou uma leve risada, só ele para me fazer rir nessas horas.

— Não, eu me despedi — mordo o lábio inferior para evitar chorar pois sinto a vontade vindo — Me declarei e então me despedi.

— Ah...— diz, tomando um gole de seu bubble tea — Bem, acho que você fez o certo.

— Você diz isso porque quer me ver sozinha para ter uma chance, sua opinião não conta — resmungo, tomando um gole do meu bubble tea. O gosto do chá de morango invade minha boca.

— Talvez, mas mesmo que eu não tivesse interesse algum, ainda acho que fez o certo — ele dá uma risadinha.

— Se isso é o certo, por que me sinto tão mal? — questiono, suspirando. Realmente pensei que assim que viesse para casa a dor passaria, mas só pareceu aumentar ainda mais.

— Porque o correto é o que mais machuca — ele vira-se para mim com um sorriso em seus lábios — Não esquenta, uma hora vai passar toda a dor.

— Uma hora, que animador.

— Bem, até lá conte comigo para o que der e vier — Sehun segura minha mão livre e a aperta, levando-a até seus lábios onde deixa um singelo beijo — Como por exemplo, ser seu acompanhante do baile.

— Baile, que baile? Você acha que eu vou no baile da minha escola? — dou uma risada sem graça — Pra que? Para vê-los sendo extremamente felizes na minha cara? Não, obrigada.

— Vamos, pare de ser tão chata — Sehun chacoalha nossas mãos — Não vai te fazer mal pensar só um pouquinho em você mesma nesse final de mês.

— Eu não sei se vou conseguir ir — meu suspiro sai tremido. Droga, ainda estou tão abalada com hoje mais cedo — Talvez melhore se eu somente ignorá-los.

— Acho meio difícil, já que além de estudarem na mesma escola, estudam na mesma sala.

— Droga, Sehun! Me diga algo que eu não saiba! Você não acha que eu não sei disso? — extrapolei e a vontade de chorar voltou com mais força do que antes, comecei a fungar — Eu não quero sentir essa dor que espreme meu coração até fazê-lo sangrar, isso é tão agoniante, eu só quero que pare.

No segundo seguinte eu fico descontrolada. O choro está pior do que o que tive na escola, não consigo pronunciar sequer uma palavra e só sai sons de lamentos quando abro a boca, não consigo enxergar Sehun direito pois minha visão está borrada pelas lágrimas que saem e eu acabo derrubando meu bubble tea no chão, o que me faz chorar ainda mais.

— Eu estou tão cansada...— digo mas não sei se ele me entende. Bem, se me entendeu ou não, nunca vou saber, todavia, Sehun puxa meu rosto para seu peito e me abraça de um jeito torto pois ainda estamos sentados no balanço.

— Shhhh...Respira, Hyori. Isso, respira — começo a respirar fundo mesmo que minha respiração saia entrecortada e tento me acalmar — Não fique assim, okay? Você fica realmente acabada quando chora — dou uma risada em meio ao choro — Mas sério, não fique assim. Isso vai passar, eu te prometo. Ele vai te esquecer e você vai esquecê-lo e assim vão conseguir seguir em frente, você vai achar um cara que vai gostar mais do que esse tal de Kyungsoo e você vai ficar bem, pois vai ser a primeira opção dele para tudo, vai ser o amor dele. Então, por favor, não fique assim.

— Eu não posso deixá-lo ir, eu fiz um erro, eu...— tento sair do abraço de Sehun mas o mesmo só me abraça mais forte.

— Você fez o certo. Vai ter que aprender a deixá-lo ir, Hyori.

Continuo chorando no peito de Sehun por um bom tempo e depois que me acalmo conversamos somente um pouco pois ele tem que ir embora, e assim, eu volto a ficar sozinha. Passo o resto da tarde em meu quarto, pensando em Kyungsoo, sentindo o cheiro dele que parece que se impregna em mim, lembrando de tudo o que passamos, de nossa promessa.

Não me esqueça, K-Kyungsoo, p-por favor...— digo cobrindo minha boca com minha mão direita. Sinto as lágrimas quentes escorrerem por meus dedos, minha palma da mão.

Eu choro. De novo e de novo e até mesmo quando penso que não vai sair mais nenhuma lágrima, elas escapam. Eu choro porque eu sei que amanhã ele vai respeitar minha decisão e não vamos ser mais amigos. Eu choro porque eu não quero esquecer dele mesmo que seja o necessário, eu choro porque ele é o meu melhor amigo e meu primeiro amor, choro porque tenho que aprender a deixá-lo. Eu choro porque ele vai se esquecer de mim e eu absolutamente não quero isso, mas novamente, eu consigo ver o spoiler me alertando o fim, choro porque queria ter mais do que metade de uma cena com ele, porque não quero perder nenhuma cena, porque apesar de tudo, ainda o quero para mim.

Seria esse o nosso final?


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