A Guerra Greco-Romana escrita por Maresia


Capítulo 12
Capitulo 11 - Homens de Pedra




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Seis cosmos violentos aproximaram-se rapidamente do local à guarda de Sísifo.

– Não vou conseguir deter aqui guerreiros tão poderosos. Porem, farei o meu melhor. O resto fica a vosso encargo companheiros. – Pensou o Sagitário

Vários vultos tornaram a noite opaca, a lua incidia sobre eles de forma indefinida não deixando ver os contornos dos seus rostos. A distância que separava os inimigos dos cavaleiros foi quebrada num ápice.

– Olhem para isto! O santuário enviou-nos um comité de boas vindas! Que simpáticos! – Uma voz de homem impregnada pelo cinismo rompeu o silêncio suave e tranquilo da noite.

– Será que eles não sabem que estamos aqui para os matar? – Uma voz de mulher fina como um punhal cortou o ar. Vários risos maldosos encheram a entrada da bela vila.

– Lamento desiludir-vos mas neste santuário ninguém pretende morrer. – Sísifo falara pela primeira vez. A sua voz saía calma, serena personificando a própria noite.

De todos os constituintes da elite, Sísifo de Sagitário era dotado de uma personalidade calma, analítica, entregando-se a todas as causas de alma e coração, possuía uma grande inteligência e capacidade de estratégia.

– Bem, bem, um cavaleiro de Ouro! – Exclamou um homem de longas barbas, avistando a brilhante armadura de Sagitário repousando ao lado do seu protegido.

– Já chega, não tenho tempo para estar aqui na conversa. Acabem com ele e sigam em frente. – Um homem de porte altivo, quase imponente falava de forma imperativa. Todos os outros se apressaram a cumprir as suas ordens sem as questionar.

Com esta atitude Sísifo abriu a caixa onde a sua armadura descansava serena e coloco-a com orgulho, agora estava realmente pronto.

– Não vão passar daqui! – O Sagitário estava determinado.

Uma luz resplandecente iluminou o ombro direito do Sagitário, ali materializara-se uma bonita e perigosa seta dourada. Um arco surge então incorporado na brilhante armadura. Sísifo esticou a mão e pegou na seta colocando-a na sua arma justiceira.

– Flecha da justiça! – Bramiu.

Um homem ali perto ergueu de forma magistral um escudo que defendeu o poderoso ataque de Sísifo, este olhou com desdém para o grupo.

– Todos vocês, prossigam eu trato aqui do nosso amigo arqueiro! – Disse o homem do escudo.

– Certo, mas não te atrases. Sabes que o nosso Senhor está com pressa. – Disse a mulher

– Não preciso que me lembre das minhas obrigações senhorita! – Exclamou o homem mal-humorado, pisando o chão com força para conter a raiva.

– Já disse que não vão a lugar algum! – Porém era tarde de mais, os companheiros do homem escudeiro já estavam longe do alcance da justiça do Sagitário. – Kardia, Dégel agora é com vocês. – Pensou.

– Bem, gostaria de me apresentar. Eu sou o General Maximilianus, de todos os soldados aquele que possui mais disciplina, mais força e mais sede de sangue. – Ele falava orgulhosamente de peito inchado.

– Alguém tão gabarola não pode ser assim tão forte. – Murmurou Sísifo olhando o seu oponente.

– Vamos ver quem é o gabarola, seu desprezível.

Um enorme elevar de cosmo aqueceu o ar. – Exército de marionetes!

Homens feitos de pedras fortemente armados surgiram no curto espaço que separava o cavaleiro do General.

– Avancem minhas fiéis tropas! Exterminem esse herege! – Riu-se maldosamente. O exército avançou na direcção do dourado.

Pela segunda vez o ombro de Sísifo iluminou-se esplendorosamente, uma nova seta materializou.se. – Flecha da justiça! – Bramiu.

A flecha dourada voou pelos ares destruindo uma grande percentagem dos homens de pedra. Porém, o fenómeno que se seguiu foi incrível. A paisagem do vilarejo ficava cada vez mais amontoada com marionetas, Sísifo não queria acreditar no que os seus olhos vislumbravam.

– Que técnica impressionante! Como vou eu terminar esta luta? – Questionou-se de si para consigo.

Sísifo debateu-se o melhor que lhe foi possível contra o infindável exército, porém não era fácil. Sísifo era atingido por todos os lados, murros, pontapés, pauladas, cotoveladas, bastonadas. Este cenário de violência pura era acompanhado do terrível riso trocista e cínico do comandante dos homens de pedra.

– Então cavaleiro, como te sentes? Talvez precises de mais companhia. Acho que te estás a sentir-te muito sozinho! – O general elevou o seu cosmo, mais e mais figuras empedradas surgiram no cenário abismalmente desproporcional.

Sísifo voava, saltava e corria por todo o lado tentando evitar o maior número de ataques. Aquela situação tinha que ser remediada, tinha que acabar com aquele massacre o mais rapidamente possível, mas como?

O dourado estava ofegante, exausto, sangrava abundantemente manchando o exército de vermelho que contrastava perfeitamente com o branco da pedra.

– Talvez, o segredo não esteja em destruir as marionetas, mas sim acabar com o seu criador! – A mente do cavaleiro iluminara-se finalmente. – Sim é isso mesmo. Se eu terminar com ele, fica impossibilitado de convocar mais homens pedra. – Constatou inteligentemente.

Uma nova flecha fez a sua aparição na mão direita do dourado, este coloco-a no arco e mirou o adversário.

– O que pensas que estás a fazer? Seu estúpido cão vadio! – Gritou Maximilianus compreendendo a ideia do cavaleiro.

– Vou acabar contigo! – Berrou Sísifo lançando a flecha.

– Defesa de diamante! – Retorquiu o general. O timing foi perfeito. No segundo em que a seta o deveria atingir, ergueu-se uma brilhante muralha de escudos que o cobriu por todos os lados, era impensável atingi-lo.

– Esta defesa é perfeita. O nosso povo ganhou muitas guerras importantes com a sua utilização impecável. – Explicou orgulhosamente. – Para o caso de estares a ter outra brilhante ideia, este mecanismo defensivo não tem qualquer falha, logo sou invencível.

De facto ele tinha razão, aquela defesa era perfeita, infalível e bastante resistente, como o próprio diamante. O cavaleiro estava absorto com tal perícia. O aparecimento da lendária defesa complicara ainda mais a vida do sagitário.

– Mas sabes isto ainda não acabou, ainda tenho um truque na manga! – Falou enigmaticamente o general, incrivelmente protegido.

– Se achas que me vou dar por vencido podes esperar sentado! Isso nunca vai acontecer! – Garantiu Sísifo determinado.

– Vamos ver se ainda tens vontade de falar depois deste ataque. Pedra diabólica! – Bramiu.

Nas mãos do poderoso exército surgiram pedregulhos extremamente pesados e aguçados que foram arremessados contra o Dourado. A brilhante armadura quebrou-se deixando-o desprotegido. Feridas, arranhões e ossos partidos doíam terrivelmente no corpo do Sagitário.

– Estes pedregulhos estão revestidos com o meu poderoso cosmo. Espero que tenhas gostado da surpresa cavaleiro! – Riu-se violentamente.

Sísifo estava inconsciente no chão arenoso. Todos os esporos do seu corpo mutilado espirravam sangue. Será que o sagitário da justiça nunca mais planaria sobre os céus?


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