Quem diria! escrita por NathyWho221B


Capítulo 3
Uma noite a dois


Notas iniciais do capítulo

Hey gnt! Estou sem comentários kkkkk apenas... Leiam.



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Quando anoiteceu Sherlock parou de tocar violino, seus dedos e braços já estavam doendo, então se sentou em sua poltrona. De repente Mrs. Hudson abre a porta sem bater trazendo uma bandeja com tampa, toda sorridente.

– Finalmente, depois de tanto tempo, vamos ter alguma mulher neste apartamento!

– O que está fazendo Mrs. Hudson?

– Estou trazendo a janta de vocês, temos que arrumar essa mesa bagunçada, isto não é um laboratório Sherlock.

– Eu não pedi nada. Volte para seu apartamento e leve isto com você. – ele disse apontando para a bandeja em suas mãos.

– Mas John disse que...

– Eu não sou John.

– Mas você não vai jantar?

– Não estou com fome.

– Mas você quase não come...

– Por favor, Mrs. Hudson.

– Tudo bem. Boa sorte com a garota. – ela pisca para ele antes de fechar a porta e ele rola os olhos.

Já eram quase onze horas e a Mulher ainda não tinha chegado. Decidiu, então, ir dormir. Assim que deitou na cama, já de pijamas, ouviu as badaladas do Big Ben.

Enquanto isso Molly estava em seu apartamento segurando uma tigela grande de pipoca amanteigada sentada no sofá com seu pijama de inverno todo estampado em xadrez azul. Aos seus pés estava Toby e ao seu lado Lestrade com uma camisa de magas longas azul escuro e uma calça de moletom cinza. Eles estavam assistindo á um filme de terror e Molly nem piscava. Lestrade que já tinha assistido ao filme por pelo menos umas três vezes já sabia o que iria acontecer. Estava mais interessado em observar as reações de Molly enquanto assistia. Amava quando ela se inclinava para frente inconscientemente e quando se assustava com alguma cena, voltava para trás abruptamente. Isso o divertia.

Quando o filme acabou a tigela ainda estava na metade. Ela estivera tão concentrada no filme que tinha até se esquecido da pipoca. Colocou a grande tigela na mesinha de centro e se aninhou á Lestrade.

– Acho que vou ter pesadelos.

– Não se preocupe, eu estou aqui. – ele diz a abraçando.

Eles ficam alguns segundos abraçados até que ela o desmancha e segura seu rosto, fecha os olhos e aproxima seus rostos lentamente. Roçam os lábios de leve causando arrepios nele, e então ela abre a boca dando passagem para o ar e ele a beija com vontade. Ele começa atirar sua camisa e ela faz o mesmo. Ambos se entregaram sem hesitar, transformando a temperatura da noite, que antes era fria, na mesma temperatura de seus corpos.

Sherlock acorda sentindo alguém se esgueirando em sua cama, fazendo-a mexer. Segura com força os braços de quem quer que esteja em sua cama e senta em cima de seu quadril para evitar que fuja ou tente chutá-lo.

– Tem certeza que quer fazer isso agora, Mr. Holmes? Pensei que estava cansado.

Sherlock reconhece a voz feminina em um tom brincalhão. Provavelmente ela estaria sorrindo. Estava muito escuro, mas como já sabia quem era saiu de cima dela e acendeu o abajur, revelando o que já sabia. Irene Adler.

– O que está fazendo aqui?

– Você me chamou.

– Foi John. Ele pegou meu celular e respondeu sua mensagem que de qualquer forma era para ser um jantar e não uma noite na minha cama.

– Se não tem como provar que foi John, vou ficar. E eu quis fazer uma surpresa.

– Eu poderia ter te socado, pensando ser outra pessoa.

– Quem? Moriarty? Se ele estivesse vivo e viesse para a sua cama, aposto que não o socaria. – ela ri abertamente, deixando claro seus pensamentos.

Irene estava usando uma camisola quase transparente e muito curta. Sherlock ficou um pouco, mais bem pouco, constrangido por ter sentado em seu quadril. Sherlock voltou a deitar em sua cama e virou para o outro lado, ficando de costas para ela.

Irene, do jeito que é não perderia a oportunidade de provoca-lo. Colocou uma de suas pernas no quadril do detetive e colou-se em suas costas.

– Eu sei que está excitado. Assim que ouviu a minha voz eu o senti em meu quadril. – ela sussurrou em seu ouvido.- E já que você machucou meus braços... Você não tem muito trabalho á fazer, eu estou usando uma camisola.

Sherlock não sabia o que fazer e não aquentaria ficar uma noite inteira ouvindo isso. Trocou de lado. Agora eles estavam deitados com o rosto muito próximos. Ela olhou de seus olhos até sua boca cerimonialmente. Colou seus lábios nos dele e movimentou-os lentamente. Ela não podia mais negar que estava apaixonada por ele, ou pelo menos era o que achava. Ele já sabia mesmo. E às vezes ela desconfiava que ele sentia o mesmo por ela, mas tudo era incerto. Até o momento em que ele retribuiu o beijo. Lentamente ela foi tirando o pijama dele, enquanto ele observava todos os movimentos dela. No final ele mesmo fez as honras de tirar sua camisola. A noite foi longa e prazerosa, como no apartamento de Molly com Lestrade, que em meio a carícias e suspiros adormeceram antes que o casal em Baker Street.

***

Sherlock e Lestrade acordaram com a iluminação irritando seus olhos com o frio do começo de inverno, já podia se ver pequenos flocos de neve caindo lentamente sobre o parapeito da janela. Não viram suas mulheres ao seu lado na cama. Seguiram com seus dias normalmente. Coincidentemente Lestrade tinha um caso para Sherlock hoje. Enviou uma mensagem para Sherlock encontrá-lo no local do crime.

Depois de alguns minutos agachado, analisando a vítima estendida no chão, Sherlock descobriu o que aconteceu.

–A vítima tem cicatrizes profundas, brigas ocasionais. Bebia muito pelo cheiro de álcool em suas roupas, então provavelmente essas brigas tenham acontecido enquanto ele estava bêbado. O bar mais próximo daqui é o Gordon's Wine, então vasculhem a área á procura de um homem de mais ou menos um metro e sessenta e cinco de altura, por causa da altura dos hematomas, ele não era tão alto, e com a mão esquerda quebrada, ele era canhoto, as feridas são mais localizadas do lado esquerdo do corpo da vítima. O homem morreu devido á uma série de batidas na cabeça. Provavelmente em uma das mesas do bar deve estar suja de sangue. Não faz muito tempo que o corpo está aqui e ninguém limpa tanto sangue muito rápido, então se apressem para conseguir as provas.

Sherlock se levanta e analisa Lestrade. Suas roupas amaçadas e com pelos cinza de gato.

– Passou a noite na casa de Molly?

– O que? Como... Deixa para lá.

– Então eu acertei.

– Sim.

– Até que foi rápido. Uma semana e já começaram a namorar. Conseguiu provar para mim que consegue se virar sem nenhum cupido.

– As notícias se espalham rápido...

– Nada de interessante está acontecendo ultimamente, então qualquer novidade vira motivo de fofoca. Foi assim que seu caso com a Molly chegou aos ouvidos de John que também é outro fofoqueiro e fez questão de me contar. Mas esqueça... Parece feliz.

– Pareço? Eu estou.

–Já Molly continua normal.

– E era para ela estar diferente?

– Claro. É a Molly! Aquela criatura pequena e dócil que ama todo mundo e sempre me ajuda com meus experimentos, não importando o quanto perigosos sejam.

– Ela não está feliz?

–Ela está agindo normalmente. Geralmente quando ela está apaixonada, fica tímida e muito feliz, á um ponto em que todos percebam. Se você não percebeu nada então quer dizer que ela não está realmente feliz.

– Porque você tem que dizer essas coisas?! - pergunta Lestrade indignado.

– Eu só estou entregando os fatos.

Sherlock aperta seu cachecol e enfia suas duas mãos nos bolsos do sobretudo depois de chamar um taxi para voltar á Baker Street.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *-*



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