Carrossel: Órfãos e Perdidos escrita por Gronk Spike


Capítulo 37
Capítulo 36 - Indecisão


Notas iniciais do capítulo

Gente, demorei novamente e peço desculpas (só o que eu sei fazer é pedir desculpas kk) mas sério, além da falta de tempo, esses dias eu fiquei doente e me complicou mais ainda, por isso não consegui escrever e postar de jeito nenhum, me desculpem mesmo!

Desde já eu agradeço a todos pela compreensão e pelos reviews, boa leitura! :D



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O fim de semana dos órfãos tinha sido bem agitado — Principalmente para os meninos — Paulo, Daniel e Davi passaram o sábado e o domingo inteiro treinando para a grande final do campeonato que se aproximava e Jaime exigia bastante de todos os jogadores da equipe.

As meninas, por outro lado, tiveram um fim de semana um pouco mais calmo, porém mesmo assim ainda cheio, elas haviam passado grande parte do tempo juntas, estudando para as provas que estavam cada vez mais próximas.

Na segunda-feira de manhã, ao descerem as escadas para irem à escola, todos ficaram completamente surpresos ao darem de cara com nada mais nada menos que Helena.

— Helena? O que você tá fazendo aqui? — Valéria perguntou confusa e se aproximou da mulher, juntamente com os outros.

— Hm, acho que eu ainda moro aqui — Helena comenta sarcástica enquanto ri.

— Ah, claro, eu só fiquei confusa porque não achava que você voltaria agora — Valéria confessa.

— É, eu também —Alicia a acompanha — Mas e aí, como foi de viagem?

— Conseguiu resolver o que queria? — Paulo continuou o interrogatório.

— Calma gente, um por vez — A mulher anuncia sentando-se no sofá da sala. — Mas sim, consegui resolver o que queria, e fui bem de viagem, graças a Deus.

— Mas o que você precisava tanto resolver? —Majo perguntou sutilmente.

— Ah, nada demais — Helena desconversa um pouco nervosa — Mas e vocês? Como andam as coisas por aqui?

Os órfãos — Com exceção de Maria Joaquina — Se entreolharam e decidiram não contar para a mulher sobre o que eles estavam passando, desde a descoberta de Jorge, até a aliança com Natasha. Majo estranhou os olhares dos amigos entre eles e se sentiu excluída, perguntando-se o que eles estavam escondendo da garota.

— Ah, tá tudo bem por aqui — Daniel garantiu um pouco receoso — A novidade é que nossa escola tá na final do campeonato, que inclusive vai ser hoje.

— Ótimo, ainda bem que cheguei antes da final, vou ir assistir depois das aulas — Helena exclama empolgada — Agora vão pra escola antes que se atrasem.

Após uma rápida despedida, os órfãos zarparam rumo à escola mundial.

(...)

Em pouco tempo, todos chegaram ao colégio e ficaram totalmente boquiabertos ao verem a decoração do local. Por todo lugar havia faixas e cartazes incentivando o colégio para a final, tudo se encontrava realmente muito bem feito e bonito.  Ainda maravilhados com tudo aquilo, os meninos e as meninas foram para seus respectivos amigos, enquanto as aulas não começavam.

De longe, Jaime era o que estava mais eufórico dos garotos, não parava de comentar a respeito do jogo e debatia com eles sobre as estratégias e táticas da grande partida que seria em breve.

— Finalmente chegou esse dia — O Palilo afirmou empolgadíssimo — Eu já não aguentava mais, to muito ansioso pra poder jogar logo.

— Duas finais seguidas não é pra qualquer escola, esse ano ninguém nos tira o título — Mário prosseguiu igualmente animado.

O papo dos garotos continuou e não fugiu muito daquilo. Paulo se encontrava muito participativo e de bom-humor, seu namoro com Alicia estava o fazendo muito feliz, o que colaborava bastante.

Davi hora ou outra falava algo, mas confessava que por dentro, não via o momento de o jogo chegar e poder tentar trazer o campeonato para a escola.

Já Daniel, por sua vez, estava muito distraído, avoado. Mal falou e não se sentia muito animado para a final, mas prometia sempre dar o melhor de si. Sua preocupação era em Maria Joaquina e no que o Jorge pudesse ter feito contra ela, aqueles pensamentos o atormentava, mas o Zapata tentou esquece-los um pouco, por mais difícil que fosse...

(...)

Do outro lado do pátio, as meninas também conversavam a respeito da grande final, mesmo que não jogassem, a partida de logo mais era, inevitavelmente, o assunto mais comentado do momento na escola mundial.

— Finais são sempre muito sentimentais — Laura comentou —Espero que esse ano o título seja nosso.

— Tomara mesmo que o título venha pra nossa escola, os meninos lá em casa não paravam de falar sobre a partida — Alicia diz.

— Empolgada pra valer estamos nós líderes de torcida — Marcelina intervém — Treinamos a coreografia o fim de semana inteiro e vamos fazer bonito no jogo.

— Ah é verdade — Bibi concorda — Os meninos que vão jogar, mas vamos ser nós quem iremos roubar a cena com a coreografia.

— Uma pena que eu cheguei tão tarde na escola, se eu tivesse entrado antes, teria participado das líderes de torcida — Nat diz.

— Uma pena mesmo, tenta ano que vem — Marcelina lamenta pela ruiva.

— É, quem sabe?!... — A Cavalieri murmurou.

O que chamou a atenção das meninas presentes no local, é que Natasha estava visivelmente muito mais feliz do que antes, e tudo isso pelo fato que havia se aliado aos órfãos, com isso ela se sentia bastante tranquila e em paz com a própria consciência, o que, automaticamente, deixava-a mais alegre.

— Tá tudo bem, Nat? —Carmen perguntou o que todas as garotas queriam saber.

— Ah, tá sim, mas por quê? — A ruiva rebate sorridente.

— Ah, sei lá, é que você tá mais alegre, contente, aconteceu alguma coisa? — A Carrilho volta a questionar.

— Ah, que nada, estou só assim só por causa da final, feliz pelos garotos — Natasha tenta desconversar, porém as meninas continuaram um pouco desconfiadas.

Maria Joaquina, assim como Daniel, se encontrava inteiramente perdida em pensamentos, porém diferentemente do garoto, a morena se indagava a respeito dos amigos, eles andavam muito estranhos ultimamente e os olhares que trocaram na sala de estar da mansão só confirmaram mais ainda as suspeitas da menina.

“Alguma coisa eles estão me escondendo, eu não sei o que é, mas estão...” — Majo refletiu totalmente distraída.

O sino logo soou pela escola, tirando a garota de seus pensamentos. Maria Joaquina deu um último suspiro antes de acompanhar suas amigas até a sala de aula.

(...)

Apesar de bem cansativas, as primeiras aulas finalmente se passaram, para alivio dos alunos de todas as salas. Um tumulto rotineiro logo se iniciou, meninos e meninas correndo para fora de suas respectivas salas, querendo apenas aproveitar o intervalo escolar.

Davi, porém, tinha algo mais importante a se fazer, ele iria falar com Margarida, como fora pedido pela sua amada Valéria.

Não demorou nem míseros cinco minutos, e o garoto a encontrou sentada em um dos bancos do pátio da escola, parecia sozinha, solitária. O Rabinovich respirou bem fundo antes de poder se aproximar da garota e começar um diálogo.

— Tem um tempo? — Ele indagou e sentou-se ao lado dela.

Margarida nada disse e apenas assentiu, virando-se para o menino.

— Olha Marga, eu só queria saber o porquê de você ter me beijado daquele jeito e ter saído como se nada tivesse acontecido — Davi confessou.

— Eu já disse, me deu vontade — Ela insiste.

— Isso não é motivo convincente— Ele intervém.

— Mas que diferença faz? Você não namora mesmo, nem devia tá tão preocupado assim — Margarida comenta desinteressada, enquanto olhava para as próprias unhas.

Davi engoliu em seco, pensando se aquilo seria uma indireta em relação à Valéria, mesmo nervoso, ele prosseguiu.

— É, só que eu gosto de uma pessoa e se ela tiver visto, minhas chances com ela podem ter acabado — O menino explica — E sem falar que mesmo que eu não namore ninguém, isso não te dá o direito de sair por aí me beijando.

Se antes a garota estava pouco interessada no assunto, ela logo arregalou os olhos completamente em sinal de surpresa quando Davi citou que gostava de alguém.

— Ah, é? E quem seria a sortuda? — Margarida pergunta em tom de deboche.

— Isso não vem ao caso agora — Ele desconversa, tentando despista-la — Eu só quero é que você pare de me perseguir e de me beijar por aí.

— Só pra lembrar que não fui eu quem começou com isso — Margarida diz sussurrando, mas Davi consegue escutar.

— Do que você tá falando? — Ele rebate sem entender.

— De você, que me beijou e disse que gostava de mim naquele dia do trabalho, esqueceu? — Ela diz.

O garoto sua frio e recorda-se do dia.

—Olha, mas eu tava confuso em relação aos meus sentimentos, pelo menos eu esclareci tudo, já você... — Davi fala.

— Ah, quer saber Davi? Pra mim já deu desse assunto, tchau — Margarida determina e se levanta do banco, se retirando logo em seguida.

O Rabinovich ficou mais aliviado, finalmente havia esclarecido tudo com Margarida e não via a hora de falar com Valéria.

Já Margarida, se viu bem confusa e curiosa em relação a Davi, perguntando-se mentalmente quem seria a tal garota que ele gostava.

(...)

Durante todos os últimos dias, Jorge percebeu sua prima diferente, não parecia ser ela. Se antes Nat parecia fria e sem sentimentos, agora estava radiante como o sol, sorria por todos os cantos, cantarolava, saltitava e estava muito feliz.

O Cavalieri estranhou aquilo fortemente e decidiu consigo mesmo que iria falar com a ruiva a respeito daquilo, pois alguma coisa devia ter ocorrido.

Como ultimamente vinha acontecendo, Natasha ia em direção ao banheiro feminino toda sorridente, estar em paz com sua própria consciência era uma das melhores coisas do mundo, na opinião da garota.

De repente, ela sentiu fortes mãos a puxar para um corredor isolado, pouco movimentado, seu sorriso logo se desfez, com medo, porém em pouco tempo, ela voltou a sorrir, ao ver que era seu primo.

— Ah, oi Jorge — Ela o cumprimentou — Precisando de algo?

— O que foi que aconteceu, Nat? — Ele ignorou o cumprimento e foi direto.

— O quê? Como assim? — Ela indaga confusa.

— Essa sua felicidade toda — Jorge comenta — O que aconteceu? Qual o motivo?

— Ah, nada demais, só estou curtindo tá de volta ao Brasil, perto de você, da minha tia, normal — Ela mente, tentando disfarçar, não poderia dizer nunca a verdade para Jorge.

Jorge arqueou a sobrancelha, não havia acreditado naquelas palavras e sabia que tinha algo por trás.

— Agora posso ir? — A ruiva pergunta forçando um sorriso.

Jorge a solta e a acompanha com o olhar até o banheiro feminino, onde a perde de vista. Mesmo muito desconfiado, ele se retirou do local, decidindo que iria ficar atento com as atitudes da prima, pois com certeza algo havia acontecido.

(...)

Natasha usou o banheiro rapidamente e saiu de lá, com cuidado para ver se Jorge não a seguia de novo. Ela sabia que o primo estava desconfiado e que ele era muito esperto, por isso não poderia dar nenhuma brecha.

Cautelosamente, ela achou Margarida na arquibancada da quadra, apenas observando o jogo dos meninos, parecia irritada com algo.

Ela aproximou-se devagar e se sentou ao lado da garota, logo recebendo um olhar dela. Por mais complicado que fosse fazer aquilo, Nat tentaria, pois tinha se comprometido a ajudar os órfãos.

— Marga, seria que você poderia me tirar uma dúvida? — Ela indagou sutil.

— Claro... — A outra diz.

— Assim, porque você deu aquele beijo no Davi no outro dia? Fazia parte do plano? — Nat perguntou.

Margarida semicerrou os olhos e estranhou a pergunta.

— Ué, eu achei que você tava sabendo — A caipira comenta — Fazia parte sim do plano, Jorge não te contou?

— Não, ele não me contou — Natasha admite — O que é uma pena, me sinto até excluída, tão me evitando a respeito do plano do Jorge?

— Não, não é isso — Margarida garante — É que eu nem fazia ideia que você não estava sabendo.

— Mas então, fazia mesmo parte do plano do Jorge? — A ruiva indagou mais uma vez e discretamente, sem Margarida perceber, ela retirou o celular do bolso e começou uma gravação de áudio, sua jornada rumo a desmascarar seu primo estava iniciando naquele exato momento.

— Bom, como você é aliada do plano, acho que não tem problema em contar, mas sim, fazia parte. Jorge atribuiu uma tarefa pra mim e outra pro Abelardo, a minha era mais simples, apenas beijar o Davi na frente da Valéria, agora o Abelardo era mais sério, ele tinha que roubar o celular da Carmen — Margarida esclarece um pouco baixo, para não correr o risco de ninguém escutar.

Natasha arregalou os olhos, completamente surpresa, e quase deixou o seu aparelho cair. Jamais passara pela sua cabeça que o primo fosse capaz de fazer aquilo.

Margarida viu a palidez no rosto da outra e ficou preocupada.

— Tá tudo bem, Nat? — Ela perguntou assustada.

— Ah, claro — Ela confirma — Mas porque o Jorge pediu pra vocês fazerem isso?

— Tá aí uma boa pergunta — Margarida prossegue — Nem eu e nem o Abelardo sabemos, o Jorge só disse que seria muito útil para o plano e que em breve nós descobriríamos. Apesar de não termos entendido nada, cumprimos a tarefa.

Novamente com muito cuidado, Nat terminou a gravação, agradeceu a Margarida e saiu da arquibancada, refletindo sobre a conversa que teve. No fim das contas, a ruiva decidiu que depois das aulas, mostraria para Valéria.

Margarida deu de ombros e achou que não teria problema nenhum em contar tudo aquilo para Natasha, afinal elas eram aliadas de plano, ou não?

A garota levantou-se com o barulho do sino soando, indicando o fim do intervalo, e voltou para sua sala de aula.

(...)

Da mesma forma das aulas iniciais, as finais foram bem árduas e exaustivas para os alunos, que agradeceram aos céus quando o estridente som do sino ecoou pelos corredores da escola mundial, anunciando o término do dia letivo.

Os jogadores estavam muito ansiosos, mal ouviram o sino soar e correram rumo aos vestiários da escola, para poderem se preparar para o jogo de logo mais, a tão sonhada e esperada final do campeonato.

Jorge esperou minuciosamente que o tumulto dos alunos correndo de um lado para o outro terminasse e aproximou-se de seus aliados, Abelardo e Margarida.

— Eu preciso falar com vocês — Anunciou ele olhando para os lados, constatando que não havia ninguém por perto.

— Nossa que estranho — Abelardo comenta e Jorge arqueia a sobrancelha, como se perguntasse o motivo — Geralmente quem vai atrás de você é eu e a Margarida, agora você querendo falar com a gente? É no mínimo curioso.

— Para com essa ironia e presta atenção no que eu tenho pra falar — O Cavalieri ordena e os dois pareceram ficar atentos — Vocês notaram se minha prima anda muito estranha?

— A Nat? — Abelardo indaga.

— É claro né?! Ou alguma outra minha prima estuda por aqui? — Jorge rebate sarcástico.

Abelardo revira os olhos e prossegue.

— Mas enfim, eu não notei ela estranha, pra mim tá a mesma de sempre — Ele responde.

Margarida recorda-se de sua conversa com Natasha e resolve contar para Jorge.

— Bem, eu não sei se isso pode ser considerado estranho, mas a Nat veio atrás de mim na hora do intervalo, perguntou o porquê de eu ter beijado o Davi daquele jeito — Ela revela e o Cavalieri ficou extremamente surpreso.

— E o que você respondeu? — Ele pergunta.

— Que fazia parte do plano, mas que eu não sabia o porquê de você ter me pedido isso — Margarida volta a responder.

— Hm... — É tudo que Jorge diz.

O que mais afligia o garoto era porque sua prima queria saber daquilo, talvez tivesse relação direta com o motivo da felicidade repentina dela.

“Porque será que ela quis saber? — Ele indagou-se pelos pensamentos — De qualquer forma, é melhor eu ficar de olho nela”

(...)

No vestiário da escola, os meninos se preparavam, um mais ansioso que o outro. Em poucos minutos eles terminaram, logo em seguida saindo do local e caminhando em direção à quadra, onde foram recepcionados calorosamente pela torcida, que não parava de gritar um minuto sequer, incentivando o máximo que podiam.

— Caramba, nunca senti isso antes — Daniel comentou eufórico.

— Isso vai ser demais — Paulo diz também entusiasmado.

— Eu até já senti isso antes — Jaime se pronuncia — Mas se o titulo vier, vai ser uma sensação melhor ainda.

A conversa rapidamente terminou quando o treinador chamou os jogadores para poderem repassar as últimas coordenadas a respeito do jogo.

(...)

Maria Joaquina vagava sozinha pelos corredores da escola, indo rumo à quadra para ver o jogo dos seus amigos, porém bruscamente a garota é parada pelas mãos de Jorge, que a puxam sem cuidado nenhum para um corredor qualquer.

— Jorge? O que quer? — Ela pergunta aflita.

— Preciso que você faça um serviço pra mim — Ele responde com um sorriso.

— Que tipo de serviço? — Majo indaga temendo o que seria.

Jorge, cautelosamente, tira um pequeno frasco do bolso e Maria Joaquina o observa com toda atenção possível.

— Você vai jogar essa substância dentro da garrafinha de água do Daniel, em outras palavras, você vai dopa-lo pra ele jogar mal e ajudar a escola mundial a perder o titulo — Ele finalmente diz, sem tirar o sorriso debochado do rosto.

Majo logo fica totalmente chocada e começa a balançar a cabeça pros lados, negando o ato.

— Não, eu não posso fazer isso — Ela fala com os olhos fixados no vidro, perguntando-se o que seria aquilo.

— Querida Majo, sem chilique agora, você não está em posição de negar algo, eu não estou pedindo, estou mandando — Jorge revira os olhos.

O Cavalieri termina e joga o frasco em cima de Majo, que segura e fica analisando o objeto.

— Não precisa se preocupar, é só um sonífero, ele não vai morrer — Jorge a tranquiliza — E ah, não adianta querer me enganar jogando o vidro fora ou algo do tipo, porque eu vou saber caso ele não tenha tomado.

Depois de dito, Jorge sai do local, deixando-a completamente sozinha e confusa. Ela não queria ter que fazer aquilo, mas sabia que era necessário, ou Jorge acabaria fazendo algo pior.

Ela esperou que Jorge estivesse distante e finalmente desabou no chão, em lágrimas, cansada de tudo aquilo e de ficar sendo chantageada pelo cara que ela julgava ser seu amigo. Após um longo suspiro, ela levantou-se devagar e começou a caminhar, sem rumo, enquanto as lágrimas insistiam em cair pelo seu delicado rosto.

“Eu não posso fazer isso, o Daniel nunca me perdoaria — Ela pensou — Mas se eu não fizer, o Jorge pode acabar fazendo algo pior e todos nós sermos levados pra orfanatos diferentes, eu não quero me separar dos meus amigos”

Maria Joaquina voltou a observar o pequeno frasco em suas mãos e olhou para os lados, já decidida com uma resposta em mente...


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Notas finais do capítulo

Bem, foi um capítulo um tanto quanto chato e monótono, por isso peço desculpas caso não tenham gostado.

Mas... será que a Majo irá cumprir o que o Jorge mandou? veremos no próximo!

Obrigado a todos, me perdoem por qualquer erro e até mais! :D