Cameron voltou para a sala de diagnósticos. Teria que encarar seus problemas uma hora ou outra. Decidiu que tinha trabalho a fazer e não podia deixar nada interferir em sua carreira.

Entrou na sala e viu que todos já estavam lá. House provocava Foreman quando ela entrou, mas ele logo desviou o olhar para ela.

Ele parecia sem jeito. Envergonhado talvez, por ter agido de maneira tão impetuosa no outro dia. Ele sabia que não seria brigando com o loirinho que conseguiria algum ponto com ela. Ele havia feito tudo errado... mesmo com a intenção de acertar.

De boas intenções o inferno está cheio.

Cuddy entrou na sala trazendo uma pasta em sua mão.

– Tenho um novo caso pra vcs. – ela entregou à House o arquivo, esperando que aquilo lhe mantivesse ocupado, longe de encrencas. Ele acenou com a cabeça e esperou que ela viesse com algum sermão. Surpreendentemente, ela se foi sem dizer nada.

House jogou a pasta para Foreman e pediu que ele lesse. Enquanto o médico obedecia, House ia escrevendo no quadro os sintomas. Era um caso interessante e ele pediu que seus pupilos corressem atrás de históricos e testes para solucionar o mistério.

Cameron tinha sido mandada para conversar com a mãe da paciente juntamente com Treze.

Todos estavam fazendo seu melhor para curar aquela garotinha. Estava sendo difícil para ela controlar suas emoções naquele caso especificamente. Era uma criança. E todos os resultados apontavam para um fim trágico.

Eles fizeram de tudo. E no final do dia, descobriram o que havia de errado com a menina.

Havia sido em vão. Sua doença já estava avançada demais, mesmo para alguém tão jovem.

Para House foi mais um enigma solucionado com sucesso.

Em Cameron, uma grande tristeza se abateu.

...

Ela já havia trocado de roupa, estava pronta pra voltar pra casa. Sozinha no vestiário, ela segurava um envelope lacrado. Tinha uma coisa que precisava fazer antes de ir.

Suas mãos tremiam. As lágrimas marejavam seus olhos, mas ela buscava forças para evitar o choro.

Abriu.

Era positivo.

Ela estava mesmo grávida.

O choro que vinha prendendo com tanta dificuldade veio à tona. Era felicidade e tristeza se confundindo dentro dela. Um sentimento estranho. Diferente.

Guardou o exame na bolsa e caminhou em direção ao elevador. As portas se abriram e ela entrou, sendo surpreendida logo em seguida por House, que entrou tbm.

[...]