Carrossel: Órfãos e Perdidos escrita por Gronk Spike


Capítulo 20
Capítulo 19 - Um beijo não planejado


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu demorei (e muito!) mas cá estou eu de volta com o capítulo 19 da fic! Podem ter certeza que eu tava com bastante saudades de escrever e receber esses comentários maravilhosos de vocês! Bem, acho que muitos de vocês viram o aviso que eu postei. Então, eu resolvi os problemas (pelo menos por enquanto) e consegui arranjar um tempo pra postar esse cap. Bem, espero que ainda lembrem da fic e que não tenham me abandonado. Antes de mais alguma coisa, eu gostaria de agradecer a leitora "Marshmallow" pela recomendação. Muito obrigado! Gostei bastante, por isso o capítulo de hj é dedicado a você como uma forma de agradecimento. Eu também gostaria de agradecer a leitora "Paulicia7" por ter feito essa maravilhosa capa pra fic, obrigado!

No mais é isso, agradeço também a todos que sempre comentam e que tenham me compreendido. Espero que gostem do cap e boa leitura :)



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Alicia continuava a olhar a cena bem incomodada, mas mesmo assim resolveu passar pelos dois, afinal tinha que ir até a casa de Abelardo para poder fazer o maldito trabalho em dupla.

Ignorando a presença de Paulo e de Carmen, a Gusman passou com tudo esbarrando em ambos, não se virou em momento algum para pedir desculpas e começou a caminhar pela rua.

— Gente, o que deu na sua prima? — Carmen perguntou cessando o abraço com o Guerra, enquanto observava Alicia andar.

— Vai saber — Paulo respondeu.

O garoto estava confuso, será que a Alicia estava com ciúmes? Perguntava-se ele.

— Tudo bem, Paulo. Mas agora eu tenho que ir, Marcelina tá me esperando pra fazer o trabalho — Carmen diz tirando Paulo de seus pensamentos.

— Ah, então quer dizer que você também não fez ainda? — Paulo indagou sarcástico e a garota assentiu rindo.

— Mas e você? Vai fazer com quem? Eu ainda não sei desde que o professor anunciou o trabalho — Ela perguntou curiosa.

— Com o Mário, e aliás, to indo na casa dele agora pra fazer o trabalho — O Guerra responde e sai da mansão juntamente com a garota.

Logo os dois começam a ir em direção a casa de seus parceiros e no meio do caminho, seguem rumos diferentes.

(...)

Alicia estava atordoada e muito confusa. A garota se perguntava se estava com ciúmes de Paulo. Era impossível, pensava ela. Até porque os dois viviam discutindo e trocando xingamentos.

Não demorou muito, e mesmo atônita, Alicia chegou à casa de Abelardo. A Gusman tocou a campainha e rapidamente foi atendida pelo próprio Abelardo.

— Ah, oi Alicia. Seja bem vinda — Ele cumprimentou abrindo a porta e dando espaço para a mesma passar.

— Oi, vamos logo fazer esse trabalho pra ficarmos livres — Ela diz um pouco seca.

— Tudo bem, então me segue — Ele diz e Alicia arqueia a sobrancelha.

— Não vamos fazer o trabalho aqui na sala mesmo? — Ela indaga.

— Não, é melhor no meu quarto. Algum problema? — Ele rebate e Alicia revira os olhos.

— Não, problema nenhum. — A Gusman responde e o segue até o local.

Os dois passaram a tarde toda fazendo o trabalho. Pesquisas, anotações, recortes, colagens e muitas outras coisas relacionadas ao trabalho escolar aconteciam no quarto de Abelardo. E de certa forma isso ajudou um pouco a quebrar o clima pesado que estava entre Alicia e o rapaz. Ambos estavam bastante cansados e quase terminando, quando decidiram dar um tempo para descansarem.

— Posso te fazer uma pergunta? — Abelardo indagou sentando numa cadeira.

— Não — Alicia respondeu simplesmente e sentou-se na cama do garoto.

— Porque o Paulo é assim tão ciumento e possessivo com os primos? — Abelardo perguntou ignorando a resposta de Alicia — É estranho, sei que é cuidado de família, mas ele exagera muito.

— Hey, eu disse que você não podia fazer a pergunta — A Gusman comentou.

— Deixa de enrolação e responde logo — O rapaz diz revirando os olhos.

— Bem, o Paulo é muito apegado a nós primos dele — A garota começou a mentir. Na real, nem ela sabia o porquê do Guerra ser tão possessivo daquele jeito exclusivamente com ela — Já que todos nós vivemos boa parte de nossas vidas sem os pais por perto, criamos um laço muito forte. Não é só ele, mas todos nós somos ciumentos e possessivos uns com os outros. —Ela terminou de falar e no fundo era verdade, os seis eram realmente inseparáveis.

Abelardo ouvia tudo atentamente e pareceu acreditar. Afinal ele também tinha problema com os pais, aliás, que adolescente não tinha? Perguntava-se ele. Por isso resolveu acreditar em Alicia.

— Tudo bem, só que às vezes ele exagera — Ele comentou sarcástico e Alicia concordou rindo.

— Acho melhor voltarmos a fazer o trabalho, estamos quase terminando — Alicia sugere e os dois rapidamente voltam a fazê-lo.

(...)

Paulo havia chegado à casa de Mário há algum tempo. Mas não fazia quase nada, o Guerra estava muito distraído e pensativo. Para ele, não era nem um pouco bom Alicia e Abelardo ficarem sozinhos fazendo o trabalho.

Mário, por sua vez, fazia o trabalho praticamente inteiro. Até então, não tinha reparado na distração do amigo.

— Paulo, me passa a tesoura ali, por favor — Mário pediu, mas sem olhar diretamente para o Guerra.

Paulo nada respondeu, mantinha o olhar distante.

— Paulo, me passa a tesoura ali, por favor — O Ayala pediu novamente, só que dessa vez num tom mais alto e olhando para Paulo.

— Ah, foi mal — O Guerra se desculpou e entregou o objeto ao amigo.

— Valeu. Mas vem cá, o que você tem? — Mário perguntou enquanto executava um corte.

— Como assim o que eu tenho? Estou bem, pode ficar tranquilo — Paulo respondeu indiferente.

— Ah, nem vem. Você tá muito distraído, algo deve ter acontecido — Mário diz acertando na mosca.

“Droga — Paulo esbravejou entre seus pensamentos — O que eu vou responder? Não posso dizer que é por causa da Alicia”.

— Ah, é por causa do... — O Guerra gaguejava em busca da resposta certa.

—Do... — Mário o incentivava. Estava muito curioso para saber o que distraía o garoto.

— Do jogo, é isso! — Paulo afirmou achando a desculpa certa — Eu to bastante chateado por ter sido suspenso, e de certa forma a culpa é do Abelardo.

— Ah, então é isso? — Mário indagou e Paulo assentiu — Fica tranquilo que você volta nas semifinais, quando a gente tiver derrotado o outro time.

— Mas eu queria poder jogar com vocês — Paulo fala bufando.

— Foi inventar de brigar, agora aguenta as consequências — O Ayala falou irônico.

— Tá, agora vamos logo terminar esse maldito trabalho — O Guerra comenta e pela primeira vez no dia, ajuda o amigo na tarefa.

(...)

Se por um lado para Paulo e Alicia o clima era estranho no trabalho da escola, para Valéria era totalmente diferente. A garota estava se divertindo muito enquanto fazia o trabalho com Jaime, e nem chegava a acreditar que havia esquecido um pouco dos problemas com Davi.

— Fiz isso aqui certo, Valéria? — Jaime perguntou mostrando o cartaz para a amiga.

— Jaime... — Valéria começou a rir e não conseguia falar.

— O que foi? — O garoto indagou confuso.

— Você colou as fotos no canto errado — Valéria falava ainda rindo enquanto pegava o cartaz em suas mãos.

— Ah, é? — Ele perguntou sem graça enquanto coçava a cabeça.

— Sim ,você trocou as fotos de posição. A de cima é embaixo, e a de baixo é em cima. — Ela disse enquanto sorria, seu amigo era realmente muito atrapalhado.

— E que diferença faz? — Jaime voltou a perguntar confuso.

— Faz toda a diferença, se você trocar as fotos de posição, as definições de cada termo vão ficar erradas, me entende? — A Ferreira devolveu.

— É, acho que sim — O Palilo respondeu nervoso e sentou-se na cama para refazer o trabalho.

— Ah, Jaime. Só você mesmo — Valéria ria vendo as trapalhadas do amigo.

— Só eu o quê? — Ele questionou sem entender nada.

“Só você pra me fazer rir e esquecer dos problemas com o Davizinho” — Ela pensou mas não respondeu.

— Nada, Jaime. Vamos logo consertar isso — Ela respondeu por fim e os dois voltaram a focar no cartaz.

(...)

Um pouco mais afastado dali, Davi e Margarida tinham acabado de terminar o trabalho, e na opinião dos dois, estava tudo muito bem feito.

— Deu um trabalhão, mas no fim valeu a pena, ficou muito bom — Davi diz comemorando e Margarida concorda.

— Pois é, vai nos ajudar muito nas notas — Ela diz e ele assente.

— Bem, tá ficando meio tarde, preciso ir pra casa — O garoto se despede, mas antes de ir embora, a voz de Margarida o faz parar.

— Espera, Davi. Preciso falar com você — Ela diz e o menino se assusta. Afinal, o que ela queria?

— Claro, é sobre o trabalho? — Ele questiona.

— Não. É sobre sua prima, a Valéria — Margarida diz e deixa o Rabinovich mais nervoso.

— Ah, ok então. O que tem a Valéria? — Ele volta a perguntar.

— Ela tem ciúmes excessivos de você, isso tá passando dos limites, o que tá acontecendo? O que você esconde? — Ela indagou tudo que estava preso e Davi suou frio.

— Deve ser só impressão sua — Ele responde gaguejando e com dificuldades.

— Claro que não. E tem mais, não é de hoje que ela demonstra esses ciúmes doentios. Pensa que eu esqueci que ela ficou com raiva só porque eu te ajudei a chegar na enfermaria do colégio? — Margarida falava deixando o garoto cada vez mais pressionado e contra a parede.

Davi definitivamente não sabia o que responder. Talvez não colasse se ele dissesse que seus primos eram muito apegados uns aos outros. O Rabinovich estava nervoso e bolava uma resposta.

— Anda, Davi, me responde. Você esconde algo de mim? — Margarida o pressionou mais uma vez.

— Sim, eu escondo uma coisa — Davi respondeu decidido, teria que fazer isso.

— E o que é? — Ela perguntou aflita.

— Que eu gosto de você — Ele completou e puxou a garota para um beijo.

Na verdade Davi não queria aquilo, ele realmente gostava de Valéria, mas não via outra alternativa para fazer Margarida parar com aquelas suspeitas.

“Espero que a Valéria me perdoe, é pelo bem de nós e dos nossos amigos que eu estou fazendo isso” — Davi pensou entre o beijo.

Não demorou muito e logo ambos afastaram-se arfando e suspirando.

— Nossa, Davi, eu não sabia que você... — Antes de a garota poder completar, ele a interrompe.

— Preciso ir — Dito isso, ele se despede dela e começa a caminhar pela rua em direção à mansão.

Ele ainda se mantinha muito pensativo e triste, não queria ter que fazer aquilo, mas não via outra solução.

(...)

Na casa de Bibi as coisas estavam bem estranhas, a garota seguia o conselho de Majo, e por isso estava seca e fria com Daniel.

O que deixou o garoto muito confuso, pois não se lembrava de ter feito algo para a ruiva trata-lo daquela forma.

“Talvez seja pelo fato de eu ter negado aquele beijo” — Opinava o Zapata, mas sem ter realmente certeza se era aquilo.

— Me passa ali a cola — A ruiva pediu secamente e Daniel arqueou a sobrancelha.

— Toma aqui — Ele diz entregando-a.

Daniel ficou apenas parado observando a garota, enquanto ainda perguntava-se o porquê dela estar agindo daquela maneira.

— Vai ficar só me olhando ou vai fazer algo pra ajudar? — Bibi perguntou dura. Ela de fato não queria estar sendo daquele jeito com o garoto, mas se a própria prima dele havia lhe dado esse conselho, resolveu segui-lo.

— Desculpa — Ele disse e começou a ajuda-la — Mas vem cá, o que você tem? Tá muito estranha, eu fiz algo?

— Não — Ela respondeu com indiferença — E vamos parar com a conversa paralela, precisamos terminar o trabalho.

— Tudo bem... — Ele respondeu.

Passado algum tempo, ambos terminaram o trabalho e ficaram satisfeitos com o resultado final.

— Bem, acho melhor eu ir embora, mas antes eu queria te perguntar uma coisa — O Zapata diz e Bibi já imaginava o que era.

— O quê? — Ela perguntou no mesmo tom de antes, sempre fria e indiferente.

— Eu te fiz algo? Você tá estranha — Daniel diz, dessa vez esperando uma resposta.

— De novo esse papo, Daniel? Eu já disse que não. E ah, você não disse que era melhor ir embora? — Ela rebate ironicamente e o Zapata, derrotado, assente.

— Tudo bem, eu já vou indo, até amanhã na escola — Ele se despede e a ruiva o acompanha com o olhar até a saída, sentiu um aperto no peito. Ela, definitivamente, não queria estar fazendo aquilo.

(...)

Na mansão dos órfãos, Jorge e Majo já haviam terminando o trabalho com sucesso. Era talvez o melhor trabalho dentre os alunos de sua sala, tudo bem feito e bem organizado.

O garoto ainda estranhava as atitudes da garota, para ele, ela estava muito esquisita e distante desde o beijo de ambos.

Maria Joaquina guardava os materiais enquanto Jorge tinha pedido para ir ao banheiro.

— Ah, tem um ali bem no corredor — Majo respondeu e o Cavalieri agradeceu indo até o local.

Helena passava por ali, e viu a “sobrinha” guardar o material sozinha, e foi lá ajuda-la.

— A minha sobrinha tá precisando de ajuda? — Helena pergunta sarcástica enquanto ria.

— Mas é claro, tia — Majo respondeu entrando na brincadeira.

Jorge voltava do banheiro, quando ouviu as vozes das duas. Ele não era intrometido, longe disso. Mas havia ficado curioso, será que ambas estariam conversando sobre ele? Será que Majo pedia dicas para a tia de como conquistar o rapaz? Perguntando-se tudo isso, ele resolveu confirmar suas suspeitas aproximando-se devagar para poder escutar.

— Mas falando sério, Majo. Você não deu suspeitas pra ele, não é? — Helena falou séria com Maria Joaquina.

— Não, pode ficar tranquila — A garota respondeu.

— Ótimo. Ninguém pode desconfiar e muito menos saber do nosso segredo, ou estamos todos perdidos — A mais velha diz e Majo concorda assentindo.

Logo Helena saiu e Jorge escondeu-se para ela não vê-lo.

“Mas o que será que a Majo me esconde?” — Pensava Jorge aflito.

Ele entrou no quarto e rapidamente disfarçou que não havia escutado nada.

— Bem, vou indo pra casa, nos vemos amanhã na escola? — Perguntou Jorge.

— Claro, e pode deixar que não vou esquecer de levar o trabalho amanhã — Majo responde rindo e arrancando risadas do garoto.

Os dois se despediram e Jorge entrou no carro de seu motorista bastante pensativo. Ele sabia que se perguntasse para a garota o que escondia, com certeza ela negaria tudo, ou inventaria uma história.

“Vou ver o que vou fazer, mas preciso descobrir esse tal segredo dela” — Jorge pensou enquanto observava o movimento da rua pela janela do carro.

(...)

O resto da tarde passou normal, logo o resto dos órfãos voltaram para a mansão. Estavam bem cansados, principalmente os meninos pelo treino da equipe.

Davi se encontrava com Daniel e Paulo conversando em seu quarto, com a porta entreaberta.

— Porque chamou a gente aqui, Davi? — Paulo perguntou — Eu to cansado e quero dormir.

— Calma, gente. Eu preciso contar algo pra vocês, é urgente. — Davi respondeu sério.

— Pois diga, estamos escutando — Daniel falou confuso.

— Eu beijei a Margarida — O Rabinovich não quis saber de rodeios e mandou na lata, deixando os amigos surpresos.

— Você fez o quê? — Paulo indagou incrédulo.

— E a Valéria? — Daniel também questionou.

— Assim vocês me confundem. Calma, um por vez — Davi dizia tentando acalmar os ânimos — Primeiro, eu só a beijei porque ela estava desconfiada sobre nosso segredo, fiz isso para despistar e manter nosso segredo a salvo, nada mais que isso.

— Ah bom, menos mal — Paulo comentou.

— Mas e a Valéria? — Daniel voltou a repetir.

— Então, ela só vai descobrir se alguém contar — Davi diz.

— Bem, eu odeio mentir, mas pode contar comigo — O Zapata fala.

— Comigo também — Paulo, por incrível que pareça, concordou.

— Você não vai mentir, Daniel. Só omitir — Davi responde.

O que nenhum dos três imaginava, é que Valéria havia escutado tudo enquanto passava pelo corredor.

A garota não aguentou e saiu correndo para seu quarto, onde se trancou e chorou bastante. Nunca imaginou que Davi poderia fazer aquilo com ela.

— Quem diria que você, aquele garoto tão meigo do orfanato, mudou tanto Davi? — Ela sussurrava para si mesma enquanto soluçava.

(...)

Daniel descia as escadas em direção à cozinha, havia resolvido que iria beber um copo de água antes de dormir. Mas ao chegar lá, teve uma surpresa. Majo estava sentada também, aparentemente, com sede.

— Ah, oi Majo — Ele cumprimentou e abriu a geladeira.

— Oi, Dani. E aí, como foi o trabalho com a Bibi? — Ela perguntou interessada, queria muito saber se a ruiva havia acatado seu conselho.

— Foi bem, o trabalho ficou bom, só que ela estava meio estranha — Ele respondeu.

— Estranha como? — Majo perguntou fingindo não entender.

— Sei lá. Meio seca, fria, distante — Daniel se embaraçava nas palavras, estava confuso.

— Hm... — Foi tudo que Maria Joaquina respondeu, mas no fundo estava com um sorriso enorme. Seu plano havia dado certo, pensava ela.

(...)

Paulo, apesar de cansado, não conseguia dormir. O Guerra desceu as escadas e sentou-se no sofá, mas só não esperava deparar-se com Alicia ali.

— Ah, chegou quem não devia — Alicia comentou baixo, mas Paulo havia escutado.

— E aí, como foi lá com o Abelardo? — Ele indagou ignorando o comentário da Gusman.

— Agora você se interessa? — Ela pergunta incrédula.

— Do que você tá falando, Alicia? — Paulo devolveu com outra pergunta.

— Você sabe muito bem, Paulo — Ela disse e por fim subiu as escadas para voltar a seu quarto.

— Alicia, espera aí — Paulo pedia, mas era em vão.

“O que será que deu nela?” — Paulo se questionava perdido em seus pensamentos.

(...)

Jorge era mais um que não conseguia dormir. A voz de Helena ainda estava em seus pensamentos desde que havia escutado as duas conversarem.

“O que a Maria Joaquina esconde de mim?” — Ele se perguntava sem ter ideia do que seria.

O Cavalieri desceu de fininho e foi até a cozinha pegar um copo de água.

— Deve ser por isso que ela tá estranha comigo, por causa desse segredo — Jorge formulava alguma resposta em sua cabeça.

O garoto estava, de certa forma, com raiva. Não queria que Majo escondesse algo dele. Ele já estava cansado de tanto segredo em sua vida.

— Como se não bastasse meus pais de segredinho entre eles, agora a Maria Joaquina me escondendo algo... — Ele esbravejava enquanto sentava-se em uma cadeira da cozinha.

O garoto rapidamente bebeu a água enquanto falava decididamente.

— Ah, mas eu vou descobrir o que ela esconde, isso eu garanto... — Ele terminou deixando o copo no local e voltando a subir as escadas para seu quarto.


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Notas finais do capítulo

Bem, peço mais uma vez desculpa a todos vocês pela demora!

Pois é galera, e agora que o Jorge sabe que eles tem um segredo, o que vai acontecer? Veremos daqui pra frente! Espero que tenham gostado, me perdoem qualquer erro ortográfico e até o próximo! :D