Naquele momento Kohaku apenas ficava quieto a olhando respirar e depois voltada a beijá-la com extrema intensidade, um beijo mais intenso que outro o que deixava ambos excitados o banco onde ambos estavam sentados aos poucos fora se transformando uma cama improvisada, pois Rin foi obrigada a se deitar enquanto Kohaku a segurava para não fugir de novo.

A noite passava, lá do alto ambos podiam ver nitidamente o brilho da lua iluminando o céu. Os dois ficaram se olhando fixamente como se suas vidas, estivesse passando diante de seus olhos.

De repente vozes de crianças, pareciam se aproximar então ambos se arrumaram e cada qual ficou em um banco, um olhava pela janela e o outro para o chão tentando disfarçar o ocorrido. Antes mesmo que sua vez acabasse Kohaku virou para Rin e deu-lhe um belo sorriso causando na mesma ainda mais vergonha, pois Kohaku era seu amigo e ela não sabia reagir a tais ações do menino afinal era a primeira (na verdade a segunda) vez que ele age assim!

Ao chegar ao chão, Rin saiu apressada, pois estava um pouco enjoada. Mesmo a roda gigante sendo muito devagar, a pequena não se sentia confortável e altas alturas então correu pra o banheiro mais próximo que havia ali quase caindo de tanto enjoou, porem ao chegar lá acaba tendo um encontro indesejável. Uma mulher com roupas extremamente curtas, com os cabelos claros e olhos acinzentados estava encurralada em uma parede ao lado dos banheiros por um homem de jaqueta preta, blusa xadrez azul, calça jeans e sapatos vermelhos que de certo ângulo parecia Sesshoumaru. Rin aproximou-se do casal que estava estranhamente flertando entre si e de repente percebera que era sim Sesshoumaru, que depois desta aproximação virou o rosto e viu que a garota estava lá com uma expressão facial de surpresa e ao mesmo tempo de tristeza.

— Seu... Seu... – Sussurrou a pequena começando a chorar. Seus pés começaram a se movimentar sem que a mesma percebesse, logo já estava correndo. Era como se jogado seus sentimentos no lixo, ela não agüentou ta decepção e com ódio continuou correndo sem saber para onde ir.

Rin correu sem olhar por onde andava, acabou esbarrando em algumas pessoas porem não parou, continuou correndo sem rumo apenas olhando o chão que passava por seus pés rapidamente. Nesta ação rápida, a mesma aos poucos foi parando para descançar até que chegou a um lugar do parque com mais arvores e a frente delas estava um grande riu que ficava majestoso com o brilho da lua nos altos céus. A mesma continuou a chorar, suas lagrimas aumentaram cada vez mais até que a garota caiu em prantos gritando ao vento palavras de ódio sem que ninguém ouvisse. Algo de repente se mexeu atrás dela, alguém estava se aproximando silenciosamente da pequena até que num piscar de olhos, a mesma foi jogada na grama numa rápida ação.

— Aah! – Gritou ela assustada, então percebe que era Kohaku. O mesmo solta varias gargalhadas rolando na grama tentando parar de imaginar como ficou o rosto da amiga. – Não teve graça!

— Teve sim! – Disse Kohaku ainda rindo. Ao perceber que a Amiga estava chorando, logo o garoto parou de rir e ficou olhando fixamente para a amiga que ainda estava deitada no chão. – Desculpe eu não queria...

— Não foi você! – Falou Rin secando suas lagrima e dando um soco no ombro direito de Kohaku que ainda estava rindo sem parar. A empresaria deu uma leve risada e virou seu rosto para o céu. – Olha os fogos já vão começar! – Disse ela tentando mudar de assunto, logo apontando para o firmamento magnificamente lindo. Kohaku ainda olhava fixamente a garota, por que não sabia como ela conseguia ser linda mesmo chorando ou ficando irritada, o mesmo começou a imaginar como seria a vida dele se Rin estivesse lá perto dele sempre que ele quisesse, ao perceber que Kohaku havia mudado de expressão, Rin se virou para ela e deu um sorriso, que foi como uma flecha no coração para ele, o fazendo fixar ainda mais seus olhos no belo rosto da garota que ficou curiosa com tal reação. – O que foi? – Indagou sarcástica.

— N – nada! – Disse ele se virando.

A pequena Rin deu algumas gargalhadas, com a cara de emburrado que Kohaku fez e se sentou na grama, depois deu um beijo na testa do amigo que ficara corado. O mesmo riu também causando ainda mais gargalhadas, quase como se a causa da alegria fosse inexistente. A alegria de ambos parecia à mesma como se eles fossem um só mesmo tão separados! Kohaku se levantou e ficou mais próximo do rosto de Rin que ainda estava sorrindo, porem ao colocar a mão no bolso lembrando-se de uma pequena caixinha que comprou, logo fica serio enquanto a outra ainda sorria para ele, fazendo seu coração bater mais forte.

— Rin... Faz um tempo que eu estava querendo te perguntar algo...

— Sim diga.

— V – você... Você... Quer... – Gaguejou.

— Não precisa ficar tão envergonhado fale. Afinal eu sou sua amiga! – Disse ela dando outro soco no ombro de Kohaku.

— Você quer... Casar comigo? – Falou baixo Kohaku muito envergonhado, caindo no colo de Rin que ao ver a face dele voltou a rir, ajeitando a cabeça do outro em seu colo já começando a acariciar seus cabelos. De repente, quase dormindo com a caricia da menina Kohaku se encheu de coragem levantou-se e gritou sem pensar duas vezes. – VOCÊ QUER CASAR COMIGO?! – Indagou ele voltando a deitar no colo de Rin.

Neste mesmo momento, o céu ficou repleto de cores e brilho por causa dos fogos de artifício. Seus olhos se encheram de brilho que ficaram ansiosos pela resposta de Rin que ao mesmo tempo arregalou os olhos e ficou paralisada com tal pedido, ela não sabia como reagir nem o que pensar então ficou calada olhando Kohaku que, esperava a resposta cada vez mais ansioso.

— C – como? – indagou surpresa.

— Casa comigo Rin?

— M – mas assim de repente?

— Eu esperei desde a infância para fazer este pedido a você! – Revelou pegando em uma das mãos da garota.

— M – mas... E Sesshoumaru? – Indagou ela, porem logo se lembrou da cena que vira antes e seu sorriso se transformou completamente. Não queria mais falar sobre Sesshoumaru ou qualquer outro assunto relacionado a ele.

— O que aconteceu? Você estava chorando agora pouco e quando menciona Sesshoumaru fecha a cara. O que ouve? – Indagou o mesmo acariciando a face da pequena Rin.

— Não aconteceu nada...

— Por favor, me fale! Eu estou aqui para te ouvir.

— Eu... O vi, com outra perto agora pouco. – Respondeu Rin entristecendo-se movendo seu olhar para o riu a frente deles. Kohaku ficou surpreso com aquelas palavras, afinal ele viveu uma parte de sua vida estudando com Sesshoumaru no colegial quando Rin era obrigada a ficar em casa por aquele velho tirano. – Eu não sabia o que fazer então... Corri sem pensar e... cheguei aqui.

— Tem certeza de que era ele?

— Sim! Eu o vi com meus próprios olhos! – Disse ela ficando cada vez mais triste. O garoto sorriu e continuo a acariciar a garota. – Eu nunca mais quero falar com aquele filho da mãe!

— Voltando ao assunto... – Disse ele assustado. – Eu Quero que se case comigo Rin!

— Por que eu? Por que não a Fernanda que vive te paquerando na hora do almoço, ou talvez a Brenda que é bem mais bonita! Por que me escolheu? Eu não tenho nada de especial, apenas penso em trabalho e mais trabalho então... Por quê?

— Por que você sempre esteve comigo! Você sempre ajuda todos, larga qualquer coisa que esta fazendo para ajudar um amigo e da ultima vez que eu quebrei a perna você me levou no hospital nas costas e sem reclamar! Te conheço desde criança, sempre esteve lá quando precisei, mesmo que te custasse algo você ficava ao meu lado, por isso não quero mais ninguém e também não quero que você reprima meus sentimentos, por isso quero saber sua resposta. – Exclamou Kohaku se levantando e ficando frente a frente com Rin ainda segurando sua mão.

Rin numa rápida ação beijou Kohaku aos poucos foi fechando seus olhos, aproveitando o momento. Sem perceberem, passos foram se aproximando até que alguém ficou atrás dos dois apenas observando com ódio o amor dos mesmos então ao virar-se, interrompendo o beijo, Kohaku percebe que era Sesshoumaru apenas esperando que Rin se afastasse dele para poder bater no menino.

— O beijo esta bom Rin?

— S – Sesshoumaru?! Mas você não estava com outras roupas agora pouco? – indagou envergonhada.

— Que? Não, aquele era meu irmão com a namorada dele! – Respondeu Sesshoumaru empurrando Kohaku para longe de Rin. – Não era apenas um encontro de amigos?

— N – não fique irritado! Eu pensei que aquele cara era você e então beijei Kohaku por impulso!

— Mesmo? – Indagou o mais velho pegando Rin no colo. – Então eu também vou fazer algumas coisas por impulso!

— Solte ela Sesshoumaru!

— E quem vai me obrigar você? – indagou sarcástico.

((Continua...))