Avenida Limoeiro escrita por Eryan


Capítulo 10
Rita


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior, Mônica, Cascão, Cebola, Magali, Do Contra e Denise foram à casa da Rita com Jorginho e Lúcio. Mas será que a turma terá coragem de roubar o celular dela? Descubra lendo o capítulo 10 da fanfic "Avenida Limoeiro", boa leitura.



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Anteriormente em Avenida Limoeiro...

Cebola: Ela está em casa?

Lúcio: Como vou saber?

Denise: Saberemos agora!

Ding-dong (Denise apertando a campainha)

... (depois de 2 minutos)

Nhec! (alguém abrindo a porta)

Rita: Olá, o que desejam?

Mônica: Espera: Rita? É você?! Que saudades!

Rita: Mônica! O que faz aqui em Paris?

Mônica: Er... estou só de passagem! E trouxe meus amigos para virem junto.

Rita: Ah, que máximo! Entrem, por favor!

E...

Mônica: Esse é o meu namorado Do Contra, aquela é a Magali, a outra lá atrás a Denise, o da esquerda o Cebola e o da direita o Cascão! Conheçam a Rita, minha 1ª amiga do colégio!

Rita: Prazer em conhecê-los! Sentem-se!

Denise: Prazer! Mas espera: como assim a sua 1ª amiga do colégio?

Mônica: Quando eu não estudava com vocês ainda, fui para uma escola particular e lá conheci a Rita! Aí depois tive que sair de lá devido a problemas com as mensalidades da escola, e fui estudar na escola pública do Limoeiro onde eu conheci todos vocês!

Cebola: Mas como você ainda se lembrava dela se ficaram sem se falar por anos?

Mônica: Bom... depois de alguns anos eu nunca mais vi ela pelo bairro, aí ficamos sem nos falar até o dia em que eu achei o perfil dela no Feicebúqui e a adicionei. Aí nós começamos a manter uma amizade virtual que continua até hoje!

Magali: Ah, que história linda!

Rita: Verdade, Magali! Mas tenho uma pergunta a fazer, Mônica... como sabia meu endereço?

Mônica (disfarçando): Er... Bom, o Feicebúqui sempre salva os locais onde a pessoa está, então vi aquela bolinha no mapa e descobri que você estava morando em Paris. Aí eu decidi vir até aqui para encontrar você pessoalmente!

Rita: Até aí tudo bem. Mas o Feicebúqui não mostra o endereço. Então... você ainda não respondeu minha pergunta: como sabia meu endereço?

Mônica: Er... Uma amiga minha sabia onde você morava e me passou o seu endereço.

Rita: Que amiga? Ah, não precisa responder. Com certeza foi alguma amiga de confiança. Desculpe pelas perguntas, é que eu não quero que minha ex-madrasta saiba onde eu estou.

Mônica: Tudo bem, e pode deixar que eu e meus amigos não contamos a ninguém que você está aqui.

Cascão: Mas vem cá... por que sua madrasta não pode saber onde você mora?

Rita: Bom... é por um motivo muito pessoal, mas irei contar a vocês.

Denise: Conta o babado!

Do Contra: Ah, não precisa.

Mônica (dando uma cotovelada nele): Quieto, DC!

Rita: Minha ex-madrasta, a Penha, cuidava de mim quando eu era criança. Aí, depois de alguns dias cuidando de mim e se estressando muito, ela...

Denise (interrompendo): O quê?! A Penha cuidava de você? Mas como?

Penha: Na verdade eram os pais dela, que me adotaram quando eu tinha 7 anos. E chamo ela de ex-madrasta porque ela me tratava como se eu fosse uma filha e porque me maltratava muito, passei a odiá-la muito por isso.

Cascão: Por que ela te maltratava?

Rita: Por ciúmes. Ela até que gostava da ideia de ter uma irmãzinha adotiva no início, mas depois de ela ver os pais dela cuidando de mim, dando brinquedos e dando amor e carinho, ela começou a ter uma crise de ciúmes doentia que fazia com que seu ódio por mim aumentasse a cada dia.

Magali: Que história cabeluda!

Rita: Os pais dela até que gostavam de mim, mas aí veio a Penha com o seu ciúme bobo e armou pra mim quando eu tinha 13 anos: ela pegou o dinheiro do pai dela escondido e colocou na minha mochila, e depois ficou me acusando para os pais dela, até que o pai dela decidiu olhar só para provar que ela estava errada e se decepcionou com o que viu: uma armação feita por ela na cara dura.

Cebola: E qual foi a reação dele?

Rita: Brigou comigo e simplesmente me abandonou na rua. Mas para a Penha isso era pouco: ela queria porque queria que eu sofresse mais. Aí ela contratou 2 rapazes para me sequestrarem e me levarem até um lixão, onde eu teria que trabalhar obrigada para um velho rabugento e exigente.

Do Contra: Hum... Qual era a idade da Penha naquela época?

Rita: Ela tinha só 12 anos. Isso mesmo: só 12 anos!

Mônica: Gente... Ela conseguiu armar o sequestro todo sozinha com só com 12 anos? Caramba!

Rita: Provavelmente tinha alguém ajudando ela. Mas enfim: ela e os pais não prestam.

Cascão: Última pergunta: como você sobreviveu no lixão?

Rita: Sobrevivi com a ajuda da Lucinda, uma catadora de lixos que me tirou dos braços do velho. Depois eu fui adotada por um homem e levada para a Argentina. Só que ele teve um ataque do coração e morreu enquanto a gente fazia um passeio de barco.

Mônica: E por que você nunca me contou essa história toda?

Rita: É porque eu sempre quis esquecer disso, sabe... Mas enfim, vamos mudar de assunto e falar de coisas boas: querem um lanche?

Magali: Claro, claro, claro!

Cascão: Você está muito esfomeada ultimamente, Magali...

Magali: Tenho culpa se estou com fome? Hihi

Rita: Vou na cozinha preparar uns sanduíches, já volto.

Do Contra: ...

Denise: Gente! Que bafão foi esse?

Mônica: A Penha só com 12 anos decidiu fazer tudo isso? Estou horrorizada com tudo!

Magali: Essa história toda só me fez sentir mais raiva dela!

Do Contra: Faltou um pouco de emoção na história, achei sem graça.

Cebola: Afe... Mas pelo menos tudo está bem agora e...

Lúcio (cochichando pela janela): Ei, vocês! Vão roubar o celular ou não?! Vocês tem que ter compromisso!

Magali: Ai, não sei se tenho coragem... ela me comoveu muito.

Lúcio (cochichando): É agir e pronto! E andem logo com isso, vou voltar a me esconder antes que ela volte.

Mônica: Ah! O celular dela está ali em cima do criado mudo! Mas não tenho coragem também!

Do Contra: Eu tenho.

Cascão: Como você consegue ser tão do contra com tudo? Caramba.

Magali: Não temos escolha, pessoal.

Denise (indo pegar o celular): ... ... ... pronto! Já estou indo para o galpão novamente, au revoir*!

Mônica (triste): Ai... vamos então...

Rita (chegando da cozinha): Aqui está os seus sanduíches e... ei! O que estão fazendo com o meu celular?

*Tchau em francês.


Roteiro e finalização: Eryan Raphael


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