Carrossel: Órfãos e Perdidos escrita por Gronk Spike


Capítulo 27
Capítulo 26 - A fúria de Davi


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! Estou de volta aqui com mais um capítulo pra vocês, nem demorei muito ^^

Muito obrigado a todos que estão sempre comentando e me apoiando, espero que gostem desse de hoje, boa leitura! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/637658/chapter/27

A chuva era incessante. Paulo estava muito confuso, não restava o mínimo de dúvidas que o garoto estava apaixonado por Alicia. Mesmo atordoado, ele saiu do quarto e procurou Alicia, não a achando em nenhum lugar, talvez fosse melhor deixa-la sozinha mesmo.

Pensando em esfriar a cabeça, o Guerra seguiu rumo a cozinha para beber água, precisava organizar os pensamentos. O rapaz sentou-se em um dos bancos do local e começou a tomar sua água calmamente, enquanto um sorriso se formava em seus lábios ao lembrar-se dos beijos com Alicia.

(...)

Na rua, as coisas entre Daniel e Majo estavam ótimas, até que de supetão, a garota se separa do Zapata.

— O que foi, Majo? Algum problema? — Daniel pergunta confuso.

— Sim, Daniel. Esse beijo não podia ter acontecido — Maria Joaquina diz caindo na real — Eu traí o Jorge.

— Mas Majo, você tá fugindo de seus sentimentos, assim como eu tava fugindo dos meus — O garoto tentou argumentar.

— Não, Daniel, isso tá errado. Por favor, só esquece esse beijo — Majo se despede e sai correndo pela chuva de volta para a mansão.

“Pelo menos ela levou meu casaco” — Daniel pensou lamentando-se.

Sem alternativa, o Zapata também voltou para a mansão, e com a mesma ideia do amigo, pensou em esfriar a cabeça. Chegando lá, ele depara-se com Paulo já sentado, perdido em pensamentos.

— Também tendo uma má noite? — Daniel questiona abrindo a geladeira.

— É, por aí — Paulo comenta e volta pra realidade.

— Então, me conta o que houve — O amigo diz e senta-se ao lado de Paulo, também com um copo de água em mãos.

— Ah, sei lá, to muito confuso — Paulo confessou — Beijei a Alicia e pedi uma chance a ela, mas ela disse que não podia, porque nosso segredo tá em jogo e tal.

— É, complicado, to na mesma — O Zapata admite para o amigo.

— Qual o seu problema? — Paulo pergunta.

— Beijei a Majo, mas ela pediu pra eu esquecer e que foi um erro ter traído o Jorge — O garoto diz cabisbaixo.

— Pois é meu amigo, quem diria que aquelas meninas do orfanato nos deixariam loucos? — Paulo debocha e Daniel concorda — Mas porque você tá todo molhado desse jeito?

— Ah, beijei a Majo na chuva e acabei entregando meu casaco pra ela — Daniel revela e o Guerra fica surpreso.

— Woow, no meio da rua? — Ele pergunta.

— Sim, meio arriscado, eu sei. Mas foi no impulso, não consegui resistir, só espero que ninguém tenha visto — Daniel fala aflito.

— É, eu também espero — O Guerra murmura.

— Mas e o Davi? Como que tá? — O Zapata mudou de assunto, preocupado com o outro amigo.

— Na mesma, não saiu do quarto o resto da tarde inteira, a coisa tá séria — Paulo fala.

— Putz, que situação, não é bom ver os amigos sofrendo, só não sei por que a Valéria largou o Davi pra ficar com o Jaime — O outro diz pensativo.

— Pois é — É tudo que Paulo diz, logo em seguida engolindo em seco, por saber de toda a verdade sobre o namoro de Valéria com Jaime.

(...)

No dia seguinte, Majo acordou com muita dor de cabeça, havia chorado a noite inteira. Nem a própria garota sabia o real motivo do choro, se era por causa do beijo com Daniel, se era por causa da traição com Jorge, ou porque realmente estava fugindo de seus sentimentos, como o Zapata tinha dito.

Ela levantou-se devagar, ainda com o casaco de Daniel em seu corpo. A garota sorriu ao toca-lo e automaticamente se lembrou da noite anterior. Foi sem dúvidas o melhor beijo da vida da menina, uma sensação que ela jamais havia sentido antes.

Majo apertou forte o casaco contra o corpo.

“Me desculpa, Daniel” — Ela lamentou-se pelos pensamentos.

(...)

Os órfãos rapidamente chegaram à escola, poucas palavras foram trocadas durante o trajeto, o clima era bem tenso entre os casais.

Majo correu de encontro a Jorge, que reparou nas fortes olheiras da garota e ficou desconfiado.

— Majo? O que houve, minha linda? — Ele questionou fingindo que se importava com ela, quando na verdade só queria saber o que havia acontecido.

— Não aconteceu nada, por quê? Eu estou bem — Ela respondeu mentindo, forçando um sorriso.

— Não parece — Ele comenta — Você tá com olheiras profundas.

— Ah, isso? — Majo fala gaguejando — É porque eu tive uma má noite, só isso.

— Hm, sério? Pesadelos? — Ele pressionava-a sem parar.

— Sim, pode ter certeza — Majo respondia cada vez mais desconcertada.

— E eu posso saber com o quê? — Jorge não parava com o interrogatório.

— Ah, saudades dos meus pais, é isso — Maria Joaquina inventa a primeira coisa que vem em sua mente, mas que fosse convincente — Sabe, é difícil ficar longe deles tanto tempo por causa do trabalho.

“Agora sim você tocou em um ponto que eu queria” — Jorge pensou rindo cinicamente.

— Olha, falando neles, mal posso esperar para conhecer meus sogros — Jorge diz e Majo ri sem graça.

— Em breve — É tudo que ela responde, saindo dali e deixando Jorge cada vez mais desconfiado.

(...)

Mário andava pelos corredores da escola, enquanto o sino não tocava, até que é parado por uma voz que ele conhecia muito bem.

— Espera, Mário — Carmen diz e o garoto se vira.

— Ah, oi Carmen — Ele a cumprimenta.

— Oi — Ela devolve — Posso falar com você?

Mário assente, mesmo não tendo ideia do que seria.

— O Paulo me disse que você ficou com ciúmes de mim, isso é verdade? — Carmen pergunta e Mário soa frio.

— O quê? Não, Paulo deve tá delirando, ele interpretou tudo errado — Mário tentava se justificar.

Carmen fica cabisbaixa com a resposta.

— É, bem que eu imaginei que o Paulo tinha escutado errado — Carmen diz tentando sorrir.

— Mas tipo, eu gostei muito de passar aquele tempo com você — Mesmo envergonhado, o Ayala confessa.

— Eu também — Carmen diz murmurando, porém Mário escuta.

— Falando nisso, será que qualquer dia desses, você toparia sair comigo? Sei lá, pra gente fazer algo juntos — Mário convida e Carmen explode de felicidade, mas tenta se conter.

— Ah, claro que sim, será incrível — Ela diz e os dois sorriem um para o outro.

(...)

Abelardo conversava com Margarida. O garoto ainda estava bem irritado por Jorge duvidar de suas capacidades, mas nada fez, ou de cabeça quente, poderia botar todo o plano a perder.

— Sabe, eu fiquei bem chateado com isso que o Jorge me disse — Abelardo admite para a garota enquanto os dois conversavam um pouco afastado dos outros.

— Ah, sério? Comigo ele pegou leve, não falou nada demais — Ela diz surpresa.

— É, talvez por você ser menina, mas tipo, eu ainda vou provar que posso ser útil pra algo. Afinal, se ele não me queria no plano, porque me convidou? — O garoto questionou um pouco alterado.

— Calma, Abelardo — Margarida pediu olhando para os lados, para se certificar que ninguém havia escutado — Mas então, o que você tá pensando em fazer?

— Seguinte, agora não dá pra dizer, vamos nos encontrar qualquer dia desses naquela lanchonete do pai do Cirilo, que a gente combina mais coisas do plano lá. É bem melhor que não tem ninguém da escola por perto pra atrapalhar — Abelardo sugere e Margarida acha uma ótima ideia.

— Gostei, então tá marcado, é só depois me mandar uma mensagem que a gente se encontra lá — Ela responde e ele assente.

O sino logo soou anunciando o começo das aulas.

(...)

A manhã passou-se muito rapidamente e com ela, as aulas foram embora. Na opinião dos órfãos, tinha sido o dia de aula mais rápido desde o início do ano letivo. Apesar de bem rápido, foi bem cansativo, já não é novidade pra ninguém que nenhum dos órfãos conseguia se concentrar cem por cento em suas atividades.

Majo passou as aulas inteiras recordando-se de seu beijo com Daniel, mesmo não querendo aquilo, era impossível esquecer. Já o Zapata não conseguia tirar os olhos da garota, os dois precisavam conversar.

Davi era talvez o mais irritado. O garoto se mantinha calado e distante. Valéria bem que também tentava se concentrar, mas tudo que conseguia se lembrar, era das palavras do Rabinovich, a garota se segurava para não chorar em sala de aula.

Paulo pensava em um jeito de conquistar Alicia e mostra-la que ele realmente gostava dela. Alicia tentava a todo custo se concentrar em seu livro, chegando até a enfiar o material na cara, sem sucesso.

Eles voltaram para casa do mesmo jeito de antes, bem calados. Daniel e Valéria sabiam que não podiam continuar assim, pois tinham que trabalhar no emprego novo, de garçom, na lanchonete do pai de Cirilo.

Todos os outros órfãos, que já sabiam do emprego de Daniel e Valéria, ficaram apenas em casa, resolvendo as lições de casa ou parados completamente no tédio.

Daniel e Valéria chegaram ao estabelecimento na hora certa, para não decepcionarem o chefe. Logo ambos receberam as instruções e começaram a trabalhar. O Zapata trabalhou atendendo as mesas do lado de dentro do local, enquanto a garota fora encarregada de cuidar da parte exterior.

Valéria percebeu que era muito mais difícil do que havia julgado ser. Atendendo uma das mesas, a garota conheceu um garoto chamado Bruno. Ele era mais ou menos de sua idade e bastante simpático, exceto pelo detalhe que não parava de dar em cima da garota.

— Então, você é nova por aqui? — O garoto pergunta puxando papo, enquanto Valéria limpava uma das mesas perto dali.

— No emprego? Sou sim — Ela responde ao mesmo tempo em que continuava o serviço.

— Ah não, eu falo por aqui pelo bairro, nunca havia te visto antes — Ele diz.

— Ah, me mudei faz pouco tempo, to morando com minha tia e meus primos naquela mansão que todos achavam estar abandonada — Valéria volta a responder, sem interromper o árduo trabalho.

— Hm... — O garoto murmura — Posso te fazer uma pergunta?

— Claro — Valéria fala.

O rapaz aproximou-se bastante de Valéria, ficando a centímetros do rosto da menina.

— Você tá livre depois do seu expediente? — Ele indagou.

— Bruno, dá pra desencostar mais? — Valéria pede educadamente, mas o garoto não obedecia.

(...)

Davi já não aguentava mais ficar em casa sem fazer absolutamente nada. Sua mente ainda estava um verdadeiro caos. O menino pegou apenas um casaco, e sem avisar a ninguém, saiu da mansão rumo a qualquer lugar, só para ver se conseguia esquecer-se de tudo aquilo um pouco.

Mas ao sair da casa e caminhar um pouco, o garoto viu uma cena que não o agradou nem um pouco. Valéria estava muito próxima de um menino. Davi reconheceria sua amada a quilômetros de distância e não foi difícil reparar que a garota tava incomodada com a presença do rapaz. Sem pensar duas vezes, o Rabinovich correu até onde aquilo ocorria e chegou bastante irritado. Aguentar o Jaime já era complicado, agora suportar mais um? Impossível.

— Por Favor, Bruno, afasta mais um pouco, eu to trabalhando — A menina pediu mais uma vez.

— Você a ouviu, sai de perto dela, babaca — Davi diz. Bruno e Valéria rapidamente se viram em direção à voz.

— Davi, tá tudo bem, não precisa se preocupar — Valéria disse tentando apaziguar uma situação ruim que, provavelmente, viria a acontecer.

— Ah, então quer dizer que você conhece esse Mané de cabelo cacheado? —Bruno debochou.

— Claro, seu imbecil, eu sou o primo dela e eu vou repetir só mais uma vez, se afasta dela — Davi repetiu já sem paciência.

— E se eu não me afastar, você vai fazer o quê? — Bruno provocou e Davi sentiu o sangue ferver.

Valéria ficou aflita, já prevendo no que aquilo iria dar.

— Vou fazer você desejar nunca ter nascido — Davi responde sério.

— Estou pagando pra ver — Bruno provoca pela última vez.

Sim, pela última vez, pois em seguida foi acertado em cheio com um soco de Davi, cambaleando para trás. Bruno logo se recuperou e também revidou o soco de Davi, começando uma briga ali, praticamente, no meio da rua.

Valéria gritou desesperada, não sabia o que fazer e não tinha forças para separar aquilo. A garota temia chamar a atenção do chefe e perder o emprego logo no primeiro dia de trabalho, porém o que mais preocupava a garota, era o estado de Davi, pois ela não queria ver o menino todo machucado.

O tumulto rapidamente chamou a atenção de vários clientes e pessoas ao redor. Daniel chegou como um foguete separando os dois. O Zapata segurou Bruno de um lado, Valéria segurou Davi do outro.

— Me solta — Bruno resmungava — Quero quebrar a cara desse palhaço.

— Me deixa passar, Valéria, quero dar uma lição nesse otário — Davi dizia.

Valéria não se aguentou e se pôs na frente do Rabinovich.

— Sério, Davi. Por mim, para, por favor — Ela exclamou e Davi não resistiu em vê-la daquela forma e assentiu, conseguindo arrancar um sorriso da amada.

— Vai cara, circulando e não volta tão cedo — Daniel diz soltando Bruno, enquanto o menino continuava a resmungar e sair caminhando para algum lugar qualquer.

— Caramba, Davi, você tá bem machucado — Valéria comenta analisando os ferimentos.

— Eu vou ficar bem — Ele declara.

— Valéria, você pode cuidar dos ferimentos do Davi? Deixa que eu cuido do restante das mesas — Daniel pede e Valéria assente, levando Davi para os fundos da lanchonete.

Os dois ficaram sozinhos no local, sem ninguém por perto, enquanto a menina cuidava dos machucados do Rabinovich.

— Valéria, sabe que é desnecessário fazer isso — Davi comentou enquanto via a garota focada em cuidar de seus machucados.

— Desnecessário foi você ter se metido em briga daquele jeito — Ela rebate.

— Me desculpa por estar te protegendo — Davi diz irônico enquanto jogava a verdade na cara dela.

— Ué, pensei que você não gostasse mais de mim — Valéria diz e Davi suspira.

— E você achou que eu falei sério? — Davi sussurrou, porém a menina havia escutado perfeitamente.

Valéria ficou totalmente sem reação diante daquela declaração. Quando a garota menos esperou, Davi a agarrou pela cintura e a beijou. Um beijo apaixonado e bem lento, da forma que os dois queriam, pois precisavam curtir aquele momento como se não houvesse fim. Davi, pela primeira vez em dias, se sentia realmente feliz, por poder beijar e ter a garota em seus braços. Valéria estava muito mais do que feliz beijando o garoto que ela verdadeiramente amava, mas seu orgulho costumava falar mais alto e ela cessou o beijo, deixando o garoto sem compreender nada.

— Não, Davi, isso não podia acontecer — Valéria fala.

— Ué, mas por quê? — Ele indaga chateado.

— Primeiro porque alguém pode nos flagrar aqui e segundo que eu estava traindo o Jaime, isso é errado — Valéria diz e Davi se levanta irado.

— Ótimo, como eu sou burro, você aqui me beijando e pensando em outro. Quer saber? Tchau, Valéria — Davi diz e sai do estabelecimento, deixando a menina sozinha para trás.

“Burra, burra, burra” — Valéria se martirizava pelos pensamentos.

(...)

Jorge estava em casa, apenas pensando em mil e uma teorias sobre o segredo de Majo, o garoto já não sabia mais o que fazer.

— Preciso de parceiros melhores e mais rápidos, Abelardo e Margarida não tão conseguindo nada — Ele fala consigo mesmo enquanto olhava uma foto de Maria Joaquina em seu celular.

“Ah Majo, não importa o que você esconde, eu juro que vou descobrir” — Ele declara e joga o aparelho em sua cama.

(...)

Davi voltou mais do que irritado pra casa, quase derrubando tudo.

— Opa, calma aí Davi, o que houve? — Paulo perguntou quando viu o estado do amigo.

— A Valéria, cara. Eu sou muito burro. A beijei enquanto ela tava pensando em outro — Davi revela.

— É, complicado — Paulo balbucia algumas palavras.

— Não sei nem porque eu fiz isso, só um cachorrinho mesmo como eu pra ficar correndo atrás dela — O menino diz furioso.

— Mas calma, cara, tudo vai dar certo. Não desiste dela — O Guerra diz jogando indiretas para Davi a respeito do namoro falso de Valéria e vai embora.

“O que será que o Paulo sabe que eu não sei?” — Davi indagou-se confuso.

(...)

O fim do expediente de Daniel e Valéria logo chegou e ambos voltaram para mansão bem exaustos para o primeiro dia de trabalho. O Zapata não perdeu tempo e foi atrás de Majo, eles precisavam conversar urgentemente. Maria Joaquina subia as escadas em direção a seu quarto quando o garoto o para.

— Majo, precisamos conversar — Ele declara e a garota para no meio das escadas.

— Agora não dá — Ela tenta desconversar.

— Vai fugir de mim? — Daniel indaga.

— Não tem ninguém fugindo aqui — Ela diz.

— Então vamos conversar — Daniel pede mais uma vez.

— Ótimo, pode dizer — Majo fala um pouco seca.

— Bem, e a gente? Como fica? — O Zapata questiona e Majo novamente se faz de desentendida.

— Como a gente fica? Como assim? — Ela indaga.

— To falando do nosso beijo, como a gente fica? — Ele volta a repetir.

— Do mesmo jeito de sempre, ué — Ela responde — Como eu já disse, esquece o beijo, foi um erro. Eu não devia ter traído o Jorge, ele é muito legal comigo e não merecia isso.

Majo termina e vira as costas voltando a subir as escadas, enquanto deixava uma lágrima escapar.

Já Daniel se sentiu muito triste e cabisbaixo com aquela declaração da menina, pois tinha achado que para ela o beijo também havia valido de algo.

(...)

Davi andava de um lado para o outro, ainda pensando nas palavras de Paulo, que a toda hora martelava em sua cabeça.

Valéria, aproveitando o momento perfeito, se aproximou do menino.

— Nós podemos conversar? — Ela pede calmamente.

— Nós não temos nada pra conversar — Davi responde frio.

— Claro que temos — Ela insiste.

— Olha Valéria, a única pessoa pra quem você deve satisfação é o Jaime — Ele responde ainda secamente — Aliás, ele vai adorar saber que foi traído, não é?

Valéria nada responde.

— Você devia estar se sentindo mal por ter traído seu namorado, mas pelo visto, é uma péssima namorada — Davi termina e se retira do local.

(...)

A noite logo chegou. Alicia se mantinha deitada em sua cama, enquanto lembrava-se de todos os momentos que havia passado com Paulo. Desde as discussões, até aos beijos e finalmente no pedido de Paulo para dá-lo uma chance.

A garota não se aguenta e deixa uma lágrima escorrer pelos seus olhos, lamentando-se por não poder ficar junto com o Guerra.

— Me desculpa, Paulo...

(...)

Paulo fazia o mesmo em seu quarto. Deitado em sua cama, o Guerra não parava de pensar em um jeito de poder conquistar Alicia e mostrar para a garota que ele realmente gosta dela.

— Ah, que droga, tudo que eu penso não dá certo. A Alicia não é uma menina qualquer como as outras — Paulo dizia consigo mesmo.

As horas se passavam e nada do Guerra pensar em algo. Até que, aparentemente, vem a ideia perfeita em sua mente.

— Já sei — A empolgação foi tanta, que Paulo exclamou levantando-se — A Alicia pode não ser como as outras garotas, mas acho que a isso nenhuma menina resiste.

Paulo completa e sorri confiante com seu plano.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Qual será o plano do Paulo hein?!

E convenhamos que a Majo tá sendo bem idiota!

Espero que tenham curtido! Perdoem-me qualquer erro ortográfico e até o próximo! :D