Carrossel: Órfãos e Perdidos escrita por Gronk Spike


Capítulo 34
Capítulo 33 - Arrependimento?


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! Como vão? Bem, cheguei aqui com o capítulo 33 da fic! Demorei um pouco mas cá estou eu! Infelizmente (ou não, vai de cada um) a fic vai se aproximando da sua reta final! Veremos o que irá rolar nesse capítulo de hoje! Obrigado a todos pelos comentários no anterior, espero que gostem desse e boa leitura! :D



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Maria Joaquina continuou completamente sem reação por longos minutos, esperando que Jorge continuasse.

— Sabe, Majo, eu não faço ideia de como você levou essa mentira por tanto tempo, mas ela acabou — Jorge diz com um sorriso cínico.

— Eu devia ter escutado o Daniel — Majo murmura, porém Jorge consegue escutar.

— É, devia mesmo — Ele permanece sarcástico — Agora é simples, se você terminar comigo, esse bando de idiota aqui volta para o orfanato, me entendeu?

Maria Joaquina apenas assentiu, porém Jorge queria mais.

— Me entendeu? — Ele voltou a repetir segurando fortemente a garota pelo braço.

— Sim, entendi — Majo diz num tom audível — Agora me solta que tá me machucando.

O Cavalieri soltou-a bruscamente e se arrumou.

— Já sabe... — Ele sussurra antes de se retirar e Majo desaba no chão chorando.

Daniel e Valéria em pouco tempo chegaram. Maria Joaquina logo tratou de se recompor, pois sabia que seus amigos não poderiam suspeitar de nada. Valéria passou direto e subiu as escadas, já Daniel pediu pra falar com Majo e ela assentiu.

— Claro, pode falar — Ela pede tentando forçar um sorriso.

— É verdade que você terminou com o Jorge? — Daniel indaga empolgado — Vi ele sair daqui com cara de poucos amigos.

— Não é verdade — Majo mente, mas ficando aflita, como que Daniel sabia que ela iria terminar com o garoto? Será que Valéria havia contado?

O Zapata suspirou triste e constatou que tinha sido mais uma das brincadeiras de Paulo.

— Tem certeza, Majo? Tá tudo bem? O Jorge te fez algo? — Daniel insistiu.

Majo bufou tristemente, teria que começar a mentir a partir de agora.

— Ele não me fez nada, Daniel, aliás eu estou ótima, que mania é essa de perseguir meu namorado? — Maria Joaquina bradou para cima do garoto, tentado parecer rude.

Daniel se assustou com o jeito dela.

— Calma, é que você me pareceu com uma feição triste e...

       — Calma nada, e para de ficar achando coisa a respeito de mim — Majo o interrompeu e subiu as escadas enquanto chorava.

O Zapata se segurou firme para não deixar as lágrimas caírem, por um momento, achou que tudo finalmente daria certo.

Maria Joaquina entrou em seu quarto, completamente abalada, ficou chorando a noite toda ao mesmo tempo em que se perguntava o que iria fazer.

(...)

O dia logo amanheceu e mais um dia na escola chegava. O clima entre os órfãos era variado. Valéria e Davi estavam numa boa e já não brigavam há um tempo.

Daniel e Majo estavam péssimos, tanto fisicamente quanto psicologicamente.

Paulo e Alicia eram só alegria, o garoto estava muito animado esperando a resposta da amada. Já a Gusman, passara a noite inteira pensando a respeito do pedido de Paulo, não iria demorar a respondê-lo.

Pouco antes de irem para a escola, Majo foi novamente bombardeada de perguntas por Valéria e Alicia, no corredor dos quartos.

— E aí, terminou com ele ontem? — Val indagou quando elas estavam longe dos meninos.

— É, já passou da hora — Alicia comentou.

— Eu não terminei com ele, meninas — Majo começou a negar tudo.

— Ué, mas e porque não? — Valéria indagou novamente, dessa vez bem confusa.

— Porque ontem eu descobri que tudo não passou de um mal entendido, eu e o Jorge não somos meio irmãos — Majo mente de novo.

Alicia e Valéria se entreolham estranhando a resposta da amiga.

— Como você confundiria algo desse tipo? — Val questionou
.
        — E porque você parecia tão triste? — Alicia também interrogou.

— Calma, gente, uma por vez — Majo pediu espantada — Eu confundi porque os nomes eram parecidos, Valéria. E eu só fiquei tão triste porque automaticamente lembrei do meu pai, nada de mais meninas, deixem de desconfiança desnecessária.

Mesmo com aquela resposta extremamente tranquila, Maria Joaquina ainda não havia conseguido fazer suas amigas acreditarem totalmente em suas palavras. Ambas continuaram com uma pulga atrás da orelha e resolveram ficar atentas.

(...)

Na sala de estar, Daniel e Paulo se encontravam arrumando o material escolar. O Guerra não deixou de notar o quão irritado e incomodado o amigo se encontrava.

— Tá tudo bem, Daniel? — Paulo perguntou.

— Tá sim — O garoto respondeu um pouco seco.

— Pois não parece — Murmurou Paulo.

— Ah, é? E porque diz isso? — O Zapata questiona.

— Porque você tá guardando o livro na mochila com tanta força que daqui a pouco ele grita pedindo socorro — O Guerra ironiza.

Daniel, pela primeira vez, ri e resolve contar logo.

— Olha, Paulo, tem certeza que você ouviu a Majo dizendo que terminaria com o Jorge? — Daniel perguntou.

Mesmo sem entender nada, Paulo afirmou.

— Sim, eu tenho certeza, mas por quê? — Ele indagou para o amigo.

— É, você deve tá falando a verdade mesmo, o problema é com a Majo — O Zapata sussurra mais para si do que para o amigo.

— Problema com a Majo? Como assim? Do que você tá falando? — Paulo só havia ficado mais confuso que do antes.

— É que eu fui falar com a Majo sobre isso ontem e ela negou tudo, disse que não ia terminar com o Jorge coisa nenhuma — Daniel confessou ainda arrasado.

— Que estranho — Paulo comentou — Pois eu a ouvi muito bem dizer que iria terminar. Olha, Dani, eu não sei o que aconteceu, mas sério, eu não inventei isso.

— Eu sei que você falou a verdade, pode ficar sossegado — Daniel o tranquilizou.


     Um pequeno silêncio se estabeleceu entre eles, sendo rapidamente quebrado pelo Zapata.

— E você? Como anda lá com a Alicia?

Paulo engoliu em seco, não queria dizer que tinha pedido uma chance para a Gusman. Por mais que Daniel fosse seu amigo, ele optou por não contar.

— Ah, to na mesma, você sabe como é aquele jeito marrento da Alicia — Paulo falou gaguejando um pouco.

O Zapata estranhou, mas achou que aquilo fosse coisa da sua imaginação e continuou a arrumar seu material.

(...)

Em mais um dia indo pra escola, Jorge recusou novamente ir de carro e optou por caminhar. O Cavalieri não sabia explicar o porquê, mas sentia que assim suas ideias fluíam melhor e mais rápido.

Se tinha uma coisa que não entrava na cabeça de Natasha, era o porquê de Jorge querer prejudicar os órfãos. Na verdade, não era novidade para ela e nem para o garoto, que a ruiva só havia entrado no plano para pagar sua dívida com o primo, mas que se dependesse dela, nunca tinha feito aquilo.

Com muito cuidado, ela resolveu questiona-lo a respeito disso, não poderia mais deixar essa dúvida a matar por dentro.

— Jorge, eu posso te fazer uma pergunta? — Ela indagou receosa.

— Você já fez — Ele ironizou e a garota revirou os olhos — Estou brincando, diga logo.

— Porque você quer tanto prejudicar os órfãos? Isso é algo que eu não compreendo — Nat finalmente pergunta e Jorge suspira fundo, antes de responder.

— Essa pergunta é muito complexa, minha querida prima — Ele dá uma pausa — Esse mundo é muito injusto, até seis órfãos podem viver em harmonia, como uma família, dando amor e carinho uns aos outros, e eu não.

— E isso quer dizer que... — Nat o incentivou a continuar.

— Que eu vou mostrar pra eles o que é a dor, o que é sofrer de verdade — Jorge diz convicto, com o olhar perdido no horizonte.

— Jorge, eles nunca tiveram os pais por perto, você não acha que isso já não é dor o suficiente? — Nat perguntou com um pouco de remorso.

— Vai ficar defendendo eles agora? — O menino indagou irritado.

— Não, é só que... — Nat tentou se explicar, mas não conseguiu.

— Então chega de papo, que hoje eu to com ideias pra prejudicar eles — O mauricinho completou com um sorriso, logo em seguida adentrando a escola.

A ruiva ficou com medo do que estaria por vir.

(...)

As primeiras aulas se arrastaram. Paulo e Alicia ficaram o tempo todo trocando olhares e sorrisos, era inevitável negar que ambos estavam apaixonados. Isso não passou despercebido por Jorge, que sorriu cínico.

“Essa felicidade de vocês não vai durar por muito tempo” — Ele pensou maquiavélico.

(...)

Durante o intervalo, Alicia quis caminhar sozinha pelos corredores da escola, para refletir mais um pouco a respeito do pedido de Paulo.

A Gusman relembrou todos os momentos bons — e ruins também — que havia passado com o Guerra. Ela não via motivos para recusar o pedido, pois sabia que se trabalhassem bem, conseguiriam namorar e manter o segredo a salvo ao mesmo tempo.

“Tá decidido, vou aceitar o pedido” — Ela pensou com um sorriso de orelha a orelha.

(...)

Um pouco mais afastado dos outros, Jorge chamou Abelardo e Margarida, pois alegou que precisava da ajuda deles. Mesmo sem entender, ambos foram de encontro ao Cavalieri.

— Alguma novidade sobre o segredo deles, Jorge? — Margarida perguntou interessada.

— Não — Jorge mente.

— Então pra que chamou a gente aqui? — Abelardo perguntou e o mauricinho o encarou.

— Porque tenho missões para vocês cumprirem, duas coisas que me ajudaria muito — Jorge declara e os dois ficam mais confusos.

— Que tipo de coisa? — Margarida indagou.

— E porque a minha ajuda? Eu não sou um inútil? — Abelardo fala sarcástico e Jorge revira os olhos.

— Sem drama agora, Abelardo, a coisa é séria — Jorge avisa.

— Pois nos diga — O moreno voltou a pedir.

— Seguinte, pode parecer meio estranho — O Cavalieri começou — Mas Margarida, preciso que você beije o Davi na frente da Valéria, não me pergunte o porquê, apenas faça.

Margarida ficou totalmente sem reação, mas assentiu, não fazendo ideia do que aquilo ajudaria no plano deles.

— E você Abelardo, preciso que roube o celular da Carmen pra mim — Jorge fala e o garoto arregala os olhos.

— O quê? Roubar o celular da Carmen? Mas nem pensar, isso é crime — O menino argumentou.

— E qual é? Vai amarelar? — Jorge o desafia — Pensei que você fosse capaz de fazer isso.

Abelardo suspirou fortemente e resolveu aceitar, pois talvez assim Jorge parasse de duvidar dele.

— Tudo bem, eu aceito, mas pra que você precisa do celular da Carmen? — Ele pergunta confuso.

— Depois vocês vão entender, só façam isso — Jorge pede — E ah, Abelardo, é melhor você fazer a sua parte fora da escola, quando as aulas tiverem acabado.

O menino assentiu e os três rapidamente se retiraram do local.

(...)

 Davi conversava animadamente com seus amigos numa roda, isso incluía Valéria. Estavam todos reunidos, meninos e meninas se divertindo e rindo juntos.

Margarida aproximou-se da roda e chamou o Rabinovich, mesmo sem compreender, ele foi até a garota. Valéria percorria os dois apenas com os olhos.

— Então, o que você queria? — Davi perguntou curioso.

— Queria te dá isso — Margarida respondeu e o puxou para um beijo totalmente selvagem.

As pessoas ao redor aplaudiam e gritavam em euforia, menos Valéria, que emburrou a cara.

“E o Davi tinha me dito que tava tentando me reconquistar, que mentiroso” — Valéria bradou por entre os pensamentos e saiu pisando fundo, tentando se controlar para que lágrimas não rolassem por seus olhos.

Davi e Margarida separaram-se ofegantes e o menino olhou-a completamente sem reação.

— Porque você fez isso? — Ele indagou confuso.

— Ah, me deu vontade — Ela fala debochada e dá as costas para o garoto.

— Eu hein, que menina maluca — O Rabinovich comenta.

Mas ao voltar para a roda de amigos, ele logo notou a ausência de sua amada.

— Ué, cadê a Valéria? — Ele pergunta percorrendo os olhos por todos os lados.

— Sua prima saiu por aí, afobada, deve ter ido ao banheiro — Jaime respondeu.

Não deu nem um segundo e Davi já estava de pé, correndo em direção ao banheiro feminino.

(...)

— Pronto, minha parte do plano tá cumprida — Margarida avisa a Jorge — Eu ainda não entendi o porquê, mas fiz...

— Relaxa, uma hora você vai entender — Jorge comenta — Agora só falta o Abelardo cumprir a dele depois das aulas.

— Falando nisso — Abelardo diz se aproximando deles — Eu vou usar isso aqui como máscara, porque se a Carmen descobre que fui eu...

— Perfeito — Jorge elogia — Quanto mais discreto for, melhor fica. Vai dar tudo certo.

(...)

O fim das aulas logo chegou. Os órfãos rapidamente se prepararam e voltaram para mansão. Mesmo bem calada, Valéria voltou com os amigos. A Ferreira não ousou dizer uma palavra sequer, ainda estava bem chateada com Davi. Apesar de saber que a culpa não era dele, ela estava com raiva, pois na hora dos ciúmes não tem explicações.

Diferente de Valéria e Davi, um casal que estava se dando muito bem era Mário e Carmen. Ambos voltavam tranquilamente pra casa, pois desde que começaram a namorar, o Ayala prometeu leva-la todos os dia em segurança até sua residência.

Os dois andavam sorrindo, sem preocupações, até que no meio do caminho a garota sentiu um incomodo, estava morrendo de sede e já se encontravam bem longe da escola.

Mário sugeriu que eles comprassem uma água e ela aceitou numa boa. A garota se sentou em um dos bancos perto ali presente e viu o amado se distanciar a procura daqueles homens vendendo garrafinha.

O que ninguém sabia, é que eles estavam sendo seguidos por Abelardo, durante todo o trajeto. O garoto colocou a máscara de bandido e se preparou para agir.

“Mário tá longe, é a minha chance” — Ele pensou convencido.

Carmen estava tão distraída mexendo em seu celular que não reparou na aproximação de Abelardo.

— Ei, moça, passa esse celular — O moreno anunciou, forçando uma voz diferente e a Carrilho ficou completamente assustada.

— Moço, por favor, não faz nada comigo — Ela pediu amedrontada.

— Eu não faço nada se você me passar o seu celular — Abelardo voltou a repetir.

Em um momento de loucura, Carmen gritou.

— Socorro! — A menina esbravejou em plenos pulmões.

Abelardo rapidamente tapou a boca da garota e apertou-a contra si, tomando o celular da garota.

— Silêncio, menina — Ele sussurrou.

Porém, Mário havia escutado tudo. O Ayala não quis nem saber do troco e saiu correndo em direção aos gritos da namorada. Ele surpreendeu o “bandido” com um soco nas costas e Abelardo cambaleou para trás.

— Larga ela, seu covarde — Mário bradou — Vem brigar com alguém do seu tamanho.

Abelardo tentou desferir um soco em Mário, mas o Ayala era bem mais alto e mais forte, e se esquivou sem problemas. Mário aproveitou o golpe falho do garoto e acertou um soco bem forte em seu maxilar, fazendo Abelardo ficar tonto.

Em uma última tentativa, Abelardo tentou mais um soco, porém novamente sem sucesso. O Ayala o segurou pelo braço e o acertou uma joelhada bem dada na barriga. O moreno tossiu sangue e recuou, correndo para longe logo em seguida.

— Que covarde — Mário murmurou e virou-se para Carmen — Você tá bem, linda? Ele te machucou?

— Não, eu to bem sim — Ela afirmou forçando um sorriso — Ele apenas levou meu celular.

— Que droga — Mário se repreendeu — Se eu tivesse sido mais rápido... Ou melhor, se eu nem tivesse saído de perto de você...

— Não, Mário, não foi culpa sua — Carmen garantiu — Agora vamos para casa que eu to muito assustada.

O Ayala assentiu e ambos voltaram a caminhar pela rua, dessa vez, mais atentos.

(...)

— Aí tá o celular dela — Abelardo declarou jogando o objeto para Jorge, que se surpreendeu com a rapidez do menino.

— Olha, até que você foi rápido — Jorge comentou satisfeito.

— Quando eu quero algo, eu consigo — Abelardo diz convicto.

— Mas ué, e esses machucados aí? — O Cavalieri indagou confuso.

— Tive que brigar com o idiota do Mário — Abelardo respondeu e Jorge riu — Tá rindo do quê? O cara é enorme, sorte que eu consegui trazer o celular...

— Tudo bem, esquece a briga, o importante foi que você conseguiu — Jorge fala.

— Sim, é verdade, mas o que você vai fazer? — O moreno indaga confuso, ainda não tinha entendido nada.

— Você vai ver... — É tudo que Jorge responde.

O mauricinho rapidamente preparou uma mensagem para o celular de Paulo com o nome de Carmen. Na mensagem continha:

“Paulo, não sei como dizer isso. Sei que somos amigos há um tempo, mas foi inevitável, eu acabei me apaixonando por você. Por favor, amanhã na escola venha falar comigo urgentemente, beijos
         Ass: Carmen”

“Agora aquele otário do Paulo, depois que ver a mensagem, vai procurar pela Carmen e a Alicia vai ficar enciumada, causando assim uma briga entre os dois, eu sou um gênio” — Jorge se gaba por meio dos pensamentos.

(...)

Alicia estava decidida, iria aceitar o pedido de Paulo e nada no mundo a faria mudar de ideia. A garota andou pelos corredores da mansão até chegar à porta do quarto do Guerra, no qual encontrou-a entreaberta. A Gusman deu algumas leve batidas e não obteve resposta, então resolveu entrar. Para a surpresa dela, ninguém se encontrava lá.

Porém algo chamou muito a atenção da menina. O celular de Paulo, no qual o garoto havia esquecido no lugar, estava jogado sobre a cama, dando sopa.

Morta de curiosidade, Alicia se aproximou do aparelho e pegou-o, ela rapidamente constatou que havia uma mensagem nova, era de Carmen.

— Estranho — Ela sussurra — Bem, me perdoa Paulo, mas vamos ler...

A cada linha lida, a garota se contorcia de raiva, como o garoto tinha a pedido uma chance, se Carmen já estava afim dele há tempos? Mal ela sabia que a mensagem fora enviada por Jorge.

Soltando fumaça pelo nariz, Alicia desceu as escadas, completamente furiosa e encontrou Paulo sozinho na sala de estar.

— Paulo, preciso falar com você — Alicia anuncia séria e o garoto abre um sorriso, deduzindo o que seria.

— Claro, pensou na minha proposta? — Ele perguntou animado.

— Como você é cínico — Alicia comenta incrédula.

— Oi? Do que você tá falando? — Paulo perguntou novamente, só que dessa vez bem confuso.

— E ainda pergunta? — A Gusman indaga — Toma, olha isso.

Ela completa e joga o celular em cima de Paulo, que lê a mensagem e fica totalmente espantado, sem reação.

— Porque você pegou meu celular, Alicia? — O Guerra questionou.

— Ah, tentando mudar de assunto? — Alicia ironiza — Depois sou eu que fico fugindo, não é?

‘ — Não, Alicia. Não é isso. Eu só queria saber por que você mexeu nas minhas coisas — Paulo afirmou ainda sem entender nada.

— E eu que pensava que podia confiar em você e começar um relacionamento sério, seu patético — A Gusman bradou.

— Mas Alicia, eu juro que não tenho nada a ver com essa mensagem, a Carmen é só minha amiga — Paulo assegura, mas a garota apenas ri, irônica.

— Sempre a mesma desculpa, cansei Paulo — A Gusman determina e sai do local.

Paulo desaba no sofá ainda bem atônito. Talvez nunca esteve tão confuso em sua vida, como se encontrava agora.

— Duas questões a resolver — O Guerra começou pensativo — Porque a Carmen me enviou essa mensagem e porque a Alicia mexeu nas minhas coisas?

(...)

Em meio à noite, na mansão dos Cavalieri, Nat não conseguia dormir. Sua consciência estava muito pesada e ela começava a mostrar arrependimento pelo o que havia feito com o grupo de órfãos.

“Meu Deus, eu sei que eu tava em dívida com o Jorge e descobrindo o segredo deles eu poderia ficar quite com ele, mas isso não me dá o direito de destruir a vida de seis órfãos. E agora, o que eu faço?” — A ruiva indagou pelos pensamentos.

— O Alison pode ter sido um idiota comigo no passado, mas tenho certeza que em uma hora dessas, ele estaria aqui pra me apoiar — Nat completou e deixou algumas lágrimas escaparem.

Após muitas reflexões e viradas de um lado para outro, Natasha finalmente havia pegado no sono...


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Notas finais do capítulo

É amigos, Jorge já tá mais do que um fdp, não tenho nem palavras pra expressar o quão idiota ele foi kkk.

Infelizmente tivemos uma briga Paulicia, veremos em breve o que o destino guarda pra esse amado casal...

Nat se mostrando arrependida. Será verdade mesmo? :v

Enfim, espero que tenham curtido! Perdoem-me por qualquer erro e até a próxima! :D