"Senor Ayrosa e Senhorita Fialho?" Manu e Guilherme se entreolharam e responderam em coro:
"Sim, somos nós" disseram os dois preocupados, Bruna os olha sem entender nada, mas logo percebe que algo havia acontecido no hotel.
"Venham comigo. Senorita Brignol, acompanhe o senhor Martin, ele vai te explicar o que aconteceu."
Eles dois seguiram juntos até outro lugar do hotel, e Ramón explicara o que havia acontecido durante o trajeto.
"O que aconteceu no hotel?" Manu se aproxima de Guilherme, o que o deixa feliz, mas ainda em dúvida sobre o que tinha acontecido na viagem.
"Bien, tivemos uns imprevistos."
"Imprevistos?" Guilherme diz.
"Sí, devido à reforma que estamos fazendo, tivemos um curto-circuito depois da trovoada que atingiu todo o litoral, e parte do hotel sofreu um incêndio. Infelizmente vocês não poderão prosseguir aqui, por motivos da tempestade que terá no réveillon, nós cuidaremos do vôo de vocês dois no dia 12 de janeiro."
"Mas como assim? O que a gente vai fazer? 12 de janeiro? Pra onde vamos?" Diz Guilherme nervoso, Manuela sussurra um "Calma, Gui." O que o fez ficar um pouco menos tenso.
"Uma das moradoras de San André ofereceu a casa dela para vocês ficarem. Sú amiga Bruna vai ficar bem, mas em outra casa, a dona Lourdes, dona da casa está ali com suas malas no carro." Ele aponta para dona Lourdes, que por conhecidencia, era a velhinha de mais cedo.
Guilherme sorri para ela, e Manu sem entender nada, o segue até Lourdes.
"Então era você?" Eles se abraçam, o que deixa Manu cada vez mais curiosa.
"Sim meu querido. E você meu bem, está melhor?"
"Estou sim, mas quem é a senhora?"
"A dona Lourdes foi quem me falou que você estava no mar, se não fosse ela, provavelmente você não estaria aqui."
Manu sorriu para Lourdes e a abraçou, sem graça, volta a abraçar Guilherme e continua a falar.
"E como você sabia que éramos nós que iríamos ficar na sua casa?"
"Instinto, querida. Agora vamos, vocês devem estar bem cansados depois da viagem." Ela abre um sorriso para os dois e entram na caminhonete azul, que tinha um grande bagageiro, mas apenas 3 assentos. Sentaram-se, e Dona Lourdes começou a explicar o porquê da tempestade.
"Bem, pelo que li no jornal hoje meus jovens, o que me parece é que teremos uma grande tempestade tropical que atingirá a nossa cidade. O hotel estava sem estruturas para aguentar a tempestade, então pediu aos moradores daqui para ajudar os hóspedes. Bem, eu lembrei que vi o Guilherme com uma toalha desse hotel na praia, e me ofereci para abrigar vocês lá em casa."
"Poxa Dona Lourdes, grata duas vezes. Não tenho nem como te agradecer por hoje."
"Não seja por isso, menina. Vocês me fazem um grande favor fazendo companhia para a velha aqui." Eles riem, logo Lourdes continua. "Parece que vocês só vão voltar para o Brasil depois da primeira semana de 2017, o que eu pensei que seria menos tempo."
"Depois da primeira?" Exclama Manu.
"Você tem alguma coisa pra fazer no Brasil depois da primeira semana, Manu?"
"Não, só achei muito tempo. Mas espero que independentemente de tempo, seja legal."
"Também espero, menina."