Quem diria! escrita por NathyWho221B


Capítulo 1
Alergia


Notas iniciais do capítulo

Hey! Não sei se será longfic, mas onefic definitivamente não será.Depende de quantas pessoas gostarem da fic.
Boa leitura!



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O vento soprava forte lá fora. Não se ouviam o barulho do motor dos carros e nem de passos pelas ruas geladas de Londres. A rua estava deserta. O céu, cinza. Provavelmente vai chover mais tarde, pensou Molly tomando seu chá de camomila sentada no sofá, enrolada em uma coberta cor-de-rosa, de pijamas de inverno e olhando para a tela preta da TV desligada. Molly dividia seus pijamas em duas categorias. Os de inverno e os de verão. Os de inverno eram os pijamas que tinham calça. E os de verão, os que tinham shorts. A TV estava desligada porque não queria assistir nada até porque nada de interessante passava na TV agora. Hoje. Em pleno domingo. Deveria estar entediada, mas não estava. Gostava da solidão, se sentia em estar sozinha com Toby junto á ela no sofá, e já estava acostumada com isso.

Sentada no sofá, em silêncio, numa tarde fria, inspirando e expirando lenta e profundamente. Agradável. Neste momento calmo, muitas coisas passavam pela cabeça de Molly. Não se tinha muita coisa para pensar se você contar que ela era apenas uma simples legista, mas para ela era muito e a única coisa a se pensar já que passava a maior parte do seu tempo trabalhando e mais nada de interessante para pensar.

Ela gostava dos seus colegas de trabalho. Eles têm um grande respeito por ela e também por seu trabalho e dedicação, ela sabia disso. Gosta de seus amigos também, Lestrade, John, Sherlock, Mary, Mrs. Hudson e até mesmo Mycroft. Molly não tem inimigos. Não se você contar Jim como um inimigo para ela.

Não gostava quando as pessoas sentiam pena dela. Principalmente Sherlock. Não gosta quando ele diz ou faz coisas por pena dela. Isso a destrói, mas ninguém sabe. Somente ela. Molly costuma não ver coisas ruins nas pessoas. Isso é o que a torna uma pessoa doce e amada por todos, mas ela acha que esse é um defeito dela, pois essa sua personalidade inocente fez com que Jim se aproximasse e causasse mal á Sherlock. Ela não suporta a ideia de ter ajudado Jim a causar mal a ele, mesmo sem saber. Ela se sentiu culpada. Foi por isso que o ajudou com o fingimento de sua morte. Agora está tudo bem.

Molly está sozinha, de novo, depois de um noivado fracassado com Tom, mas ela está bem agora. Nunca teria dado certo. Ele não fazia o tipo ideal dela. Apenas Sherlock, mas ele já deixou bem claro que não está interessado nela. Mas tudo bem, a vida é assim, ninguém nunca está totalmente satisfeito. Todos querem mais. Até mesmo a doce Molly, mas diferente das outras pessoas, ela está conformada com sua vida. Sabe que nunca conseguirá o amor do grande detetive Sherlock Holmes. Há mulheres mais interessantes e bonitas que Molly em Londres. E talvez Sherlock já esteja apaixonado por outra mulher. Mesmo assim gosta de ajuda-lo. Só a presença dele já a deixava feliz. Vê-lo m seus casos era fascinante! Ele sempre é tão inteligente!

O silêncio é quebrado com o toque da campainha. Vagarosamente Molly deixa o cobertor cor-de-rosa no sofá com Toby adormecido, e se levanta para atender a porta sem se importar com seu pijama branco de corações azul e cinza. Pelo menos seus cabelos soltos estavam penteados devidamente. Abre a porta e um vento a atinge fazendo-a estremecer de frio. Olhos azuis a analisam a procura de qualquer coisa que entregue tudo o que ela fez esta manhã.

- Boa tarde, Molly.

- Boa tarde, Sherlock. Entre, está frio aí fora.

Sherlock entra no apartamento de Molly e tira o cachecol e depois o sobretudo entregando para ela que já esticava os braços para pegá-los. Ela os pendura no mancebo.

- Gostaria de tomar chá?

- Sim, obrigado.

Molly coloca o chá em uma xícara igual á dela, com desenhos de rosas contornadas de vermelho e entrega á ele que toma sem fazer nenhum comentário sobre seu pijama ou xícara infantis de mais para uma mulher da idade dela. Isso a fazia parecer uma garotinha adolescente, mas ela já sabia e mesmo assim gostava de seu estilo. Molly senta novamente no sofá, em cima do cobertor, ao lado de Toby.

-Precisa de ajuda em algo? – ela pergunta cautelosamente para não soar rude.

- Não, eu só queria ver se estava tudo bem com você. Lestrade disse que parecia cansada na última vez que te viu no Barts e agora vejo com meus próprios olhos que ele estava certo. Está com olheiras profundas. Muito trabalho?

- Sim, ela abaixa a cabeça sorrindo, colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha esquerda. – Tive alguns dias de plantão.

Molly estava um pouco tímida como sempre estava na presença dele e ainda mais de saber que ele e Lestrade se importavam com ela. Enquanto isso Sherlock deduzia que Molly fazia tantos plantões para poder ter mais dias de folga. Ficou um pouco confuso, pois achava que ela gostasse do trabalho. Ele não gostava quando ela ficava de cabeça baixa, é como se ela tivesse encolhida, com medo dele. E, além disso, ele a achava seu rosto bonito. Mesmo trabalhando em um lugar que não valorize isso nela, ele achava-a bonita. Até quando estava com olheiras.

Aos poucos escutam finas gotas de chuva batendo contra o vidro da janela. Rapidamente as gotas vão ficando maiores e a chuva mais forte fazendo o som ficar mais alto enquanto Sherlock decidia se ficava ou ia embora. Por fim, decidiu ficar. Não queria molhar seu cabelo e, além disso, estava frio lá fora.

- Deve estra cansada, então assim que a chuva cessar irei embora.

- Tudo bem.

Molly realmente estava cansada e ficar sozinha com seu gato era um descanso, mas Sherlock em seu apartamento não a incomodava. Sherlock se sentou em uma poltrona ao seu lado e cruzou as pernas como sempre fazia.

- Não gosta de seu trabalho?

- Porque a pergunta? – Molly estranha a pergunta repentina.

- Você anda fazendo muito plantão, então está acumulando muitos dias de folga. Não gosta de seu trabalho?

- Eu amo o meu trabalho e eu estou fazendo tanto plantão para não ficar entediada, pois ultimamente eu não estou conseguindo dormir a noite. Devo estar com insônia por causa dos antialérgicos que eu tomo e também do café e do chá.

- Seu apartamento é muito limpo e eu não vejo nenhuma planta ou flor aqui então você é alérgica a poeira e pólen de plantas. Por isso toma tanto antialérgico. Isso faz mal, Molly, não devia tomar tanto remédio. Você é médica. Devia saber disso.

- Eu sei só não me importo.

- E o gato.

- O que tem Toby?

- Você é alérgica a pelos de gatos. Deveria se livrar dele. – ele disse apontando o queixo para p gato.

- Não vou me livrar de Toby. – ela diz franzindo o cenho. – Ele é meu animal de estimação. É minha única companhia em casa.

- Se esse for o problema eu posso resolver. Você não é alérgica á mim, é?

- Não. – diz corando. – Não vou me livrar de Toby.

- Tudo bem. Não posso te obrigar a nada.

- Você veio aqui só para ver se eu estava bem?

- Sim.

Na verdade Lestrade tinha pedido para Sherlock ir visitá-la e ver se estava tudo bem, se bem que ele mesmo também queria saber. Mas achou melhor não contar sobre o envolvimento de Lestrade em sua decisão de vir aqui. Ela poderia pensar que ele tinha sido obrigado, o que não era o caso. Molly achava, na verdade, que Sherlock estava entediado por não ter casos bons para ele ultimamente e então veio passar o tempo.

- O que vai fazer quando tiver folga? Vãos ser muitos dias.

- Não pensei nisso ainda, por que?

- Poderíamos fazer algo.

- O que há com você Sherlock?

- Nada.

- Até agora não fez nenhum comentário sobre meu pijama. – ela diz rindo baixo.

- Seu pijama é infantil. É isso o que quer que eu diga? Não te entendo. Achei que não gostasse que eu falasse de suas roupas, depois daquela noite de natal...

- Eu só achei estranho você não ter feito nenhum comentário. Nada mais. Mas não quer dizer que eu gosto.

- Eu era muito rude com as mulheres antes, acho que ainda continuo, mas pelo menos estou tentando ser melhor com as mulheres que me importam.

- Mulheres?

- Você, Mary, Mrs. Hudson.

- Hum… Já faz um tempo que não aparece no Barts.

- Eu estive ocupado com alguns casos.

- Casos... – Molly ainda achava que ele estava mentindo sobre os casos. – que tipos de casos?

- Assassinatos, roubos, o de sempre. – ele diz dando os ombros.

- Alguma mulher interessante?

- Como...?

- John me disse que uma mulher tinha voltado. Aquela mulher de um caso, mas ela não é exatamente um caso para você, pois agora ela não tinha feito nada de errado e não é mais perseguida. Foi isso o que John me contou.

- John te disse tudo isso?

- Sim. Ele me pediu para te ajudar, mas eu disse que você não iria aceitar minha ajuda, isso já faz um tempo.

Na verdade Molly só não aceitou porque estava com uma dor muito grande no coração para ajudar Sherlock com outra mulher. John sabia que Molly era a única pessoa além dele mesmo que sabia o que provavelmente estaria passando pela cabeça e pelo coração de Sherlock. Ele sabia que Sherlock estava confuso por estar apaixonado, ou era isso o que John desconfiava. No começo achou uma péssima ideia dizer isso á Molly, mas como ela estava noiva de Tom na época, decidiu pedir sua ajuda.

- Porque John achou isso?

- Ele disse que você estava confuso.

- Bobagem! Ela só me enviava mensagens, nem mesmo chegou a ir á Baker Street. John adora exagerar.

- Que tipo de mensagens?

- Olá, Mr. Holmes. Como você está? Sentiu minha falta? Está com fome? Vamos jantar? Eu não estou com fome. Coisas deste tipo.

- Ela está flertando com você. – disse Molly mesmo sentindo uma pontada em seu peito.

- É claro que não. É a forma que ela fala com as pessoas.

-E você responde ás mensagens dela?

-Não.

- Isso é rude. Pensei que não fosse rude com as mulheres que importam para você. A não ser que ela não importe. Você a considera importante?

Sherlock não respondeu. Molly tinha pisado em seu calo. Ele queria urgentemente sair daquele assunto. Nem ele sabia se A Mulher era importante para ele.

- Não. – isso era, em parte, verdade.

Talvez nem ela tenha percebido, mas Sherlock notou que ela soltou a respiração assim que ele a respondeu. Tentou disfarçar um sorriso que insistia em aparecer em seus lábios e levantou-se para olhar pela janela. A chuva já estava mais fraca. Agora era uma garoa.

- Acho que é melhor eu ir. Você tem que descansar.

- Agradeça á Lestrade por se preocupar.

- Agradecerei.

- E obrigado, também. Por vir me visitar.

- O prazer foi meu e tente dormir.

Sherlock pegou seu sobretudo do mancebo e o vestiu. Em seguida pegou seu cachecol e deu uma volta em seu pescoço. Molly pegou seu cobertor e jogou-o em seus ombros. Despediu-se mais uma vez de Sherlock antes dele fechar a porta.


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenham odiado kkkk eu continuarei se realmente gostarem da fic. Bjsss!!



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