"Eu não sou uma grande dançarina." Sussurrou Manu.
"Besteira. Até que você não esqueceu todas as nossas valsas cenográficas."
"Rum. Até que não estamos tão mal, estamos dona Lourdes!?"
"Até parecem que já dançaram irmãos Carpenters antes." Lourdes ri com os dois, que dançam ao som do refrão.
"Primeira vez que escutamos" Retruca Gui. "Agora, o grande giro."
Ele à gira lentamente fazendo com que ela ficasse de frente a ele, dançando abraçados. Manu não estava incomodada; não mais. O fato de dançar com Guilherme parecia não a incomoda-la mais, ela tinha confiança nele, e isso era bom. Talvez fosse a hora de tentar de novo.
A música acaba, Guilherme a corteja irônico, e ela retruca. A chuva ficava forte, era tarde quase noite, Lourdes foi até o quarto, e Guilherme e Manuela estavam deitados no sofá, fadigados.
"Ai, cansei dessa vida de dançarina do Faustão. E você, Manu?"
"Não foi você que teve o pé constantemente pisado, bailarina."
"Desculpa vale?" Ele faz um beiço de culpa e ela vira a cara dele para o lado, o que o fez rir.
"Arrg, Guilherme. Você babou minha mão, nojento."
"Tem coisas mais nojentas em você e eu não falo."
"Ah é?" Manu se levanta e fica acima dele, que também se levanta.
"Ah é."
Eles ficaram se olhando fixamente por algum tempo, e iam se aproximando lentamente, chegando num quase-momento inesperado, como o último beijo na viagem, mas um trovão interrompeu aquele momento. Manu pulou para o colo de Guilherme, puxando sua camisa listrada bruscamente, ele a abraçou involuntariamente e assustados, fecharam uma janela que havia se aberto devido o vento forte que lá estava. Empurraram com força e Guilherme trancou-a. Lourdes gritou dizendo "Tá tudo bem por aí?" E eles em coro disseram "Sim." Embora estivessem com medo, se sentiram protegidos. Tinham um ao outro, e isso era bom para ambos.