A manhã logo chegou. Para a surpresa de todos, Paulo foi o primeiro a acordar e se levantar. O próprio menino ficou surpreso, mas por Alicia, valia o esforço.

O Guerra já tinha tudo arquitetado em mente. O plano de Paulo era muito simples. Ele planejava escrever várias cartas românticas para Alicia e não se identificar, até que a garota já estivesse apaixonada pelo admirador secreto. O garoto sabia que Alicia era diferente das outras meninas, mas achou que isso era infalível.

Rapidamente após fazer as higienes matinais e tomar o café da manhã, o Guerra não perdeu tempo e abriu o caderno da escola, logo em seguida pegando a caneta, ao mesmo tempo em que se perguntava o que a Gusman gostaria de ler.

Paulo não perdeu tempo e terminou de escrever a carta. O Guerra pensava em colocar nos pertences de Alicia durante o intervalo na escola, quando ninguém estivesse por perto.

Os órfãos logo foram para a escola, como normalmente faziam.

(...)

Valéria foi rapidamente surpreendida ao chegar à escola. Jaime a chamou para um canto mais isolado, o garoto já estava de saco cheio daquele namoro falso e resolveu dar um fim nele.

— Então, Jaime, algum problema? — Valéria perguntou.

— Olha, Valéria, eu já perdi a paciência com esse namoro falso — Jaime diz.

— E o que você quer dizer com isso? — A garota perguntou aflita.

— Que ou você me diz em quem você quer causar ciúmes, ou eu termino com isso agora mesmo — O Palilo decretou e Valéria se viu sem saída.

— Nem mais um tempinho? — Ela tentou e Jaime negou com a cabeça.

— Não, Valéria, eu já dei tempo demais — O menino diz.

Valéria suspirou e olhou para os lados, não poderia dizer, jamais, que queria causar ciúmes em Davi, ou todo o segredo seria revelado.

— É o Cirilo, pronto falei — Valéria diz o primeiro nome que vem em sua mente, apenas para não dizer a verdade.

Jaime fica completamente chocado, o garoto não esperava, nunca, que a resposta seria aquela.

— Mas... Mas... — O garoto balbuciava as palavras — Se era o Cirilo, porque você recusou beija-lo no jogo lá na mansão?

— Porque se não eu deixaria óbvio que nosso namoro era falso, não é, anta?! — Valéria comenta debochada e Jaime ri.

— Ah, é mesmo — O Palilo admiti rindo.

— Mas Jaime, é sério, ninguém pode ficar sabendo disso, por favor — Ela suplica e o garoto assente.

— Claro, claro — Ele exclama — Vou guardar bem o seu segredo.

— Eu espero que sim — Ela murmura para si mesmo.

(...)

As duas primeiras aulas passaram-se bem rápido. A próxima seria educação física. Os meninos vibravam, as meninas lamentavam, exceto por Alicia, que adorava aquela matéria.

Ficou decidido pelo professor, que eles jogariam vôlei. Mesmo sob os protestos de Paulo, que preferia futsal, o jogo começou.

Em determinado momento da partida, Maria Joaquina tentou uma manchete, mas falhou miseravelmente e torceu o pé, caindo no chão e gemendo de dor. Logo um tumulto se formou entre a garota.

— Consegue levantar, Maria Joaquina? — O professor perguntou.

— Não, meu pé tá doendo muito — Ela choramingou.

— Daniel, ajuda sua prima a chegar na arquibancada — O homem pediu e Daniel assentiu.

O Zapata logo a colocou no colo e a levou até o local. Enquanto andava com a garota nos braços, pôde sentir o doce aroma que seus cabelos exalavam, deixando o garoto completamente maravilhado e hipnotizado com a beleza da menina.

— Pronto, está entregue — Ele comenta com um sorriso de lado.

— Obrigada — Majo agradeceu olhando diretamente nos olhos do rapaz.

Daniel mal raciocinava direito, estava perdido na imensidão daqueles olhos verdes de Maria Joaquina.

— Pode deixar que daqui pra frente eu cuido da minha namorada — Jorge diz chegando de surpresa e interrompendo o clima de ambos.

O Zapata apenas assentiu e voltou para a quadra ainda trocando intensos olhares com Majo. Jorge observava os olhares e se sentia cada vez mais confuso. Não era ciúmes, nem de longe, o Cavalieri apenas estava desconfiado por tantos olhares trocados entre os dois.

(...)

Em poucos minutos a aula terminou. Jaime se sentou com Mário e Adriano na arquibancada, apenas para descansar. O olhar do Palilo estava distante, o garoto ainda não conseguia acreditar no que Valéria o tinha dito.

— Pensando em que, Jaime? — Mário perguntou tirando o amigo do transe.

— É, você parece que tá viajando — Adriano comenta concordando com o Ayala.

— É que eu não consigo acreditar que a Valéria gosta do Cirilo — Jaime diz sem pensar, no automático.

Adriano e Mário se entreolham surpresos, e só agora que Jaime percebe o que havia feito.

— O quê? Eu disse que a Valéria gosta do Cirilo? Eu tava só brincando — Jaime fala rindo, tentando consertar o que tinha feito.

— Ah, nem vem Jaime, eu escutei muito bem o que você disse — Mário diz.

— Pois é, e eu também — Adriano fala.

Sem alternativa, o Palilo conta tudo para os amigos, escondendo a parte de que seu namoro com Valéria era falso.

— Nossa, você namorando a menina e o tempo todo ela gostando de outro? — O Ayala indagou rindo muito.

— É né, pois é — Jaime resmungou e suspirou.

O que nenhum dos três imaginava, é que Cirilo passava por ali e havia escutado tudo. O garoto estava mais do que surpreso, nunca imaginou que Valéria gostava dele, nem em sonhos.

Sem perder tempo, o Rivera começou a procurar por Valéria e achou-a bebendo água no bebedouro da escola.

— Ah, até que enfim te achei — Cirilo diz e Valéria vira de encontro ao garoto.

— Ah, oi Cirilo — Valéria cumprimenta simpática, enquanto sorri.

— Porque você não me disse antes? — Cirilo questionou.

Valéria arqueou a sobrancelha, confusa, não sabia do que o menino estava falando.

— Do que você tá falando Cirilo? — Ela perguntou.

— Não precisa mais esconder seus sentimentos — O menino volta a dizer.

Não deu nem tempo de Valéria raciocinar, pois no segundo seguinte, Cirilo a pegou de surpresa e a beijou, deixando-a só mais confusa do que já estava.

“Caramba, será que o Jaime contou pra ele?” — Valéria pensava durante o ato.

A garota estava totalmente sem reação, tanto que duraram alguns minutos pra cair na real e empurrar Cirilo.

Davi, que chegava ao local, viu tudo. Sua raiva era sem tamanho, nunca pensou que perderia Valéria daquele jeito. Primeiro para Jaime e agora para Cirilo? Era a gota d’agua. Sem pensar duas vezes, ele virou-se e foi embora, pensando em matar as aulas seguintes, fugir da escola. Mas o garoto sabia que seria uma atitude imprudente e resolveu continuar no colégio, pois segundo ele, não daria aquele gostinho de vitória para a garota.

Valéria, até então, não havia reparado que o Rabinovich tinha visto tudo.

— Cirilo, porque você fez isso? — Valéria indagou após separar-se do beijo.

— Eu sei que você gosta de mim — O menino diz convencido.

— O Jaime te contou? — Ela voltou a perguntar.

— Não exatamente. Eu o vi falar com o Mário e o Adriano — Cirilo explica — Mas por quê?

— Nada não, esquece — É tudo que a menina diz, saindo dali e deixando Cirilo totalmente confuso e para trás.

Cirilo ficou parado, se perguntando se havia feito algo de errado. Ignorando tudo aquilo, ele rapidamente deu de ombros e seguiu rumo à sala de aula.

(...)

O intervalo prontamente chegou. Paulo já estava com tudo planejado, esperou que todos saíssem da sala e quando se viu sozinho, colocou sua carta na mochila de Alicia e ficou pedindo aos céus para que a Gusman gostasse do que ele havia escrito.

O garoto saiu da sala imediatamente após o ato e foi de encontro aos seus amigos, que o perguntaram o porquê da demora, porém o Guerra logo desconversou, inventando que havia ido ao banheiro antes.

(...)

As aulas finais passaram-se brevemente e todos se preparavam para irem embora. Os órfãos em poucos minutos chegaram à mansão, Majo pediu para que as meninas fosse em seu quarto, pois tinha algo para falar pra elas. Valéria e Alicia logo chegaram como pedido e Maria Joaquina começou a falar.

— Gente, me ajudem, por favor, eu beijei o Daniel — Majo diz sendo direta, pegando as duas amigas de surpresa.

— Que vocês dois se amam não é novidade —Valéria comenta debochada — Mas e qual é o problema?

— É que eu traí o Jorge e eu to me sentindo muito mal, eu não queria ter feito aquilo — Maria Joaquina confessa e suas amigas suspiram.

— Olha, vai passar, é só você esquecer e não fazer isso novamente — Alicia aconselha à amiga — Pior é eu, que beijei o Paulo pela terceira vez e ele me pediu uma chance.

— Menina, beijou o Paulo pela terceira vez? Alicia tá destruindo corações — Valéria diz mais uma vez irônica, tentando amenizar o clima estranho que estava.

— Mas o que você disse pra ele? — Majo perguntou, enquanto as duas ignoravam o comentário sarcástico de Valéria.

— Que não né?! — Alicia responde — Como que íamos ficar juntos com esse maldito segredo em jogo?

— É, você tem razão — Majo concorda.

Valéria foi a única que não contou sobre seu beijo com Davi, e preferiu continuar assim, pois dessa maneira, não dava suspeitas para as duas que seu namoro com Jaime era falso.

— Meninas, olhem o que eu achei na minha mochila — Alicia diz retirando um papel de dentro de seus pertences.

— Nossa, o que será que é? — Maria Joaquina indagou curiosa.

— Não sei, parece uma carta — Alicia diz abrindo o papel e confirmando suas suspeitas — É realmente uma carta.

— Vai, lê aí em voz alta o que está escrito — Valéria pediu e a Gusman assentiu.

“Queria poder ter coragem de falar isso olhando em seus belos olhos pretos, mas sou tão fraco que não tenho essa tal audácia. Sua beleza me faz pensar. Será que a Afrodite teria inveja de ti? Eu acho que sim. Meu coração acelera ao te ver, meus pés começam a tremer, meus olhos brilham como estrelas cadentes. Sinto vontade de encostar meus lábios nos seus, mas é apenas uma vontade. Você é tão especial, que me faz pensar sobre eu mesmo, e se realmente eu te mereço.

Assinado: Seu admirador secreto”

— Woow, isso foi profundo — Alicia comentou após ler a carta e dobra-la.

— Caramba, a Alicia tá arrasando corações mesmo. Três beijos no Paulo, um no Abelardo e ainda anda recebendo cartinhas românticas — Valéria mais uma vez ironizou e Majo riu.

— Para de zoação, Val, isso é sério. Quem será o autor dessa carta? — Alicia questionou abismada, enquanto se mantinha pensativa.

— Olha, é uma boa pergunta, mas pelo o que o admirador secreto deu a entender, ele vai mandar outras cartas — Valéria opina.

— Ah, nisso eu tenho que concordar com a Val — Majo comenta.

— Mas quando será que colocaram isso na minha bolsa? Eu não me lembro de ter visto nada — Alicia indagou aflita.

— Devem ter colocado na hora do intervalo, ou na hora da aula de educação física ou na saída, enfim, são muitas opções — Maria Joaquina diz.

— O máximo que você pode fazer agora é ficar atenta e pegar no flagra quem fez essa carta — Valéria sugere e a Gusman assente.

(...)

Abelardo se encontrava em casa bastante sério. Desde que Jorge havia falando com o garoto daquele jeito, ele precisava mostrar ao Cavalieri que poderia ser útil.

O menino não perdeu tempo e mandou uma mensagem para Margarida, pedindo para que o encontrasse na lanchonete do pai de Cirilo, pois tinha algumas coisas para falar com a garota a respeito do plano.

Margarida logo respondeu a mensagem dizendo que iria e Abelardo zarpou rumo ao local combinado.

(...)

Mesmo bem desanimados, Daniel e Valéria foram em direção à lanchonete, pois precisavam trabalhar. A garota não aguentava trabalhar sabendo que Cirilo morava bem ali, um clima constrangedor poderia se estabelecer entre eles.

Após não muito tempo de trabalho, Valéria falou com José e pediu para ir pra casa, pois estava meio indisposta e doente, tudo para evitar Cirilo. O pai do garoto liberou Valéria, pois não queria abusar do serviço da menina, mesmo assim, a Ferreira garantiu que no dia seguinte se esforçaria em dobro.

Restou ao Zapata trabalhar sem a companhia de sua amiga por perto.

(...)

Valéria logo chegou em casa e quando foi subir as escadas para ir à seu quarto, deparou-se com Davi.

— Ah, oi Davi, praticamente nem te vi mais depois do intervalo — Valéria diz tentando ser amigável, mas tudo que o garoto faz é soltar um riso baixo, de escárnio.

— Pelo visto, você deve ter gostado do beijo do Cirilo — Davi diz e Valéria arregala os olhos, em sinal de surpresa.

— Você... Você viu? — Valéria gaguejou.

— Sabe o que é mais engraçado? — Davi continuou, não dando importância para a pergunta da menina — É que você me beijou, beijou o Cirilo e ainda namora o Jaime.

Valéria engoliu em seco, não sabia o que responder.

— Estou começando a achar que você é uma piranh... — Não deu tempo de Davi completar, pois no minuto seguinte, um forte barulho ecoou pela sala. Era o tapa que Valéria havia dado no rosto do garoto.

— Olha, Davi, eu posso não ser uma santa, mas eu não admito que você fale assim comigo. Se você soubesse o quanto eu me esforcei pra te ter de volta — Valéria desabafou cansada de tudo aquilo.

O Rabinovich apenas passou a mão pelo rosto vermelho e voltou a dar um riso.

— Ah, sei muito bem como você tem se esforçado — Ele termina e irônico e se retira.

Valéria não resiste e cai de joelhos na sala, chorando logo em seguida, a garota já não aguentava mais aquela situação.

(...)

Alicia passava pelo corredor, com um sorriso no rosto. De certa forma, ela havia gostado da carta, pois tinha palavras muito bonitas e profundas, porém só deixava a garota mais confusa, pois ela não fazia a mínima ideia de quem tinha escrito aquilo.

— Que sorrisinho é esse, Alicia? Tá feliz assim por quê? — Alicia foi tirada de seus pensamentos com a voz de Paulo, que havia chegado onde ela estava.

— Nada não. E mesmo que tivesse algo, não é da sua conta — A Gusman responde e começa a andar sendo seguida pelo Guerra.

— Qual foi, Alicia? — Paulo resmungou — Me diz aí o motivo de tanta felicidade.

— Ah, Paulo, me erra — Alicia bradou e entrou no seu quarto, fechando a porta logo em seguida.

O Guerra apenas deu um sorriso de lado e comemorou, pois aparentemente, Alicia havia gostado da carta.

(...)

Valéria se encontrava sentada no sofá da sala de estar, apenas limpando suas lágrimas e lamentando-se por tudo que estava acontecendo ultimamente em sua vida.

Algumas leve batidas na porta fazem a garota sair de seus pensamentos e ir rumo ao local para atender. Ao abrir, dá de cara com Jaime, parado em frente em casarão.

— Jaime? — Ela indaga surpresa — O que você tá fazendo aqui?

— Posso entrar? — O garoto rebate com outra pergunta.

A menina não diz nada e apenas dá passagem para o amigo entrar. Os dois vão em direção ao sofá e se sentam.

— Você tava chorando? — O Palilo questiona ao ver as olheiras da garota.

— Não, deve ser só impressão sua. Mas o que você queria? —Ela fala tentando mudar de assunto.

— Bom, pelo o que eu fiquei sabendo, você até já beijou o Cirilo, então vim aqui pra terminar nosso namoro falso — Jaime explica.

Valéria apenas dá um longo suspiro. Estava tão triste, que nem se importou com o fato do amigo ter deixado escapar o que ela havia pedido pra ele esconder.

— Olha, Jaime, vou ser sincera com você. Eu na real, não gosto do Cirilo — Valéria confessa e o garoto fica sem entender nada.

— Não? — Ele questiona e Valéria confirma — Mas porque você disse?

— Porque eu não queria revelar quem era a pessoa — A menina diz — Mas em uma coisa você tem razão, nós temos sim que terminar com o namoro falso, pois ao invés de ciúmes, eu só consegui ganhar ódio da pessoa.

— Putz, complicado — Jaime exclama e Valéria assente.

— Mas eu posso te pedir uma coisa? — Valéria indaga.

— Contanto que não seja outro namoro falso — Jaime diz debochado e pela primeira vez Valéria sorri. Só aquele garoto para fazê-la rir numa situação daquelas.

— Eu to falando sério, Jaime — Ela afirma rindo.

— Pois tá, diga qual é o favor — Ele pede.

— Depois fala com o Cirilo e explica todo o mal entendido, sem falar do nosso namoro falso, é claro — Valéria murmura essa última parte.

— Pode deixar, amanhã eu falo com ele, agora vem cá, me dá um abraço porque eu estou vendo que você tá mal — Jaime diz e abraça a garota.

A menina se sentiu mais protegida e confortável do que nunca. Talvez fosse disso que ela realmente precisasse, de um abraço amigo.

(...)

Daniel fazia todo o árduo trabalho praticamente sozinho. O garoto estava muito exausto e cansado, mas tinha que continuar trabalhando.

Atendendo uma das mesas, o Zapata reparou que ao longe estavam sentados Margarida e Abelardo, seus colegas de sala. Daniel estranhou, pois sempre soube que os dois nunca foram tão próximos assim. Vai ver estavam se conhecendo melhor, pensou o garoto. Ignorando tudo aquilo, ele deu de ombros e passou pelos dois.

O que mais surpreendeu o Zapata, é que nenhum dos dois havia o reconhecido. Porém nada o surpreendeu mais do que ele escutou logo a seguir.

— Eu to falando, se a gente conseguir se aproximar mais do Davi e da Alicia, vai ficar mais fácil de tentar descobrir o segredo deles e provar pro Jorge que a gente pode ser útil sim — Abelardo comentou.

— É, nunca pensei que seria tão complicado assim ter o Jorge de aliado nesse plano de descobrir o que aqueles seis escondem — Margarida confessou.

Daniel deixou a bandeja que segurava cair, chamando a atenção de algumas pessoas em volta. O Zapata prontamente recolheu tudo enquanto pedia desculpas às pessoas. Porém sua mente estava um caos. Havia acabado de descobrir que Jorge, Abelardo e Margarida eram aliados e que tentavam descobrir o que ele e seus amigos escondiam.

O garoto por um momento paralisou de medo, se perguntando se eles já haviam descoberto algo. Daniel só sabia de uma coisa, precisava urgentemente avisar aos seus amigos.