Loving Her Was Red escrita por gmdclxra


Capítulo 3
3. Killing Grades


Notas iniciais do capítulo

Ei, galera! Como é que cês tão? Eu gostei bastante desse capítulo, espero que vcs gostem tb :)



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JANE

Quando fui para casa noite passada, levei comigo toda a preocupação e suposições sobre Maura e Jack. Maura pode estar certa. Talvez eu esteja um pouco paranoica, mas aquele cara ainda não encaixa. Ele parece ser uma pessoa legal e cuida bem de Maura. Bem, pelo menos até agora. Ensina Bioquímica na universidade da cidade e tudo mais, porém alguma coisa nele me preocupa. Ainda não sei o que é, mas vou descobrir.

Meus pensamentos desapareceram quando ouvi meu celular tocar em meu bolso. Peguei-o e atendi antes mesmo de ler o nome na tela.

– Rizzoli.

– Jane. – ouvi a voz de Frost do outro lado da linha. – Já cheguei ao Departamento e achei uma coisa no caso de Lila que você possa estar interessada em saber.

– O que você achou?

– Ok, primeiro, Korsak foi até o escritório de Maura para verificar se os resultados dos exames já estavam prontos. Pelo o que ele disse, ela já havia deixado tudo pronto e organizado em cima da mesa e entre eles tinha o resultado daquele fio azul que ela achou.

– Frost, não dá para ir direto ao assunto?

– Na verdade, não. – respondeu. – Ok, então eu fiz uma pesquisa naquele fio e descobri que a empresa que vende aquele fio só tem dois compradores aqui em Boston e adivinha? Um deles é a fábrica da BCU.

– Maura havia me dito sobre isso. – respondo, tentando conectar uma coisa à outra. – Qual é o outro lugar?

– É comprador privado, não consegui rastrear.

– Ei, espere, tem como você pegar os dados escolares da Lila, suas notas, matérias e horários?

– É para já.

– Avise Korsak que chego em quinze minutos. Preciso checar algo primeiro.

– Ok.

Guardei o celular no bolso novamente e peguei as chaves do carro e segui direto para aquele endereço que eu já sabia de cor e salteado. O relógio mostrava nove horas, o que me deixava tensa de certa maneira.

Ao chegar, destranquei a porta e chamei para verificar se tinha alguém em casa. Não obtive resposta. Desde que saí tudo estava no mesmo lugar. Todo o espaço estava quieto até demais. Subi as escadas e fui direto ao local onde eu tinha certeza que se encontrava o que eu precisava. Estava guardado ali em algum lugar, eu só precisava lembrar onde. Levei alguns minutos para achar o que eu procurava. Eu tinha quase cem por cento de certeza de que, aquele pedaço de pano em minhas mãos era a peça que faltava para resolvermos o caso. Um pedaço da cena do crime.


– Ei, Susie. – chamo e a vejo virar-se para mim no momento em que atravesso a porta do laboratório. – Pode mandar isso para análise, por favor? Tente achar sangue, fio de cabelo ou qualquer traço que ligue isso a alguém. E pegue esse resultado aqui – entrego uma folha para ela. – E compare.

– O resultado fica pronto em quarenta minutos. – ela responde, pegando a sacola que continha a evidência que eu encontrei e o papel. – Levo para você lá em cima.

– Muito obrigada. – respondo antes de sair da sala.

Enquanto espero o elevador, pego o celular e tento ligar para Maura. Seu telefone chama, mas ninguém responde e cai direto na caixa postal. Hoje ela não precisaria trabalhar, de qualquer maneira, então deveria ter dormido até mais tarde. Dirijo-me à cafeteria do Departamento, precisava de um café antes de começar minha rotina no escritório. Por um segundo minha cabeça havia se distraído de Maura e focado no caso, em achar o criminoso que havia tirado a vida daquela garota inocente de 17 anos sem motivo aparente.

– Jane! – ouço a voz de minha mãe soar pelo local. A mulher que tinha um avental pendurado em seu pescoço mexia em alguns papéis no caixa. Ela abre um sorriso enquanto me aproximo. – O mesmo de sempre, querida?

– Sim, mãe, por favor.

– Já está saindo. – ela responde e se vira, dirigindo-se à máquina de expresso.

Sentei-me em um dos bancos posicionados no balcão, esperando que meu café ficasse pronto. Em minha cabeça, milhares de peças de quebra-cabeça estampadas com o caso não encaixavam. Não tínhamos suspeitos e a única evidência que tínhamos era o corpo e a ligação anônima. Deus, onde é que você está?

– Jane? – minha mãe grita enquanto me entrega um copo médio de café. – Está tudo bem?

– Sim, mãe, não se preocupe. – pego o copo de sua mão e beberico.

– Onde está Maura? Não a vi esta manhã.

– Maura e eu não somos um casal, mãe. – respondo, soltando uma risada leve. – Não sei dela em todas as vinte e quatro horas do dia, os sete dias da semana.

– Você praticamente vive na casa dela.

– Ontem ela saiu com o Jack. – torço o nariz ao me lembrar dele. – Deve ter passado a noite por lá.

– Não sei por que você não gosta dele, Janie. Ele parece ser um cara legal.

– Ele é legal para a Maura, mas meu santo não bate com o dele. – beberico novamente e levanto-me do banco. – Preciso subir. Vejo você mais tarde.

Subi para o escritório à procura de Frost. Vejo o moreno sentado em sua mesa, seus dedos corriam freneticamente o teclado e sua atenção se mantinha fixa na tela.

– Frost. – chamo, fazendo-o virar-se para mim.

– Jane, achei o que você pediu. – ele responde, clicando em algumas abas. Todo o histórico escolar de Lila aparecera na tela em questão de segundos.

– Onde estão as matérias que ela tinha?

– Bem aqui. – outra janela abriu-se e havia uma lista com no mínimo dez matérias.

Suas notas eram excelentes, sem médias perdidas ou notas abaixo de 9. Corri o olho pelas matérias e comecei a lê-las: Inglês, Matemática, Biologia, Química, História.

Minha mente não conseguiu ultrapassar a linha de baixo. Quando li Bioquímica naquela lista de matérias, senti meu sangue ferver em minhas veias. Jack.

– Jane, o que aconteceu?

– Ela tinha aulas de Bioquímica, Frost. – respondo como se fosse óbvio o que eu tinha em mente.

– Sim, estou vendo isso. – ele responde. – O que tem de mais nisso?

– Você pode checar se há mais de um professor de Bioquímica na BCU?

– Só um minuto. – ele pede. Puxo minha cadeira e sento-me ao lado dele. Vejo-o entrar no site da BCU. – Há três professores diferentes para Bioquímica.

– Lila estava em qual ano?

– Estava a um ano de se formar.

– Então veja quem é o professor responsável. – peço. Mentalmente, eu torcia para que fosse qualquer um dos outros dois nomes na lista.

– Jack Keystone. – murmura Frost.

Estalos de salto ecoam pela sala, vindos do corredor. Por um segundo toda a tensão do meu corpo se esvai ao achar que Maura havia chegado. Mas, todo o nervosismo volta quando Susie aparece na porta com uma pasta de arquivos em mãos.

– Jane, o resultado dos exames. – ela diz, estendendo a pasta em minha direção.

– Me diga que achou algo. – suplico.

– Apesar de ter sido limpa, achamos um fio de cabelo e uma mancha pequena de sangue. Achamos que pode ter sido causada ao tentar retirar uma luva de látex que continha sangue e possa ter espirrado. – ela começa.

– E você conseguiu obter DNA a partir disso?

– Quase não consegui, mas felizmente havia material suficiente. – ela responde. – O sangue pertence à—

– Lila Greenler? – minha pergunta soa como uma afirmação.

– Sim.

Levanto-me da cadeira tão rapidamente que a mesma quase cai no chão. O nó em minha garganta estava cada vez mais apertado Corro para minha mesa e pego minha arma, ajustando-a em meu cinto. Levo a mão até meu bolso e retiro meu celular, discando o numero de Korsak.

– Jane, o que está acontecendo com você?

– Ela está com o Jack, Frost. – grito ao chegar perto da porta. Vejo-o pegar sua arma e seu distintivo e coloca-los em seu cinturão. – Ele vai matar a Maura!

– Eu vou com você e eu quero explicações no caminho. – ele responde. – Obrigada, Susie.

– O tal Jack que Maura vem saindo é o mesmo Jack que leciona na BCU. Eu sabia que alguma coisa naquele cara não encaixava. Deus, se ele fez algo com a Maura, eu juro, eu mato aquele desgraçado.

– Eu te ajudo.

– Frost, rastreia o celular da Maura. – peço. – Eu não sei em que lugar ele a levou.

– É para já.

Enquanto eu dirigia pelas ruas de Boston, ignorando qualquer sinal fechado, Frost digitava rapidamente em seu tablet.

– Achei. – ele responde e eu agradeço mentalmente por Maura ter me ouvido todas as vezes que a avisei a nunca deixar o celular sem bateria. – É na casa dele.

– Amador. – murmuro e acelero o carro.

MAURA

Abro os olhos, mas não consigo reconhecer onde estou. Minha cabeça está tão pesada, é como se algo tivesse me atingido fortemente na parte de trás. Não tenho forças para me levantar ou me mexer. Desespero. É tudo que eu sinto no momento. A sensação de inabilidade me corrói por dentro e sinto a barreira de lágrimas atingir-me os olhos. Minha visão não se acostuma direito com a escuridão do local. Eu não sabia dizer se era um quarto, um cômodo ou um porão. O lugar parecia não ser limpo durante dias ou até mesmo semanas devido ao forte cheiro de poeira e mofo. Reluto em me levantar, não tinha forças para tal. Se meus braços estavam presos em corda ou metal não sei dizer, quase não os sentia. Meus tornozelos também estavam atados, mas novamente não saberia distinguir o objeto usado. Não sentia o material gelado, tampouco a aspereza. Em minha boca havia um pano, impedindo-me de gritar. As lágrimas que corriam por meu rosto faziam molhar a extremidade do pano. Estava fraca e amedrontada, nunca senti tanto medo em toda a minha vida. Eu estava aterrorizada.

O som de passos ecoa ao fundo e vozes abafadas preenchem o local. Forço um pouco a vista e consigo enxergar uma janela que fora tampada com pedaços de papelão, de modo que não entre um feixe de luz sequer. Sei que é dia, há um único feiche de luz adentrando o quarto através do vão inferior da porta. Ao meu lado, uma espécie de cômoda que não era usada há meses. Estou deitada no chão e não consigo me mover. Tento me lembrar de acontecimentos da noite passada, mas tudo são borrões.

– ... antes que ela acorde. - é o que consigo ouvir de uma das vozes.

– ... ela não vai acordar.

Todos os meus órgãos congelaram. Estavam falando de mim. Um estrondo alto, como se alguém quebrasse uma porta, me faz pular de susto. Vidros são quebrados ao longe e objetos pesados jogados ao chão, eu os sentia acima de mim.

Acima.

Era um porão.

Não tinha certeza se os gritos me acalmavam, por saber que há alguém aqui que possa me ajudar, ou se me aterrorizavam ainda mais.

Um tiro.

Dois.

Os gritos se cessam. As pisadas ficavam cada vez mais fortes e eu sentia que não sobreviveria àquela situação.

– Maura!

Jane. Toda a gritaria vinha de Jane. Sinto meu corpo mais leve depois de aliviada toda aquela tensão. Tento falar algo, emitir um som que seja, mas não tenho forças para isso.

A porta ao meu lado se quebra e eu apenas viro o rosto, evitando que pedaços de madeira o atinjam. Viro-me para o lado novamente e vejo Jane guardar sua arma em seu cinto novamente. Meu olhar, pesado e inchado devido ao choro, pesa sobre Jane. Logo me sinto livre do objeto que prendia meus braços e tornozelos; braçadeiras. Encaro meus pulsos e vejo a região vermelha, com sangue seco nas laterais. Não doía, não ardia. Era como se tivessem injetado anestésico em minhas veias.

– Você vai ficar bem. - ela diz ao me levantar do chão. Não consigo me sustentar sobre minhas pernas, então Jane passa um braço em minha cintura e me guia até o lado de fora.

A claridade do lado de fora é um grande incômodo para minha córnea. Subimos uma escada não muito alta e chegamos a uma sala. Eu conhecia aquela sala. Jack.

Flashes da noite passada começaram a surgir com mais clareza em minha mente. Nós havíamos saído para jantar. Chegamos à porta de entrada e vejo Jack com grande parte da calça, na região da coxa, coberta de sangue. Frost o algemava. Ele teria feito isso comigo? Mas por quê? Não havia motivo plausível. Não havia motivo algum.

– Você está preso pelo assassinato de Lila Greenler e pelo sequestro e cárcere privado de Maura Isles. - Frost anuncia e eu sinto que vou cair.

– Isso é para você aprender que não se deixa evidência de crime em uma família de detetives. - Jane o ameaçou, sem me soltar. - Maura pode não ser uma detetive, mas também é minha família. Frost, mande esse animal para jaula dele.

De repente tudo começa a rodar. Todo o equilíbrio que eu tinha em minhas pernas sumiu. Sinto o braço de Jane me segurar com uma força maior.

– Jane, precisamos levá-la para um hospital urgente. Fique com ela enquanto eu faço a ligação. - Frost pede para Jane.

– Eu não a deixaria. – a voz de Jane é a última coisa que ouço antes de ficar inconsciente.


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Notas finais do capítulo

Então, o que vcs acharam? Deixem nas reviews suas opiniões, críticas, tudo que quiserem! Sou toda ouvidos hahaha beijo e até o próximo :)



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