O Espelho do Tempo escrita por Beatriz Delfino


Capítulo 16
A fuga


Notas iniciais do capítulo

Eae pessoal, como vocês perceberão, esse capítulo é um POV (Pont of View) do John, então não estranhem a ausência do Edward, da Ellie ou do Thomas, ok?
Beijokas e boa leitura!!



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Depois de ser forçado a nadar até meu navio, tive de me retirar junto com minha tripulação. N

–Não posso acreditar. Eu, capitão John Avey, tive de me retirar e fugir de dois pirralhos?!Aqueles desgraçados estragaram meu navio!

Um pirata moribundo se aproximou de mim, o medo era algo completamente visível e presente em seus olhos.

–Capitão... Precisamo encontra um lugar pra ancorar ou vamo perde o navio, o sinhô num acha mio nois para ali?

O imprestável apontou para uma ilha deserta ao longe que logo pensei em ignorar, se não fosse é claro, que naquele exato momento vi um feixe de luz presente na ilha.

Abri um largo sorriso reconhecendo que, o que quer que fosse aquilo, poderia ser o que eu vinha procurando há tanto tempo.

–Prepare-se marujo. Vamos ancorar!

Voltei minha atenção ao leme do navio que virei em direção à ilha.

Como a ilha não estava tão longe, chegamos relativamente rápido.

–O qui nois vai fazê aqui, sinhô?

Descendo do navio, prestei atenção à vegetação local... Aquele local era estranho. As árvores e a grama pareciam não pertencer a ilha, estavam no habitat errado.

–Fiquem aqui, vou adentrar na selva.

Caminhei mata adentro me recusando a virar para trás e admirar minha tripulação me olhando.

Conforme eu adentrava naquela ilha, fui percebendo o quanto hostil era seu meio, notei pela abundância de restos mortais de que ninguém caminhará por ali jazia muito tempo.

Parei minha longa caminhada quando encontrei por fim o que tanto procurava, o espelho.

Ó como és doce saber de vitória este que sinto. Ali estava presente o maior e mais valioso dos tesouros. Ali estava presente a dádiva dos deuses para com a humanidade, e era absolutamente meu. Era todo, meu.

Quando me aproximei do objeto, presenciei algo que não esperava.

O vidro do espelho, antes tão reluzente, enegreceu-se e formaram-se palavras. Tais palavras que nunca sairiam de minha mente.

"Tu não és digno de tal poder"

O vidro ameaçou despedaçar-se, recuei alguns passos até que finalmente as palavras sumissem.

Quando estava prestes a quebrá-lo com minhas próprias mãos de tanto ódio, algo me veio à cabeça. Algo mirabolante...

Se o espelho negas a mim, tua virtude de modo justo, então eu irei obtê-la a partir de trapaças.

Elizabeth usara o espelho sem quaisquer problemas, certamente porque é digna de tal feito, então é isso que irei fazer; Darei o espelho a quem merece e quando este estiver funcionando, no último minuto, arrancar-lhe-ei das mãos e o tomarei como sendo meu, utilizando de seu poder.

Gargalhei sozinho. Cobri o espelho com meu casaco para que o vidro não ameaçasse se despedaçar novamente, e depois de tomá-lo em minhas mãos, me direcionei até a praia.

–O sinhô já vorto capitão? E o que ta carregano ai sinhô?

–Preparem-se rapazes. -Naquele momento, todos ficaram me olhando atentamente. -Receberemos visitas.

Quando sorri, todos eles sorriram comigo. Talvez por um mero sinal de obediência. Talvez por que notaram minhas intenções em meu simples sorriso.

Eu não estava em uma simples ilha. Eu estava na ilha mais sonhada, procurada e almejada pelos piratas que sabiam da lenda do espelho perdido.

Eu estava na Ilha da Juventude.


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