Uma Nova Chance escrita por Vih


Capítulo 22
Capítulo 22




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"Tentei esquecer isso, e é uma coisa que eu nunca contei nem mesmo aos meus pais. Ou a qualquer outra pessoa. É tão clichê, sabe? O casal da novela que era o favorito namoram por um tempo na vida real, ninguém sabe, e depois ele a deixa, e do nada começa a namorar uma garota bem mais nova do que ela, a deixando de escanteio total da sua vida."
Ela fechou os olhos, como se estivesse reunindo a energia para continuar.
"Ela vai contra o melhor julgamento de seus amigos e mesmo que ela estivesse com medo, o namorou de volta e o mesmo aconteceu de novo, sem resposta. Apenas no fim, de tudo."
Quando ela acabou, ele estava rígido de raiva.
"Sinto muito," foi tudo que ele conseguiu juntar.
"Não precisa sentir mais nada agora." Ele parou e depois de um momento ela se virou para ele. Ele podia ver lágrimas correndo por suas bochechas e o fato de que ela estivera chorando tão silenciosamente o fez ficar mal.
"A menos que você queira que eu... não sei. Acabe com a minha raça."
Ela deu uma pequena risada triste.
"Você não tem idéia de quantas vezes eu quis simplesmente fazer isso."
"Eu farei," ele disse. "Só me dê as instruções, mas prometo lhe deixar fora disso. Eu farei o resto."
Ela apertou sua mão. "Eu sei que você faria."
"Estou falando sério," ele disse.
Ela deu um sorriso pálido, parecendo ao mesmo tempo experiente e dolorosamente jovem. "É por isso que eu não vou te magoar mais com esse antigo Guilherme. Mas acredite, estou tocada. É muito doce da sua parte."
Guilherme gostou do jeito que ela disse isso e sentaram juntos, com as mãos abraçadas apertados. A maré alta havia
finalmente parado e no seu lugar ele podia ouvir os sons dos pássaros de novo.
"Mas de qualquer forma," ela começou, "Era isso que eu quis dizer quando disse que meu primeiro ano de protagonista não foi sempre fácil. Mas... mesmo tendo sido difícil, aprendi algo sobre mim mesma. Que eu podia passar por uma coisa assim e sobreviver. Quer dizer, sei que poderia ter sido pior pra mim, era tudo o que eu podia aguentar na época."
"Manu."
"O quê?"
"Desculpe-me. Prometo ser um perfeito cavalheiro," ele disse.
Ela se virou para ele.
"Do que você está falando?"
"Hoje à noite. Amanhã à noite. Quando for. Eu não sou como aquele cara. Não mais."
Ela passou um dedo pela sua mandíbula e ele sentiu sua pele formigar embaixo do seu toque.
"Eu sei," ela disse, parecendo se divertir. "Por que você acha que eu estou aqui com você agora?"
Sua voz foi tão carinhosa e de novo ele reprimiu a vontade de beijá-la. Não era o que ela precisava, não agora, mesmo que fosse difícil pensar em outra coisa.
"Destino."
Abaixo do teto do quarto, a névoa estava entrando pela janela, um resquício do frio da noite. Os grilos tinham começado seu barulho, cantando uns para os outros. Ele engoliu, tentando amenizar a súbita secura na garganta. Olhou pra Manuela, depois para o teto, depois para os pés e finalmente de volta para Manuela.Ela apertou sua mão e ele deu um trêmulo suspiro, o maravilhando com o fato de que enquanto estava em uma noite estrelada, em um lugar incomum, e tinha de alguma forma se
apaixonado por uma garota extraordinária chamada Manuela.
Ela viu sua expressão, mas a interpretou mal. "Me desculpe ter te deixado desconfortável," ela sussurrou. "Eu faço isso às vezes. Vou muito além, quero dizer. Eu só solto que estou com medo da conseqüência ."
"Você não me deixou desconfortável," Guilherme disse, virando seu rosto para o dela "É só que eu nunca tive ninguém pra me dizer algo assim antes."
"Você não tem idéia do quanto os últimos dias têm significado pra mim," ela começou. "Reencontrar você foi a melhor coisa que já me aconteceu." Ela hesitou por um momento. "Eu acho que te amo," sussurrou. "Você alguma vez já imaginou algo assim?" ela se perguntou em voz alta. "Você e eu, de novo, quero dizer?"
"Não," ele disse. "Me assusta um pouco."
O estômago de Manuela pulou e imediatamente, ela tinha certeza que ele não se sentia da mesma forma.
"Você não precisa me dizer de volta," eu comecei. "Não foi por isso que eu disse"
"Eu sei," ele interrompeu. "Você não entende. Eu não estava assustado por que você me contou. Fiquei assustado porque eu também queria dizer: eu te amo, Manuela."
Pararam aquele momento. Eles de entreolharam, e no meio de um risinho, disseram um "Agora não."
Eles dormiram lá num clima meio pesado, Manu havia acordado, conseguiu sair do quarto, mas acabou acordando Guilherme.


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