Enfrentando a Realidade 2 temporada ~Voy por ti! escrita por Bela Stark


Capítulo 9
"Acha uma boa ideia?"


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, obrigada pelos comentários do capitulo anterior



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POV DIEGO

Antes de irmos para o show, eu e a Fran fomos a um boliche e passamos cerca de uma hora lá e depois caminhamos até a casa de show e nos divertimos tanto. Dançamos, conversamos, rimos. Foi nosso melhor encontro.

– Esta entregue – eu sorri.

– Obrigada, foi incrível – ela retribuiu o sorriso – Ah quase esqueço sua jaqueta – ela ia tirando.

– Não, me entregue outro dia – respondi.

Ela selou meus lábios demoradamente e por fim foi se afastando de mim e entrou em casa.

POV VIOLETTA

Eu estava deitada na minha cama trocando torpedos com a Fran, ela parecia não aceitar o fato de eu me mudar para longe. Deixei o celular de lado por alguns minutos e fiquei com os olhos focados no teto, pintado cuidadosamente de branco. Então logo virei meu rosto e vi as paredes coloridas que deveriam me causar um efeito alegre, deveriam...

Me levantei e desci as escadas, estava um silêncio, ninguém na sala ou na cozinha. A ideia de dar uma volta parecia ser perfeita, mas meu pai não permitiria. Bom, então teria eu de agir da forma como agia antes. Saí pela porta tentando ser o mais silenciosa o possível.

É eu tinha razão. O vento me trouxe imensa calma, o sol que levemente incomodava meus olhos dava uma sensação que eu nem sei descrever ou nomear.

Sentei em um banco e fiquei um tempo apenas observando as pessoas passarem, procurando um rosto familiar para cumprimentar.

Quando julguei já ter ficado muito tempo fora de casa, quase o bastante para meu pai descobrir. Me levantei e comecei a caminhar pelas ruas a caminho de casa e eu tão distraída em pensamentos, atravessando a rua. Só me dei conta quando fui puxada com velocidade, foi tão inesperado que perdi o equilíbrio e caí sobre os braços da pessoa. Aquele olhar, sua respiração falha.

– Violetta – ele pronunciou baixinho e de forma doce.

– Leon – engoli a seco.

Quase igual a quando nos conhecemos, a diferença que daquela vez não cai em seus braços.

– Achei que tinha viajado – falou ele.

Eu me levantei de seus braços.

– Não se preocupe, logo estarei bem longe de você – respondi da forma mais seca que consegui.

– Acha que eu quero você longe de mim? Por quê diabos não me procurou?

– EU??? Você concordou com o fato de eu ir para longe. Por quê VOCÊ não me procurou?

Leon ficou indignado, já conhecia aquela expressão.

– Seu pai me proibiu de te ver, me correu daquele hospital... Eu fui te ver quando voltou para casa, seu pai não me deixou entrar e você sequer me ligou. Eu pensei “ela quer viajar, ela quer me esquecer. Não vou insistir mais”

Eu engoli a seco tentando digerir tudo.

– Mas meu pai falou que...que...que você concordou com o fato de eu ir morar na Europa.

Ele riu sem humor.

– Ahh e deixa eu ver, você acreditou porque não me conhece, porque esse tempo todo que ficamos juntos não é nada – Leon respondeu com aquela ironia...irritante.

– Achei que você sei lá, tinha entrado em choque com a noticia!

– Você achou que eu te abandonaria esperando um filho meu? Que tipo de pessoa você acha que eu sou?

Abaixei a cabeça.

– Me desculpa, eu só não pensei direito.

Leon respirou fundo e alguns segundos passamos em silêncio.

– Vamos conversar melhor em um outro lugar – disse ele parecendo já mais calmo.

Caminhamos até o apartamento dele e subimos até o seu andar.

– Quer um chá? – ele perguntou.

– Claro – eu sorri de canto e sentei numa das cadeiras diante a mesa

Em poucos minutos ele me alcançou uma caneca e ficou com uma para ele.

Leon se sentou à minha frente.

– Já decidiu o nome? – ele perguntou com um sorriso bobo no rosto.

– Não, acho que é algo para decidirmos juntos – respondi.

Ele mordeu os lábios e ficamos alguns minutos a mais em silêncio.

– Ah, quer ver um filme sei lá? – Leon perguntou.

– Eu adoraria – eu sorri e nós fomos até a sala. Leon ligou a tv e escolhemos um filme juntos.

Eu estava já abraçada nele, um cobertor nos cobria. Acabei adormecendo.

POV LUDMILA

– Frederico, volta aqui, serio, acabou a brincadeira... Se você quebrar meu estojo de maquiagem favorito eu vou fazer você ir até a Europa nadando pra buscar outro igual.

– Mal humorada – ele selou meus lábios.

– Saí daqui – bati com a minha bolsa nele.

– Não esta sendo muito educada com o seu noivo. – ele apertou minhas bochechas.

Eu selei seus lábios.

– Vamos ao cinema hoje? – perguntei sorrindo.

– Como negar algo para você? – ele me beijou lentamente.

– Eu sei é impossível – brinquei.

Frederico beijou minha testa e levou uma das mãos aos meus cabelos brincando com alguns cachos. Com a outra mão ele me puxou lentamente até o piano onde ele começou a tocar a familiar melodia.

Escorei a cabeça em seu ombro e cantei com ele, esvaziando minha mente e apenas me concentrando naquele momento.

A música chegou ao fim. Eu respirei fundo.

– Já disse que cantar com você me acalma? - perguntei.

Frederico sorriu.

– Me acalma também.

Ficamos mais alguns minutos ali apenas tocando algumas notas aleatórias.

– Vou me arrumar e vamos – eu beijei seu rosto e subi as escadas indo até meu quarto.

Peguei uma saia e uma camisa e logo fui para o banho. Quando terminei de me arrumar, Frederico ainda não estava pronto, mas não precisei esperar muito.

– Em que mundo alguém demora mais do que eu?

Ele riu alto.

– Agora só você tem direito de se atrasar?

– Sim – respondi imediatamente. – Ta espera, vamos avisar o German.

Eu fui até o escritório dele e avisei que eu e o Frederico íamos sair.

– Tudo bem, não voltem muito tarde. Você tem aula amanhã.

– Claro – respondi e logo sai.

Eu e Frederico fomos ao cinema e depois fomos a um restaurante jantar. Chegamos nove horas e logo que entramos German estava na sala e parecia furioso.

– O que aconteceu? Chegamos muito tarde? – perguntei

– Não... É que a Violetta sumiu. – ele respondeu.

Peguei meu celular e tentei ligar para ela, mas estava desligado.

POV VIOLETTA

Meus olhos se abriram e eu não estava mais no sofá, a luz do sol incomodava muito meus olhos. Me levantei e fui de encontro a um barulho vindo da cozinha. Era Leon que fazia o café da manhã. Eu sorri largo, era como antes.

– Bom dia – Ele logo que me viu sorriu.

Eu fui até Leon.

– Como eu fui parar na cama? – perguntei logo o ajudando no café.

– Não queria que dormisse mal.

– Obrigada – eu sorri de canto.

– Eu fiz torradas do jeito que gosta – Ele começou a colocar tudo na mesa e logo nos sentamos.

– Bom, obrigada, de novo – eu ri baixo.

– Que horas são? – perguntei.

– Oito horas – Leon respondeu.

Dei um longo gole no meu café.

– Meu pai vai me matar. – suspirei.

– Não, eu vou até lá com você... Nós três temos muito o que conversar.

Olhei para Leon com certo receio.

– Acha uma boa ideia?

– Não, mas é o que precisamos fazer. Violetta não vou me separar de você a menos que você queira, não vou abandonar meu filho e ele falou que eu abandonaria, tenho que tirar esta história a limpo.

– É – respirei fundo.

Terminamos nosso café e fomos caminhando, mesmo sendo longe, até a mansão. Eu segurei a mão de Leon firme ao abrir a porta e dar de cara com papai e a Angie e logo vi Ludmila e Frederico sentados nas escadas.


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