Casados pela razão errada 2 escrita por WendyReis


Capítulo 26
Capitulo 26 - O grande dia




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Após descobrir que meu admirador secreto era na verdade o Pica-pau, eu estava lá o olhando e o enchendo de perguntas que começaram a irritá-lo.

— Você nunca me deu flores antes. (Ele me olhou friamente)

— Como não?! Eu te dei flores quando você estava internada no dia em que acordou do coma. E foi você mesma quem me disse sobre as petúnias. Ainda não se lembra?! (Ele disse grosso, quando ele disse isso eu me lembrei, mas…)

— Não… Você foi me ver quando eu estava em coma?

— Eu fiquei toda a semana com você. E eu até chorei quando você acordou!

— Verdade?! (Eu perguntei me fazendo de confusa) E por quê?!

— Como assim por quê?! Porque a mulher que eu amo podia ter ficado vegetando pra sempre. E você sabia que é muito irritante só eu ficar me lembrando de coisas idiotas como essas?! (Ele disse envergonhado)

— Você está corado?! (Eu ri)

— Não! (Disse grosso) Você realmente não se lembra?! (Perguntou desolado)

— Quando você disse onde me deu, eu me lembrei. (Eu ri)

— Posso te abraçar? (Ele me olhou por alguns segundos e então sorriu)

— Se você não me apertar muito pode! (Eu sorri e então ele me abraçou)

Ficamos assim por alguns segundos e passamos a tarde conversando. Mesmo que eu tenha passado por todo esse trauma de novo, eu não sei, mas não fiquei tão abalada quanto da última vez. Talvez porque agora eu esteja ao lado de alguém que eu amo e confio isso não se tornou tão torturante como da primeira vez.

Desde este dia, sete longos dias se passaram. Nesse período de tempo o Pica-pau não saiu do meu lado e eu finalmente posso ver. Mas ainda não posso fazer nada muito brusco. Ou seja, sem sexo, corridas matinais, trabalhar… Tédio! A busca pelo infeliz do estuprador continua e o FBI vem de dois em dois dias.

Hoje, o FBI veio novamente e dessa vez o Armin veio também porque ele queria acompanhar as buscas de perto junto com a Iris. Eu não queria ficar no escritório. Estou cansada de falar sobre isso… Mesmo podendo andar e enxergar agora, eu não posso ficar andando muito, até porque se não fosse pelos remédios e injeções para dores eu estaria gritando de dor. Eu, que ainda estou toda roxa, resolvi que não queria participar da reunião hoje, então eu fiquei na sala com o Lobo assistindo a um filme.

Quando a reunião acabou e o FBI foi embora, estava na hora de meus remédios e injeções, e tudo mais. Então eu aproveitei o Armin lá e pedi para ele me ajudar. O que antes teria gerado uma crise de ciúmes dessa vez ele (Castiel) agiu naturalmente e ficou conversando com a Iris na sala.

Após o Armin me ajudar eu acabei dormindo, o que sempre acontecia quando eu tomava esta injeção. Eu acordei devia ser cerca de cinco da tarde, eu me levantei com cuidado e apesar do Lobo estar deitado ao meu lado, eu ainda estava com saudades do idiota. Saudades de amá-lo, já que estamos numa distância terrível, digo fisicamente. E mesmo antes de tudo o que aconteceu já estávamos sem poder ficar muito juntos devido à gravidez. Então eu mesmo sabendo que não podia sequer beijá-lo, e isso eu não sei por que, eu decidi que iria fazer isso.

Eu me levantei com um pouco de cuidado ainda por que meu corpo estava dolorido. Eu me proibi de me olhar no espelho até que ficasse completamente curada, sabia que se me visse ficaria desesperada. Então eu simplesmente me levantei e fui até a sala. Ele estava deitado no sofá então me olhou e sorriu.

— Hei, acordou… Quer comer alguma coisa?

— Não… (Eu fiquei parada no corredor o olhando)

— Então, quer ver TV?

— Não… (Eu estava com vergonha do que queria)

— Se você não me disser o que quer fica difícil de adivinhar. (Ele se sentou)

—… Eu sinto sua falta…

— Como assim sente minha falta? (Ele pareceu confuso)

—… Eu quero você…

— O que quer dizer com isso?

— Você sabe o que eu quero dizer… Sabe exatamente do que eu estou falando.

—… Mor… (Ele me olhou interrogativo e então se interrompeu e veio até mim parando bem na minha frente e olhando pra mim sorriu triste o que me fez chorar)

— Fica comigo… (Eu disse colocando a mão no peito dele, ele se aproximou como se fosse me beijar e então me olhou nos olhos e então eu o olhei, nossos olhos estavam bem perto, então eu fechei meus olhos e em vez de me beijar ele sussurrou)

— Nós não podemos… (Ele depositou um beijo na minha testa) Não ainda…

—… (Então eu abaixei minha cabeça envergonhada e ainda chorando)

— Prometo que quando você melhorar, nós faremos o que você quiser. Olha pra mim… (Ele segurou gentilmente meu queixo e o levantou, eu tirei a mão dele e fui revoltada para o quarto ainda chorando) Hei…

Eu estou com raiva porque sabia que no fundo tudo era culpa minha, estou carente, depressiva, triste, envergonhada… Eu estava procurando uma roupa no meu armário. Eu sabia que não podia correr, mas eu queria, eu precisava…

— O que está fazendo? (Ele perguntou confuso)

— Vou sair… (Eu disse grossa e então ele riu)

— Uhum… Tudo bem então… (Ele voltava pra sala)

— Eu vou sair com um cara. (Ele se virou cruzou os braços e ficou rindo como se eu estivesse blefando, eu andei até a frente dele) Se você não me quer então eu vou procurar alguém que me queira. (Ele olhou pra mim e riu se aproximando)

— E quando você achar esse alguém o que você vai fazer?

— O que você não quer fazer comigo. (Ele me olhou friamente e foi andando na minha direção o que me fez andar para trás por puro instinto, então eu simplesmente caí em cima da cama, e ele subiu em cima de mim segurando meus pulsos acima da minha cabeça)

— Nunca mais repita isso, entendeu?! (Ele disse grosso o que me fez chorar) Entendeu Morgan?! (Ele gritou grosso o que me fez estremecer um pouco e chorar ainda mais, eu olhei nos olhos dele ainda chorando e então ele soltou levemente meus pulsos) Eu estou te machucando? (Ele perguntou como se despertasse de algo, antes que ele pudesse soltar meus pulsos eu levantei minha cabeça o beijando, mas ele não correspondeu. Eu me afastei um pouco deitando minha cabeça na cama novamente)

— Eu me apaixonei por você de novo… (Eu disse chorando e ele sorriu) Por que é que eu não posso te beijar?! Por que você fica me evitando?! (Ele depositou um beijo na minha testa e me soltou se deitando ao meu lado) Eu quero transar com você…

—… (Ele me olhou espantando, porque eu geralmente não falo coisas como essas e então riu sincero) Você sabia que você está com um corte na boca?

— Estou? (Eu passei a mão na minha boca e então senti no meu lábio superior)

— Foram três pontos. (Ele se virou pra mim) E também pouco abaixo do seu olho direito você levou cinco pontos. Sem contar, as escoriações que você teve no rosto. (Eu o olhei e ele sorriu) E é por isso, minha gnomeia, que você não pode me beijar. (Eu o olhei ainda chorando) Então você precisa aguentar firme, até que você esteja bem emocionalmente e fisicamente, para podermos transar.

—… (Eu fiquei alguns segundos calada) Eu gostava mais quando você dizia “fazer amor”… (Eu disse pensativa e ele sorriu)

— Foi você quem começou. (Ele riu) Olha pra mim…

— Eu estou… (Ele levou o polegar até meu rosto e secou suavemente alguma das minhas lágrimas)

— Eu te amo e isso não vai mudar… Nunca!

— Só temos um ano juntos, como pode afirmar isso?!

— Eu não sei… Eu só sinto… (Ele sorriu) Mas não é isso que importa. O que eu quero dizer é que daqui a mais ou menos dois meses você já vai estar completamente bem e quando isso acontecer nós vamos viajar para um lugar onde estaremos apenas nós dois e então vamos superar todos os nossos traumas juntos. Esse vai ser o nosso grande dia, ok?! (Eu chorei feliz dessa vez, ele beijou então o corte que tinha na minha boca) Estou beijando seu corte e não sua boca, que fique claro. (Eu sorri)

— Só precisamos esperar mais dois meses…

— E então teremos nosso grande dia…

— Ok, o grande dia! (Eu ri disso)

Ficamos daquele jeito por mais algum tempo e então jantamos e fomos dormir. Depois de um longo mês o FBI encontrou o desgraçado e o prendeu, o que me deixou bem mais aliviada. E então finalmente o grande dia chegou…


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