Shadows of the past escrita por larissabaoli


Capítulo 47
Capitulo 47




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Eu me levantei rapidamente, mas ainda estava sobre efeito das endorfinas e Dane teve que me segurar, levantando também e se pondo em minha frente, enquanto eu percebia que estava sem blusa e apenas de sutiã na frente de Eddie.

Eu me sentia horrível. Enquanto vestia a blusa, a realidade me atingiu como o tapa que eu queria dar em mim mesma e eu percebi tudo o que tinha acabado de fazer. Eu tinha me rebaixado de maneira vergonhosa, eu tinha feito tudo o que eu mais julgava na vida. O que porra havia de errado comigo?

– Jill, me desculpe. – eu ouvi Dane dizer, quando eu mesma não conseguia falar mais nada. – As coisas saíram do controle – "Eu fiquei fora de controle", eu pensei – e eu sinto muito.

Eu olhei para Jill e ela parecia constrangida, mas também parecia estar prendendo o riso.

– Tudo bem, Dane. Só... tentem chegar até o quarto da próxima vez. – ela disse e riu, puxando Eddie para o quarto.

Eu não ousei olhar para Eddie. No momento, me sentia envergonhada demais para isso. Quando Jill fechou a porta, Dane se virou para mim novamente.

– Ana, você está bem? – ele disse e então tentou tocar meu rosto, mas eu segurei seu pulso.

– Você precisa ir. – eu disse.

Dane parecia chocado com minha reação.

– Eu... eu sinto muito. Eu achei que você quisesse. Se você tivesse me dito-

– Eu queria! Eu quero! E é essa a questão! – eu tentei não gritar. – Eu não deveria querer algo assim. Não depois de tudo que já aconteceu comigo.

Eu fechei os olhos e de repente tudo aquilo era demais para mim. As lembranças terríveis de Rolan e do tempo em que eu passei no hospital sofrendo com abstinência da sensação que as mordidas me davam quando eu nem sabia o que estava acontecendo.

– Por favor, Dane. Me deixe sozinha. – eu disse e então fui para o quarto, trancando a porta e me encostando nela. Eu me encolhi ali e deixei que as memorias me torturassem pelo resto da noite.

Quando acordei com o sinal que me informava o inicio do horário do treinamento, xinguei alto enquanto me levantava rapidamente do chão. Eu tinha dormido encostada a porta e estava agora estava atrasada. Depois de tomar uma ducha e me vestir da maneira mais rápida que eu conseguia, eu pulava em um pé só enquanto tentava calçar a bota que usaria e então abri a porta, o que fez com que Dane caísse literalmente aos meus pés.

– O que está fazendo? – eu perguntei sem entender.

Ele se levantou assustado e tentou se por de pé rapidamente, passando a mão em sua boca e coçando os olhos.

– Você dormiu aqui? – eu continuei perguntando e então ele acenou, dando um bocejo. – Jill já está acordada?

Dessa vez ele balançou a cabeça e se espreguiçou.

– Por que você dormiu aqui, Dane? – eu suspirei exasperada e comecei a digitar uma mensagem em meu celular para que Jill acordasse.

– Porque nós precisamos conversar. – ele disse e então eu tirei os olhos do celular para enxergar seus olhos que me encaravam.

– Não, nós precisamos esquecer o que houve ontem. Eu preciso esquecer o que houve ontem. – eu disse, terminando de enviar a mensagem para Jill.

– Ana, não vai conseguir fugir e esquecer tudo sempre que acontecer de ruim na sua vida. – ele disse se aproximando, mas eu dei um passo para trás hesitando.

– Eu tenho quase oito anos da minha vida que dizem o contrário. – eu ironizei.

– É, porque deu incrivelmente certo você fugir ou ir embora todas as vezes, não é mesmo? – ele cruzou os braços e sua voz ficou fria. – Até quando vai fugir, Anastacia?

– Não me dê lições de moral quando você não consegue controlar sua vida também, Dane. Teto de vidro é uma coisa perigosa. – eu disse estreitando os olhos.

– Então é isso? Agora você está falando comigo, mas se eu não tivesse dormido aqui, você iria acordar e simplesmente fingir que nada aconteceu e talvez me ignorasse? Por quanto tempo dessa vez? Ou você só fugiria novamente?

Eu trinquei os dentes e urrei exasperada, entrando no quarto novamente e tentando prender meu cabelo, terminando de me ajeitar enquanto Jill não saia do quarto.

– Dane, você não deveria ter ficado aqui. Eu pedi para você ir embora. – eu disse.

– E isso é outra coisa que sempre acontece, não é mesmo? Sempre que as coisas ficam difíceis, você se afasta e me manda ir embora.

Eu estava com a escova de cabelo na mão e a pressionei com mais força, tentando me controlar, mas a escuridão veio com força mais uma vez.

– Ana, está tudo bem? – eu ouvi a voz de Dane em algum lugar e então senti sua mão tentar segurar a minha, mas antes que eu pudesse controlar, eu me desvencilhei e joguei sua mão para longe o empurrando, fazendo um movimento com a escova como se ela fosse uma estaca e se não fosse pela telecinese de Dane, jogando a escova para longe e fazendo com minha mão ficasse suspensa no ar, eu talvez o tivesse o perfurado no coração. – Anastacia!

Eu o ouvi gritar e então escutei o barulho oco que a escova fez ao entrar com o cabo na parede do quarto e isso fez com que as coisas voltassem às cores normais. Eu observei a escova pendurada ali e então encarei Dane que estava encostado ao armário e parecia ofegante.

– Eu sinto muito. – eu soltei e então recuei, enquanto Dane mais uma vez se aproximava. – Não encoste em mim. Eu não sei o que aconteceu, eu sinto muito.

Eu olhava pra minhas próprias mãos, para a escova na parede e para Dane que se aproximava com as mãos para cima como se eu fosse algo a se temer.

– Anastacia, essa foi só a sua escuridão que tomou conta de você. Essa não é você de verdade. Olhe para mim. – ele disse e então segurou meu rosto em suas mãos – Eu estou bem, nada aconteceu. Você só precisa se acalmar e se controlar.

Eu deixei que ele usasse o espirito para me acalmar e isso fez com que as coisas clareassem um pouco. Eu o tinha atacado. Eu precisava de ajuda.

– Dane, por favor, não conte isso a ninguém.

Ele pareceu hesitar.

– Somente por essa semana. Eu vou me controlar e se eu... se as coisas ficarem ruins, você pode usar tudo que quiser para me controlar, só... não conte a ninguém. Pode me prometer isso?

Eu não queria que Janine ou Rose se decepcionassem, já que eu estava indo tão bem, eu não queria que Jill soubesse o quão louca eu estava e com certeza eu não queria que ninguém soubesse que eu estava atacando pessoas sem saber o que estava fazendo. Eu agora tinha outra pessoa para vigiar. Eu mesma.

– Eu prometo. – ele disse por fim e então me abraçou, me acalmando até que eu ouvi a porta de Jill abrir.

Durante a semana inteira o hotel parecia cada vez mais lotado e eu cada vez mais paranoica. Todos os dias, enquanto saia com Jill e Dane, eu me certificava que nós ficássemos sempre em lugares abertos, claros e com poucas pessoas e provavelmente estava dando nos nervos de Jill, já que eu só a deixava sozinha para falar ou se aproximar de Eddie depois que o sinal para o termino do treinamento soava. Em meio a isso eu também tinha Dane me analisando o tempo inteiro e isso era uma das coisas que me irritava, mas eu sabia que era um mal necessário. Sempre que eu me sentia em pânico, ao assistir os guardiões disfarçados de Strigois atacarem os alunos e via-os perder ou ganhar, ele usava o poder do espirito para me acalmar. Em resumo, tudo estava sendo extremamente cansativo para todos nós e o que tinha tudo para serem férias maravilhosas, estava se tornando um pesadelo que eu não via a hora de acabar, mas aparentemente duraria uma semana a mais.

Janine, Rose e o resto das pessoas da Corte ficariam por mais uma semana no resort, mas poucos sabiam o motivo. Eu até tinha tentado conseguir alguma informação com Rose, mas ela insistia que isso era “assunto confidencial da rainha” e que quando pudesse, ela me contaria tudo.

Faltavam poucas pessoas da minha turma para serem testadas, eu era uma delas. Jessica tinha conseguido êxito e vencido Yuri, o guardião que lhe atacou, embora tivesse se machucado de verdade enquanto lutava, tendo uma torsão no braço esquerdo, mas agora já estava bem e andava por aí mesmo com o braço na tipoia e se recusando a largar a missão antes do final da semana. Matt, falhou em sua missão na primeira vez, mas deu bastante trabalho ao seu “Strigoi” e isso tinha me deixado orgulhosa. Eu me prometi mentalmente ajuda-lo no próximo semestre, talvez usando o primeiro tempo onde agora eu treinava sozinha.

O que houve na noite de domingo, não foi mencionado nem por mim e nem por Dane, mas na primeira vez que ele foi se alimentar na semana, eu senti uma sensação amarga e rancorosa dentro de mim que ele provavelmente percebeu em minha aura. Eu senti ciúmes do alimentador e me odiei por isso. Dane também cumpriu com a promessa de não contar a ninguém que eu o ataquei e eu agradecia por isso. Eu sabia que estava fora de controle e assim que essa semana acabasse, eu iria procurar Deirdre e pediria a Lissa para me conseguir um amuleto para controlar a escuridão.

O problema é que a semana parecia interminável e os dias pareciam mais longos que o normal. Seis horas pareciam ser muito mais que um quarto do dia e era sobre isso que eu pensava enquanto estávamos reunidos, no final do dia, quando a noite já estava caindo e fazendo planos para o final de semana. Logan estava convencendo Dane a irmos até a cidadezinha próxima ao resort para fazermos uma festa livre de guardiões e autoridades. Jill, Gwen, Nolan e Matt eram a favor. Eu estava me perguntando como exatamente faríamos uma festa de dhampir e Morois no meio de humanos e talvez até com eles como convidados, quando já estava ficando tão difícil manter esse resort em sigilo. Os poucos humanos que trabalhavam no resort, como a cabeleireira que tinha me atendido no final de semana, estavam sofrendo compulsão enquanto estávamos ali, sempre que viam ou ouviam algo que não deveria ser visto ou ouvido, mas pelo menos até agora não tinha havido casos de acidentes ou de nenhum Moroi idiota ter tentado usar um humano para se alimentar. O resort era uma grande área e a maioria da parte de lazer era aberta a todas as pessoas, mas o local onde estava o hotel, estava fechado e sendo utilizado apenas pela Corte e a escola. Só Lissa e sua guarda, já ocupavam um andar inteiro de um dos prédios onde estávamos instalados.

– Oh, Ana, vamos lá! Convença Dane a ir! Você pode ser a babá dele e não o deixar beber, mas vamos mesmo assim! Vai ser legal! A despedida das férias! – disse Logan pondo a mão em meu ombro. – Não vai querer ter passado duas semanas da sua vida só sendo babá em um lugar lindo como esse, certo?

Eu revirei os olhos e suspirei. Logan às vezes era cansativo, mas eu gostava que ele fosse um bom amigo para Dane ou pelo menos servisse de companhia.

– Tudo bem. Se conseguirmos sair vivos dessa semana, estou dentro. – eu disse por fim.

Dane também acenou e assim estaria marcado. Seriamos provavelmente nove pessoas se Jill conseguisse convencer Eddie a ir e eu tinha quase certeza que ela conseguiria.

Depois que Logan, Gwen, Nolan e Jill combinaram algumas coisas para a festa, eles foram embora, sobrando apenas eu, Jill e Dane novamente.

– Sabe, ainda bem que você topou ir nessa festa, porque sinceramente, você tem estado um pouco estressada. – Jill disse, segurando meu braço como sempre fazia.

– Obrigada pela sinceridade. – eu disse azeda.

E então eu ouvi um barulho e Dane gritou:

– Cuidado!

Da arvore por onde passávamos, dois guardiões desceram. Provavelmente já estivessem ali há tempo suficiente e esse era meu teste. Eu protegia dois Morois então era óbvio que me fariam lutar contra dois “Strigois”, e só agora eu tinha percebido. Em questão de segundos eu me coloquei na frente de Dane e Jill e analisei o local. Nós estávamos em campo aberto e graças a uma pausa que a neve tinha dado essa semana, alguns dhampirs resolveram fazer uma fogueira e estavam próximos ali. Era obvio que agora que nós estávamos sendo atacados, era só questão de tempo ate que a atenção deles fosse focada em nós, mas não era isso que me interessava agora.

– Andem comigo, para onde eu estiver indo. Dane, proteja Jill. – eu falei e então um dos Strigoi partiu para o ataque, eu o bloqueei e em segundos o outro também veio, começando uma luta e fazendo todos começarem a parar para observar.

Como eu tinha pedido, Dane segurou Jill, a pondo atrás de si mesmo e conforme eu me movia para trás, sempre puxando os Strigois para perto da fogueira, Dane e Jill também andavam atrás de mim, chegando mais próximo também. Os Strigois atacavam, mas eu já tinha visto pior. Eu já tinha estado no pior. Aqueles eram guardiões. A velocidade deles era boa, mas não se comparava a um Strigoi de verdade. Na maior parte do tempo eu trabalhei na defensiva, recebendo alguns golpes, mas mais por ter que ficar olhando se Jill e Dane já estavam próximos o suficiente da fogueira. Eu não usaria a estaca de madeira que me foi dada para o treinamento agora. Eu iria usar o que eu tinha no momento. Eles eram dois e eu só tinha uma estaca. Eu não perderia tempo tentando vencer um no braço, enquanto corria o risco do outro se aproximar de Jill e Dane e sendo assim, trabalhei mais em distração e me manter na defesa. Então quando chegamos ao lugar onde a fogueira estava, as pessoas se afastaram e formaram uma espécie de circulo ao nosso redor e enquanto recebia um golpe, eu desviei do Strigoi que tinha partido para me atacar achando que eu estava indefesa por não ter puxado a estaca ainda, puxei meu canivete sem abri-lo, mas simulando que eu estava cortando sua garganta e o joguei na fogueira o segurando pela camisa logo em seguida antes que ele caísse por saber que ali era apenas um guardião. Pronto, lá se fora um dos Strigoi. Na mesma velocidade eu me levantei e puxei o outro que estava começando a correr para atacar Dane e Jill e com um dos golpes que Meredith tinha me ensinado eu o parei, montando em seus ombros e o fazendo cair para enquanto ele se virava, puxar minha estaca e finalmente simular crava-la em seu peito.

Eu me levantei ofegante e ajudei o meu segundo Strigoi a levantar, mas me sentia pronta para outra e logo ouvi os aplausos das pessoas ao redor, incluindo Dane e Jill.

Quando o primeiro Strigoi tirou a mascara, eu vi o rosto de um guardião da Corte que eu não reconheci pelo nome, mas já tinha o visto algumas outras vezes. O segundo, na verdade era Jean que parecia impressionada e me abraçou de lado, me dando parabéns.

– Meredith vai ficar orgulhosa quando eu contar sobre isso. – ela disse.

– Eu duvido. – rebati brincando.

E então eu ouvi o som estridente do sinal para avisar que o horário do treinamento havia acabado e o outro guardião se aproximou de mim.

– Você foi boa no combate, no raciocínio rápido, mas não posso deixar de criticar suas ações enquanto a luta acontecia e não posso deixar isso de lado na hora de dar o seu relatório. – ele disse simplesmente.

Eu ouvi calada e tentei refazer tudo o que tinha acontecido até agora sem entender o que eu tinha feito, por fim, enquanto o guardião saia, eu não consegui resistir e o segui, com Jill e Dane atrás de mim até o que era o novo QG dos guardiões no resort.

– Sr... – eu chamei, mas não conseguia lembrar seu nome.

– Guardião Stone. – ele respondeu quase grosseiramente.

– Guardião Stone, - eu corrigi – pode me dizer quais foram minhas ações erradas durante o combate?

E então eu vi Rose e Dimitri chegarem também.

– Você foi testada hoje? – perguntou Rose. – Oh, cara! Eu não acredito que perdi isso! Como foi?

Eu hesitei em falar e dei de ombros, me virando para o guardião Stone que se mantinha me encarando com uma carranca.

– Você foi avisada da nossa chegada pelo seu Moroi, eu esperava mais de uma guardiã em guarda. No mínimo você deveria ter nos ouvido chegando.

– Eu ouvi. – eu respondi sinceramente e ele continuou como se eu não tivesse interrompido.

– “Dane, proteja Jill.”. – ele disse secamente. – Você pediu a um dos seus Morois para proteger o outro. Esse outro era a princesa Jillian. Você acha que foi inteligente da sua parte fazer isso? E se o seu outro Moroi enlouquecesse e atacasse a princesa? E se você morresse em combate? O sr. Zeklos que seria o encarregado da proteção da princesa? Me diga, srta. Hathaway, você acha que o sr. Zeklos seria capacitado para protege-la?

Eu não sabia o que responder e de repente me senti envergonhada e estupida pelo que tinha feito.

– Eles eram sua responsabilidade. Sua e de mais ninguém. Cada um deles. Se você não podia proteger os dois, não deveria ter aceitado a missão. – ele concluiu e a cada palavra que eu ouvia, eu sentia o desprezo em sua voz.

Eu respirei fundo e prendi o lábio para não responder nada e nem me desequilibrar e chorar na frente de todos ali.

– Isso é injusto! – eu ouvi Jill dizer em voz alta. O que fez com que metade dos guardiões que estavam ali parassem o que estavam fazendo. – Ela foi incrível. Lutou com dois guardiões treinados sozinha e mais rápido do que maioria dos testes que vimos essa semana. O que ela fez foi simplesmente lembrar que eu e Dane fazemos parte das aulas de defesa Moroi e que Dane seria mais útil que eu para nos defender ali. Se ela tivesse pedido ajuda, eu e Dane ajudaríamos e nem isso alteraria o fato de que nós tínhamos conseguido sair vivos. Não é isso que importa, guardião Stone? Pode por em seu relatório o que quiser sobre essa batalha. Para mim, Anastacia foi uma guardiã maravilhosa em combate.

Eu fiquei em silencio como todas as outras pessoas e estava impressionada que Jill parecia irritada de verdade. O guardião Stone pigarreou e então voltou a falar.

– Eu entendo sua opinião, princesa Jillian. Mas nós estamos aqui para corrigir o que precisa ser corrigido. Na escola nós ensinamos a teoria e um pouco da pratica, mas é para isso que serve o treinamento aberto. Para ver se os dhampirs em treinamento estão realmente preparados ou se precisam de alguma correção. A srta. Hathaway foi boa em muitas coisas, mas se ela pensar sobre o que houve, vai entender e aceitar a crítica construtiva. – ele concluiu. – Agora se me permite, eu tenho relatórios para preencher.

E então ele deu uma reverencia a Jill e se despediu de todos nós, entrando em um dos escritórios que foram criados ali.

– É verdade? Você lutou contra dois guardiões? – perguntou Rose parecendo impressionada.

Eu confirmei e ainda não conseguia falar, me esforçando para conter as emoções que estavam presas em mim.

Rose me abraçou e me deu os parabéns e Dimitri também para minha surpresa, parecendo orgulhoso e feliz com meu resultado. Jill então chegou até a mim e parecia ter começado a se acalmar.

– Ana, você foi fantástica. Eu também estou orgulhosa de você. – ela disse me abraçando e me fazendo estar cada vez mais próxima de perder o controle das minhas emoções.

– Ana, podemos falar a sós? – eu ouvi Dane dizer e então Jill dar um sorrisinho e me soltar.

– Vá comemorar sua vitória. – ela disse e então eu acenei para eles e Dane segurou minha mão, me levando para trás da arvore onde o teste tinha começado, ele tinha lido minha aura e sabia o quão próxima eu estava de me descontrolar.

Eu me sentei ali por um momento e deixei todas as emoções virem de uma só vez. Cada palavra que o guardião Stone tinha me dito ardendo em meu peito. Dane se sentou ali ao meu lado e me abraçou, me permitindo por a cabeça em seu ombro e chorar por alguns minutos. Eu, mais uma vez, não conseguia entender ou acreditar que eu estava mesmo chorando por não ter sido boa o suficiente quando a principio, ser uma guardiã era algo que eu não queria, mas só de pensar que eu poderia ter posto a vida de Jill e Dane em risco...

– Você foi perfeita. Você é perfeita. – ele disse, me abraçando e com o outro braço passando a mão em meu rosto, afastando meu cabelo e enxugando minhas lágrimas.


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