Shadows of the past escrita por larissabaoli


Capítulo 28
Capitulo 28




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No domingo, eu me levantei e fui até a igreja antes mesmo que ela abrisse. Eu não estava conseguindo dormir e cada vez que cochilava eu tinha pesadelos onde Rolan atacava a escola ou ia atrás dos meus familiares e amigos. Comecei a montar vários planos, mas todos continham enormes falhas, o que os tornava praticamente suicidas. Na verdade, eu tinha quase certeza que essa poderia ser a ultima coisa que eu faria, mas eu planejava conseguir voltar viva mesmo sabendo que as chances eram pouquíssimas. E então eu resolvi que tentaria primeiro neutralizar um dos problemas: eu descobriria quem estava sendo usado por Rolan.

Depois de passar o sábado inteiro conversando com Bea e pedindo informações sobre cada dhampir que existia no bloco onde eu estava, ela não desconfiou de nada, mas eu sabia que existia alguém que saberia o que eu estava para fazer: Dane. Eu precisava me afastar dele se eu quisesse mantê-lo vivo, afinal no momento eu tinha um alvo nas costas e eu não deixaria que ele se machucasse por isso. Me conscientizar de que eu teria que fazer isso, fez com que eu me odiasse.

Atualmente, Dane vinha se sentar ao meu lado no banco e assim que ele chegou na porta da igreja e me viu, eu enxerguei seu olhar preocupado, mas mesmo assim me mantive em silencio por toda a missa.

– Vamos para a biblioteca? – ele perguntou segurando minha mão.

Eu acenei e então olhei para o altar. Em poucos minutos eu mentiria e negaria em solo sagrado... eu esperava realmente que Deus me perdoasse e entendesse o sacrifício que eu estava fazendo.

Nós subimos a escada e eu esperei que Dane sentasse na poltrona, o que ele fez e em seguida passou a me encarar com curiosidade.

– Ana, o que aconteceu? – ele perguntou.

– Dane, eu cometi um erro. – eu fui uma idiota.

– Seja o que for, vamos trabalhar e consertar. – ele disse dando de ombros.

Eu quis rir e chorar ao mesmo tempo, mas optei por continuar seria.

– Eu sinto muito, mas eu fiz algo imperdoável...

– Ana, por favor! Você está começando a me preocupar-

– Eu fiquei com Dylan. – eu soltei e então o vi ficar sem palavras. – Aconteceu essa semana e foi tudo minha culpa, fui eu que quis e eu sinto muito. – eu continuei, me esforçando para não chorar e fechando os punhos, fazendo minhas unhas afundarem na palma da mão. – Eu acho que nosso namoro não está dando certo, afinal, você é Moroi e eu uma dhampir...

– Não! Não mesmo! Não jogue em mim essa merda de Moroi e dhampir! – ele disse se levantando.

– Dane, por favor-

– Eu não acredito. – ele disse balançando a cabeça e andando pelo lugar.

– Eu sinto muito. – eu não conseguia encara-lo e ao perceber isso ele veio até a mim e segurou meu rosto, fazendo com que eu olhasse em seus olhos.

– Me diga! Me diga a verdade! – ele exigiu e eu sabia que ele estava lendo minha aura. Ele havia melhorado significativamente em ler auras, mas eu sabia que a raiva o deixaria cego demais para saber se eu estava mentindo ou não.

– Eu não quero mais continuar esse relacionamento. Me deixe ir ou me deixe sozinha. – eu disse e então segurei suas mãos que seguravam meu rosto.

Ele então me soltou e caminhou até a outra porta, mas antes de sair ele perguntou:

– Você pelo menos se arrepende de ter ficado com ele enquanto estávamos juntos?

Eu aproveitei que ele não estava vendo o meu rosto e comprimi os lábios para não soltar um soluço que me fizesse desabar e chorar o que eu estava sentindo e então soltei a pior resposta que podia dar.

– Não.

E então o vi sair e esperei que até perceber que eu estava ali sozinha para ir me sentar na poltrona onde Dane havia sentado e deixei o desespero me atingir mais uma vez.

Eu sabia que Dane não iria atrás de Dylan e por isso mesmo eu tinha dito isso e também sabia que ele acreditaria por tudo que eu havia feito por Dylan, então esse era o plano perfeito, embora fosse cruel tanto para mim quanto para Dane, mas eu também sabia que ele se recuperaria, afinal ele sobreviveu ao fim do namoro com Gwen, certo? Eu apostava que ele conseguiria se recuperar disso com todas as minhas forças e que ele se mantivesse afastado por um tempo.

Eu me mantive no quarto pelo resto do domingo e não deixei nem sequer Bea entrar. Sabia que também teria que começar a manter uma certa distancia dela para que eu pudesse ir embora sem que ninguém percebesse e contava que ela pudesse voltar a conversar com seus outros amigos aos poucos, afinal ela também tinha uma vida antes de mim.

Na segunda, eu ainda estava insone e me sentia cada vez mais miserável, embora não tivesse abandonado a ideia de achar a pessoa que estava tendo contato com Rolan, então eu me mantive em alerta com qualquer pessoa que me olhasse estranho, o que para o meu azar era grande parte da St. Vladmir. Depois que todos entenderam que Dane e eu não estávamos juntos nem sequer na hora do almoço, as pessoas começaram a fofocar e cochichar como eu devia ter previsto que elas fariam.

– Hey, pode me dizer o que houve entre você e Dane? As pessoas estão fofocando muitas coisas. – ela disse ao se sentar na nossa mesa.

– Nós terminamos. – eu disse simplesmente.

Ela pareceu surpresa e começou a olhar ao redor até achar Dane sentado sozinho no lado oposto onde estávamos.

– E posso saber o por quê? – ela perguntou depois de um tempo enquanto comia uma maçã.

Eu respirei fundo e fui bem direta.

– Não. Me desculpe, Bea. – eu disse e então voltei a comer.

Bea também se manteve comendo em silencio e eu não olhei para ela para saber se eu tinha a magoado ou não.

No sexto tempo, Bea ainda estava supervisando a aula, mas Dylan também não tinha aparecido, o que me deixou tendo Jessica como parceira.

– Oh, estava mesmo querendo falar com você... – ela disse com um sorriso enquanto se aproximava.

Eu me mantive calada e ela começou a despejar seu veneno enquanto lutávamos. O problema era que Jessica não mudava e continuava usando força bruta para bater de frente, enquanto eu já tinha me tornado melhor que isso. Eu conseguia desviar dos seus golpes facilmente e a atingia cada vez que ela começava a falar, o que aumentava sua raiva e melhorava meu humor, mas nem isso fazia com que ela calasse a boca.

– Sabe, eu tenho que te dar algum crédito porque você realmente durou mais do que eu pensava com Dane, mas agora que vocês acabaram, é só questão de tempo até ele voltar com a Gwen. E você sabe que eu estava certa agora, não é mesmo? Dane jamais se manteria com alguém como você.

– Jessica, você sabe que nós duas somos dhampirs, certo? Então você é tipo... a mesma coisa que eu. – eu disse tentando não rir, mas Jessica colocou um sorriso desprezível em seu rosto ao me responder.

– Eu estou falando que alguém de família real jamais ficaria por muito tempo com uma bloodwhore. Esse tipo só serve para algo rápido e então acaba. Aposto que você foi uma bela diversão, no entanto. Para ele ter ficado tanto tempo com você... Mas eu realmente tenho curiosidade para saber por quê acabou... A maioria das bloodwhores é abandonada quando está grávida ou muito acabada. Você não está gravida, está Ana? – ela disse estreitando os olhos.

E foi aí que eu perdi o controle e a derrubei, partindo para cima dela e lhe dando um soco na boca que cortou seu lábio inferior do lado esquerdo, seguindo de diversos socos, mas logo eu fui segurada por outros dois alunos e Jessica foi levantada, enquanto Bea veio até nós.

– Ela é louca! Ela me agrediu! Ela é uma maldita bloodwhore enlouquecida! – gritava Jessica chamando a atenção de todos com seu sangue descendo pelo pescoço.

– Jessica, pelo amor de St. Vladmir, cale a boca! – disse Bea e então ela parou pensando no que poderia fazer e me olhando.

Eu tentei dizer a ela que ela poderia me tirar de classe me mandar para a diretora. Não queria que Jessica fosse falar para Kirova que Bea não estava sendo justa em sua aula.

– Para a diretoria, Anastacia. – ela disse numa voz entristecida.

E então um dos dhampirs me soltou enquanto o outro me guiou para o escritório de Kirova.

Dessa vez, Kirova me suspendeu por uma semana além de abrir uma espécie de pasta de agressões no meu histórico e então ela ligou para meus pais e depois de conversar com um deles (ela me mandou sair da sala e esperar no corredor, então não pude saber qual), me mandou para o aconselhamento, o que significava que agora eu teria sessões com uma psicóloga.

Passando a olhar isso por um lado útil, eu agora teria mais tempo para investigar e também evitaria me encontrar com Dane em todas as classes do primeiro tempo, embora agora dia sim e dia não eu tivesse que me reunir e falar sobre minha vida pessoal com alguém que eu não conhecia, começando de agora, então eu me encaminhei até a enfermaria, onde o escritório da psicóloga se encontrava.

Depois que bati na porta e fui convidada a entrar, eu abri a porta para enxergar um escritório artificialmente claro demais, com uma mulher loira sentada em uma poltrona branca. Ela era uma Moroi com uma aparência mais frágil que o normal e que parecia nova demais.

– Você deve ser Anastacia Hathaway, certo? Sente-se. Eu sou Deirdre. A partir de agora até você voltar as suas aulas, nós nos encontraremos nesse horário. – ela disse, pegando um bloco de notas.

Eu me sentei na poltrona que havia a frente da dela com uma mesa de centro com algumas miniaturas colecionáveis.

– E então, quer começar me falando sobre você? – ela disse me encarando, o que me incomodou um pouco.

– Eu sou Anastacia Mazur Hathaway, tenho 16 anos e nasci em Moscou, mas fui criada em Baia. – eu disse.

Ela deu um sorriso curto.

– Anastacia, essas informações estão em seu histórico. Eu quero que você me fale sobre a sua vida.

– Por que? – eu perguntei.

– Porque eu preciso saber para então lhe ajudar com seus problemas.

Eu revirei os olhos.

– Eu não tenho problemas – não os que Kirova provavelmente disse que eu tinha.

– Você possui três agressões no seu histórico. Por que?

– Porque as pessoas daqui são idiotas. – eu soltei e então cruzei os braços encostando as costas na poltrona.

Ela também se encostou, mas de maneira bem mais elegante e levantou as sobrancelhas.

– Sua irmã também já se consultou comigo.

Eu me senti surpresa e então franzi a testa, mas não perguntei nada.

– Ela também era uma shadow-kissed. – ela disse e então ao perceber que eu tinha voltado a me interessar no que ela falava, ela continuou. – Você é uma, não é mesmo?

Eu confirmei com a cabeça.

– Então, se eu fui capaz de ajudar sua irmã, o que acha de me deixar tentar ajuda a você também? – ela perguntou.

Deirdre então começou a me fazer dezenas de perguntas, que eu passei a responder embora maioria de forma incompleta até que nosso horário acabou e eu saí de lá, passando mais uma vez pela enfermaria.

Enquanto eu voltava do treino com Meredith, eu continuava montando meu plano e descobri que precisava de uma distração para conseguir roubar uma das estacas que usávamos na aula. Dessa maneira eu teria pelo menos uma mínima chance com Rolan. Quando passei pela porta do quarto de Bea, percebi que ela veio atrás de mim e então deixei a porta aberta para que ela entrasse.

– Ana, eu sinto muito. Eu sinto muito que eu tive que lhe mandar para Kirova e-

– Tudo bem. Você fez o que tinha que fazer. – eu disse, mais por me sentir cansada depois de todas essas noites dormindo muito mal.

– Uh, fazia tempo desde que eu não te via tão acabada. – ela disse e então se aproximou de mim. – Está tudo bem? Quer conversar?

Eu balancei a cabeça e então ela acenou e saiu do quarto dizendo:

– Eu estou aqui para o que você precisar. Não esqueça isso.

Na quarta, eu tinha feito uma lista de pessoas que poderiam ser o informante de Rolan, mas a lista consistia de garotas dhampir, afinal era essa a “especialidade” dele. Jessica, por me odiar naturalmente, estava no topo dessa lista e logo eu agora me mantinha de olho nas fofocas que ela espalhava.

Enquanto eu estava na aula de Lemoine, eu tentava focar em duas coisas ao mesmo tempo, mas logo eu fui descoberta.

– Posso saber o que significa essa lista? Por favor, não me diga que essa é uma lista de pessoas que você vai se vingar... – ele disse reprimindo um sorriso.

– Não, senhor. – eu disse e quase sorri também.

– Uma vez eu fiz uma como essa... não acabou muito bem. – ele disse e então voltou para o quadro.

Lemoine às vezes, era um Moroi tão misterioso quanto Abe e eu tinha bastante curiosidade sobre sua vida, mas nunca realmente tive coragem para perguntar algo além do que ele me falava.

Quando Meredith e eu terminamos nosso treino, eu consegui fazer com que ela tirasse todas as estacas que tinha na bolsa para o treinamento e na hora em que ela me disse para guardar todas junto com o equipamento, eu peguei uma pondo dentro da calça e escondendo com a camiseta solta que tinha vindo. Eu me sentia nervosa ao entregar a bolsa com uma estaca a menos para Meredith, mas ela não desconfiou e logo pôs o material dentro do armário, indo embora.

Então, depois que cheguei no quarto eu guardei a estaca na minha velha mochila, que já estava preparada e parti para mais uma sessão com Deirdre. Nossas sessões estavam ficando cada vez mais profundas, embora eu ainda me recusasse a dizer coisas importantes para ela, mas às vezes eu poderia jurar que ela já sabia de tudo o que tinha acontecido comigo, ou talvez ser boa em adivinhar só fizesse parte da profissão e todos os dias ela começava a sessão me alertando:

– Ana, nossas sessões só funcionarão se você for completamente honesta comigo e se você continuar levando a sério. – ela me dizia hoje mais uma vez e então nós começamos a conversar.

Quando a sessão terminou e eu passava pela enfermaria, eu me sentia com sono e andava lentamente chegando até a recepção e então eu vi as portas se abrirem de repente e as pessoas trazerem alguém na maca, o que me fez encostar na parede para dar passagem, mas assim que uma médica correu em direção a maca e um enfermeiro deu passagem para ela, eu pude ver os olhos vidrados e azuis de Dane paralisados e abertos e então eu gritei sem pensar indo até ele.

Depois que os enfermeiros me afastaram, Dane foi levado e ninguém me dizia nada por eu não ser familiar dele, então eu me sentei esperando que alguém me desse alguma notícia, até um guardião me ver parada ali.

– Já passou do seu toque de recolher. O que está fazendo aqui? – ele me perguntou se aproximando.

– Eu tenho um familiar aqui. – menti.

– Não pode ficar aqui depois do toque de recolher mesmo assim, eu sinto muito. Vamos, me acompanhe.

– Eu não vou sair daqui. – eu disse cruzando os braços, o que fez com que o guardião me olhasse incrédulo e então ele fez um movimento como se fosse segurar meu braço e eu consegui perceber antes o afastando e me desvencilhando na hora.

– Boa noite. – eu ouvi Deirdre dizer e se aproximar. – Posso saber o que está acontecendo aqui?

– Ela está me desobedecendo e se recusa a obedecer o toque de recolher também. Eu vou leva-la até o escritório da diretora. – ele disse soando arrogante.

Deirdre então pôs um braço ao meu redor e falou gentilmente com o guardião.

– Ela está com alguns problemas e eu pedi para que ela se mantivesse aqui para fazer alguns exames... – ela disse com convicção.

– Ela disse que estava esperando noticias de um familiar! – rebateu o guardião.

– Senhor... se o senhor estivesse com problemas psicológicos e tivesse que fazer exames, você sairia por aí dizendo a todos? Minha paciente se encontra abalada e você só está piorando isso. Eu sugiro que você se retire, antes que eu precise falar com o guardião Alto sobre o senhor.

E então o guardião que parecia furioso se retirou e Deirdre se pôs em minha frente.

– Vamos para a minha sala, Anastacia. – ela disse.

– Eu não posso. Preciso ficar aqui... – e então eu contei a ela o que tinha acontecido.

– E digamos que você tenha esquecido de me contar que havia acabado de terminar um relacionamento, certo? – ela disse estreitando os olhos.

Eu mordi o lábio, fazendo uma careta.

– Foi um termino difícil, eu quis evitar o assunto. Mas eu preciso ver ele, por favor! Me deixe aqui até eu ter notícias!

Ela então pensou por um tempo antes de me responder.

– Vá para minha sala. Eu vou atrás de saber o que houve com seu... ex-namorado. Quando souber notícias dele, volto para lhe dizer. Se você puder vê-lo, eu não impedirei. – ela disse e parecia sincera.

Eu me dirigi até sua sala e esperei minutos que pareciam passar se arrastando, até que ela voltou com a médica que havia atendido Dane.

– Ana, essa é a Dra. Olendzki. A médica encarregada do caso de Dane.

A médica se apresentou pegando em minha mão e eu esperei que ela começasse.

– Dane teve inicio de overdose, Anastacia. Um amigo o encontrou desmaiado na sala de lazer do bloco onde ele vive e correu para chamar os guardiões. Ele trazia sinais de subnutrição e foram encontrados medicamentos em seus bolsos, além de um cantil cheio de absinto. Você sabe de quem ele poderia ter conseguido isso?

Do imbecil que ele tinha como irmão! Eu quis gritar e me desesperar, mas eu sabia que Dane não me perdoaria se o entregasse ou o seu irmão.

– Não, senhora. – eu disse.

– De toda forma, o quarto dele será investigado e ele ficará aqui até amanhã para que ele se cure por completo. Ele já está acordado e com um fornecedor e pode receber visitas. Depois disso, ele será encaminhado para diversas sessões com Deirdre. Anastacia, eu peço para que não conte a ninguém sobre isso ou que fui eu quem lhe falei sobre o quadro dele. É algo confidencial. Você entende a gravidade disso?

– Sim, senhora. – eu respondi.

– Ele se mantem perguntando por você. Você quer ser levada até ele?

– Sim, senhora. – eu respondi dessa vez quase sem ar.

E então a Dra. Olendzki me guiou pelos corredores até entrar num quarto e encontrar Dane.

Eu o encontrei se alimentando de um fornecedor e tentei me manter parada enquanto a náusea, além uma avalanche de emoções passava dentro de mim. Ele estava pálido e cheio de olheiras, além de parecendo visivelmente mais magro. Eu podia apostar que enquanto ele se alimentava ele estava se curando e por isso estava consumindo mais energia dele do que devia, mas ao me ver ele largou o braço do fornecedor e então tentou se sentar de uma só vez, mas ele ficou tonto e caiu na cama de uma vez. Eu me aproximei dele e o abracei sem dizer uma palavra, enquanto ele colocava os braços ao meu redor.

E então eu comecei a ter um acesso e por para fora o que eu estava sentindo.

– Seu idiota! Você é estupido ou é só o cabelo loiro? Você tentou se matar? Você quer que eu te mate? Daniel Thomas Zeklos, eu estou a um passo de fazer isso, acredite! – eu quase gritei, o que fez com que Deirdre segurasse meus ombros parecendo assustada.

E então Dane me deu um daqueles seus sorrisos cínicos e riu abertamente, mesmo fraco como estava.

– Eu sabia. – ele disse simplesmente.

– Sabia o que? – eu disse ainda me sentindo com raiva, embora aliviada.

– Você me ama. – ele me disse e então segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos. – Pode negar ou não me dizer nunca, mas de todas as coisas incertas entre nós dois, eu tenho certeza disso.

E eu não precisei falar nada. Eu simplesmente me aproximei dele e o beijei sem ligar para quem ainda estava presente no quarto.


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