Foram mais meses do que esperávamos… Demorou quase quatro meses para eu ser completamente liberada para qualquer atividade física, incluindo dirigir e correr. Mas finalmente eu estava livre, já fazia quinze dias que eu podia fazer tudo, mas nada entre nós havia acontecido, e eu já estava bem incomodada com isso. Eu voltei da corrida matinal e pouco depois ele voltou da academia.

— Por que você não vem tomar banho comigo? (Eu perguntei sugestiva)

— Não, vou tomar banho no outro quarto estou com pressa.

— Argh! Idiota! (Eu bufei chateada)

Será que ele não percebe o que eu quero? Estou numa abstinência terrível. Após ficar bem revoltada eu simplesmente tomei café e fui trabalhar, sem mais, o que o deixou bem estressado. Na manha seguinte…

— Por que você está me evitando desde ontem?! (Ele perguntou grosso)

— Advinha! (Eu disse grossa me levantando da cama)

— Eu realmente não consigo te entender, você simplesmente chegou e foi dormir e agora acorda e mal fala comigo. Se você me disser o que você quer eu…

— Você realmente não sabe o que eu quero?! (Eu o interrompi)

— Não! (Ele disse grosso se sentando na cama)

— Porra Castiel! (Eu disse bem irritada e ele se assustou) Argh! (Eu massageie minhas têmporas) Esquece! Eu vou correr! (Eu fui irritada para o banheiro, quando eu cheguei ele tinha feito café e me chamou para comer com ele) O que é?!

— Precisa dessa grosseria?! (Ele perguntou grosso)

— Tudo bem, da próxima vez eu trago flores e chocolate pra você, que tal?!

— Morgan, eu ainda não estou entendendo porque você está agindo assim ultimamente. Você está grossa, irônica e me evitando. Eu não posso te entender!

— Ótimo! Então pensa no que você me prometeu e vê se consegue me entender.

Eu levantei grossa da mesa e fui trabalhar. A tarde ele me ligou…

— O que é?!

— Estou indo te buscar às sete, ok?

— Por quê?! (Eu continuei grossa)

— Esteja pronta às sete. (Ele desligou)

Então no horário marcado, ele foi me buscar, eu entrei no carro bem irritada.

— Não estamos indo para casa? (Eu perguntei confusa)

— Se fosse para ir pra casa eu não viria te buscar, não acha?

— Então para onde estamos indo?

— Surpresa. (Ele sorriu e eu o ignorei)

Chegamos ao shopping e eu confusa o olhei.

— Vamos. (Ele pegou minha mão e me puxou para dentro)

— Para onde? (Ele não disse nada e me levou em uma loja, ainda segurando minha mão e começou a escolher algumas roupas) O que está acontecendo?

— Apenas me acompanhe. (Eu revirei os olhos e fiz como ele disse, depois fomos numa loja de lingerie e eu estava ainda mais confusa. Ele escolheu algumas lingeries e pegou dois biquínis e me amostrou) Escolhe um.

— Pra que? (Eu perguntei confusa)

— Esquece, vou levar os dois. (Por fim fomos a uma loja de vestidos de festa e ele me mandou vestir um. Eu fiz, e finalmente comecei a desconfiar de algo. Nós voltamos para o carro e ele pegou tudo o que havia comprado e colocou no banco de trás, depois olhou pra mim e pegou uma venda) Confia em mim?

— O que é isso? (Eu perguntei confusa)

— Estou te sequestrando. (Ele colocou a venda em mim e eu coloquei a mão rapidamente para tirar, mas ele colocou a mão em cima da minha) Confia em mim. (Ele me beijou e eu correspondi) Vem. (Andamos por algum tempo de carro e eu confesso que fiquei um pouco apreensiva, mas confiei nele) Eu preciso do seu celular e aparelhos eletrônicos. (Eu assenti e ele pegou minha bolsa)

Pouco depois eu ouvi o barulho do mar e fiquei ainda mais confusa…

— Onde estamos?

— Você já vai ver. (Ele parou e me ajudou a sair do carro andamos um pouco pela areia e subimos cerca de cinco degraus de madeira) Antes de eu tirar isso de você, eu vou deixar claro uma coisa. Eu sei que você não é muito romântica e eu também não sou então eu pedi o Lysandre para fazer isso. E eu não sei por que, mas mesmo sem ver, eu tenho certeza que ele exagerou então me desculpe sobre isso. (Eu assenti e ele abriu a porta e nós entramos. Ele tirou minha venda, meu olhou ardeu um pouco e então eu me espantei e ele riu) Eu sei que eu demorei um pouco, mas você podia ter sido um pouco mais paciente. É óbvio que eu não esqueci o nosso grande dia. Só acho que aquele cretino podia ter sido um pouco menos gay. (Ele disse pegando um coração de cerca de 40 centímetros que tinha em cima da mesa com fotos nossas e nossas iniciais)

— Ele devia ter pedido a ajuda da Tamy, isso foi um pouco exagerado. (Eu ri)

— Mas até que não ficou tão mau. (Ele disse olhando o quarto)

— Desculpe ter sido grossa com você estes dias, eu estou em abstinência.

— Eu sei. (Ele riu me puxando pela cintura) Eu te amo.

— Hum… Vamos comer. (Eu disse dando um selinho nele e me dirigindo a cozinha) Ele também sabe cozinhar?! (Eu perguntei olhando a geladeira e o forno)

— Eu vim mais cedo e fiz. (Ele disse me abraçando por trás e beijando meu pescoço) Você realmente quer comer agora?

— Quero… (Eu disse saindo do abraço) Por que demorou tanto?

— Eu só consegui reservar isso aqui para esse fim de semana.

Ele me ajudou a esquentar o que precisava ser esquentado e então colocamos na mesa e comemos.

— Por que você está enrolando?

— Eu não estou enrolando, só quero comer mais sobremesa, não posso?

— Tá. (Ele revirou os olhos e pouco depois eu enjoei de comer) Podemos agora?

— Vamos lavar a louça primeiro. (Ele me olhou a contragosto e assentiu)

— Acabamos. E agora o que você vai inventar?!

— Nada. Por que está sendo grosso? (Eu disse o olhando)

— Porque você está me evitando. O que houve?

— Nada. Eu não estou mais te evitando.

— Ok, então. (Ele me empurrou levemente na parede atrás de nós e começou a me beijar. Eu não sei exatamente porque eu só sei que estou muito nervosa)

— Para… (Ele me olhou grosso) Vamos para o quarto… (Ele revirou os olhos e segurou minha mão e me levou até o quarto)

— Satisfeita? (Eu assenti e ele continuou me beijando e então começou a abrir meu vestido, eu sem querer comecei a tremer e a ficar tensa, ele me empurrou na cama e começou a tirar a camisa subindo em cima de mim. Então ele puxou meu vestido pra baixo e veio me beijar, mas então eu comecei a soluçar. Meu rosto estava queimando, eu estava com vergonha pela minha reação, mas não sabia porque estava tão nervosa, daí ele colocou o rosto entre meus seios, mas não fez nada apenas ficou ali algum tempo como se estivesse se escondendo)

— O que houve?

—… (Ele levantou o rosto, me olhou e sorriu) Vamos dormir. Amanhã a gente tenta de novo. (Ele deu um beijo na minha testa e se deitou ao meu lado)

— Desculpe… (Eu disse envergonhada)

— Tudo bem, eu também estou nervoso.

— Sério?! (Ele colocou a mão na cama do outro lado do meu rosto e praticamente subiu em cima de mim, ele olhou nos meus olhos e eu solucei de novo)

—… (Ele riu e me deu um selinho) Sério. Mas se você soluçar de novo eu vou ter que te beijar. (Eu sorri envergonhada e estiquei meu rosto o beijando)

— Por que estamos assim? (Ele se deitou novamente ao meu lado)

— Não sei… Acho que estamos ansiosos.

— Acho que sim… Vou pegar minhas roupas no carro.

— Não, vem cá, usa minha camisa. (Ele puxou minha mão) Fica do meu lado.

Eu sorri e o beijei. No fim acabamos dormindo, como o esperado. Na manhã seguinte nós fizemos um piquenique na praia e ficamos lá por toda à tarde. Eu estou ansiosa, quero que aconteça logo, mas eu continuo nervosa então não sei se vou conseguir… Frustrante!