Pov. Lanna:

Às vezes me perguntava em como o tempo podia passar tão rápido.

Quando me lembrava de como começou minha história de amor com Lukas, uma história que tinha tudo para acabar em uma tragédia, pois éramos de espécies diferentes. Mas hoje, agradecia a Deus por jamais desistir do nosso amor.

Apesar de todos os desafios que se apresentaram diante de nós conseguimos vencer a cada um deles sem esquecer do amor que nos unia.

E hoje, 26 anos depois, estávamos mais apaixonados e felizes do que nunca, como se ainda fosse possível.

Lukas e eu decidimos durante a nossa lua de mel que teríamos outros filhos depois que nossas netas estivessem um pouco maiores, pois não queríamos tirar a atenção delas. Durante esses 5 anos desde que Patrícia e Alicia nasceram houveram muitas mudanças.

Alice deu à luz a um menino que recebeu o nome de Albert, já Rose deu à luz a uma menina que se chamava Sarah.

Carlisle e Esme decidiram morar em Londres, onde ele trabalha em um renomado hospital enquanto Esme divide sua atenção com seu escritório de arquitetura e os dois filhos do casal, Nora e Fabricio. Os quatro sempre vem nos visitar em Florença.

Já Edward e Bella decidiram voltar para perto da filha em Forks.

Rose e Alice decidiram morar em Milão onde a grife delas estava fazendo o maior sucesso.

Meus filhos mais velhos decidiram permanecer no palácio da alvorada, já Allegra, estava formada e iria se casar com Alex dentro de alguns dias. E quanto a minha mãe, ela acabou se apaixonando pelo novo general do exército italiano, agora ela era feliz e realizada com seu novo amor.

–Mãe?- ouvi Nicolas chamar me surpreendo na cozinha enquanto eu comia um gênero pedaço de pudim escondida.

Surpresa, acabei derrubando meu doce no chão o que me fez chorar.

–Me desculpe mãe, não quis assustá-la.- meu filho sussurrou nervoso por me ver chorando.- A senhora se machucou?

–Como você pode derrubar meu disse desse jeito?!- questionei furiosa e Nicolas me olhou confuso.- E isso são horas de ficar andando pelo palácio?

–Só vim pegar agua para as minhas filhas. Mas o que a senhora faz assaltando a geladeira em plena madrugada para comer pudim?

–Não é da sua conta.- disse com raiva por ter perdido meu doce.

–Tudo bem. Não vejo a hora do papai voltar da conferencia ambiental em Montreal, por que a senhora fica estressada sem ele por perto.- Nicolas disse enquanto limpava o pudim do chão.

Dei de ombros enquanto colocava outro pedaço de pudim para mim, mas assim que estava na metade do doce corri para a pia vomitando em seguida.

–Mãe, está tudo bem? A senhora que que eu a leve para a ala hospitalar? - Nicolas questionou preocupado assim que me recuperei do mal-estar.

–Não preciso de médico, filho. Estou bem, só preciso de um copo de água.- pedi um pouco tonta e Nicolas concordou antes de me ajudar a sentar.

–Tem certeza? A senhora está meio pálida.- ele comentou antes de me entregar um copo de agua.

–Mãe, não me diga que a senhora está doente.- ele sussurrou apavorado e sorri suave.

–Não meu bem, estou bem. Tudo que posso dizer é que vou ficar esquisita por alguns meses.

–Espera...- ele sussurrou enquanto me analisava de cima a baixo.- A senhora anda comendo demais ultimamente, e ainda engordou.

–Você está me chamando de gorda, seu moleque mal criado?!- questionei furiosa e ele parou de respirar assim que entendeu o porquê do meu mal estar.

–Oh meu Deus. A senhora está gravida?!- Nicolas gritou incrédulo.- Como é que isso foi acontecer? Quem fez isso com a senhora?

–Para de gritar. Você quer acordar o palácio inteiro e anunciar que estou gravida?! Como assim você não sabe como os bebês são feitos?! Pensei que seu pai tivesse lhe explicado.- disse e ele me olhou sério.- E como assim “Quem fez isso com a senhora? ” Foi o mesmo homem que me engravidou da primeira vez, que por acaso é o seu pai. Por acaso você está achando que tive coragem de trair seu pai?

–Claro que não mãe. Olha, me desculpe, não quis ofender. Só achei de que depois de 5 anos, vocês tinham desistido da ideia de ter mais filhos.

–Não desistimos, só adiamos por que queríamos cuidar das nossas netas que haviam acabado de nascer. E depois, vieram os filhos dos outros, e não queríamos tirar atenção dos novos membros da família, afinal eram os primeiros filhos deles.- disse e ele me olhou com pesar.

–M desculpe por surtar com a notícia mãe, só é difícil para mim acreditar que minha mãe está gravida.

–Tudo bem, já sabia que você iria sutar quando soubesse.

–O papai já sabe? - ele questionou e neguei.

–Descobri que estava grávida depois de alguns dias que Lukas havia embargado para Montreal. Acho que uma notícia dessas não se dá por telefone.

–E a senhora está com medo da reação do papai? - ele questionou e mordi o lábio inferior nervosa.

–Tenho. Tenho medo que Lukas tenha desistido de ser pai novamente, afinal já faz tanto tempo que planejamos.

–Seja o que o papai disser, quero que saiba que sempre estarei ao seu lado.- Nicolas disse suave e sorri entre lagrimas antes de abraça-lo com força.

–Eu te amo tanto meu filho.- sussurrei enquanto o abraçava.

–Também te amo mãe.

Pov. Allegra:

–Você está tão linda.- Isla disse emocionada enquanto me olhava vestida de noiva.

Hoje era a última prova do meu vestido para o meu grande dia que seria amanhã.

Isla havia se formado em design e trabalhava ao lado do pai, já Clara havia seguido os passos da mãe, minha tia Alice.

E as duas além de serem minhas melhores amigas seriam minhas damas de honra.

–Vocês acham que Alex irá gostar? - questionei apreensiva e as duas riram.

–Claro que vai. Afinal, esse homem esperou por você durante anos.- Clara disse e sorri triste, pois de uns meses para cá meu noivo estava estranho comigo, o que me deixa com medo de ele não querer mais se casar comigo.

Talvez, a esperar tenha sido demais para ele. Talvez, seu amor por mim não tenha sido tão forte para que me esperasse realizar meus sonhos antes de nos casarmos.

–Só espero que não tenha sido uma espera tão longa.- disse triste enquanto me olhava no espelho.

–Tenho certeza que não foi. Agora que tal se fossemos para casa? Afinal, o vovô irá chegar hoje, e depois que matarmos a saudade dele poderíamos sair para curtir sua última noite como solteira.- Isla sugeriu e Clara concordou.

Mas antes que eu pudesse falar algo, recebo uma ligação da minha secretaria informando que tenho um paciente de última hora. Apesar do protesto das meninas decido ir para o meu consultório, afinal seria o último paciente que eu atenderia, por que daqui há alguns dias eu seria vista apenas como a rainha de Genova.

–Kara, onde está o paciente? - questionei preocupada assim que cheguei a recepção do meu consultório.

–Ele já está no seu consultório doutora.- ela disse e agradeci antes de entrar em minha sala, mas assim que vi o paciente sentado em meu divã fiquei sem saber o que dizer.

–Alexander? - sussurrei surpresa ao ver meu noivo.

–Precisamos conversar.- ele pediu suave enquanto me olhava.

Assim que ele disse essas duas palavras meu coração começou a bater mais rápido, minha respiração começou a ficar ofegante enquanto meu corpo tremia por inteiro e lagrimas se acumulavam em meus olhos.

–Você.... Você vai…Você vai terminar.... Comigo?!- solucei com dor Alex me olhou confuso.

–Claro que não meu amor.- ele sussurrou suave antes de vir até o meu encontro e acariciar meu rosto com carinho.- Eu te amo Allegra, e jamais desistiria de ficar com você.

–Então, por que temos que conversar? - questionei ainda chorosa e ele sorriu suave tentando me tranquilizar.

–Por que tenho que lhe contar algo que jamais contei a alguém.- ele sussurrou nervoso e pediu que sentássemos.

Esperei Alex se sentir pronto até que ele começou a falar sobre sua infância, algo que ele jamais havia comentado comigo.

Depois que Alex terminou de falar sobre as agressões do tio, ele me mostrou as cicatrizes que ainda carregava nas costas, um registro dos anos de maus tratos do tio.

–Agora entendo por que você sempre arrumava uma desculpa para não ficar na piscina comigo. E também por que nós dois nunca dormimos juntos.- disse suave enquanto meu dedo indicador seguia cada contorno das suas cicatrizes.

–Ainda não estava pronto para contar isso a você e nunca dormimos juntos por que quero fazer tudo certo com você. Agora tem que me prometer que não contará a ninguém. Será nosso segredo.- ele pediu e virou para me ver nos olhos.

–Prometo.- assegurei olhando em seus olhos. -Não vou contar a ninguém. Elas ainda doem?

– Fisicamente não. Mas em algumas noites tenho pesadelos, é como se eu revivesse cada uma das agressões.- ele disse com o olhar longe e estremeceu de leve antes de voltar sua atenção a mim.- Vou entender se você não quiser mais se casar comigo. Se o peso do segredo for demais para você.

–Não vou desistir de você.- sussurrei segurando seu rosto enquanto olhava em seus olhos.- Se você quiser, posso ajudá-lo a tentar superar isso. Apenas me deixe cuidar de você. Você deixa?

Alex não disse nada por alguns minutos enquanto olhava em meus olhos, tentando decidir o passo seguido. E sorri assim que percebi a sua escolha.

–Eu...Preciso de ajuda.- ele pediu com a voz embragada e sorri com amor antes de envolve-lo em um abraço apertando enquanto sussurrava em seu ouvido o quanto o amava.

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Estava nervosa, afinal era o dia do meu casamento. O dia que esperei durante anos e que realizaria em alguns minutos.

– Minha filha? - meu pai questionou assim que veio me buscar.

–Sim.- sussurrei nervosa e ele sorriu amoroso assim que me viu vestida de noiva.

–Você está linda. E espero que vocês dois sejam felizes.- meu pai desejou e agradeci antes de aceitar seu braço para sairmos do castelo de Genova, pois eu tinha que me casar no país do meu noivo já que após o casamento seria coroada a rainha.

–Pronta? - meu pai questionou assim que o carro parou em frente a catedral.

–Sim.- assegurei antes de sairmos do carro em direção a minha felicidade.

Pov. Lukas:

–É, acabamos de casar nossa última filha.- disse emocionado enquanto via Allegra ter a sua primeira dança com o marido.- Vou sentir saudades do meu filhote.

–Lukas...- Lanna sussurrou nervosa e virei para vê-la.

–Aconteceu alguma coisa? Você está tremula amor.- disse preocupado e ela segurou minhas mãos.

–Lukas, preciso lhe contar uma coisa, mas não pode ser aqui.- ela sussurrou e concordei antes de sairmos discretamente da festa.

Andamos até chegar em uma parte do jardim onde não havia ninguém.

Lanna respirou fundo algumas vezes antes de tomar coragem para falar, e sua atitude estava me deixando assustado.

–Lukas, eu...- ela sussurrou nervosa e respirou fundo algumas vezes antes de voltar a falar entre lagrimas e temerosa.- Amor, eu estou gravida.

–Gravida?! Você tem certeza? - questionei surpreso e ela concordou.

–Você não está zangado comigo, não é? - ela questionou com medo e sorri confuso.

–Por que ficaria zangado com você amor?! Depois da notícia maravilhosa que você me deu.

–Achei que você não queria mais ter filhos, afinal deixamos de falar nisso.

–Claro que quero amor. Havíamos combinado esperar, lembra? Só não perguntei nada por que não queria pressioná-la.- disse antes de olhar para a barriga de Lanna e sorrir feito um bobo, em seguida comecei a fazer carinho em sua barriga.- De quantos meses você está?

– Pelas minhas contas, estou gravida de um mês.

–Um mês.- disse feliz e Lanna concordou enquanto sorriamos, pois ela havia engravidado antes de eu viajar para Montreal, na noite em que havíamos decido sair para ficarmos a sós já que eu iria passar um mês fora.

–Obrigado pelo presente maravilhoso, meu amor.- disse desviando o olhar de sua barriga para ver seus olhos.

–Eu é que agradeço por ter encontrado você. Um homem maravilhoso que me deu uma vida incrível que jamais pensei em ter. O homem que vou amar pelo resto dos meus dias.- Lanna sussurrou entre lagrimas sorri carinho para ela.- Eu te amo.

–Eu também te amo, meu anjo. -sussurrei antes de beijá-la apaixonadamente.