Pov. Lukas:

Descobrir que seria pai novamente me fez o home mais realizado do mundo e acompanhar o meu filho crescendo dentro da mulher que eu amava me deixava ainda mais feliz.

Mesmo os primeiros meses sendo difíceis já que Lanna não conseguia ficar no mesmo lugar que eu, só de ouvir a minha voz minha esposa passava mal o que me fez acreditar que ela estava esperando um menino, pois quando ela estava gravida de Nicolas também havia enjoado de mim.

–Não sei como você aguenta ficar longe da sua mulher, Lukas. Ainda mais com Lanna estando gravida.- Seth disse confuso assim que entrou no meu escritório para me entregar uma carta de Lanna.

Ultimamente só nos falávamos por cartas, mesmo podendo usar as mensagens de texto, mas minha esposa preferia as cartas por que achava mais romântico.

–Nem eu sei como estou aguentando.- disse antes de começar a ler a carta.

–O que foi? Algum problema? - Seth questionou preocupado assim que franzi o cenho.

–Ela quer me ver.- disse confuso e ele me olhou sem entender.- Lanna disse que tem algo muito importante para dizer, e só falará pessoalmente.

–E o que você irá fazer?

–Não sei. Já faz dois meses que não a vejo pessoalmente, e Nicole disse que a mãe ainda enjoa só de sentir o cheiro do meu perfume. Acho melhor não ir, não quero que ela passe mal.- disse triste guardando a carta junto com as outras dentro de uma gaveta antes de pegar um papel para escrever uma resposta para Lanna.

–Acho que você devia ir vê-la. Se ela pediu é por que deve achar que não irá mais passar mal. Não custa nada tentar.

–Você tem razão. Diga a ela que irei.- disse e ele concordou antes de sair.

Assim que havia terminado meu trabalho no escritório fui para o quarto em que estava durante esses dois meses para tomar um banho e trocar de roupa antes de ir ver Lanna.

Respirei fundo várias vezes antes de bater na porta e ela ser aberta por Lanna que usava um lindo vestido. Ficamos nos olhando por alguns minutos até que rompi o silencio constrangedor.

–Acho melhor eu ir, não quero que você passe mal por minha causa.- disse sem jeito enquanto me afastava da porta e Lanna segurou a minha mão antes de me olhar suplicante.

–Não vai não. Senti a sua falta.- ela sussurrou chorosa.

–Eu também amor.- sussurrei e ela me abraçou com carinho enquanto sentia o cheiro do meu perfume.

–Vem, tenho algo para lhe mostrar.- ela disse se separando de mim e me levando para dentro do quarto.

–Quando foi que você parou de ficar enjoada de mim? - questionei confuso e ela sorriu.

–Foi um trabalho árduo convencer seus filhos ciumentos de que preciso da presença do pai deles.- ela disse e pisquei confuso enquanto a via pegar seu tablet e me entregar.- Agora sente-se e assista até o fim.

–Por que? - questionei sem saber do que ela estava falando.

Lanna me ignorou enquanto selecionava um vídeo para que ele abrisse. Assim que ele se abriu percebi que se tratava da ultrassom de Lanna contendo os dois batimentos dos nossos filhos, desde a primeira ultrassom sabíamos que seriam gêmeos, mas só agora consegui perceber que pelas imagens teríamos dois meninos.

Eram gêmeos idênticos.

–São dois meninos.- sussurrei entre lágrimas e ela concordou.

–Sim amor. Acho que é por isso que enjoei de você nos primeiros meses.- ela se justificou e sorri.- São dois meninos ciumentos.

–Que eu já amo muito.- sussurrei deixando o tablete de Lanna de lado enquanto a puxava para o meu colo.

–O papai ama muito você meus filhos e não vejo a hora de tê-los no colo.- sussurrei acariciando a barriga de Lanna e senti dois chutes que nos fizeram rir.

–Acho que eles estão pedindo desculpas por nos separarem- Lanna disse suave enquanto segurava meu rosto em suas mãos e me olhava nos olhos.- Você não sabe quanta falta me fez. Senti falta até do seu andar quando fica nervoso. E olha que você sabe o quanto me deixa nervosa vendo-o andando de um lado para o outro.

–Eu sei, mas andar me ajuda a pensar.- disse dando de ombros e sorrimos.

–Eu te amo mais do que tudo, meu bem.- Lana sussurrou apaixonada e sorri.

–Eu também te amo mais do que tudo, meu anjo.- sussurrei antes de nos beijarmos, matando a saudade que sentíamos um do outro.

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–Por que você não vai me dizer os nomes que escolheu para nossos filhos? - questionei triste enquanto ajudava Lanna a arrumar a mala deles, pois ela já estava de nove meses e a qualquer momento nossos filhos poderiam nascer.

–Já disse que é uma surpresa. E Nicolas? - ela questionou colocando um macacão verde em uma das malas e suspirei, pois Nicolas era outra história.

Assim que soube que a mãe estava gravida de dois meninos ele teve uma crise de ciúmes digna de uma criança pequena, o que me fez brigar com ele, e agora meu filho não estava mais falando comigo. Por que para ele a culpa era minha da mãe dele estar gravida.

–Não acredito que aquele moleque mimado ainda está ignorando você?!

–Para ele a culpa de você estar gravida dos meninos é minha. Já tentei de tudo, mas ele está me odiando.- disse com pesar e Lanna gemeu de raiva antes de sair do quarto.- Onde você vai?

–Vou matar o Nicolas.- Lanna disse com raiva enquanto eu a seguia.

–Nicolas Audric Scofield Sforza.- Lanna gritou furiosa assim que encontrou nosso filho brincando no jardim com Patrícia e Alicia.

–Aconteceu alguma coisa mãe? - ele questionou preocupado por ver a mãe nervosa.

–Meninas, por que vocês não vão até a cozinha lanchar?! Rosa acabou de fazer um bolo de chocolate que está uma delícia.- Lanna sugeriu e as meninas concordaram antes de correrem para a cozinha.

–Por que a senhora está me olhando como se fosse me matar? - Nicolas questionou temeroso.

–É bom mesmo que você tenha medo de ter irritado uma mulher gravida com os nervos à flor da pele. Que história é essa de você não falar mais com o seu pai?

–Por causa do papai não serei mais o único menino de vocês.- ele disse com ciúme e tentei dizer algo, mas Lanna me interrompeu.

–Seu pai não me forçou a nada. Fiquei gravida por que ambos quisemos ter mais filhos, você mais do que ninguém deveria entender nosso desejo. E não é por que estou gravida de dois meninos que esquecerei do meu filho mais velho. Você deveria se orgulhar, afinal será o referencial para seus irmãos.- Lanna disse seria e sorri ao ver Nicolas passar a mão no cabelo de leve e suspirar. O mesmo gesto que eu fazia quando reconhecia que estava errado.

–Me desculpe mãe.- ele sussurrou arrependido e envergonhado por sua atitude.

–Não é a mim que você deve desculpas e sim ao seu pai.- ela disse seria e Nicolas virou para me ver sem saber o que dizer.

–Pai.... Me perdoe por ter sido um idiota com você.- ele pediu e sorri antes de abraça-lo com carinho.

–Claro que perdoo meu amor.- disse acariciando seu cabelo de leve.

–É tão bom ver meus meninos unidos de novo.- ela disse suave, mas logo gemeu de dor nos assustando.

–O que houve amor? - questionei me separando de Nicolas e correndo até Lanna.

–Acho que nossos filhos querem nascer.- ela sussurrou com dor enquanto Nicolas e eu ficávamos sem reação.

–Meninos, preciso ir para o hospital.- Lanna disse com dor nos despertando do choque.

Logo ajudei minha esposa a ir para a ala hospitalar enquanto Nicolas ia pegar as coisas dos irmãos.

–Não precisa ficar com medo amor, vou estar do seu lado o tempo todo.- disse nervoso enquanto segurava a mão de Lanna que sorriu em meio a dor.

–Eu sei. Não precisa ficar nervoso, meu anjo, já passamos por isso.- ela sussurrou amorosa antes d começar a fazer força a pedido do médico.

Depois de alguns minutos nosso primeiro filho começou a chorar anunciando que estava chegando ao mundo.

–Ele tem os seus olhos Lukas.- Lanna sussurrou encantada com o bebê em seu colo.

Sorri emocionado assim que nosso filho olhou para mim e sorriu suave o que nos fez rir.

–Meu pequeno príncipe.- minha esposa sussurrou amorosa enquanto acariciava de leve a cabeça do nosso filho, mas o momento entre mãe e filho foi quebrado assim que Lanna começou a sentir novas contrações.

Rapidamente tirei meu filho do colo da mãe e entreguei a enfermeira antes de voltar a segurar a sua mão. Nosso segundo filho demorou um pouco mais para nascer deixando todos preocupados, pois minha mulher já estava exausta.

–Não aguento mais Lukas.- Lanna sussurrou cansada enquanto olhava em meus olhos.

–Só mais um pouco amor. Você precisa aguentar um pouco mais.

–Não tenho mais forças.

–Eu sei, e vou ajudar você.- prometi enquanto todos me olhavam sem entender.

Sem pensar duas vezes comecei a empurrar a barriga de Lanna, ajudando-a a fazer força.

–O que está fazendo majestade? - o médico questionou confuso.

–Estou ajudando a minha rainha a colocar nosso filho no mundo. Acredite em mim, fiz mais partos que você tem de idade.- expliquei a ele enquanto continuava com minha manobra.- No três, amor. 1...2...3…Empurre.

Continue fazendo minha manobra e pedindo em seguida para que Lanna fizesse força, logo podemos ouvir o choro de um bebê, o que me fez respirar aliviado.

–Ele...Ele está.... Bem? - Lanna sussurrou sem forças assim que colocaram nosso bebê em meu colo após examiná-los.

–Ele está amor.- assegurei após a enfermeira me confirmar que sim.

Devagar me inclinei para que ela pudesse ver nosso filho que estava com a mãozinha direita na boca sugando os dedos avidamente.

–Ele é lindo.... Os dois na verdade.- Eles são a sua cara Lukas.- ela sussurrou cansada e concordei.

–Descanse meu anjo, vou tomar conta dos dois.- assegurei e ela concordou antes de desmaiar de cansaço.

Pov. Lanna:

–Eles não são lindos? - ouvi a voz d Nicole dizer ao longe.

–É....Até que são.- ouvi Nicolas dizer fingindo desinteresse.

–Vocês dois silencio. Foi um parto muito cansativo para a mãe de vocês, deixe-a descansar.- ouvi Lukas dizer e logo senti algum acariciar meus cabelos de leve.

Me forcei a abrir os olhos, afinal meus bebês deviam estar com fome e eu era a única que podia alimentá-los.

–Olá.- Lukas sussurrou amoroso assim que me viu de olhos abertos.

–Olá. Onde estão nossos bebês? - questionei preocupada.

–Estão no berçário, mas vou pedir para a enfermaria trazê-los.- meu marido disse antes de beijar a minha testa e sair.

–Como a senhora está mãe? - Nicolas questionou preocupado e sorri.

–Estou bem amor.- assegurei e pedi para que ele se sentasse na cama.- Me promete que não implicará com seus irmãos? Pois vou precisar da sua ajuda.

–Para que? - ele questionou confuso e sorri amorosa.

–Seu pai e eu gostaríamos de convidar você e Leah para serem os padrinhos dos nossos filhos.

–Isso por acaso é algum “plano” para que eu aceite de boa vontade os dois?!

–Claro que não, e deixe de ser desconfiado.- pedi e ele suspirou antes de voltar a falar.

–Claro que aceito ser padrinho dos meninos.- meu filho disse e sorri antes de lhe dá um beijo na bochecha.

–Você adora ser o centro das atenções não é Nicolas Sforza?!- Nicole brincou e sorrimos.

Mas nosso momento de descontração foi interrompido por dois choros inconfundíveis para mim.

–Eles devem estar famintos.- Nicole disse suave assim que Lukas entrou ao lado da enfermeira empurrando dois berçários hospitalares.

–Por quanto tempo fiquei apagado?

–Só por alguns minutos.- Lukas garantiu antes de pegar um dos bebes no colo.

–Vamos deixar vocês curtirem nossos irmãozinhos sozinhos. E mãe, a Allegra virá vê-la amanhã.- Nicole informou antes de sair com Nicolas do quarto.

–Esse é o nosso mais velho, amor. Como quer chama-lo? - Lukas questionou colocando nosso filho em meu colo.

–Ele irá se chamar Aaron Bruno. Aaron, como meu avô Leonel.- sussurrei lembrando dele e meu marido sorriu.

–É um lindo nome amor.- ele assegurou antes de pegar nosso caçula no colo que chorava sem parar.- Vai ficar tudo bem, meu amor.

Sorri vendo Lukas tentando acalmar nosso filho.

–Anthony.- disse suave e Lukas desviou os olhos do bebê em seu colo para me ver.

–Sim.- ele sussurrou e sorri o que lhe deixou confuso.

–O nome do nosso outro filho é Anthony Pietro. Anthony como o pai dele.- disse e Lukas sorriu comovido.

–Quer que eu a ajude, minha senhora, a amantar o príncipe? - a enfermeira perguntou solicita e concordei.

Afinal, como pediatra que fui só tinha a técnica pois nunca havia amamentado um bebê.

No começo me atrapalhei um pouco, mas depois consegui amamentar meus filhos sem a ajuda da enfermeira.

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No dia em que os meninos fizeram cinco meses foi marcado o batizado de ambos na fonte dos Sforza como exigia a tradição. Aaron e Anthony seriam batizados no mesmo lugar que o pai e todos os seus antepassados foram.

E para comemorar tal ato a avó de Lukas pediu para fazer uma festa tipicamente cigana, saudando assim aos novos membros da família.

–Majestades.- o sábio nos cumprimentou assim que nos viu próximo a fonte com nossos filhos no colo.- São lindos meninos, meus soberanos.

–Obrigado Vincenzo.- Lukas agradeceu com Aaron no colo.

–Os quais desejo que tenham uma sorte feliz.- disse preocupada enquanto Anthony brincava com uma mecha do meu cabelo.

–Não posso prometer minha rainha, afinal a sorte de cada um já é traçada antes de virmos ao mundo.- ele segredou a mim e por instinto segurei meu filho com mais força.

–Apenas tenha fé, meu anjo.- Lukas pediu em meu ouvido antes do sábio se dirigir a multidão que aguardava para presenciar o batizado dos mais novos herdeiros do trono.

–Está é uma manhã memorável para esses dois meninos. No último registro do batismo de dois meninos idênticos foi revelado pelas estrelas que só um deles, o mais novo, iria sobreviver para comandar nossa nação. Mas ontem, enquanto preparava os medalhões com as sinas dos príncipes mais novos da casa real de Sforza, soube que o acontecimento de séculos atrás não iria mais se repetir.- o sábio assegurou e vi Lukas sorrir antes de beijar a cabeça de Aaron que observava tudo ao seu redor.

–O que isso quer dizer? - questionei apreensiva e ele sorriu suave.

– Quer dizer que nossos bebês tiveram uma sorte maravilhosa e que serão felizes.- Lukas assegurou e respirei aliviada antes de entregar nossos filhos a Leah e Nicolas.

–Aaron Bruno Scofield Sforza, você será valente e guerreiro como seu pai, e terá um grande coração como ele. Terá uma vida longa e feliz, será um grande governante amado por seu povo. E também será visto por todos como o benevolente.- o sábio disse antes de colocar o medalhão no pescoço do meu filho que sorriu suave no colo de Leah.

–Anthony Pietro Scofield Sforza, você será aquele que mais se parecerá com seu pai em tudo, menos no sofrimento. Você será dono de grande força e determinação, o que o tornará um valoroso e destemido guerreiro, como seu antepassado Magnus foi. Você será o mais bravo general que a Itália já viu.- o sábio disse antes de colocar o medalhão no pescoço de Anthony que parecia compreender o que ele estava falando.

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–Devo me preocupar sobre o que o sábio disse dos meninos? - questionei apreensiva enquanto víamos nossos filhos brincarem com a minha mãe e a avó de Lukas.

–Claro que não meu anjo. Vincenzo apenas disse o que como pais já sabemos.- ele disse antes de tomar um pouco do seu champanhe.

–Que seria?

–Que Aaron será um doce de menino que saberá defender o que quer no momento certo. Já Anthony, será um rebelde sem causa que nos dará cabelos brancos antes da hora.- meu marido disse e sorri, pois sempre dizíamos isso, assim que percebemos como era a personalidade de cada um.

–Então você está me dizendo que Aaron será como o “Lukas Anthony” que conheci quando jovem e Anthony será o “Lukas Edoardo” que não conheci.- disse e ele concordou.

–Basicamente, mas tenho certeza que assim que Anthony esbarrar com a mulher da vida dele por ai, irá se parecer com o “eu” de agora.

–Espero que sim.- sussurrei antes de tomar meu suco.

–Olá meus jovens.- Caroline disse feliz assim que se aproximou de nós.

–Olá vovó, onde estão nossos bebes? - Lukas questionou preocupado.

–Alana e Leah os levaram para dentro. Eles estavam cansados.- ela disse amorosa antes de no olhar de uma forma curiosa.

–Pergunte vovó.- Lukas disse resignado e pisquei confusa enquanto olhava para ele sem entender.

–Será que eu poderia ler a sorte de vocês? - ela questionou empolgada e Lukas me olhou antes de falar.

–Se minha rainha desejar, não haverá problemas para mim.- ele disse e concordei.

Em seguida Caroline colocou nossas mãos direitas uma ao lado da outra em cima da mesa, supressa vi que as linhas das palmas se completavam.

–O que está vendo vovó? - Lukas questionou curioso enquanto Caroline acompanhava as linhas de nossa palma com o dedo indicador.

–Vocês dois terão uma vida longa e feliz juntos, cheias de surpresas. E ainda se encontraram em muitas outras vidas.

–Como irei saber que Lukas é o homem da minha vida? - questionei confusa, afinal ela mesma me disse que quando voltamos não nos lembramos de nada que vivemos da vida anterior.

–Sua mente pode não se lembrar dele, mas o seu coração saberá quando o vir. Assim como foi nessa vida.- ela disse suave e nos deu um beijo na testa antes de nos deixar a sós.

–Lukas, e se eu não ouvir o meu coração? E se não nos encontramos? - questionei preocupada e ele sorriu doce.

–Almas gêmeas sempre se encontram amor. Agora, que tal deixarmos o futuro de lado e dançarmos um pouco.- ele pediu me oferecendo a sua mão assim que começou a tocar uma música lenta.

Aceitei a mão de Lukas e ele me levou para o meio da pista enquanto dançávamos sem pressa.

–Essa foi a primeira música que dançamos juntos, você se lembra? - ele sussurrou no meu ouvido enquanto diminuía ainda mais o espaço que nos separava, como se ainda houvesse algum.

–Lembro. E também lembro que você estava me segurando de uma forma que lhe permitia se aproveitar da situação.- cometei e ele sorriu em meu ouvido.

–Confesso que me aproveitei um pouco de você naquela dança, o que podia fazer se era e ainda sou louco por você?! E foi nessa noite também que confessamos que amávamos um ao outro e demos nosso primeiro beijo.

–Foi uma noite maravilhosa. Não admite na época, mas.... Eu gostei de você ter se aproveitado da situação, quando dançamos.- confessei e ele sorriu suave.

–Sempre soube disso, meu anjo.

–Você tem medo do que nos espera no futuro? - questionei e Lukas sorriu doce antes de passar meus braços em seu pescoço sem quebrar nossa dança.

–Com você não tenho medo do futuro. Por que você é o meu futuro, seja ele qual for.- ele sussurrou enquanto nos olhávamos nos olhos

–Eu te amo.- sussurrei suave e ele sorriu antes de acariciar meu nariz com o seu.

–Eu te amo.- ele sussurrou apaixonado antes de nos beijarmos sob o céu estrelado.

E naquele momento eu soube que não deveríamos temer o futuro, pois tínhamos um ao outro e também tínhamos um amor que ia além da vida.