Shadows of the past escrita por larissabaoli


Capítulo 26
Capitulo 26




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Capitulo 26

No dia dos namorados, um dia antes do meu aniversário, eu desejava ganhar uma maquina do tempo para desfazer o que eu tinha feito, mas fingir que nada havia acontecido tinha se tornado tão normal, que atualmente eu fingia até mesmo para Dane e Bea. Eu me foquei nos estudos novamente e passei a entrar mais vezes na cabeça de Oksana pra evitar a minha própria. Atualmente eu era a parceira de Bea já que havia superado Jessica e as aulas com Lemoine estavam cada vez mais difíceis, mas mesmo assim eu buscava fazer o meu melhor. Se não fosse por ver Bea furiosa com Dylan enquanto segurava uma caixa em formato de coração rosa com vermelho, eu nem lembraria que dia era hoje.

– É impossível fazer ele desistir! – ela disse aborrecida.

Dylan Ross era um dhampir da minha classe que era péssimo no segundo tempo. Por isso Bea tinha o defendido de alguns garotos que estavam implicando com ele e desde então ele havia se apaixonado por ela. Ele era magrelo, apesar dos músculos que um dhampir desenvolve na adolescência e tinha olhos e cabelos pretos.

– Ele só está agradecido, Bea. Acalme-se! – eu disse tentando não rir.

Ela mesmo assim abriu a caixa e então nós dividimos os bombons como sobremesa depois do almoço. Dane, depois que voltamos de viagem, passou a se sentar conosco, o que causou uma nova onda de fofocas logo quando chegamos e ainda hoje era algo a ser observado com curiosidade. Jessica havia inclusive começado a fazer apostas sobre quanto nosso relacionamento duraria, mas ela, ou Gwen eram atualmente minhas menores preocupações.

Quando cheguei do treino com Meredith, que parecia excepcionalmente distraída, eu encontrei um bilhete de Dane que foi deslizado para dentro do quarto.

“Me encontra na biblioteca hoje no final do dia? Eu tenho uma surpresa para você.

PS: Juro que vou me comportar. :)

Eu sorri e então entrei no banho, me sentindo pela primeira vez esse ano feliz por uma noite sozinha com Dane. Eu ainda tinha medo de estar a sós com ele, mas ele estava tentando se controlar e ser o melhor que podia e eu agradecia por isso. Não me sentia pronta ainda para dar passos largos com ele, mas queria que nós tivéssemos um relacionamento legal, então comecei a ler algumas do que eu chamava de “revistas para garotas fúteis”, mas que tinham dicas que eram até úteis no meu caso. É claro que eu acessava o site dessas revistas ao invés de compra-las e esse era um segredo que eu não conseguia partilhar com Bea. Eu sabia que ela me entenderia e me daria dicas, como sempre, mas o problema não era minha pureza, mas sim minha completa falta de conhecimento sobre o que fazer.

Eu me sentia nervosa e ansiosa enquanto conseguia sair de fininho do bloco dos guardiões e corria até a igreja e ao chegar lá, peguei a chave que o Padre Andrew havia me dado e que eu havia feito uma cópia para Dane durante o tempo de reforma e subi as escadas.

Para minha surpresa, Dane havia espalhado pequenas velas e pétalas de rosa como se fosse uma trilha até o espaço entre as duas poltronas e ele estava sentado com as costas encostadas na parede que tinha o vitral que produzia uma luz vermelha no ambiente.

– Eu tenho que admitir que é muito difícil arranjar algo para lhe dar de presente e ainda ter que combinar isso com o dia dos namorados.

Eu me aproximei dele, sentando em sua frente e lhe dando um beijo.

– Um jantar tranquilo já é mais do que o suficiente, Dan.

Eu havia encurtado seu nome para esse apelido, mas só usava em casos como agora.

– É, mas eu tenho um plano maior. O jantar é só o começo. – ele disse e então sorriu enquanto pegava uma grande cesta que havia trazido. – O problema é que o jantar foi preparado por mim, então nós temos: suco de uva ao invés de vinho, mini sanduiches de diversos tipos, pizza, refrigerante, algumas frutas e chocolate derretido, mas eu tenho que avisar que talvez tenha queimado um pouco, mas deu pra salvar boa parte, eu provei e tudo!

– Esta tudo bem, você me ganhou quando falou pizza. – eu disse e em seguida nós começamos a jantar.

Dane havia trazido uma caixa que estava ao lado dele e estava me deixando curiosa, mas eu me contive e nós comemos em silencio por um tempo. Comer morangos com chocolate acabou deixando meus dedos sujos, mas quando eu ia pegar um guardanapo, Dane segurou minha mão e limpou com a própria boca, o que me causou cocegas, além de outras coisas que no momento eu não entendia direito. Depois ele acabou de comer e um lado da sua boca ficou suja de chocolate e então eu me atrevi a limpar com um beijo e dessa vez eu soube que o que quer que eu estava sentindo naquele momento era mutuo.

– Fica difícil controlar alguma coisa quando você age dessa maneira, sabia? – ele me disse em meio aos beijos, o que me fez parar e me acalmar.

– O que tem na caixa? – eu soltei para mudar de assunto, mas isso fez Dane perceber que a caixa estava ali e eu percebi que ele começou a ficar envergonhado.

– Parte um do seu presente, mas eu não sei como começar a dizer sem parecer estranho.

Eu fiquei sem entender e ele pôs a caixa no colo.

– Ana, lembra quando nós nos conhecemos?

– Na festa. Na porta do banheiro. – eu disse lembrando.

– Essa foi a primeira vez que conversei com você, mas eu admito que não foi a primeira vez que eu lhe vi.

– O que quer dizer? – eu disse sem entender.

Dane abriu a caixa e tirou uma foto de dentro. Na foto eu e Jill estávamos sentadas no restaurante no dia em que eu a conheci e foi tirada do lado oposto de onde estávamos.

– Eu vi você e a princesa pela primeira vez. Você pediu leite com biscoitos, certo? Eu estava tentando me curar de uma ressaca que ainda estava por vir e estava comendo ali. Eu vi vocês duas entrarem e tirei essa foto. – ele disse, enquanto eu a segurava e então a retirou da minha mão e entregou a caixa.

Eu abri a caixa e então vi que todas as fotos eram minhas. Na festa na Corte, na sala de aula, na mesa do almoço, no treinamento dos guardiões, na igreja, na reforma da biblioteca, na festa da escola, no natal, no ano novo... A caixa estava lotada de fotos minhas, o que me deixou bastante impressionada.

– Por que-

– Porque eu te amo. Porque desde a primeira vez em que eu te vi, eu me atraí por você e meus sentimentos foram se tornando mais fortes até... eu perceber que eu realmente te amo.

Eu me sentia sem palavras enquanto me mantinha olhando as fotos e então eu encarei Dane que parecia ansioso. Eu sabia que não conseguiria dizer que o amava, então optei por responder a algo que ele tinha dito.

– Não é estranho, é lindo. Perfeito. – eu disse e então o beijei mais uma vez.

Quando o sol realmente já tinha aparecido, eu me despedi dele e em seguida tive que correr para o bloco dos guardiões. O problema é dessa vez dois guardiões estavam conversando na cozinha e eu sabia que haveriam mais dois na porta de entrada, então eu comecei a andar pelo bloco em busca de uma janela aberta ou algo assim, até encontrar a janela da sala de estudos. Eu entrei com o cuidado de não fazer barulho, mas então percebi que não estava sozinha ali quando tropecei numa peça de roupa, que quase me fez cair.

– Quem está aí? – eu reconheci a voz de Meredith e logo sua cabeça apareceu detrás da mesa.

Seguida pela cabeça do Prof. Lemoine.

Eu fiquei sem palavras enquanto os dois pareciam tão surpresos quanto eu e me controlei para não começar a rir histericamente, então ao invés disso eu levantei as mãos em rendição e disse:

– Eu não vi vocês e vocês também não me viram. – eu disse levantando uma sobrancelha.

Lemoine deu um sorriso agradecido e eu saí da sala quase correndo, subindo as escadas que levavam até o meu quarto e entrando. E então eu comecei a rir. E entendi que esse foi o motivo de Meredith ter parecido tão distraída no treino: ela estava ansiosa para comemorar o dia dos namorados com Lemoine.

Quando fui dormir o sol já estava forte lá fora, eu me sentia feliz e calma e logo que caí no sono percebi que estava sendo puxada para um sonho e achei que fosse com Oksana, mas então percebi que estava em uma praia. Eu nunca tinha ido a uma praia, apesar de já ter visto em filmes e revistas como uma deveria ser. O sol estava forte e iluminando todo o ambiente e eu não entendia quem havia me puxado para o sonho, até ver Dane sentado na areia da praia com uma blusa branca e shorts caqui.

– A parte dois do seu presente: levar você a um lugar que você nunca foi. Feliz aniversário, Ana. – ele disse com um grande sorriso.

Dane não havia me contado que tinha aprendido a controlar os sonhos ou puxar alguém para eles e tinha escolhido hoje para fazer isso.

– Como você sabia?

– Eu pedi ajuda da sua mãe. – ele admitiu. – E eu passei todo esse tempo desde que voltamos treinando com Bea e com ela, então posso dizer que me sinto muito feliz em ter conseguido finalmente puxar você para o sonho? Porque ter esse tempo com você parece bem melhor do que com elas, com todo respeito.

Eu me aproximei dele, sentando ao seu lado, de frente para o mar.

– Parece lindo e bem realista. – eu disse enquanto observava. Ele realmente tinha conseguido me impressionar. – Mas não vamos passar muito tempo aqui. Sei que quanto mais tempo ficamos aqui, mais você precisa usar o espirito.

Ele segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos e beijou de leve.

– Eu me preocupo com os detalhes. Você se preocupa em arranjar um presente para mim.

E então eu fiz uma careta. Todo esse tempo eu não havia pensado que eu também deveria dar algo a ele.

– Tudo bem. – ele continuou e riu. – Eu sei que você estava tão focada nos estudos que nem percebeu que dia era ontem. Apenas aproveite a paisagem. Faz tempo que eu não vou à praia e só fui à noite. Estou adorando esses sonhos por poder ficar no sol sem me preocupar. – e então eu sorri e ele me abraçou de lado. – Mas sabe de uma coisa? Já que você sabe como funcionam esses sonhos, por que não põe um biquíni?

Eu revirei os olhos e então me coloquei de biquíni, mas com shorts e camiseta por cima. Era do mesmo tamanho dos pijamas que eu costumava usar quando dormia na escola, mas era mais do que ele já tinha visto de mim.

– É, próximo o suficiente. – ele disse me observando com um sorriso da cabeça aos pés e se aproximando para me beijar.

Eu não sabia se era o meu estado de felicidade ou saber que isso era apenas um sonho, ou simplesmente porque eu queria, mas enquanto nos beijávamos, eu criei coragem o suficiente para me posicionar sentando no colo de Dane, o que fez com que ele me abraçasse agarrando minhas costas. Eu então comecei a desabotoar sua blusa, passando as mãos em seu peito e descendo aos poucos até que o senti segurar minhas mãos.

– Ana... difícil... – ele disse ofegante, com um sorriso ainda de olhos fechados.

– Tudo bem. – eu soltei, o que fez com que ele abrisse os olhos surpreso. – Eu prometo dizer quando você deve parar.

E então ele se manteve me olhando, enquanto se aproximou e começou a beijar meu pescoço, mas então parou para me dizer.

– Seja lá o que for que você tenha medo, vamos fazer um teste: se mantenha de olhos abertos, até que confie em mim enquanto eu faço isso. Se quiser que eu pare, eu vou parar imediatamente, mas tente confiar em mim.

– Eu confio. – eu disse e eu sentia que era verdade.

E então ele voltou a beijar meu rosto, enquanto descia em uma trilha até meu pescoço, passando pelo ombro direito e então até meu colo. Me manter de olhos abertos enquanto ele fazia isso, trouxe o que eu sentia quando estávamos a sós e nenhuma outra lembrança, me deixando de cabeça vazia e sem me concentrar em nada mais. Ele então começou a tirar minha camiseta e eu deixei, mas avisei antes:

– Não vamos além disso.

Ele então sorriu antes de responder.

– Tudo bem... e só para que você saiba, isso já é um presente e tanto. – ele disse e então jogou minha blusa para longe, enquanto voltávamos a nos beijar.

Entre os presentes que ganhei de aniversário, estava uma viagem para qualquer lugar da América logo no início das minhas férias, que foi dada por Abe, contanto que eu não fugisse ou saísse da academia pelo resto do semestre. Aparentemente, ele não sabia da minha breve passada pelo armazém e quando li isso no cartão, eu ri sozinha em meu quarto, enquanto desembrulhava e guardava as coisas que tinha ganhado.

Meses se passaram e quando estávamos nos aproximamos dos testes finais, Alberta precisou viajar para a Corte, o que fez com que Bea ficasse em cargo das aulas no 6º tempo. Logo quando ela soube disso, ela pareceu surtar, mas agora, quando estávamos começando sua aula, ela parecia passar a mesma imagem de segurança e confiança que Alberta passava. Dessa forma, ela não poderia ser minha parceira, então eu teria que me manter com Dylan e ele parecia bem nervoso ao saber disso.

– Eu sinto muito. Normalmente eu sou a reserva de qualquer garoto, então... – ele suava e não conseguia me olhar nos olhos.

Eu acenei e então tentei começar a lutar, mas ele se esquivava e nunca atacava. Ele era bom em desviar, isso era fato, mas eu estava começando a me cansar.

– Dylan, vamos passar um tempo juntos nos próximos dias, então vai precisar me ajudar e começar a contra-atacar. – eu disse num intervalo.

– Desculpe. Eu não sou muito bom nisso. – ele disse e parecia nervoso.

Eu iria perguntar o “por que” dele estar aqui, mas eu sabia que para a maioria dos guardiões em treinamento, aquilo era a única opção. Eles lutariam ou sofreriam tentando aprender. Então eu resolvi que tentaria ensinar algumas coisas para Dylan e não é que eu sentisse que eu era boa o suficiente, mas eu tentava apostar que se eu o ajudasse ele talvez ganhasse um pouco mais de confiança ou não aparecesse todos os dias com um novo hematoma feito por um dos outros meninos.

No final da aula, ele não conseguia atacar nada, mas agora quando desviava ele também empurrava de volta, o que eu já considerei como alguma coisa.

– Hey, pelo visto não fui a única a dar aulas hoje. – disse Bea, enquanto voltávamos para o bloco dos guardiões.

– Dylan é legal, Bea. Você deveria dar uma chance a ele. Boa parte da aula ele só falava sobre você. – eu disse lembrando.

– Vou me lembrar de nunca mais defende-lo. – ela disse com uma careta.

O problema é que apesar de eu passar o resto da semana tentando ensinar ele a atacar, Dylan chegava todos os dias com hematomas piores e sem nunca dizer onde ele os arranjava, até que sexta-feira eu tive que passar boa parte da aula o ajudando a se levantar cada vez que ele caia por ele estar com um grande hematoma nas costelas.

– Dylan, precisa contar a alguém o que está acontecendo. A Alberta está fora, mas você pode falar com Stan ou algum outro guardião! – eu tentei convence-lo, mas ele negou com a cabeça. Quando eu perguntava sobre como ele conseguia os hematomas, ele nunca falava nada e sempre mudava de assunto e então eu tive uma ideia para descobrir quem era o causador.

Depois que a aula acabou, eu esperei que todos saíssem e então segui Dylan para o vestiário dos meninos, mas não foi muito fácil e completamente em vão. Eu tive que fingir que havia esquecido algo com Dylan e depois que o chamaram e ele apareceu sem entender o que eu fazia, eu disse que precisava que ele me ajudasse com um problema no computador, o que na hora soou bem estupido, mas ele era conhecido por saber tudo sobre tecnologia, então foi uma mentira aceitável.

Depois que ele saiu e voltou para o bloco dos guardiões, também não houve nada demais e logo então ele se retirou para dormir e eu não pude passar para o lado do dormitório dos meninos, então eu tive que abortar a missão por um momento.

– Você demorou para dormir. – disse Dane quando me puxou para um sonho.

– Você não deveria ter ficado acordado até tarde.

Nós estávamos na praia novamente e isso tinha se tornado comum a cada dois dias. Essa tinha sido a regra que eu tinha imposto para Dane depois que ele passou a me visitar enquanto eu dormia. Dessa maneira eu saberia que ele não estava usando o espirito em excesso e me sentiria mais tranquila, mas o problema é que eu até preferia que ele ou Oksana se mantivessem me visitando, porque sem isso eu costumava ter pesadelos com o que havia acontecido no ano novo e normalmente eu acordava quase gritando e suando. Eu tinha pesadelos onde eu tentava tirar o guardião de Rolan do carro, mas ele sempre terminavam sem que eu tivesse sucesso. Ontem o carro havia explodido e eu que estava próxima demais tinha ganhado diversas queimaduras.

Eu me deitei na areia ao seu lado, pondo a cabeça em seu peito.

– Como Bea se saiu? – ele perguntou.

– Ótima. Eu preferia que ela considerasse ser professora a ser guardiã de sua mãe.

– Hey, nem todo mundo tem pais tão legais quanto os seus. – ele disse com um sorriso, enquanto passava a mão no meu cabelo. – Tem visitado sua mãe?

– Eu tenho feito qualquer coisa menos ficado sozinha, Dane. Até mesmo deslizar para a cabeça da minha mãe. – eu assumi.

– Ainda com os pesadelos?

Eu confirmei com a cabeça, sem querer olhar para ele. Uma vez, ele havia me puxado de um pesadelo que estava tendo para um sonho, o que fez com que ele descobrisse que eu andava os tendo.

– Sabe que posso aparecer todos os dias por você, certo?

– E como vai conseguir tempo para dormir, Dan? Sabe que não pode fazer algo assim. Os pesadelos não são reais e com o tempo eu vou melhorar. – eu disse, mais para mim mesma.

– Bem, eu sempre posso usar as aulas do segundo horário para isso. – ele disse rindo.

Dane não ligava para as aulas a partir do 5º tempo por boa parte serem sobre controle de magia Moroi. Por ele ser um usuário do espirito e esse dom ter sido pouco estudado até agora, não havia muita coisa que ele pudesse fazer além de observar durante essas aulas.

– E isso me faria ter mais tempo com você durante a semana. Afinal, você faz questão de se afastar de mim e me evitar quando estamos em aula. – ele continuou.

– Hey, nós almoçamos juntos todos os dias. E eu me afasto para não ficar distraída. – eu disse, me aproximando do seu rosto.

– E eu sou uma distração? – ele perguntou me abraçando e me puxando para ele.

Eu confirmei com a cabeça e então ele me beijou até que eu lembrei de uma coisa.

– Dane, o que sabe sobre Dylan Ross?

– Serio que você estava pensando nele agora? – ele disse enrugando a testa, o que me fez rir. – Sei que ele estuda na nossa sala, que é muito bom com todo tipo de eletrônicos e que os meninos gostam de implicar com ele por ele ser um dhampir meio... fora do normal.

– Que meninos? – eu disse, estreitando os olhos.

– Ana, o que está acontecendo? – ele perguntou desconfiado.

– Esses “meninos” fazem mais do que implicar com ele, Dane. Dylan aparece com sérios hematomas todos os dias e não quer contar isso para ninguém.

Dane ficou em silencio e coçou o cabelo com uma mão, o que eu sabia que ele fazia quando estava envergonhado.

– Você sabe disso! Você sabe quem eles são! – eu disse, virando o corpo para ficar frente a frente com ele.

– Eu sei quem são os meninos que fazem isso com ele. Só não esperava que fosse tão sério assim. – ele disse por fim. – Eles fazem isso no horário de almoço, no banheiro. Um deles é Brett e além disso há Morois e dhampirs entre eles, Ana. Eu sinto muito por ele, mas por favor, não faça nenhuma besteira. – ele pôs as mãos no meu rosto, mas era tarde demais para pensar sobre essa parte. Na segunda-feira eu cuidaria desses idiotas.


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