Casados pela razão errada 2 escrita por WendyReis


Capítulo 6
Capitulo 6 - Idiotas




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Enquanto estávamos no avião indo para o mesmo lugar de nossa primeira lua de mel, se é que posso chamar assim, eu estava lendo um dos livros que o Nath me emprestou. Eu estava com a cabeça deitada no ombro do Pica-pau.

— Nanica?! (Eu olhei pra cima de forma que quase nos beijamos)

— O que foi? (Eu perguntei abaixando minha cabeça de volta para o livro)

— Eu estava pensando…

— E isso é possível?! (Eu ri e ele ficou calado) Desculpe. Continue…

— Se eu te beijasse agora o que você iria preferir que eu fizesse depois?

— Como assim? (Eu o olhei confusa e novamente quase nos beijamos)

— Sabe?! Nos filmes quando um casal apaixonado que ainda não percebeu isso se beija ou eles dizem que se amam ou fingem que nada aconteceu. O que você iria preferir que eu fizesse? (Ele disse suavemente)

— Que pergunta é essa de repente?! Você está vendo um filme romântico?! (Eu ri olhando para o Macbook dele e ele abaixou a tela)

— Não é nada disso idiota! (Ele deu um peteleco na minha testa)

— Por que você fica fazendo isso? Dói sabia? (Eu dei um peteleco na testa dele)

— Ok, desculpe. Mas você pode me responder?! Você não tem que saber o motivo. Apenas me responda: A ou B?! (Ele disse grosso)

— Acho que se fosse com você, você fingiria que nada aconteceu. Mas eu acho que eu iria preferir que você dissesse que me ama.

— Entendi. (Ele me beijou) Depois diz que não é romântica.

— Não era isso que você tinha que dizer. Mas enfim não faça mais isso.

— O que? (Ele disse confuso e eu abaixei meu rosto para o livro, envergonhada)

— Não fique fazendo demonstrações de afeto em público.

— Por que não? Você é minha esposa. Por que sempre faz coisas como essas?

— Porque eu fico envergonhada que as pessoas fiquem nos olhando.

— Não tem ninguém nos olhando agora, até porque você está na janela e com o meu tamanho te cobrindo ficaria bem difícil verem o seu rosto.

— Que seja. E não é verdade que não tem ninguém nos olhando. Têm duas das aeromoças, a moça na cadeira na sua direção, a mulher com uma criança na cadeira de trás e até mesmo uma senhora sentada na cadeira a sua diagonal.

— Nossa! (Ele riu) Isso é um campo de batalha em que você precisa estudar suas adversárias? E você está viajando, não tem ninguém nos olhando.

— Realmente! Não nos olhando. Olhando para você. (Eu disse voltando a ler meu livro) E não é um campo de batalha eu estou apenas tomando conta do que é meu.

— O que você disse?! (Ele perguntou sorrindo ao ouvir minha última frase)

— Nada! (Eu virei à página do livro)

— Ok então… Ambas as aeromoças são gatas, a moça a minha direção parece ser uns dez anos mais nova do que eu, mas é bem interessante. A mulher da cadeira de trás deve ter um belo par de seios e a senhora é simpática, mas é muito velha pra mim. (Eu o ignorei) Sabia que se você não falar nada não tem a menor graça?!

— Quer fazer uma aposta?! (Eu perguntei indiferente enquanto lia)

— Aposta?! (Ele disse confuso)

— Sim. Assim… (Eu continuei lendo) Temos quinze dias de lua de mel, então na primeira semana fazemos uma aposta. Fingimos não nos conhecer daí podemos sair com quisermos, mas não podemos ficar com essas pessoas.

— Tá, mas se é uma aposta tem um vencedor e um perdedor. Como fazemos?

— Hum… (Eu continuei lendo) Já sei… (Eu dizia enquanto lia) Quem não aguentar fingir que não conhece o outro e falar ou fazer alguma coisa que demonstre que estamos juntos perde. Do primeiro ao terceiro dia o perdedor paga 500 dólares e faz qualquer coisa que o outro pedir, do terceiro ao quinto dia paga 250 dólares e compra qualquer coisa que o outro pedir. No sexto e no sétimo dia paga apenas 100 dólares. E se nenhum de nós perder apenas voltamos a nos falar no domingo normalmente.

— Eu posso sair com qualquer mulher que eu quiser?!

— Até com homens se quiser. Só não pode beijá-los e nem nada além.

— Fechado. Começa a valer quando descermos do avião. Ficamos no mesmo quarto e dormimos na mesma cama. Como se algo houvesse dado errado na reserva.

— Ok, mas temos que tirar as alianças também. (Ele assentiu)

Essa foi nossa aposta. Nós chegamos ao aeroporto e fingimos como o combinado. Na primeira noite cada um saiu para um lugar diferente. Eu fui a um lual e ele eu não sei. No lual eu conheci um cara e nós nos encontramos no segundo dia. Não era difícil fingir não conhecer o idiota. É claro que eu sentia falta dele e no fundo bem no fundo, tinha receio de que ele pudesse me trair, mas eu precisava acreditar na fidelidade dele. Até porque meu orgulho está em jogo!

Hoje, nós sem querer nos encontramos em uma boate. Ele estava em um sofá rodeado de mulheres. Olhando distraidamente para ele, e confesso fiquei com ciúmes, eu acabei esbarrando em alguém e era o mesmo cara das noites anteriores. Ele me puxou para o bar do lugar e então nós nos sentamos, conversamos por um tempo até que ele simplesmente me puxou e me beijou. Óbvio eu fiquei totalmente sem reação! Além da vergonha de beijar alguém em um lugar tão cheio, ainda havia o fato de que ele não era o Pica-pau. Então eu simplesmente o disse que ele não deveria fazer isso e me afastei, mas ele me beijou de novo e então eu fui obrigada a dar um tapa na cara dele. Após metade da boate ficar nos encarando eu saí de lá e me sentei na praia. Na areia próximo as ondas. Estava escuro, dava pra ver apenas a lua, as estrelas e as luzes da enorme boate de frente para a praia a qual eu estava…

Castiel POV

Após ter topado a aposta da Nanica, eu me arrependi. E não foi no dia seguinte, foi logo em seguida quando um cara esbarrou com ela quando ela voltava do banheiro e a ficou olhando. Só ela não percebe o quanto é gata. Argh! (ciúme)

No primeiro dia eu fui até a cidade para conhecer o lugar e acabei encontrando uma loja de música. No segundo dia eu fui até a praia e, apenas coincidência, eu acabei seguindo a Nanica durante toda a manhã. Após ver que ela estava saindo com o cara que esbarrou com ela no avião, eu fiquei tão puto que comecei a pensar em revidar. Não me culpem! Eu estava com raiva e arrependido! Porra! É nossa lua de mel, nós deveríamos ficar juntos e não separados por uma aposta que envolve dinheiro e orgulho.

Eu estava tão revoltado que resolvi sair. Eu fui a uma boate de frente a praia e tentei me concentrar nas mulheres que estavam ali. Porra! Antes de eu me casar, esse seria o casamento perfeito. Eu poderia ter qualquer uma que eu quisesse, sem me preocupar com minha esposa descobrir que eu a estava traindo. Mas eu não quero nenhuma dessas mulheres pegajosas e oferecidas! Quero minha esposa! E aquela anã de jardim fica achando que eu quero outras mulheres! O que eu preciso fazer pra ela entender que é com ela que eu quero ficar?! (raiva)

No terceiro dia eu fui à mesma boate e sem querer, dessa vez foi sem querer mesmo, eu encontrei a pigmeia lá. E com quem ela estava?! Com o mesmo filho da puta das outras vezes! Como na noite anterior algumas mulheres estavam me cercando. Antes eu até que gostaria disso, mas não agora. Isso chama muita atenção, e eu queria estar bem escondido para poder espiar a Nanica sem que ela percebesse.

Uma das vagabundas que estavam sentadas ao meu lado começou a beijar meu pescoço e a passar a mão no meu abdômen, eu realmente estava ficando revoltado com isso. As outras então começaram a se aproximar e a ficar ainda mais desnecessárias. Então eu simplesmente levantei, fui até uma parede e me encostei lá. Dava pra ver perfeitamente o bar dali, onde a Nanica estava com o desgraçado. Eu estava bebendo vodka quando só o vi agarrando a minha mulher. Primeiro eu achei que estava ficando bêbado, então eu fiquei lá parado pra ter certeza do que estava vendo. Mas aí depois que ela afastou o filho da puta, o viado a agarrou de novo. A este ponto além de ter meu sangue completamente fervendo, ainda me deparei com o fato de que eu havia quebrado o copo da vodka que estava bebendo. Depois de ela dar um tapa na cara dele e sair dali era minha vez de quebrar a cara do desgraçado.


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