"Peraí, vocês tão se falando?" — Diz Manu sorrindo.
"É.. Por aí" — eles riem, Manuela segura a mão de Guilherme e olha em teus olhos, gaguejando em meio de pensamentos e sentimentos, ela se pronuncia.
"Gui, Obrigada. Por tudo que você fez, talvez eu não estivesse aqui se você não tivesse dado uma louca e me salvado do mar. "
"Por nada Manu, eu faria isso por qualquer um, e você sabe que por você... Por você eu faria tudo."
"Guilherme..." — Ela fica sem graça, mas sorri para ele, o abraçando, e começa a sussurrar em teu ouvido.
"Realmente eu não sei o que dizer, é muito doce vindo de você, você salvou minha vida e eu realmente não tenho mais palavras pra te agradecer, Gui.." — Ele a interrompe com um "shhh.." E ela sem duvidar ou questionar, ficou em silêncio, abraçada com ele por um bom tempo.
Guilherme deu um beijo no ombro de Manuela, no qual estava apoiado e se afastou, pegou no seu queixo e se levantou, começando a falar.
"Eu vou falar com a Bruna."
"Fica aqui." — Ela puxa a mão dele, que senta na cama, murmurando um riso. "Ela já vem, eu não quero ficar só aqui."
"Então eu fico." — Guilherme senta na cadeira ao lado de Manu, que fica o observando atentamente. Logo, Guilherme percebe.
"O que foi?"
"Nada. Eu tava aqui pensando, só isso."
"Sobre?"
"Sobre tudo."
"Esse tudo me coloca no meio?"
"É" — Manu encosta na cabeceira da cama, e chega mais perto de Guilherme — "Porque você de certa forma participa da minha vida né. Do tudo."
"Fico feliz de saber."
"Você vai voltar pro hotel com a gente?"
"Não tinha pensado disso, mas pode ser, são uns ou mais de 200 km de distância, você iria aguentar tanto tempo comigo?" — Manu e Guilherme riem, mas Manu segura na mão dele e continua.
"Eu acho que posso aguentar sim, aguentei uma viagem de São Paulo até Natal, então porque não?"
"Obrigada pela consideração, tá?" — Guilherme diz debochando de Manu, que o bate leve no braço.
"Não, eu só tô brincando, vai ser agradável." — Diz Manu puxando seu lençol para mais perto e virando para o lado de Guilherme.
"É, a gente pode fazer o possível."
"Podemos."
Guilherme pegou o celular da mochila, mas Manuela o repreende.
"Uooou, calma lá. Você vai me fazer companhia ou me deixar vendo as paredes desse quarto de pronto-socorro horrendas?"
"Não, é que minha mãe mandou uma mensagem, ela e meu avô chegaram no Brasil já."
"Pera, eles voltaram e você ficou?"
"Eles foram por causa de uma novela nova, eu fiquei porque queria ficar para a virada do ano."
"Só por isso?"
Bruna entra no quarto, junto com o médico, que ajuda Manu a tirar os aparelhos e finalmente ir para casa, Bruna e Guilherme esperaram ela se trocar, e logo, pegam um táxi para Santo André.