Chasing a Starlight escrita por ladywriterx


Capítulo 22
A Little Help


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE.
Vim antes de acabar o ano pra atualizar mais um vez. Falei que nas férias eu ia tentar adiantar um pouco, e, well, here I am.

Esqueci de desejar feliz natal no capítulo passado, espero que tenham passado bem. Eu passei ok. Peguei uma dengue chata, me deixou aproveitar só o dia 24, dia 25 acordei mal. Mas, já estou melhorando, não corro perigos - haha - e ainda venho dar mais um presentinho pra vocês



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Helena tocou a campainha e olhou para Loki. Ele não estava nada bem. Nunca o tinha visto tão mal – claro – e aquilo quebrava seu coração em milhares de pedaços. Ela também estava exausta, era sua magia que usava para esconder os dois e que usou para levá-los até lá. Tocou de novo a campainha, já ansiosa demais. Escutou um “já vai” familiar e relaxou um pouco. Tentou sorrir um pouco para Loki, mas não conseguiu. Não sabia quando conseguiria de novo.

–O que... Helena!

–Hannah. - Falou, aliviada. - Ainda bem. Sei que é de repente. Mas por favor, podemos ficar aqui, só até a gente resolver umas coisinhas? - Mordeu o lábio inferior, ansiosa. Sabia o risco que estava colocando Hannah e John, mas naquele momento, não tinha mais onde fugir.

Seu apartamento era o primeiro lugar onde procurariam quando perceberem que não estavam mais presos. Logo depois seria seus pais, seus avós, talvez Jane. Mas não Hannah. Eles não sabiam dela. E preferia que continuasse assim. Loki cambaleou para o lado e Helena apressou-se em segurá-lo para não cair.

–Entrem. - Hannah morava em New Jersey, havia continuado nos Estados Unidos com John após o casamento. Eles estariam a salvo, longe de Londres, longe da Islândia. Pelo menos por algum tempo. - Você está bem? - Assentiu com a cabeça. Estava bem, só não podia dizer o mesmo de Loki, que parecia prestes a desmaiar em cima dela. - E ele?

–Não muito. - Hannah assentiu e fez um sinal com a mão para que a seguisse. Subiu as escadas rapidamente e Helena apenas suspirou, encarando aquilo como se fosse mais um grande obstáculo a ser vencido. Loki soltou o ar devagar, sabendo que não conseguiria sozinho subir, suas pernas mal o obedeciam para andar, quem dirá para fazer um esforço a mais. Ela esperou que a amiga chegasse no andar superior, agarrou Loki com mais força e focou no andar de cima. Hannah pulou, guardando um grito de surpresa quando a loira se materializou ao seu lado, com uma careta com o esforço de segurar o deus.

–Céus, Helena. Desde quando você faz isso?

–Há algum tempo. Ele não está bem. Eu não estou bem. Não consigo explicar muita coisa agora.

–Tudo bem, não vou forçar. Tomem um banho, vou trazer roupas minhas para você. E vejo se acho algumas de John para Loki. Devem servir. Vou deixar no quarto ali em frente. - Apontou para a porta fechada em frente ao banheiro. - Quando terminar, desça pra conversarmos.

–Obrigada, Hannah. - Ela apenas sorriu e desapareceu. Assim que ela fez, Loki se deixou desmoronar, encostado na parede gelada do banheiro. Sigyn correu até a banheira, tentando descobrir qual era a torneira da água quente. A respiração dele estava pesada, lenta, dolorida. Enquanto a banheira enchia, Loki observou o jeito como ela se mexia, apesar da luminosidade excessiva da lâmpada irritar um pouco seus olhos. A ruga em sua testa de preocupação. Os pés inquietos.

Ela abaixou-se em sua frente e sorriu. Tentou sorrir, pelo menos, e evitou abaixar os olhos para os ferimentos em seu peito, caminhos feitos pelas gotas de venenos naqueles últimos minutos. Seu rosto não estava muito melhor, as cicatrizes da sutura mal feita ainda apareciam, destoavam da pele pálida de Loki. Estendeu a mão para ele e, sem reclamar, Loki aceitou a ajuda, para depois gemer em satisfação ao entrar na banheira com água quente, a primeira vez que tomava um banho decente naqueles anos. Não se importou com a roupa que ainda usava e só percebeu que Helena tinha cuidado disso – com apenas um estalar de dedos – quando todos os músculos do seu corpo se permitiram relaxar.

Helena agachou-se ao lado da banheira, colocou os braços na borda e deitou a cabeça ali, segurando as lágrimas que queriam sair, guardando a sete chaves toda a raiva que sentia, tentou apenas se sentir grata por estarem a salvo aquela noite.

–Sigyn. - Focou seus olhos nele. Tentou sorrir.

–Loki. - Ele fechou os olhos e sorriu. O primeiro sorriso que Helena via em algum tempo. - O que quer fazer agora?

–Matar Odin. - Sussurrou. Parecia ser um esforço muito grande falar. Alguns anos atrás, aquilo provavelmente teria feito-a recuar um pouco, assustada com a frieza e tranquilidade que ele falava sobre o assunto. Naquela hora, ela apenas deu de ombros.

–Só se recupere antes.

Enquanto Loki tentava relaxar na banheira, Sigyn entrou debaixo do chuveiro. A melhor sensação em dois anos.

–Você está bem? - Sussurrou, enquanto tentava limpar os ferimentos o melhor possível. Não sabia como aquele veneno funcionava e não sabia o quão rápida seria a recuperação de Loki, só sabia que precisava da magia dele. Logo. Ouviu um gemido de dor em resposta e segurou as lágrimas. - Oh, Loki.

–Se você começar a chorar, Sigyn, eu vou te jogar pela janela. - Ouviu a voz rouca dele e deu risada. Não se importava mais que ele a chamasse de Sigyn se aquilo o fizesse mais confortável. - Isso dói.

–Eu sei. - Jogou a gaze no lixo de novo e pegou outra quando já estava suja de sangue. Respirou fundo, nunca tinha ligado para aquilo, afinal, tinha se formado em medicina, mas, de algum jeito, cuidar de Loki não fazia bem para sua sanidade. Ele estava tão mais magro. Se contorceu quando passou por um ferimento um pouco mais dolorido. - Desculpa. - Era possível ver todos os traços do veneno que escorria pelas costas dele, a pele queimada e dolorida. Precisou engolir um seco e o choro para continuar. - Consegue se levantar?

–Me ajuda?

Estava satisfeita, depois de ter tirado boa parte da pele morta em volta dos ferimentos. O torso quase inteiro dele estava em carne viva. Loki estava pedindo ajuda. Aquilo espremeu seu coração em seu peito de um jeito que não achava possível e aumentou ainda mais seu ódio por Odin, o que não achava possível. Sabia de todos os erros de Loki, de todos os seus crimes, até de seus assassinatos, principalmente na Terra, mas não acreditava que aquele castigo resolveria alguma coisa. Só aumentara ainda mais o sentimento de vingança. Queria poder socar Odin até matá-lo, colocá-lo debaixo daquele veneno até que ele pedisse clemência, queria vê-lo sofrer o tanto que os dois tinham sofrido. Mas, ao invés disso, só suspirou, pegou a atadura da caixa de primeiros socorros de Hannah e começou a tentar deixar Loki o mais confortável possível.

–Você devia tentar descansar um pouco agora. - Sussurrou, passando a mão pelos cabelos negros desgrenhados e ainda molhados do banho, sentou-se ao seu lado, vendo-o ainda meio perdido. Loki deitou em seu peito e a fez respirar fundo. Apertou-o contra si. - Estamos bem. Estamos a salvo. - Continuou falando baixinho, confortando-o. Loki fechou os olhos. Não sabia se a parte do “a salvo” era verdade, mas precisava de algum jeito acalmá-lo.

–Você é tudo que tenho, Sigyn. - Ela respirou fundo de novo e fechou os olhos. - Não...

–Shh, você precisa dormir. Vou ali embaixo falar com Hannah e depois volto. Prometo. Tudo bem? - Ele assentiu com a cabeça e se separou dela. - Dorme. Descansa. Não sei quanto tempo vou aguentar esconder nós dois. Preciso do deus mais poderoso que existe. - Conseguiu tirar um sorriso dele e sorriu também. Grudou os lábios num selinho demorado. - Eu te amo.

–Para sempre.

–Infinitamente. - Levantou-se e esperou que ele se arrumasse na cama para começar a sair do quarto. - Qualquer coisa me chama, ok? - Percebeu o gemido de satisfação quando ele finalmente tinha se esparramado na cama, sorriu de lado. Apagou a luz e fechou a porta. Por enquanto, naquela noite, estavam a salvo.

Desceu as escadas para encontrar Hannah com o notebook na mesa de centro, encarando a janela, pensativa. É claro que a primeira coisa que ela faria seria pesquisar sobre tudo aquilo. Coçou a cabeça. Helena também tinha pesquisado – várias vezes, aliás – e sabia o que aqueles sites falavam. É claro que Loki não era a melhor pessoa do mundo, mas... Tossiu, limpando a garganta e chamando a atenção para ela. Sua amiga virou e sorriu fraco.

–Não acredite em tudo que lê. Por favor. - Suplicou.

–Eu só quis entender o que tinha acontecido com você dois. - Assentiu com a cabeça e chegou mais perto, se jogando no sofá ao lado dela. Estava exausta. Precisava dormir também, mas estava preocupada demais com Loki para pregar os olhos. - Suas roupas estão secando.

–Obrigada. Eu...

–Loki. - Hannah a interrompeu. - Ele parece com o cara de Nova York.

–Porque ele era o cara de Nova York. - Ouviu um “oh” sair da boca de sua amiga. - Sério, Hannah, a história é tão longa que eu... O que você precisa saber é: depois que Odin fez toda aquela loucura que falar que eu estava morta, as coisas ficaram complicadas para Loki.

–Então ele é um assassino.

–Sim.

–E seu namorado. Tipo, pra sempre.

–Sim. - Repetiu.

–E ele tentou matar o pai dele.

–Sim.

–E vocês ficaram presos?

–Por mais de dois anos.

–Ok. - Foi a vez de Hannah tossir, tentando quebrar o clima da sala.

–Não vamos ficar muito. Só até ele dormir um pouco. Desculpa vir aqui, é o único lugar. Meu apartamento vai ser o primeiro lugar que vão procurar quando descobrirem que fugimos. E, não se preocupe, eu já estou cuidando da sua segurança e de John, ok? Só... - Suspirou. - Loki está muito fraco. Eu estou fraca. Não tinha outro lugar para ir e estávamos desesperados só para sumir daquele lugar.

–Você confia em Loki? - Encarou-a, com as sobrancelhas erguidas. - Helena, se tudo isso for verdade, ele é o deus das mentiras.

–Sim. Confiaria minha vida a Loki.

–Então tudo bem, vocês podem ficar até ele melhorar. - Sorriu, aliviada. - Mas mantenha-o sob controle.

–Pode deixar. - Abraçou-a com força. - Como senti sua falta.

–Eu também. Seus pais falaram que você estava em Asgard e depois nem eles tinham mais notícias de você. Fiquei tão preocupada. E nem dois anos presas mudou você. Isso é tão injusto. - Gargalhou, tentando verdadeiramente ficar feliz. Estava feliz.

–Bem, eu não estava presa. Eu podia sair e voltar a hora que quisesse. Mas isso deixaria Loki sofrendo.

–Então o veneno era verdade. - Assentiu. Elas se separaram. Helena tinha o maxilar travado. - Ele está bem? - Negou com a cabeça e desviou o olhar. Não queria chorar na frente de Hannah. Não queria mais chorar. Queria ter a capacidade de passar por tudo aquilo de cabeça erguida, mesmo sem saber o que faria nos próximos dias. - Oh, Helena.

–Sem esse tom, por favor. Eu não...

–Está com fome? - Negou com a cabeça. Não conseguia pensar em comer naquela hora, estava preocupada demais com Loki para pensar em qualquer outra coisa. - Vou fazer um chá para nós duas, enquanto esperamos John voltar do hospital. Alguns hábitos britânicos a gente não perde.

Já fazia quase meia hora que estavam conversando sobre nada – quem da turma havia casado, quem não, sobre casos estranhos que as duas enfrentaram nos hospitais, qualquer coisa que tirasse a mente de Helena de toda aquela confusão – quando a porta da frente abriu. Ouviu John suspirar, uma maleta cair no chão.

–Hannah?

–Na cozinha, amor. - A morena sorriu para a amiga na sua frente.

–Temos visita? - Perguntou. - Oh, essa visita. Helena!

–John! - Levantou-se e o abraçou com força. - Que saudades!

–O que faz aqui? Você não estava na toda gloriosa e esplendorosa Asgard? - Helena molhou os lábios e se separou devagar.

–É complicado. - Suspirou. - Muito complicado.

–Eu explico para ele depois, Lena, não precisa. - Sorriu em agradecimento. A cozinha ficou em silêncio.

Helena já estava habituada a prestar atenção em Loki enquanto dormia. Era fácil perceber os menores sons que ele emitia, sinal que alguma coisa estava errada, então, no primeiro gemido mais alto, já voltou a levantar da cadeira.

–O que foi?

–Loki. Vou dar uma olhada nele. Já volto. - Sumiu pela sala e depois subiu as escadas correndo. Abriu a porta do quarto e encontrou Loki apertando as colchas da cama, contorcido. Seu coração deu um pulo doloroso no peito. Cuidadosamente e a passos lentos para não assustá-lo, chegou ao lado da cama e se ajoelhou. Ele estava suando frio. Mordeu o lábio inferior. - Hey, Loki. - Passou a mão por seus cabelos. - Amor, acorda. É só um pesadelo. - Tirou o cabelo que já começava a cair no rosto dele de novo. O toque fez com que ele abrisse os olhos de repente. - Hey.

–Norns, você está aqui.

–Estou. Claro que estou.

–Não consigo dormir sem você.

–Tudo bem, vou só dizer boa noite e já venho. - Ele segurou a mão de Sigyn, impedindo-a de levantar. Não queria se separar dela.

Tinha sonhado que Odin estava vindo. Odin estava vindo com um exército inteiro. Precisava protegê-la, mesmo sabendo que ela era bem capaz de se virar. Precisava vê-la, ter certeza que ela não estava em perigo. Não conseguiria suportar a ideia de não tê-la mais. Percebeu que os olhos castanhos abaixaram para as mãos juntas e voltaram a focar nos olhos azuis. Ela sabia o porquê daquele aperto, porque só suspirou, voltando para perto da cama para ajudá-lo a levantar.

–Bom que te faço comer alguma coisa antes de dormimos. - Colocou-o sentado e Loki levantou, ainda fraco. - Tudo bem?

–Bem melhor. - Enlaçou seu braço no de Loki.

John estava jogado no sofá da sala, já sem o terno e a gravata, a camisa semi aberta, provavelmente esperando Helena voltar. Hannah já tinha contado tudo, pelo clima que a casa estava. E já podia prever o que aconteceria. Esperava que pelo menos o médico conseguisse conter um pouco dos nervos e não partisse para cima de Loki ou dela. Apesar de machucado, Loki não seria bonzinho se algo acontecesse. Muito menos Helena. Pararam no meio do caminho.

–Você realmente achou que essa seria uma boa ideia?

–Não tinha outra ideia, John. - Suspirou.

–Você pensou nas consequências?

–Diversas vezes. Caso você não saiba, eu estou beirando a exaustão agora mesmo pra manter vocês dois a salvo. - Retrucou. - Não estou pedindo que você me apoie, eu estou pedindo um dia.

Um dia que um exército de loucos pode chegar a qualquer momento na porta da minha casa procurando vocês dois. - Helena coçou a cabeça e passou a mão nos cabelos. Loki soltou todo o ar, conhecia-o bem o suficiente para saber que ele estava entrando no modo sem paciência dele.

–Você sabe que eu faço parte desses “loucos”, não sabe, John? - Estava verdadeiramente magoada. - Loki só precisa descansar, por favor. - Suplicou.

–Loki. O mesmo Loki que quase destruiu Nova York. - Agora o deus tinha grunhido. Helena colocou a mão em seu braço, pedindo paciência. - Meu Deus, Helena, o que você tem na cabeça?

–Para, John! - Gritou. Loki ia dar um passo a frente, mas de novo a mão de Sigyn o impediu. - Deuses, o que aconteceu com você? - Percebeu com o amigo ficou ereto e quieto. Semicerrou os olhos e analisou muito bem todos os sinais que ele estava mandando. Hannah apareceu na sala, acanhada.

–Loki, por que não se senta? - A voz dela saiu baixa. O deus olhou para Hannah e depois Lena, que assentiu com a cabeça, sorrindo, enquanto John ainda a encarava.-

–Não seja tão cabeça dura, John!

–Não ser cabeça dura, Helena? Estamos falando da minha segurança, da segurança de Hannah!

–Vocês estão a salvo. Heimdall não pode ver vocês. Odin nem sabe que vocês existem!

–John, seja razoável. - Hannah interveio. Olhou para ela em agradecimento e sorriu para a amiga. - Eles precisam de um lugar para ficar. Um, dois dias no máximo. Qual é o grande problema?

–O problema é que se ele estava preso, é porque não é a melhor das pessoas.

–E ele pode ouvir. - Loki resmungou. - Ele está bem aqui do lado.

–Loki, não torne as coisas piores, por favor. - Se as circunstâncias fossem outras, Sigyn daria risada naquele exato momento, mas ela estava preocupada demais para esboçar em sorriso. Só suspirou, cansada. Estava exausta, podia sentir a cada segundo um pouquinho mais da sua magia que era drenada para sustentar o disfarce. Massageou as têmporas. - Nós não temos para onde ir. Por favor.

–Só esta noite.

–Só esta noite. - Confirmou. - Nada vai acontecer, prometo.

–Mantenha-o sob controle.

–Ok, eu já ouvi demais. - Loki grunhiu e tentou levantar. Sigyn o encarou feio, e o deus desistiu do ato, jogado no sofá.

–John, Loki. Por favor. Essa noite. Não se matem.

–Sigyn, eu não conseguiria matar ele nem se eu quisesse. – Enfatizou a última parte, finalmente tirando um sorriso leve do rosto dela. Ergueu os braços, mostrando as cicatrizes das algemas, que pareciam sumir levemente conforme a magia dele voltava.

–O que precisamos saber? - John ignorou a última parte. Voltou a ficar séria e encarou seus amigos, cruzando os braços.

–Nada. Quanto menos vocês souberem, melhor. - Resmungou Loki. Helena pareceu pensar naquilo e impediu que Hannah o contrariasse.

–Loki tem razão. Saibam apenas que assim que estivermos um pouco descansados, vamos sair daqui. - Andou até Loki, ajudou-o a levantar. Cada vez que fazia algum esforço a mais, sentia os músculos dele tremerem. - Vamos subir. Íamos comer alguma coisa, mas perdi a fome.

–Lena. - Foi a vez de Loki sussurrar para ela, baixinho. Só ela escutou. Levantou o rosto para ele e percebeu a pequena negativa que fez com a cabeça. Ele ainda tinha um pouco de bom senso. O suficiente para tentar conter a raiva que sentia borbulhar dentro de Helena. Ela suspirou e virou-se para John.

–Desculpa, John. Mas você tem que entender que eu estou sem saída. Não posso ver meus pais, não posso voltar para casa, porque eu não tenho mais casa. Eu achei que aqui eu teria algum lugar seguro para ficar. - Os olhos dele passaram da deusa para Loki e depois soltou os ombros.

–Vão descansar, conversamos amanhã. Estamos todos muito cansados. - Sorriu em agradecimento para os dois amigos, antes de sentir o braço de Loki passando por seu ombro, puxando-a para perto, num abraço.

Ainda era um abraço frouxo, dada as condições de Loki, mas cheio de significado. Ele estava ali. Loki estava se recuperando. Ela não estava sozinha. Fechou os olhos e sentiu um beijo delicado em sua testa. Há quanto tempo não desejava por aquilo? Há quanto tempo sua pele não formigava de saudade, de vontade de um simples toque? Não ligou que ainda estivesse na sala, e até se esqueceu do estado de saúde de Loki. Virou-se, apressada, e se encaixou em seu peito, abraçando-o, pela primeira vez em dois anos, finalmente se sentindo livre.

Loki gemeu de dor antes de tentar retribuir o abraço, mesmo que odiasse demonstrações de afeto em público. Retribuiu porque também precisava. Mesmo que doesse todos os pedaços de seu corpo, era o que ele queria. Ter Sigyn perto de si, mesmo que John e Hannah estivem olhando e julgando. E todo seu universo estivesse desmoronando.


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Notas finais do capítulo

Feliz ano novo galere!!!
Muita luz, felicidade, DINHEIROS! Saúde (principalmente pra mim, porque olha, essa dengue me destruiu) e tudo o que há de bom. Muitos Lokis e Tom Hiddleston.

Enfim, vocês entenderam HAHA.

Só queri dizer que eu FINALMENTE decidi o final de CaS. E estou ansiosa pra isso. Outra coisa que fiquei pensando nessa semana: Pensei em acabar CaS nesse capítulo (EPA EPAAAAA, EPAAAA, não sai da pag, fica, fica, deixa eu terminar) porque ainda tem muita coisa pra acontecer, e então fazer uma série, uma parte dois, com outro nome, outra página, etc. Mas dai pensei em todo o trabalho e nah.

CaS realmente saiu um pouco do que eu esperava. Tive mais ideias do que "queria" pra ela, e as expectativas que eu tinha já foram ultrapassadas. Isso quer dizer que talvez ocorra uma repaginada aqui na pag da fic, mudança de sinopse (que combinava com a fanfic quando eu idealizei ela, mas agora só abrange a primeira parte da fic), enfim. 2016 promete!

Beijos, lindos! Até ano que vem!



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