Uma Nova Chance escrita por Vih


Capítulo 20
Capítulo 20




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Guilherme e Manuela dormiram a tarde inteira, assim como Lourdes, que acabou nem acordando à noite. Manu se acorda vagarosamente, mas não sai do sofá. O braço pesado e quase impossível de se levantar de Guilherme a entrelaçava. Já era tarde, batia no relógio da sala exatas 11:30 da noite; Guilherme a apertou;
Ela respirou fundo e sentiu o cheiro do perfume misturado com o cheiro da sua pele que era a única que cheirava como ele cheirava.
Sem perceber, ou mesmo percebendo, chegou mais perto até encostar as mãos no cabelo de Guilherme, que parecia estar dormindo, puxou a mão dele e o trouxe perto do cobertor dela, a mão de Manu voltou ao peito dele, se aproximando mais. Manu fez um carinho de leve, e disse em um sussurro praticamente inaudível. "Você é uma graça dormindo.”
Ele riu sem graça, sem tirar os olhos fixos dos olhos castanhos de Manu, puxou sua mão, a apertou bem forte entre as suas e sussurrou "Fecha os olhos, por favor. Não quero levar um soco no olho se eu te beijar.". Sem nem perguntar, ou duvidar, Ela os fechou.
Ele se levantou e carregou Manu até a cama. Não se falou. Voltaram a dormir. Ele a abraçou pelas costas e continuaram assim. Manu ainda não sabia o porque tudo aquilo estava acontecendo. Mas o deixou dormir junto a ela.
“Já que hoje estamos aqui, a noite é nossa, como antigamente, eu e você e mais ninguém, porque você está assim comigo?"
"Boa pergunta.. Mas eu não sei te responder. Fica calado."
Ela sorriu, embora estivesse receosa por pensar que ele poderia estar sendo enganada com o afeto em troca, mas ela se sentia protegida, ela sempre o amou. E tinha na mente o seguinte pensamento, que naquele quase-momento dos dois, ela conseguia ver que se importa com ele. Pelo menos um pouco. Ele junto a ela, estes olhos castanhos enormes à encarando, o mistério infindável do seu sorriso irônico, quase malicioso. Ela o amava, era a conclusão final. Ela ficou com aquele frio na barriga característico, aquela vontade de parar o tempo e o mundo, para que os pudessem voltar a aquele tempo atrás. A vontade que não passava de que tudo voltasse a ser como antes eternamente, os beijos de manhã, as mensagens, a mão encaixada. Seria tudo perfeito demais para ser verdade.


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