A Guerra Greco-Romana escrita por Maresia


Capítulo 24
Capitulo 23 - Sedução da túlipa


Notas iniciais do capítulo

Nestes proximos capitulos eu tive de alterar algumas ideias que eu tive durante a planificação porque não batia certo com a mitologia Romana, irei dar os detalhes destas alterações numa nota de fim no proximo capitulo



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Os raios de sol entravam sorrateiramente pelo sétimo Templo, onde Dokho esperava pacientemente o seu oponente. Rapidamente a sua espera foi quebrada por paços apressados que cruzavam a entrada iluminada pela claridade diurna. Encostado a um pilar que sustentava o alto teto da casa do equilíbrio. O jovem cavaleiro observava com atenção e perícia a chegada de uma bela mulher.

– É ela a minha adversária! – Cismou Dokho enquanto era absorvido pela beleza da recém-chegada.

A rapariga era de estatura média, magra com as curvas do seu elegante corpo esplendidamente bem delineadas, vestida com um provocante vestido branco adornado com continhas azuis, que realçavam ainda mais a sua beleza e aparente inocência. O seu rosto estava emoldurado com uns bonitos cabelos curtos encaracolados de um negro muito brilhante, os seus olhos resplandeciam como uma verdura campestre e os seus lábios eram tão vermelhos como as cerejas. A jovem caminhava sem hesitar até ao dourado que a aguardava estupefacto.

– Que pena o dia já ter nascido, a calmaria da misteriosa noite tornaria este combate muito mais interessante e produtivo! – Disse ela docemente, piscando o olho ao cavaleiro.

O cavaleiro nunca tinha visto tanta beleza centrada numa única pessoa. Pensando melhor ele nunca tinha tido muito contacto com muitas mulheres antes, talvez este fosse o padrão de todas elas.

– O que te traz ao santuário de Atena? – Questionou Dokho em voz determinada, tentando abstrair-se daqueles confusos e desconhecidos pensamentos.

– Bem, isso é bastante fácil de te responder querido, venho para matar Atena é claro! – Respondeu ela dando uma pequena risadinha, enquanto sacudia os seus lindos cabelos do rosto ameninado.

– Lamento, mas a tua missão terminou quando pisaste o solo da casa de balança! – Disse Dokho adoptando uma pose mais combativa.

– Hum! Que mau que tu és! Gosto muito de adversários assim, torna as batalhas muito mais fascinantes! – Disse a jovem aproximando-se do cavaleiro.

– Afinal quem és tu? – Perguntou o protetor da sétima casa.

– Eu sou Caterina, uma ninfa ao serviço da Deusa Diana, a mais pura e fatal mulher que caminha no Panteão Romano. – Explicou Caterina deliciada.

– Diana, a Deusa da Lua e da Caça. Mas, porque não veio ela defrontar-me se é assim tão poderosa e implacável? – Respingou o dourado.

– Cuidado com o que desejas cavaleiro! – Avisou a serva de Diana fingindo um falso tremor. – Bem, acho que já está tarde, tenho que me despachar, tenho que ser rápida e eficaz. – Pensou a ninfa olhando com curiosidade o cavaleiro encostado ao pilar de pedra.

– Volta a descer as escadarias e poupar-te-ei a vida. Não quero lutar contra uma mulher. – Pediu Dokho, consciente dos seus princípios morais.

– Tenho pena, no entanto não posso satisfazer o teu desejo cavaleiro Dokho de Balança! Apesar de eu ter uma brilhante ideia que certamente será apetecível para os dois. – Caterina falava de forma sedutora, enquanto um sorriso doce lhe dançava nos lindos olhos verdes.

– Não vejo qual a ideia que agradará a dois membros de dois exércitos completamente distintos em diversos sentidos e ideologias. – Disse o dourado maravilhado com a atitude da sua adversária.

Caterina caminhou decidida ficando apenas a meros centímetros do cavaleiro. Dokho podia cheirar com nitidez o agradável e sedutor perfume que enchia o espaço por onde ela passava. A rapariga continuou a deslizar elegantemente pelo chão como se fosse uma patinadora nata e a casa de Balança fosse uma reluzente pista de gelo. O sol incidia perigosamente salientando com clareza as deliciosas curvas da Serva da Deusa da Lua. Dokho tentava com enorme esforço e dedicação manter a concentração no seu estatuto de cavaleiro de Ouro. Ele não queria ceder aos prazeres do corpo, nem aos desejos da mente.

Os dois corpos já se uniam num misto de prazer e repulsa. Caterina acariciava docemente o rosto de Dokho com as suas mãos delicadas e tentadoras. Por outro lado, Dokho tentava afastá-la, porém o seu corpo não lhe obedecia. Por fim, os lábios de ambos cruzaram-se num beijo louco e demorado. No entanto aquele sentimento fez com que Dokho se apercebesse do que estava a fazer e empurrou a jovem para bem longe de si.

– Como te atreves a renegar-me! – Gritou Caterina colérica.

– Não é uma cara bonita que me vai desviar do meu destino. – Disse Dokho. – Se queres lutar vamos a isso! Já chega destes joguinhos!

– Se me aceitasses podíamos ser muito felizes, ter uma família, uma casa e muitos filhos. Vá lá Dokho, quantos não gostariam de estar no teu lugar? – Caterina tentava alcançar o coração do dourado.

– Não me interessa essa história de família feliz. – Ripostou, embora aquela resposta estivesse imersa em pura mentira. – Se queres matar Atena tens que passar por mim! Não tenho mais nada a dizer!

– Eu dar-te-ia tudo aquilo que Atena não te pode dar! – Afirmou a Jovem apelando a toda a sua sedução. Enquanto falava acariciava propositadamente o seu corpo com os seus longos e finos dedos, envoltos em anéis de opalas.

– Eu tenho tudo o que preciso neste Santuário. – Disse Dokho lutando por não olhar para os movimentos que Caterina fazia.

– Não foi o que demostraste no nosso beijo! – Brincou a rapariga dando alguns paços na direção do cavaleiro.

– Não me interessa. Vamos terminar esta luta!

– Não és meu de uma forma, serás de outra! – Exclamou Caterina elevando o seu cosmo.

Todavia, Dokho foi demasiado lento para antecipar o que se avizinhava devido à enorme instabilidade em que se encontrava.

– Perfume das tulipas negras! – Bramiu Caterina convicta do pleno efeito do seu ataque.

Um delicioso perfume a tulipas encheu o ar da casa de Balança. Dokho foi envolvido por um sentimento de fantasia e sonho quando inalou aquela sedutora a perigosa fragrância. O odor percorreu o corpo, o sangue, o coração e a mente do dourado até que por fim Dokho já não era responsável pelos seus atos ou pensamentos.

– Tu é que quiseste que fosse assim Dokho. Se não me resistisses era tudo mais fácil. Agora divertir-me-ei um pouco contigo e de seguida continuarei o meu caminho. – Disse a jovem atirando-se para os braços do cavaleiro.

Um grande turbilhão de prazer, desejo, cor, sombra e calor adormecia a mente do Dourado. Caterina beijava-o loucamente. Os dois corpos estavam entrelaçados num momento de insanidade e satisfação. A rapariga deslizava as suas mãos por toda a superfície corporal de Dokho. Este gostava do que sentia, desejando ardentemente que aquela sensação nunca sessasse. O dourado atrevidamente também tateava o corpo esculpido da ninfa.

De súbito, alguém voltou a cruzar a casa de Balança. Um cosmo aterrorizante pairava no ar.

– Caterina! Como te atreves a desonrar as ideologias impostas pelo nosso clã. Como te atreves a renegar aos princípios que voluntariamente aceitaste? Vais pagar com a vida esta traição! – Uma voz fina como um punhal cortara o ar.

Um único gesto da mão daquela misteriosa pessoa foi o suficiente para deitar Caterina por terra, morta e absorvida na sua própria sedução. Finalmente o estado de sonho abandonou Dokho.

Quem será este inimigo? Quantas vezes mais a lealdade de Dokho será posta à prova?


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