A Guerra Greco-Romana escrita por Maresia


Capítulo 13
Capitulo 12 - Quíron




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No décimo terceiro templo, Atena sentia com uma profunda e aterrorizada tristeza o cosmo do seu protector desaparecer envolto na imensidão aveludada da noite. Sasha gostava imenso do Sagitário, nutria uma gratidão inigualável, devido ao facto de ter sido ele a trazê-la para o santuário, cuidando dela como se fosse sua filha de sangue.

– Sísifo, Sísifo, acorda! A esperança ainda brilha no teu cosmo! Queima o teu cosmo até ao infinito Sísifo! Confio em ti. – A jovem Deusa chorava lágrimas de prata. Não conseguia suportar a ideia de perder o cavaleiro que protegia a nona casa, ainda havia tanta coisa que lhe queria dizer, tantos passeios para darem pelos jardins do santuário.

As lamentações de Atena encheram a alma adormecida do cavaleiro, este acordara mais decidido do que nunca, estava novamente pronto para a batalha.

– Então ainda não morreste seu desprezível? – Maximilianus olhava para o dourado com um misto de surpresa e desprezo.

– A minha hora ainda não chegou. Ainda existem coisas importantes que tenho de fazer antes de partir para o mundo das almas. – Sísifo falava calmamente, seguro das suas convicções.

– Tanto optimismo! Como pensas tu acabar comigo seu insecto rastejante? – Provocou o general com um sorriso de escárnio.

Todavia, o cavaleiro de ouro não respondeu às provocações daquele homem gabarola e maldoso. O plano para a vitória formara-se finalmente na mente do dourado. Ele não iria desiludir os seus companheiros, a Deusa que tanto amava, o grande mestre e principalmente não iria nem queria desiludir o seu grande herói, Ilias de Leão seu irmão mais velho, o homem que fizera dele o que ele era naquele momento.

– Prepara-te, o teu fim está próximo! – Gritou, elevando o seu cosmo de ouro.

– Como te atreves a desafiar-me seu nojento? Já vais ver o que é bom! Exército de Marionetes! – Novamente a paisagem ficou repleta de homens pedra fortemente armados.

– Desta vez não irá resultar. O mesmo truque não funciona duas vezes contra o mesmo cavaleiro. – Um sorriso iluminou o rosto cansado do sagitário.

Uma flecha de ouro surgiu no ombro de Sísifo, este colocou-a no seu poderoso arco.

– Ainda não compreendeste que essas setas inúteis não me podem atingir? Parece que os cavaleiros de Atena não devem muito à inteligência! És ridículo! – O general riu maldosamente a plenos pulmões.

A flecha deslizou tranquilamente pelos ares, captando a atenção do general. O plano de Sísifo resultára na perfeição. O seu cosmo elevou-se como nunca, brilhando com uma intensidade magnificamente assustadora.

– Impulso luminoso de Quíron! – Gritou o sagitário. A potência do seu ataque era arrebatadora. Um enorme turbilhão de luz e vento igualmente dourados cobriram o local, onde decorria a luta. Sísifo centrou o seu brilhante ataque na zona mais baixa do mecanismo defensivo, prendendo desta forma o seu oponente.

– Impossível! Não me consigo mexer! Maldito cavaleiro! – Os gritos de pânico de Maximilianus ressuavam como canhões enfurecidos.

– Eu honrarei o centauro Quíron o qual deu nome aos meus ataques mais poderosos. – A alusão a um ser da mitologia Grega despertou ainda mais raiva no coração do general, este cuspiu para o chão.

– Tanta conversa da treta! Não faço a mínima ideia de quem seja esse animal arqueiro, nem me interessa. – Falava com desprezo e em simultâneo tentava-se libertar da fortíssima prisão de luz.

– Quíron era um grande herói, honrado, pacífico, dotado de uma inteligência nunca antes vista, possuía valores morais irrepreensíveis, bondade, solidariedade, amizade, tudo isto o distinguia dos restantes membros da sua espécie. – Sísifo falava quase em monólogo, o ar apenas era quebrado pelos ruídos de raiva emitidos pelo escudeiro.

– Não penses que me comoves com essa conversa de honra e dignidade, isso comigo não pega! – Se a fúria matasse Sísifo já estaria morto há muito tempo.

O cosmo do sagitário elevou-se ainda mais, formando uma imensa e bela tempestade de ouro.

– Agora, prepara-te para dizeres adeus ao mundo! Esta tempestade destruirá a tua maldade, presunção e ganância. – A voz do dourado vibrava de emoção. – Voa meu cosmo, voa em toda a tua plenitude! Tempestade de Quíron!

A tempestade envolveu Maximilianus fazendo-o rodopiar a uma velocidade estonteante, por fim caiu aos pés do cavaleiro, sem vida.

– Soldados, não subestimem as tropas de Atena! – Murmurou agonizante.

A batalha de Sísifo terminara, porém a guerra estava muito longe do fim. Muitas ameaças desconhecidas ainda pairavam como abutres por cima do santuário.

Finalmente os restantes Imperadores da Justiça anunciaram a sua chegada na entrada do Santuário.


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