Quem diria! escrita por NathyWho221B


Capítulo 2
Trocado


Notas iniciais do capítulo

Hey! Novo capítulo! Estou muito feliz que estejam gostando *-* Melhor parar de enrolar rsrs
Boa leitura!



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Lestrade estava aparecendo mais no Barts do que Sherlock. Ele sempre ia ao laboratório ou ao necrotério vê-la. Perguntou se Sherlock tinha ido visitá-la e então Molly pensou que Sherlock tinha sido obrigado á ir vê-la. Ficou com um pouco de raiva, mas ela logo passou. Lestrade contou que tinha se divorciado da mulher e pediu a ajuda de Molly para lidar com isso, por motivos óbvios.

Eles acabaram por almoçarem juntos todos os dias, sem se darem conta dos boatos que corriam pelo Hospital. Molly não ligava, pois estava apenas tentando ajudar um amigo. Com certo tempo, Lestrade acabou superando o divórcio, pois antes de tudo ele amava sua mulher e ela o tinha traído com um professor de Educação Física.

– Eu avisei. – diz Sherlock tomando seu chá sentado em sua poltrona.

– Eu sei e eu não vim aqui falar sobre isso. Você sabe que é meu amigo, não é?

– Acabei de descobrir.

– Pois então, você sabe que eu pedi a ajuda de Molly com isso.

– Poderia ter usado mais adesivos de nicotina. É o que eu faria.

– Foi o que fez quando uma tal de Irene começou a te enviar mensagens?

– John também contou á você?! – Sherlock respirou fundo antes de tomar mais um gole de seu chá de olhos fechados. – Me lembre de conversar com ele depois.

– Enfim...

– Diga logo o que está acontecendo. Está escolhendo de mais as palavras... Por acaso é algo constrangedor?

– Não, é claro que não.

– Então? – Sherlock cerra os olhos e tenta analisar Lestrade para descobrir o que ele tem antes que ele conte. – Você está... Gostando da Molly...?

Lestrade o olha surpreso com sua dedução rápida. Engole seco.

– Talvez, eu não sei.

– É só isso o que queria me contar?

–Sim. Como assim isso?

– Lestrade, eu não sou um cupido. Não posso te ajudar com isso. Eu esperava algum caso interessante, mas como é só isso, já pode se retirar.

– Não preciso de um cupido, só queria saber o que ela pensa de mim.

– Pois eu não sei. E feche a porta quando sair.

Lestrade estava praticamente sendo enxotado de 221B, mas não ficou bravo com Sherlock. Ela não devia ficar falando dele por ai. Ele a conhece e ela é reservada. Só quando está muito apaixonada que não consegue disfarçar. Pensando agora, Lestrade achou-a muito fofa. Antes de fechar a aporta do flat, Sherlock chamou sua atenção.

– Não tente dar flores á Molly. Ela é alérgica.

***

Molly estava no laboratório observando uma lâmina com o microscópio enquanto Lestrade chegava perto dela para "assustá-la". Ela conseguiu olhá-lo pelo canto do olho e se virou surpreendendo-se com a distância em que estavam. Para quebrar o momento constrangedor, Lestrade abraçou-a e ela sem pensar duas vezes retribuiu o abraço.

– Está no horário do seu almoço. Não vai comer?

– Já? Nem percebi.

– Está com olheiras cada vez mais profundas. Você devia parar de trabalhar um pouco.

– Eu não tenho nada melhor para fazer. – Ela sorri ingenuamente, fazendo Lestrade perder a cabeça por alguns segundos antes de retomar ao assunto.

– Vamos almoçar?

– Claro, estou faminta!

– Não estava á segundos atrás.

– Agora estou. – ela disse rindo.

***

Duas semanas depois em Baker Street, John estava sentado em sua poltrona de frente para Sherlock que estava em pé tocando seu violino.

– Ela parou de enviar mensagens?

– Não.

– E você já respondeu alguma?

– Não.

– Se você responder talvez ela pare.

Sherlock para abruptamente de tocar o violino desafinando as últimas notas com um som agudo que fez o ouvido de John doer.

– O que eu posso responder John?! Claro! Aceito seu pedido para jantar, e que tal depois virmos para Baker Street, você pode dormir no quarto de John! Acha que ela dormiria em seu quarto?

– Não, porque eu não moro mais aqui, então não tenho mais um quarto.

– Que seja!

– Você poderia recusar.

– E então eu estaria sendo fraco. Perdendo para A Mulher. De novo.

– De qualquer forma você perderia então.

– Exato.

– Tem certeza que ainda não está apaixonado por ela?

– O amor é um defeito químico encontrado nos perdedores.

– Eu não perguntei isso, perguntei se ainda não está apaixonado por ela.

– Como assim ainda? Eu nunca disse que estive alguma vez.

– O amor é um tipo de sentimento que não é preciso dizer. É perceptível.

Sherlock o ignorou e voltou a tocar seu violino, agora se virando de costas para John, olhando para a janela. John sabia que ele não responderia mais nada, mas mesmo assim não se conteve.

– Já soube da última?

Sherlock não respondeu e continuou de costas para o mesmo.

– Lestrade e Molly estão namorando. Quem diria, não é? Eles eram amigos a tanto tempo... Eu achava que ela estava apaixonada por você. Parece que eu me enganei.

– ...

– Sherlock? – pergunta John e Sherlock para o violino novamente respirando fundo.

– Sim?

– Não se sente mal por ter sido trocado por Lestrade?

– Não. E eu não fui trocado. Prefiro Lestrade á Tom.

– Eu acho que concordo com você. Pelo menos Lestrade cuidará bem dela e podemos confiar que ele não magoará nossa querida Molly.

– Claro.

John escuta o celular de Sherlock tocar ao receber uma mensagem. Olhou para Sherlock que virou automaticamente ao ouvir o som da mensagem. Os dois ficaram parados olhando um para o outro, antes deles correrem ao mesmo tempo para pegar o celular em cima da mesa da cozinha junto com outras coisas que Sherlock usava em algum de seus experimentos malucos. Mesmo John sendo mais baixo e por esse motivo, tendo braços mais curtos que os de Sherlock, alcançou o celular primeiro.

– Devolva meu celular. - diz Sherlock estendendo a mão.

– Só depois que eu ler a mensagem dela.

Sherlock aguarda impacientemente, com a cara emburrada e os braços cruzados, John ler a mensagem. Nela estava a mesma pergunta de todas as outras. Um pedido para jantar. John não aquentou mais esse suspense de Sherlock para aceitar logo e antes de devolver a mensagem John respondeu por Sherlock aceitando o convite e que gostaria que fosse em seu flat, que no caso seria a 221B.

Sherlock tentou não expressar a fúria que sentia por John ser tão intrometido, mas John sabia o que seu amigo estava sentindo e sorriu o que o irritou mais ainda.

– Agora você só precisa se preocupar em o que vai vestir e servir para o jantar. A não ser que não queiram jantar, então não precisa nem se vestir.

– Acho que já ajudou bastante, John, mas acho que não preciso de nenhum cupido.

– Tudo bem, então eu já vou indo. Ao contrário de você, tenho uma mulher em casa me esperando.

Sherlock percebeu a jogada com as palavras que John lhe deu antes de fechar a porta. Respirou fundo uma ou duas vezes antes de voltar a tocar seu violino. Agora á espera da Mulher.


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Notas finais do capítulo

Aguardo reviews!



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