Ronald tamborilava com os dedos no chão, um pouco mais calmo.

– O que está fazendo aqui? – Perguntou quando a viu.

– Não interessa. – Disse ríspida, com a voz ligeiramente embolada.

Tentou abrir o depósito em vão.

– Droga! – Resmungou baixinho, enquanto se afastava de ‘ré’ para observar o lugar por inteiro.

– Cuidado! – Advertiu Ronald.

Tarde demais. Hermione desabou na piscina, de costas.

Todos se calaram e olharam pra lá. O tempo pareceu ser congelado e o susto estava estampado no rosto paralisado de cada um.

Um segundo. Dois segundos. Três segundos.

Granger continuava submersa.

Nenhuma atitude foi tomada e Ronald ainda esperava vê-la voltar à tona xingando Deus e o mundo.

– Droga – Exclamou.

Correu até a beira da piscina e pulou. Viu um corpo parado, no fundo, e nadou até ele. Pegou-a pela cintura e puxou para cima. Não conseguia acreditar no fato de estar salvando Hermione Granger. Aquilo era só um pesadelo. Não era?

Quando viram os longos cabelos loiros de Hermione deitados no ombro de Ronald, o tempo se reajustou e todos correram para o fundo do galpão. Incompetentes...

Ele a deitou na borda da piscina e tirou as mechas molhadas de seu rosto. Ela tinha uma expressão assustada e sua boca tremia, junto com o resto do corpo. Abriu os olhos devagar e começou a tossir. Virou de lado com as mãos na testa.

– Está doendo. – Gemeu para si mesma.

– Veja pelo lado bom: pelo menos ainda está viva para doer. – Respondeu.

– Saia de perto dela! – Berrou Gina.

– Hei, hei, hei. Eu a tirei de lá.

– E talvez também tenha empurrado.

– Ela caiu.

Um silêncio surgiu quando Hermione voltou a tossir.

Harry se abaixou ao seu lado:

– Você está bem?

– Eu quero ir pra casa.

– Eu vou te levar.

Gina correu até ele e disse:

– Mas e quem vai nos levar? Também queremos ir embora. Não tem festa sem a Hermione. – Paparicou.

– Então quem vai levá-la? – Os garotos se animavam.

Harry olhou para cada um. Refletiu e enfim, resolveu.

– O Ron. – Começou. – Ele a tirou de lá, ele leva pra casa. Ainda mais porque não há risco de ela ficar com ele.

– Mas eu...

– Já era, amigão. Vai ter que levá-la.