Terra da Neve escrita por ACunha


Capítulo 8
Capítulo 7




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–Você só pode estar de brincadeira.

Parada em pé na frente do estábulo, Hayden olhava para mim com os olhos brilhando. Segurava a porta de madeira com uma das mãos, se preparando para entrar e pegar um cavalo. Mas sua declaração anterior me fez impedi-la de dar mais um passo.

–Eu gosto dele – ela repetiu. – De verdade. Ele é gentil, um perfeito cavalheiro, e vai dizer que você também não o achou muito atraente?

–Bem, sim, mas... – como eu poderia dizer aquilo de maneira que ela entendesse? – Você nem o conhece.

–Não importa – ela deu de ombros. Tinha um sorriso sonhador nos lábios. – Pretendo conhecê-lo melhor o mais rápido possível.

Revirei os olhos. Não pude evitar, e definitivamente não queria dizer o que disse em seguida, mas era demais para deixar passar.

–Querida Hayden, você está se esquecendo de uma pessoinha bem irritante chamada Leonard? Deixe-me ver... Ah, sim, ele é o seu noivo! – exasperada, chutei um pouco de neve ao bater o pé no chão. Uma reação infantil, mas verdadeira.

–Eu sei – ela suspirou. – Eu amo Leonard, mas Darren é... Tão diferente!

E eu não sei disso?, pensei com pesar.

–Além disso – continuou – você mesma disse, eu tenho apenas 17 anos. Tenho uma vida inteira pela frente, e não preciso me prender logo a uma única pessoa. – Ela começou a abrir a porta do estábulo, mas eu agi rápido e coloquei a mão sobre a madeira para fechá-la.

–Não faça isso – pedi calmamente.

–Por que não faria? – ela retrucou.

–Talvez porque possa se arrepender mais tarde? – sugeri.

Hayden tinha uma expressão fria no rosto, diferente de todos os modos que já tivesse me encarado.

–Bem, sou eu quem vai correr o risco, não é? – ela puxou a porta com força para abri-la, e embora eu fizesse força para não deixá-la entrar lá, ela correu para dentro e se trancou com os cavalos, o que achei um tanto imaturo de sua parte.

–Hayden, saia daí! – gritei para a porta fechada. Estava realmente irritada.

–Para ouvir você me dando lição de moral? Não, obrigada – ela respondeu lá de dentro, a voz meio abafada pela porta que nos separava.

–Você pelo menos discorda disso? – bati o pé novamente. – Acha que está certo ficar visitando Darren quando tem outro homem esperando por você em casa?

–Deixe de ser dramática, não estou fazendo nada demais com Darren! – dava para ver que ela compartilhava da minha raiva.

–Ainda! – gritei furiosa.

Ela ficou em silêncio nos próximos segundos. Eu sorri vitoriosa, e comecei a erguer a mão para abrir a porta, no exato momento em que ela praticamente explodiu para o lado de fora, e Hayden passou disparada, montada em um cavalo branco. Caí na neve ao lado, atordoada, mas preocupada em sair do caminho para não ser pisoteada. Gritei por Hayden, mas ela já estava longe demais para me escutar.

–Droga! – murmurei comigo mesma.

Tentei me levantar com dificuldade, e a neve me puxou para baixo algumas vezes antes de finalmente conseguir ficar de pé. Então olhei na direção para onde Hayden havia corrido, e vi as montanhas no horizonte. Aquelas que ficavam bem atrás da casa de Darren.

Suspirei. Eu poderia muito bem procurar por Joe lá dentro do estábulo e segui-la, mas de que adiantaria? Isso não a impediria de ficar perto de Darren. Pensando nisso, eu fui andando pela rua da praça e do cemitério, chutando neve por onde andava, planejando algum feito genial para tirar Hayden das garras da infidelidade, quando de repente algo me ocorreu. Um pensamento que me fez parar de andar tão subitamente que eu poderia ter escorregado e caído na neve de novo.

Por que eu me importava? Por que não simplesmente deixava Hayden conquistar Darren e largar Leo de uma vez por todas? Não era isso que eu vinha querendo desde dezembro, quando eles anunciaram o casamento? Quantas vezes eu mesma não tinha apresentado alguns colegas meus da escola para Hayden, na esperança de conseguir para ela um marido que não fosse tão... Bem, tão irritante?

Por que com Darren era sempre diferente?

Enquanto eu estava lá parada pensando nisso, ouvi passos ficando mais altos à medida que se aproximavam de mim, mas estava tão imersa naquela reflexão que nem liguei. Só quando uma mão pousou no meu ombro foi que me dei conta da presença de outra pessoa, mas ainda assim, tomei um susto.

–Perdida em pensamentos, Alice?

Quase, quase suspirei ao ouvir sua voz. Ao me virar para encará-lo, meu coração começou a bater tão forte que quase me sufocou. Eu estava surpresa comigo mesma por ter essa reação, mas não consegui evitar. Só quando olhei nos olhos dele, tão verdes e brilhantes, foi que percebi aquilo que me perturbava.

Ah, pensei atordoada, é por isso que eu me importo.

–Darren – consegui dizer com um sussurro.

Ele estava tão bem parado ali, usando seu sobretudo preto e suas botas de caminhada por cima de um conjunto igualmente preto. O cabelo molhado de neve derretida, as bochechas coradas, os lábios exibindo um sorriso verdadeiro, e os olhos que mudavam de cor; eu me perguntava se poderia existir algo mais perfeito do que aquela visão.

–O que está olhando? – perguntou sorrindo ainda mais.

Eu disfarcei com uma risada.

–Nada... Então... – Olhei para o lado. O que estava acontecendo comigo? Eu estava agindo como uma verdadeira idiota. Só quando desviei o olhar foi que pude pensar em outra coisa que não fossem os olhos dele. – Ah, sim! Hayden... Ela saiu agora mesmo para encontrar você. – Voltei a encará-lo para ver sua reação.

Não foi o que eu esperava.

–Mesmo? – perguntou surpreso. – Ah... Bem... – ele parecia meio desconfortável. – Na verdade, eu queria ver... Você.

Novamente, meus batimentos cardíacos aceleraram.

–Eu? – minha voz estava meio estranha. Mais aguda que o normal, talvez. Tratei de limpar a garganta e encontrar meu foco. – Bem, por quê?

–Aquilo que eu lhe contei ontem. – O sorriso voltou aos seus lábios.

–Sim? – fiquei animada.

Ele chegou mais perto e abaixou o tom de voz, mesmo que não houvesse uma alma viva conosco no meio de toda aquela neve.

–A verdade é que não tenho tido tempo para praticar... Mágica... Desde que cheguei aqui, e não quero ficar enferrujado, você sabe – ele riu. – Eu ia convidar você para ir até minha casa no lago, mas já que Hayden está lá... – ele ficou com aquela expressão novamente, meio surpresa, meio desconfortável, e voltou a falar. – Se houvesse algum lugar calmo, vazio, onde eu pudesse lhe mostrar...

Vasculhei aquela cidade inteira mentalmente, pensando em todos os míseros lugares onde eu já havia ido, até encontrar uma alternativa aceitável.

–As ruínas – sussurrei com um sorriso. – Ficam meio longe da cidade, e basicamente ninguém vai até lá. É o que restou do antigo castelo do rei Turner, depois que tudo pegou fogo. Meio assustador, mas perfeito para a ocasião.

Darren assentiu e pegou minha mão. Sério, fiquei tão surpresa que cheguei a arregalar os olhos. Sua mão era quente contra a minha.

–Leve-me até lá – pediu com gentileza.

Então eu o fiz. Não queria abusar dos bons serviços de Joe, e nem de qualquer outro cavalo, então fomos andando mesmo. O tempo estava consideravelmente melhor, na verdade. Eu estava sem as luvas e sem o gorro, e só vestia um casaco grosso. Talvez Darren tivesse um pouco a ver com a mudança climática, mas eu não me importava.

As ruínas ficavam na direção oposta ao castelo de Stephen, ou seja, eu não estava preocupada em encontrar Henrique passeando por ali. O que me deixou bem mais calma, já que se ele pegasse Darren e eu juntos novamente, ainda mais fazendo magia, provavelmente contaria ao pai antes que eu tivesse a chance de me humilhar no jantar de sexta-feira. Enquanto o tempo passava, mais eu pensava se teria sido uma boa ideia concordar com isso.

Mas então eu olhava para Darren sorrindo ao meu lado, e dizia a mim mesma que estaria tudo bem enquanto seu segredo estivesse seguramente guardado.

Eu sei que havia dito para mamãe que ficaria longe dos “segredos” dele, mas simplesmente era impossível. Uma vez que tinha descoberto aquele mundo completamente novo e desconhecido, eu nunca mais poderia ficar longe. Não podia recusar a realidade alternativa que estava me sendo oferecida. Era muito melhor do que ficar em casa imaginando como poderia ter sido. Eu estava apenas vivendo.

Depois de mais ou menos trinta minutos, chegamos lá. A caminhada tinha sido longa, mas não exatamente chata, já que Darren não era do tipo que ficava calado com facilidade. Ele havia me perguntado cada mísero detalhe da minha vida naquela cidade, como haviam sido os últimos dezessete anos aturando toda aquela neve, e o que eu planejava para o futuro. Um tédio sem fim, foi o que respondi rindo, mas ele apenas assentiu como se já esperasse que eu dissesse aquilo. Pensei em perguntar o motivo da sua reação, mas então tropecei em uma pedra mais alta que meu tornozelo, e soube que havíamos chegado.

Na nossa frente, havia pedras de séculos de idade, algumas mais altas que eu. Poucas paredes estavam de pé, mas ainda assim, muita coisa teria sido preservada se não fosse pela neve. O branco novamente cobria tudo que estivesse até vinte centímetros acima do chão, e a maioria das pedras estava desgastada pelo frio e a umidade. Caminhamos em silêncio entre as ruínas, como se fosse um verdadeiro cemitério, e as pedras ao nosso redor fossem as lápides. Até que parei no centro do que antigamente poderia ter sido uma espécie de salão principal. As pedras mais resistentes nos cercavam como muros com falhas gigantescas.

–Aqui estamos – sussurrei e me virei para Darren. Ele não olhava ao redor como eu. Apenas me observava. – O que está olhando? – perguntei, e logo em seguida me lembrei que ele havia perguntado a mesma coisa para mim mais cedo.

–Alice Luminatte – ele pronunciou meu nome quase com respeito. – Já tentou fazer magia antes?

Sua pergunta me pegou de surpresa. De verdade.

–O quê?! – quase gritei, e comecei a rir. – Não sou uma feiticeira, Darren.

–Tem certeza? – ele deu um passo na minha direção com uma sobrancelha arqueada. – Nunca considerou a possibilidade? Já teve a sensação de que poderia fazer mais do que as outras pessoas?

–Bem, sim, mas isso não quer dizer...

–Ontem na cafeteria – ele me interrompeu, e deu mais um passo. – Quando eu lancei o feitiço no príncipe, no qual todos os seres humanos normais deveriam ficar congelados no tempo... Além de mim, apenas outra pessoa estava imune ao congelamento. Pode adivinhar quem é?

Fiquei com medo da resposta, mesmo sabendo no que isso ia dar.

–Eu – murmurei baixinho.

Darren assentiu satisfeito.

–Quer tentar? – perguntou simplesmente. Eu estava quase gritando, perguntando se ele estava louco ou bêbado, quando ele estendeu uma mão na minha direção e murmurou alguma coisa. Faíscas saíram da ponta dos seus dedos; parecia fogo, e eu fiquei com medo.

Automaticamente, levantei a mão na frente do rosto para me proteger. Cheguei a sentir o calor das faíscas aquecendo minha pele, e me encolhi. Mas então um segundo depois eu não sentia mais nada. Abaixei a mão e olhei para Darren. Ele parecia muito animado.

–Você bloqueou meu ataque! – exclamou surpreso.

–Eu o quê?! – ofeguei com o coração acelerado. – Espera, você me atacou? Por que fez isso?

Mas Darren já estava andando na minha direção e pegando minha mão. Ele a examinou com cuidado, passando os dedos pelas linhas na palma, suavemente, e eu reprimi um tremor. Observei com curiosidade que minha mão quase reluzia.

–Foi apenas um teste, não ia machucá-la de verdade – sussurrou. – Mas sua autodefesa tratou de defendê-la. A magia foi ativada dentro de você.

–Darren, isso é loucura. – Puxei minha mão de volta e cruzei os braços com força. – Não sou como você. Não sei nada sobre magia, nunca soltei faíscas dos dedos e nunca mudei o tempo, tenho certeza.

–Não precisa saber nada sobre magia, mas ela nasceu com você – ele continuava sorrindo. – Posso provar. Feche os olhos.

–Nem pensar.

–Por favor?

–Temos que voltar, Hayden deve estar furiosa... – comecei a me virar para ir embora, mas ele me puxou e colocou as duas mãos em volta do meu rosto. Congelei.

–Por favor? – pediu novamente. Seus olhos estavam azuis, mais claros que os meus.

Suspirei e fechei os olhos, sem conseguir encará-lo.

–Isso continua sendo loucura – murmurei.

–Concentre-se – ele disse bem baixinho. – Sinta sua energia fluindo através do seu sangue, passando por todo seu corpo. Sinta a eletricidade no ar, respire profundamente, e ouça o silêncio.

Fiz o que ele disse. Meu corpo tremeu pela força com que percebi a energia fluindo dentro de mim, e tive que respirar com cuidado para manter o foco. Era difícil, realmente. Qualquer pensamento poderia ser uma distração, por isso foquei no som do vento. O ar estava elétrico, realmente, era quase palpável. Mexi as pontas dos dedos, querendo pegar aquela energia nas mãos, e me contive. A única parte que não consegui foi ouvir o silêncio; eu ouvia tudo. Minha respiração e a de Darren, as folhas das árvores se remexendo, e um ruído de fundo que não identifiquei. Parecia um som que a própria Terra produzia.

–Agora, pegue minha mão – Darren disse suavemente.

Levantei a mão e encontrei a dele. Os dedos quentes entrelaçaram-se nos meus, e eu pude sentir sua energia passando para mim, misturando-se a minha. Senti seu batimento cardíaco, lento e forte, e me aproximei dele. Agora meu corpo inteiro estava aquecido. Eu percebia a mudança no clima, mesmo de olhos fechados. Respirei fundo mais uma vez.

–Abra os olhos.

Obedeci, e quando encontrei seu olhar, foi como se algo dentro de mim se quebrasse e se consertasse ao mesmo tempo. Sem querer, apertei seus dedos, e ele sorriu.

–Repita comigo – pediu, e em seguida sussurrou algumas palavras em uma língua desconhecida. Pronunciei as palavras lentamente, sem saber o que significavam, mas sentindo como se entendesse o poder que possuíam.

Darren virou a palma da minha mão para cima e continuou segurando-a. Um único floco de neve pousou em minha mão aberta, quase como em um sonho. Enquanto nós repetíamos as palavras, o floco de neve começou a reluzir, meio azulado, então explodiu em chamas. Ofeguei surpresa, mas não tirei os olhos do fogo. Não queimava minha pele, mas era quente. Ele se ergueu da minha mão até o nível dos meus olhos, e então se dissipou. Imediatamente senti falta do calor.

–Isso foi... Incrível – consegui murmurar.

–Foi inteiramente feito pelas suas mãos – Darren sorriu. – Bem vinda ao meu mundo, Alice Luminatte.

×××

Voltamos para a cidade e ficamos passeando pela praça central por um longo tempo. Tentei ao máximo fazer com que Darren me explicasse mais alguma coisa sobre o fato de eu ser uma feiticeira, mas ele se recusou a responder... Por enquanto. Então, conversamos sobre outras coisas.

–Vai me contar o que está acontecendo entre você e Hayden? – quis saber.

Ele novamente foi pego de surpresa.

–Entre mim e... Hayden? – quase sorriu. – Algo está acontecendo? Eu não sabia.

Sentamos em um banco de mármore praticamente congelado no meio da praça e ficamos encarando a estátua parcialmente destruída de um anjo a nossa frente. Da praça era possível ver o castelo, as montanhas e uma parte dos vilarejos. Tudo bem, até eu tinha que admitir que Nixland era bem bonita... Se não houvesse outro lugar para comparar.

–Diga a verdade, Darren – sussurrei enquanto olhava as montanhas. – Não estamos sozinhos, estamos? Quero dizer, no mundo inteiro. Há algo mais... Lá fora, não há?

Não virei o rosto, mas pude sentir seu olhar em mim. Ele ficou um tempo em silêncio, mas por fim resolveu responder.

–Sim – sussurrou de volta. – Sim, há um mundo inteiro lá fora. Cheio de pessoas, cidades, construções e inventos modernos que você nunca ousaria imaginar.

Eu já esperava que ele respondesse algo assim, mas não pude deixar de ficar surpresa. E realmente triste. Saber que eu passara minha vida inteira cercada pelas montanhas de neve, sem nunca poder sair, nunca poder questionar sobre a vida lá fora, saber que eu tinha estado presa em minha própria cidade todos esses anos... Era demais.

Mas respirei fundo e assenti. Aceitei aquela informação como se já soubesse de tudo há muito tempo, o que não era exatamente mentira. Na verdade, qualquer um daquela cidade que acreditasse verdadeiramente que estávamos sozinhos no mundo inteiro não tinha um pingo de imaginação.

–Obrigada – disse depois de um tempo.

–Pelo quê?

–Por... Aparecer aqui. E mudar minha vida. – Aquilo devia soar muito estúpido, mas era verdadeiro. – Eu estava precisando.

Finalmente, encontrei forças para voltar a encará-lo. Darren tinha uma mistura de compreensão e tristeza nos olhos que quase me partiu o coração. Mas não era eu que devia me sentir triste? Eu e todo o resto da população de Nixland. Todos enganados pelos reis ao longo dos anos.

–Odeio essa cidade – murmurei.

–Não devia odiar – ele disse. – A culpa não é da cidade, nem dos habitantes. É de quem a governa. Ou melhor, de quem governava.

–Do que está falando?

Darren suspirou e voltou a encarar o anjo de pedra.

–Séculos antes de nós nascermos, antes de Nixland ser dominada por Turner, outro tipo de povo vivia aqui. Você pode chamá-los de Druidas, os feiticeiros, ou sacerdotes, do antigo mundo. Eles tinham encontrado paz aqui, tinham vidas e eram livres para praticar magia e evoluir. Mas então vieram os homens, e muita coisa aconteceu...

Uma longa pausa se seguiu. Fiquei esperando que ele continuasse, mas sua expressão tinha endurecido. Seus olhos estavam mais escuros que o normal.

–Darren...? – hesitei.

Ele balançou a cabeça.

–Continuo depois – sussurrou rapidamente. Um segundo depois, ouvi passos.

–Ah! Vocês estão... Aqui. – Ouvi a voz de Hayden atrás de nós. Virei para vê-la caminhando na nossa direção, com o rosto mais vermelho que o normal e as mãos estranhamente fechadas em punhos. Ela apertou os olhos. – Juntos.

–Hayden... – comecei a dizer, mas Darren me interrompeu.

–Pensei que fosse ficar com o seu noivo hoje – ele disse tranquilamente para Hayden. – Por isso vim passar um tempo com Alice.

Queria dizer a ele para não falar mais nada, se não haveria uma explosão. Hayden ficou ainda mais vermelha, e juro que vi um vislumbre de raiva na sua expressão.

–Sim. Claro – disse com os dentes cerrados. – Leonard. É claro.

Aquilo já estava se tornando uma situação ridícula. Levantei e me aproximei dela.

–Quer ficar com ele? – sussurrei bem baixinho para que Darren não me ouvisse. – Vá em frente. Pode tentar. Se for pra ser, ele será seu. Boa sorte.

Então continuei andando, me afastando dos dois. Indo para qualquer outro lugar.

–Alice! – ouvi Darren me chamando, mas não parei.

–Pare de agir como uma idiota – Hayden gritou. Fiquei realmente chateada. Era eu que estava agindo dessa forma?

–Até mais tarde! – gritei por cima do ombro. Em seguida comecei a correr.


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Notas finais do capítulo

Queria agradecer muito quem tá comentando fielmente na história, vocês me fazem dar pulinhos de alegria toda vez que tem comentário novo



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