Keeping Up With Swan Queen escrita por Sky


Capítulo 3
That One With Flashback - Wedding -


Notas iniciais do capítulo

Olá olá...
Boa leitura.



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...

— Você entendeu minha querida? – Rumple se abaixou e deu um beijo na testa de sua filha mais velha – Nada de confusões Lexa, você sabe que sua mãe fica uma fera quando é chamada aqui na escola – Lexa concordou com a cabeça e abraçou seu pai – E você mocinha – Rumple pegou sua outra filha e deu um beijo em seu nariz – Nada de ficar perto daquele filho da Zelena, já disse que ele não é boa companhia para você.

— Não se preocupe, papa. – Lexa segurou na mão de sua irmã que apenas fechou o rosto, impossibilitando qualquer sorriso, a pequena adorava brincar com Ezra, ele era seu melhor amigo – Não vou deixar Aria ficar perto dele – respondeu em um tom firme, causando um sorriso sincero em Rumple. Aria era apenas um ano mais nova do que Lexa, o que fazia sua irmã virar uma super protetora sobre ela.

— Amo vocês – respondeu Rumple abraçando as duas.

— Bom dia família Gold – Rumple levantou-se e encarou o homem que segurava as mãos de duas garotinhas.

— Killian... – respondeu o homem cumprimentando o pirata com um aperto de mão.

— Suas filhas estão enormes Rumple – Hook soltou as mãos de suas netas para cumprimentar as duas garotinhas a sua frente, Lexa olhou desconfiada para o homem e deu sua mão para o pirata, cumprimentando-o. Hook sorriu pensando que aquela era cópia de Rumple, desconfiada e pronta para atacar a qualquer momento, já Aria sorriu para o homem e acenou, causando um sorriso no pirata.

— Princesa... – disse Lexa envergonhada cumprimentando Clarke. Desde que a pequena Gold soube que Regina era a Rainha, ela passou a se referir a Clarke como princesa.

— Lexa... – respondeu Clarke sentindo suas bochechas arderem um pouco, Lexa era como uma protetora de Clarke, toda vez que via alguém fazendo algo para a pequena princesa, iria tirar satisfações, parecia ter essa necessidade de protegê-la. Não eram melhores amigas, mas estavam perto disso.

— Vovô! Vamos perder a aula, estamos atrasadas – comentou Felicity puxando a barra da blusa de Hook.

— Vamos entrar – respondeu Rumple tomando a mão de suas filhas e entrando na escola, sendo acompanhada por Hook e as gêmeas.

— Tenham um bom dia meus amorzinhos – disse Hook beijando as duas loiras, ele observou as duas entrarem na sala onde Lexa também entrou. Viu Rumple caminhar com sua outra filha para uma sala diferente e sorriu, aquele homem realmente havia mudado, já não parecia mais o Senhor das Trevas.

...

— Ruby, por que não? – Emma seguia Ruby por todo o restaurante – Eu posso ajudar – respondeu Emma correndo para ficar na frente da amiga e a parando de andar.

— Emma, não. Eu não vou deixar você organizar a festa – respondeu a morena se referindo a festa de Amy, a garotinha havia feito aniversário na semana passada, mas a festa da garota seria em dois dias, Ruby não teve tempo de fazer a festa no mesmo dia porque o restaurante estava um caos de gente e não poderia abandonar a administração.

— Me dê um bom motivo para você não me confiar na organização? – pediu Emma começando a se chatear com aquela falta de confiança de Ruby.

— Um bom motivo? Que tal seu próprio casamento? – sugeriu Ruby não conseguindo segurar seu sorriso ao lembrar-se daquele dia.

— AHÁ! Eu não organizei meu casamento – retrucou Emma.

— Exatamente, você só precisava fazer uma única coisa e quase tudo foi pelos ares, se Regina soubesse o que de fato aconteceu ela iria tirar seu coração na mesma hora – respondeu Ruby deixando Emma com sua famosa expressão de arrependimento e culpa.

...

— O QUE EU FALEI?! NADA DE LÍRIOS, ROSAS OU QUALQUER OUTRA FLOR. EU QUERO TULIPAS, TULIPAS VERMELHAS! O QUE ESTÃO ESPERANDO? ANDEM! – Emma estava entrando na cozinha, mas resolveu sair quando percebeu que Regina estava um pouco assustadora com toda aquela gritaria – SWAN VOLTA AQUI! – Emma parou e virou seus calcanhares, sorrindo para sua, não tão, adorável noiva.

— Olá amor da minha vida – disse Emma mantendo distância da prefeita, mas usando um sorriso nos lábios.

— Deu tudo certo? Todos os convites foram entregues? – perguntou a prefeita colocando água em seu copo.

Emma ficava preocupada com todo o estresse que Regina estava tendo com os preparativos, a morena já estava no seu quinto mês de gravidez e não parava um segundo. Já era nove da noite e ainda havia pessoas entrando e saindo da mansão recebendo os comandos de Regina.

— Essa é a décima vez que você me pergunta isso, há um mês peguei todos os convites e eu mesma entreguei a cada uma das pessoas convidadas, não se preocupe – respondeu Emma segura de si, Regina não deixou a mulher resolver nada sobre o casamento, a única coisa que Emma ficou responsável foi pelos convites, confirmar a data e o local e entregar aos convidados.

— Da para acreditar que amanhã a esse horário já estaremos casadas? – comentou Regina sorrindo aliviada, olhou para Emma e a xerife parecia mais pálida do que o normal – Emma? Emma o que está acontecendo? – perguntou a prefeita se aproximando da loira e puxando uma cadeira para ela sentar.

— Você... Hum... Poderia pegar água para mim? – pediu Emma olhando para a prefeita, Regina deu seu copo para Emma, mas a loira deu uma tapa na mão de Regina fazendo a mulher deixar o copo cair e quebrar. Regina voltou a olhar para Emma desconfiada – Desculpa? – a prefeita girou os olhos e foi pegar água, Emma aproveitou que Regina havia virado de costas e pegou seu celular, olhando o calendário – DROGA! – disse um pouco alto, Regina virou-se e olhou para a mulher, procurando uma explicação para a pequena maldição de Emma.

— Emma? O que está acontecendo? – Regina tinha uma pequena suspeita de que Emma havia feito alguma besteira.

— É que esse copo era o seu preferido e eu quebrei – respondeu apontando para os cacos de vidro no chão, Regina olhou para mulher mais uma vez e respirou fundo, conviver com Emma já era um preparo para quando as crianças nascerem.

— Tudo bem, vamos ganhar novos com o casamento – respondeu dando de ombros – Sabe, fico feliz de não termos uma despedida de solteira, não confio em Ruby quando se trata de levar você para se divertir – Emma sorriu sentindo-se culpada, semana passava ela havia tido sua despedida de solteira, mas Regina jamais descobriria.

— Eu também, enfim, preciso encontrar com minha mãe, ela precisa me falar alguma coisa importante – respondeu Emma levantando-se.

— Contanto que amanhã você esteja me esperando na hora certa, tudo bem – respondeu Regina beijando Emma, a loira quebrou o beijo pedindo aos céus que aquele não fosse seu ultimo beijo com Regina. A loira manteve um sorriso trêmulo e despareceu em sua fumaça.

**

— EMMA! – Ruby gritou quando Emma de repente apareceu em sua cama, ficando exatamente entre ela e Elsa.

— Preciso da sua ajuda – respondeu desesperada – Hum, olá Elsa – disse Emma virando-se e dando de cara com Elsa, ela provavelmente havia interrompido alguma sessão entre as duas.

— Da próxima vez pode dar algum sinal de que vai aparecer? – pediu Ruby levantando-se da cama, estava vestida, o que Emma agradeceu.

— Ruby é uma emergência, vida ou morte, entende?

— Primeiro você pode sair da minha cama? É um pouco desconfortável ver você ao lado da minha namorada quase nua – Elsa corou e Emma pediu desculpas saindo do local – O que aconteceu? Está tendo dúvidas se vai ou não casar? Se estiver pensando em desistir não me inclua na sua fuga, Regina me encontraria e arrancaria meu coração.

— Pega o convite – pediu Emma, Ruby foi até a sua escrivaninha e pegou o convite – Agora leia a data.

— 13 de Novembro – respondeu Ruby não entendendo onde Emma queria chegar.

— Que dia é hoje?

— 11 de Novembro – respondeu Elsa.

— AMANHÃ É O CASAMENTO! EU ERREI A DATA, RUBY! REGINA VAI ME MATAR! – concluiu Emma andando de um lado para o outro com as mãos nos cabelos – Essa foi a única coisa que ela pediu, para eu cuidar dos convites, e olha o que eu faço? Erro a data e mando para todo mundo, ninguém vai aparecer amanhã porque amanhã é 12 de Novembro, e eu coloquei dia 13 no convite! – Ruby começou a gargalhar, não acreditando que Emma havia cometido esse erro.

— Ems você está tão morta, mas não se preocupe, no seu enterro eu irei falar coisas boas sobre você – Elsa bateu no braço de Ruby, repreendendo sua atitude.

— OH CÉUS! EU VOU MORRER!

— Emma, calma! Nós iremos te ajudar. Vai ficar tudo bem, iremos agora à casa de cada convidado e diremos o acontecido, Regina não vai perceber que você errou. Agora se acalma e me diz, quantos convites foram?

— Oitenta e um – Elsa olhou para Ruby que começou a gargalhar novamente.

— Você pega um papel e anota o nome de todos os convidados – disse Elsa apontando para Emma – Depois nos dividiremos e iremos falar com todos, vai ficar tudo bem – respondeu acalmando mais a salvadora.

— Elsa, você é minha nova melhor amiga – disse Emma abraçando Elsa e dando língua para Ruby.

— Me lembre de nunca deixar você organizar nada meu – respondeu Ruby ainda gargalhando.

...

Emma olhou para o relógio e faltava apenas cinco minutos para meia noite, sorriu aliviada por ter dado tudo certo, estava saindo da casa de Cruella, a última pessoa da lista. Todos foram avisados que amanhã seria o casamento e não no dia após. Emma, Ruby e Elsa fizeram todos prometerem que jamais iriam comentar com Regina sobre o pequeno deslize de Emma. A xerife agradeceu as suas amigas e fez seu caminho até a mansão, olhou para o celular e viu que tinha vinte sete chamadas não atendidas de Regina, resolveu desaparecer em sua fumaça para chegar mais rápido na mansão.

— RESOLVEU APARECER?! – Emma tomou um susto quando apareceu em sua sala, parecia que Regina sabia exatamente o momento que iria aparecer. A xerife se assustou ainda mais ao ver a maquiagem de Regina escorrendo em seu rosto, havia chorado, Emma estava aterrorizada pensando que poderia ter acontecido algo com os bebês – COMO VOCÊ PÔDE FAZER ISSO? NAS VÉSPERAS DE SEU CASAMENTO?

— Regina? O que esta acontecendo? – perguntou não entendo o desespero da mulher. Regina pegou o vaso mais próximo e atirou em Emma, a loira abaixou-se desviando – REGINA!

— EU NUNCA DEVERIA TER ACEITADO SEU PEDIDO, NUNCA DEVERIA TER DEIXANDO VOCÊ ENTRAR NA MINHA VIDA, MALDITO DIA QUE FIZ ISSO! – Regina direcionou suas mãos à Emma e a mulher voou para longe.

— Regina, meu amor... – Emma levantou-se e voltou a falar, porém com uma voz mais mansa, provavelmente eram os hormônios de Regina se manifestando – O que houve? O que eu fiz?

— VOCÊ DISSE QUE ESTAVA COM SNOW, MAS NA VERDADE ESTAVA NA CASA DA CRUELLA! VOCÊ ME TRAIU, EU VOU MATAR AQUELA CADELA E DEPOIS VOCÊ! – Emma gargalhou o que se arrependeu no mesmo momento, Regina mais uma vez a fez voar para longe.

— Meu amor, não é nada do que está pensando – Emma desapareceu em sua fumaça, apenas para aparecer na frente de Regina e a segurar, antes que ela lhe jogasse novamente – Eu fui à Cruella sim, mas apenas para dizê-la que se ela fizer alguma coisa amanhã que estrague seu dia, eu mesmo iria expulsá-la de Storybrooke – respondeu Emma vendo Regina relaxar em seus braços – Eu jamais iria trair você Regina, eu te amo demais para isso.

— Sério que você foi fazer isso? – perguntou Regina envergonhada. Emma afirmou, mesmo sabendo que era mentira, não poderia dizer que havia falhado com a única tarefa que Regina havia lhe dado – É que estou sempre gritando com você, achei que pudesse querer desistir – Emma ergueu a cabeça de Regina e a olhou diretamente em seus olhos castanhos.

— Eu nunca irei desistir de você ou de nós, e você mesmo grávida continua a mulher mais sexy que já vi na minha vida, e olha que já vi muitas – respondeu fazendo Regina sorrir, Emma capturou os lábios da prefeita pensando no grande dia que estava chegando.

...

— Qual é Rubs, mas deu tudo certo não foi? Prometo não falhar com isso, e se caso eu falhar, você jamais saberá, assim como Regina jamais soube que errei – Emma continuava a tentar convencer Ruby de que ela era a pessoa certa para organizar a festinha de Amy.

— Não Ems – respondeu.

— Você me deve isso, se lembra da competição de casais? Você tentou me prejudicar, mas eu, como ótima amiga desculpei você na mesma hora. Porque é isso que as amigas fazem, elas perdoam e confiam – Ruby girou os olhos, Emma sempre jogava na sua cara o acontecido há cinco anos na competição.

— Okay, mas se você falhar, você vai se vestir de Elsa e cantar Let it Go para minha filha – Emma sorriu e pulou nos braços de Ruby, passando suas pernas em volta da cintura da mulher – Menos Em...

— Vai ficar tudo bem, em dois dias Amy terá a melhor festa de sua vida – respondeu dando um beijo em Ruby e saindo de seus braços.

— Em dois dias Em, lembre-se disso, não quero que um dia depois toda Storybrooke apareça na minha casa perguntando por alguma festa – Emma girou os olhos e deu um leve empurrão em Ruby.

— Olá meninas – as duas olharam para o lado e sorriram ao ver Whale.

— Se não é o homem que está perturbando minha esposa – Whale sorriu sabendo do que Emma estava falando, Ruby pediu licença para os dois e foi até uma das garçonetes que estava chamando-a.

— Eu não sou mais um problema para Regina, não se preocupe. O assunto do novo cirurgião já foi resolvido, pensei em você, mas Regina descartou a possibilidade alegando que iriar consumir muito seu tempo – Emma sorriu concordando – Mas enfim, o novo cirurgião deve está chegando dentro de alguns dias, parece que alguns dos moradores de Storybrooke o conhecem – uma garçonete apareceu ao lado de Whale e o entregou uma sacola com o pedido do médico – Até mais, xerife – disse o homem indo embora, Emma apenas acenou enquanto pensava em quem poderia ser o novo cirurgião que alguns conheciam.

...

— Belle, quero agradecer novamente por ter pensado em mim para isso – respondeu Glinda animada com sua nova função em Storybrooke.

— Você é perfeita para isso, com a expansão da biblioteca e o aumento de pessoas visitando, eu não conseguiria dar conta disso sozinha. Estou feliz por você ter aceitado – respondeu Belle enquanto andava mostrando à Glinda cada categoria de livros.

— Como estão suas filhas? – perguntou Glinda mudando de assunto.

— Estão ótimas, nunca pensei que um dia seria tão feliz como estou agora. Sempre tive fé que Rumple iria mudar, mas às vezes eu me pegava pensando se isso realmente iria acontecer ou ele sempre daria um jeito de esconder algo de mim, mas depois do nascimento de Lexa ele mudou de uma forma que nem eu imaginava que poderia, e depois veio Aria, ele realmente é outro homem. – respondeu com um brilho nos olhos que fez Glinda sorrir junto.

— Sei muito bem como é se sentir assim, eu sou apaixonada pela Bruxa Má. Mas sempre acreditei que Zelena apenas vestia aquela máscara de ruim para assustar as pessoas, ela tem um bom coração, sempre teve, só escondia por medo de se ferir – então Belle percebeu o quão parecida suas histórias eram – Posso perguntar algo? – Belle afirmou – Lexa ou Aria já manifestaram algum tipo de poder?

— Com um ano Lexa espirrou e todos os quadros da casa caíram – disse Belle gargalhando ao lembrar – Ficamos assustados, Rumple até achou que ela não teria nenhum tipo de magia, mas sim, se manifestou e muito cedo, porém Aria não teve nenhum acontecimento, não sei se também possuirá – respondeu Belle não dando muito importância – Quando Lexa tinha quatro anos, Rumple começou a ensiná-la ao que não fazer, não posso dizer que ela tem total controle, mas faz o possível para isso.

— Karma viu Zelena desaparecer e agora não para mais de fazer, o pior é que não sei como evitar, não sei nem ao menos o que acontece ou onde ela se esconde quando faz isso – disse frustrada, Belle sorriu e tocou no braço da mulher.

— Não se preocupe, enquanto você fizer um grande caso sobre esses desaparecimentos dela, ela continuará a fazer, apenas ignore e ela vai se cansar de fazer. Karma parece ser bem parecida com Zelena, acho que Cora deverá ter alguns truques que possam lhe ajudar – Glinda sorriu com o conselho de Belle, aquele momento seria o começo de uma grande amizade.

...

— VOCÊ! PARADO! – Hook parou e levantou suas mãos, Alison estava no carrinho próximo ao pirata – Agora vire lentamente e entregue minha neta! – Hook virou-se percebendo que era Charming e não o barba negra querendo lhe levar para o fundo do mar.

— Charming? Você não deveria está trabalhando? – perguntou o homem tirando seus óculos escuros e colocando em sua cabeça.

— Essa é a pergunta que eu venho fazendo a você há cinco anos – respondeu Charming para Hook, desde que se casou com Cora, o pirata havia parado seus trabalhos domésticos nas casas de Storybrooke – Emma me liberou – respondeu.

— Minha vida profissional não é seu problema, agora se me dá licença, irei passear com minha neta – disse o pirata, porém Charming segurou o carrinho onde sua neta estava, impedindo que fosse para algum lugar com Hook.

— Minha neta! – disse Charming.

— Nossa neta – respondeu Hook olhando para a garotinha que gargalhava ao ver os dois homens – Você está convidado a um passeio conosco, se quiser – Charming tinha os olhos semicerrados para o homem e depois olhou para Alison.

— Eu levo o carrinho – disse Charming tomando o carrinho para si e entregando uma bolsa que estava dentro do carrinho. Hook girou os olhos e segurou a bolsa enquanto andava com o homem ao seu lado.

...

— Mamãe? – Regina levantou sua cabeça, deixando os papéis que verificava de lado, ao ouvir a voz de seu filho – Estou atrapalhando? – pergunto fechando a porta atrás de si. Regina negou com a cabeça e levantou-se para abraçar o rapaz que já passava dela.

— Você nunca atrapalha, meu amor – respondeu Regina dando um beijo na bochecha do garoto, sorrindo quando viu a leve marca de batom na pele de Henry – O que aconteceu? Você só me visita no trabalho quando tem algo de extrema importância acontecendo – disse voltando a se sentar em sua usual cadeira.

— Não é de extrema importância, é apenas uma mudança de planos – respondeu o garoto não sabendo ao certo por onde começar.

— Não me diga que você resolveu aceitar minha proposta de ser o prefeito da cidade e continuar em Storybrooke? – perguntou animada – Henry, você não sabe como isso me deixa feliz! – disse com um sorriso enorme.

— Hum... Só um minutinho mamãe – pediu o garoto levantando-se. Regina não falou nada, apenas observou o garoto fazer uma ligação – Você pode vir agora? É rápido, ou ao menos eu espero que seja, okay, okay, por favor – Henry desligou e voltou a sentar-se na cadeira diante de sua mãe.

— Com quem você est – Regina já estava para perguntar com quem seu filho estava falando, quando foi respondida por uma fumaça azul aparecendo em seu escritório – Emma – respondeu ao ver a mulher, algo lhe dizia que aquilo não era algo bom.

— CHEGUEI TARDE?! O QUE ELA FEZ COM GRACE? – perguntou Emma desesperada ao ver que Grace não estava presente, supôs que Henry já havia falado a notícia e Regina tinha tirado o coração da pobre garota.

— Vocês têm um minuto para me explicar o que raios está acontecendo! – disse Regina levantando-se e descansando suas mãos sobre a mesa de vidro que a separava de Henry e Emma – Espera um minuto – Regina olhou bem para seu filho, ele estava mais pálido do que o normal, os dedos batucando as pernas, mostrando claramente seu nervosismo, Emma havia dito algo sobre Grace o que provavelmente aquela notícia envolvia a garota. Os olhos de Regina estavam para saltar de seu rosto quando percebeu o que estava acontecendo – GRACE ESTÁ GRÁVIDA?! – gritou Regina furiosa, o espelho que tinha em seu escritório foi quebrado em vários pedaços assustando os dois – EU VOU MATAR VOCÊ EMMA! – disse a mulher apontando para a esposa, Emma olhou assustada para Regina se perguntando onde ela entrava naquela culpa.

— O quê? Eu não engravidei Grace. Você foi a única que teve a sorte de engravidar por minha causa – respondeu se defendendo.

— Você que fez isso tudo, se não fosse por você dando uma de cupido eles não estariam juntos, mas você tinha que bancar a salvadora que traz os finais felizes para todo mundo. – Henry olhava para suas mães assustado – Olha para mim? Eu tenho cara de ser avó?! – Emma se afastou da mulher com medo do pior, os objetos da mesa já estavam começando a flutuar com o estresse da prefeita – E VOCÊ HENRY? ACHEI QUE EMMA HAVIA DEIXADO BEM CLARO COMO SE PREVINIR, VOCÊ NÃO USOU PROTEÇÃO? – perguntou Regina deixando seu filho vermelho de vergonha.

— GRACE NÃO ESTÁ GRÁVIDA – respondeu Henry levantando-se. Regina olhou para o garoto, procurando saber se era verdade sua confissão, respirou aliviada ao ver que ele não estava mentindo - Mamãe... Primeiro quero que saiba que estou fazend

— Henry vai estudar em New York e Grace vai junto. – respondeu Emma atropelando as palavras do filho, Henry olhou imediatamente para Emma lhe dando um olhar aniquilante. Ele deveria contar, e de uma maneira que não deixasse sua mãe furiosa como estava naquele exato momento.

— Meu bebê naquela cidade grande? Com aquelazinha? – comentou Regina sentando em sua cadeira ainda não acreditando.

— Olha mamãe, eu amo você, mas já estou começando a me irritar com essa sua implicância com Grace. Estamos juntos há quatro anos e você sempre faz questão de mostrar o quanto odeia minha namorada. Eu vou para New York com ela sim, eu a amo, achei que já soubesse disso, nós vamos morar juntos, estudar na mesma Universidade. Em alguns anos eu a pedirei em casamento, e espero que até lá você já tenha parado com essa implicância, porque eu quero você presente quando eu estiver dizendo sim para ela no altar, mas se você continuar agindo desse modo, por favor, faça o favor de não aparecer – respondeu Henry saindo do escritório de Regina, Emma nunca havia visto seu filho agir daquele modo, principalmente com Regina que era a pessoa que ele mais amava.

— Wow... – disse Emma surpresa.

— Você ouviu isso? Ele já está pensando em casar, ele só tem dezoito anos! – Emma girou os olhos com a preocupação de Regina.

— Meu amor, você precisa falar com ele. Ontem ele veio me contar essa novidade, o garoto estava mais nervoso do que eu quando estava para casar, ele estava preocupado com o que eu fosse achar, porém estava ainda mais nervoso com o que você fosse pensar, ele não queria que você se decepcionasse com ele. Acho que agora está na hora de levantar uma bandeira branca para Grace, a garota é um amor de pessoa e é perceptível o quanto ela ama Henry. Você já tem minha mãe para implicar, não precisa de Grace – explicou, levou uma mão ao rosto de Regina e conectou seus lábios com aqueles vermelhos da prefeita.

— Mas ele é meu bebê, não quero deixá-lo ir... – confessou o seu medo.

— Henry sempre será seu bebê e ele sabe disso, mas você tem que deixá-lo ir, está na hora dele caminhar com as próprias pernas, ele sabe que sempre terá você e eu para ajudá-lo no que for preciso. Ele vai para New York dentro de algumas semanas, e sei o quanto você sentirá falta dele, mas é assim que a vida segue. Daqui a pouco será Felicity, Clarke e Alison... – Emma se arrependeu de falar aquilo, Regina começou a chorar com a imagem de ver suas filhas indo embora.

— Não, minhas meninas não. Elas não sairão do meu lado – respondeu a prefeita com lágrimas escorrendo.

— Tudo bem meu amor, acho que podemos trancá-las em alguma torre – respondeu Emma sorrindo e sentando sobre as pernas da prefeita, abraçou Regina como podia e esperou suas lágrimas secarem para poder ir embora.

...

— Own mais que adorável criança – comentou uma senhora já idosa ao ver Charming segurando a garotinha, e Hook ao seu lado, fazendo palhaçadas para a garotinha sorrir.

— Ela é linda, não é? – disse Hook para a mulher.

— Vocês formam uma linda família, vocês dois são um casal adorável – disse a senhora sorrindo para Hook e Charming.

— Obrigado – respondeu Hook orgulhoso, Charming olhou incrédulo para o homem.

— Não somos um casal, ela é nossa neta, eu sou casado com uma mulher – respondeu Charming imediatamente, a senhora sorriu como se não estivesse acreditando nas palavras do homem – É sério – explicou o príncipe. A mulher concordou e continuou a caminhar – Ótimo, agora ela pensa que somos um casal.

— Por que se incomoda tanto hein? O quê? Não sou bom o bastante para você? É isso? Pois fique sabendo que muitos de Storybrooke ficariam extremamente felizes em ser confundido como casal comigo – respondeu Hook ofendido com as palavras de Charming. O príncipe olhou para o homem se perguntando se ele estava brincando ou se estava realmente falando sério.

— Hook, não somos um casal – respondeu o homem colocando Alison novamente no carrinho.

— Claro que não somos, principalmente depois de me negar como fez agora a pouco – Hook colocou a bolsa de Alison no ombro e segurou o carrinho – Vamos Ali, vamos para algum lugar onde não nos neguem – Hook saiu empurrando o carrinho, deixando Charming completamente confuso com o ataque do pirata, conviver com tantas mulheres talvez estivesse deixando ele mais sensível.

...

— Hum... Sra. Mills? – Grace deu alguns passos para trás, provavelmente Henry já havia falado com a mulher e essa era hora que ela iria tirar seu coração.

— Swan Mills – corrigiu Regina – Posso entrar ou você vai me deixar aqui fora? – perguntou a prefeita. Grace tentou disfarçar seu nervosismo, mas parecia impossível, deu espaço para a mulher entrar no lugar.

— Sra. Swan Mills, eu entendo que a senhora deve está chateada com a novidade de Henry, mas você tem que saber que não tenho culpa disso, eu fui bem clara ao dizer que ele deveria escolher o que ele amava, o que ele quisesse fazer.

— E ele fez isso, escolheu o que amava, escolheu você – respondeu Regina sentando na poltrona da sala, Grace sentou-se no sofá de frente para mulher – Confesso que essa ideia não me deixou feliz, mas ele é meu filho e confio cegamente nele, eu eduquei um príncipe e foi nisso que ele se tornou. Tenho que me acostumar com a ideia de que não sou mais a primeira em sua lista – Grace balançou a cabeça negando.

— A senhora e Emma sempre serão as primeiras na vida de Henry, não só vocês, como toda a família. Henry a ama e seu julgamento é o que mais vale para ele. Sei que não agrado muito a senhora, mas isso não vai me fazer desistir de Henry, eu o amo e posso conviver com o desprezo da senhora se isso me fizer continuar com ele – Regina tinha um sorriso nos lábios, quase imperceptível, mas tinha. Emma tinha razão, Grace amava Henry.

— Bom, acho que podemos dar uma trégua nisso, não posso dizer que vou passar a amá-la e chamar você de filha, mas podemos começar com você deixando o Sra. Swan Mills e me chamar de Regina – Regina estava fazendo aquilo por seu filho e Emma, sabia que seria importante para os dois, principalmente para Henry.

— Parece um bom começo – respondeu Grace direcionando sua mão para Regina, a prefeita hesitou um pouco, mas segurou, a trégua estava dada.

— Meu amor? A porta estava aberta então eu entr... – Henry parou de falar ao ver sua mãe na casa da namorada – Mamãe? O que faz aqui?

— Não se preocupe, está tudo bem. Estamos apenas recomeçando as coisas – respondeu Grace sorrindo, Henry deu um beijo na testa da namorada enquanto olhava para sua mãe.

— Não precisa se preocupar, eu não estou aqui para tirar o coração de sua namorada – explicou Regina se levantando.

— Eu amo vocês duas, só quero que se deem bem – pediu Henry soltando-se de sua namorada e ficando diante de sua mãe – Pode ser?

— Tudo que meu pequeno príncipe quiser – respondeu Regina fazendo seu filho corar. Henry abraçou sua mãe, aliviado por aquela implicância ter diminuído, porque ele sabia muito bem que não iria acabar, Regina era muito ciumenta para se dar bem com sua namorada – Enfim, preciso voltar para meu escritório. Tenham um bom dia – respondeu Regina para os dois.

— Amo você, mamãe – respondeu o menino acompanhando sua mãe até a porta.

— Tchau Regina – respondeu Grace, Regina fingiu um sorriso para garota e saiu, deixando os dois a sós. Pensando que a qualquer momento iria se arrepender de ter dado uma trégua para Grace.

— Regina? Ela deixou você chamá-la de Regina? – perguntou Henry não acreditando – Ela deve me amar mesmo – respondeu gargalhando logo recebendo um soco de Grace, o garoto segurou os braços da namorada e a beijou.

...

— Olá queridinha – Cruella sorriu para a pequena figura de olhos claros e cabelos loiros.

— CLARKE! ESSA MULHER VAI ME SEQUESTRAR! – Felicity gritou assim que a mulher estranha se aproximou. Cruella sorriu para os outros parentes que estavam buscando as crianças na escola e negou que estivesse fazendo algo com a criança.

— Não vou sequestrar você, queridinha. Sou amiga das suas mã, AI! – gritou Cruella sentindo uma dor em sua perna, outra loira de olhos claros havia chutado a mulher.

— Ninguém sequestra minha irmã! – respondeu Clarke se aproximando de Felicity.

— Eu não quero vocês, seus projetos de monstrinhos – respondeu a mulher passando a mão em sua perna, com intuito que a dor passasse logo – Preciso da ajuda da espertinha, Cora me disse que você poderia me ajudar, qual é a de vocês? – perguntou olhando para as duas, mas nenhuma se moveu – Se me ajudarem dou um cachorrinho para vocês.

— Mamãe não gosta de cachorros – respondeu Felicity cruzando os braços.

— Okay, diabinha número um – respondeu Cruella apontando para Felicity – Você me parece ser a esperta das duas – Cruella abriu sua bolsa e tirou um notebook – E você diabinha número dois, é melhor nunca mais me chutar – respondeu vendo que Clarke se aproximava dela novamente.

— Vou contar à mamãe que você me chamou de diabinha! – respondeu Felicity dando língua para Cruella.

— Diabinha número um, como eu faço para isso que isso fique visível para todo o mundo? – perguntou Cruella mostrando um site em construção.

— Não vou ajudar você e seu cabelo é horrível – disse Felicity, Cruella estava a ponto de levar aquela criatura para seus cachorros, mas precisava da ajuda de alguém que não fosse sair dizendo para todo mundo o conteúdo do site.

— Se você não me ajudar, digo à Regina que vocês estavam comendo doces antes do almoço – ameaçou.

— Fee, ajuda ela. Você sabe que mamãe fica uma fera quando descobre que comemos doce – respondeu Clarke com medo de que aquela mulher falasse algo.

— Ouça a diabinha número dois, queridinha – Felicity murmurou algo e se aproximou de Cruella – Como faço para isso circular? – perguntou se referindo ao site. Felicity girou os olhos e apertou em um botão – Pronto? O que você fez? Ah e nada de comentar isso com alguém.

— Apertei onde tinha concluído – respondeu deixando Cruella boquiaberta, como se fosse algo de outro mundo, obteve ajuda de Úrsula para fazer todo o layout, porém a mulher não estava no momento e ela precisava urgentemente que aquilo ficasse pronto.

— Cruella? O que está fazendo com minhas filhas? – Emma apareceu para buscar suas filhas e acabou dando de cara com uma cena fora do comum, Cruella com crianças.

— Emmyzinha! – Cruella abraçou Emma descendo sua mão descaradamente para apertar as nádegas da xerife.

— Opa, okay... Chega de abraço – respondeu Emma saindo do abraço. Felicity e Clarke olharam desconfiadas para Cruella – O que está fazendo aqui?

— Oh nada de importante, estava passando por aqui e vi esses dois anjinhos e resolvi dizer olá, tenho que dizer, quando essas duas crescerem serão tão sexy quanto você, Emmyzinha.

— O que é sexy, mamãe? Eu serei sexy? – perguntou Felicity curiosa, Emma engoliu a seco e olhou para Cruella incomodada com o comentário.

— Oh meu amor, quer dizer que é uma pessoa de bom coração. Mas não podemos falar isso para mamãe, porque ela não gosta muito dessa palavra, okay? – pediu Emma olhando para as duas garotinhas.

— Enfim, tenho que ir. Mande lembranças para Regina e diga que estamos com saudades dela nas nossas reuniões – respondeu Cruella piscando para Emma e saindo, pegou sua bolsa e colocou o notebook no lugar. Continuou a andar até Emma perdê-la de vista.

— Não gosto dela Moomy – disse Clarke olhando para a mulher que caminhava.

— Vamos meus amores – chamou Emma pegando na mão de cada uma de suas filhas.

...

— Então temos um acordo? – perguntou Ingrid para Ruby.

— Temos um acordo. De agora em diante você irá fornecer sorvetes para Granny’s, temos muitas sobremesas que necessitam de sorvetes e pelo que ouvir dizer, os seus são deliciosos – respondeu Ruby animada por está fazendo aquela parceria.

— Obrigada. Fico feliz com isso, a propósito, esse lugar é espetacular – respondeu Ingrid maravilhada com o lugar.

— Rub? Encontrei esse site de – Elsa entrou animada no escritório de Ruby sem saber que a esposa tinha companhia – Desculpe, não sabia que tinha visita – desculpou-se.

— Vem aqui meu amor, quero que conheça uma pessoa  – Elsa se aproximou e pela primeira vez manteve contato visual com a estranha na sala – Ingrid, essa é Elsa, minha esposa. Elsa essa é a nova fornecedora do restaurante.

— É um prazer conhecê-la, Elsa – respondeu Ingrid levantando-se e direcionando sua mão para a loira.

— Igualmente, Ingrid – quando Elsa tocou na mão de Ingrid, sentiu algo estranho, como uma corrente elétrica passando de si para a mulher. Elsa não tirou os olhos da mulher, poderia arriscar a dizer que seus olhos estavam lacrimejados.

— Hum, preciso ir – respondeu Ingrid voltando a realidade, depois de um rápido devaneio.

— Você está bem? – perguntou Ruby.

— Sim querida – respondeu a mulher. Ruby deu um beijo no rosto de Elsa e acompanhou Ingrid até a saída. As duas foram caminhando e combinando de se encontrar no dia seguinte para que Ruby provasse os sorvetes. Ingrid parou ao ver Maleficent sentada em uma mesa com Jefferson, o que causou uma ponta de ciúmes na loira. Ruby acompanhou toda a cena e girou os olhos – Até mais, Ruby – respondeu indo embora.

— E quando eu achava que nosso clube havia fechado, chega outra lésbica na cidade – comentou Ruby para si quando percebeu os olhos de Ingrid em Maleficent.

...

— Prefeita? – Regina levantou seu olhar para ver a secretária entrando no seu escritório – Lembra-se da mulher que eu falei? Ótima babá? – Regina afirmou, lembrando-se do que havia pedido à Ashley – Ela está aqui.

— Mande-a entrar – pediu Regina torcendo para que gostasse da mulher, precisava de uma babá, já não queria pedir para sua mãe ou Snow ficarem de babá de suas filhas.

— Com licença – Regina levantou novamente seu olhar e deu de cara com uma mulher ruiva de olhos verdes bastantes expressivos – Eu sou Ariel, Ariel Fish – disse a ruiva sorrindo simpaticamente para a prefeita. Regina sorriu e pediu para que a mulher senta-se, algo dizia que aquela ruiva seria perfeita para ser a babá de suas filhas.

...

Emma estacionou seu carro e tirou as crianças, estavam indo buscar Regina no trabalho.

— Ei mocinha, o que é isso na sua mão? – perguntou Emma vendo que Felicity segurava uma tulipa vermelha.

— Oliver deu a ela, Moomy – dedurou Clarke.

— Clarke! Odeio você – respondeu guardando a flor.

Emma automaticamente se pegou pensando no dia do seu casamento, assim que viu a flor nas mãos de sua filha, foi inevitável, lembrou-se de um dos dias mais importantes de sua vida.

Emma estava parada sendo observada por mais de oitenta pessoas em seu jardim, Regina estava vinte minutos atrasada e a xerife estava começando a achar que ela havia desistido. Archie que iria celebrar o casamento vez ou outra pedia para Emma se acalmar, sabia que a mulher estava nervosa. Olhou para seu pai e o homem sorriu e disse um “você está linda” mudo, mas Emma podia ler pelos lábios que era isso que ele tinha falado. Como Regina havia impedindo-a de usar jaqueta vermelha, Emma optou por um vestido também, estava magnífica, mas tinha certeza de que o sol do casamento era Regina e não ela. Emma respirou fundo quando começou a ouvir sussurros das pessoas, se perguntando onde a prefeita estava, foi quando ela olhou para frente e sorriu, sorriu como nunca havia sorrido antes, não se importava se nas fotos iria aparecer como se ela fosse uma espécie de louca ou maníaca que não tirava o sorriso dos lábios, estava focada demais em olhar para a mulher mais linda do mundo, por mais clichê que isso parecesse. Regina andava até Emma com Henry ao seu lado, a loira nunca pensou que sentiria tanta felicidade assim, depois de tudo que havia passado em sua vida, depois de tudo o que ela e Regina passaram, elas estavam ali, juntas e apenas a uma palavra de ficar assim para sempre.

Regina estava tão linda naquele vestido, o cabelo caia sobre seus ombros como se fosse algum acessório que deveria ficar exatamente ali. A prefeita tinha um brilho nos olhos que poderia iluminar toda a cidade, sorriu ao ver o quão boba Emma parecia sorrindo daquele jeito, mas era esse um dos motivos pelo qual havia se apaixonado pela mulher, ela era toda do avesso e Regina a amava do mesmo jeito. Podia-se ouvir Hook assoar o nariz de tanto chorar, Cora sorria ao ver sua filha tão feliz daquele modo.

— Cuida dela – disse Henry engrossando sua voz, querendo parecer alguma espécie de pai protetor.

— Pode deixar garoto – respondeu Emma sorrindo para o filho e pegando na mão de Regina – Ultima chance, não quer fugir de mim? – sussurrou para Regina.

— Você está presa à mim – respondeu tentando segurar ao máximo suas lágrimas.

Archie começou a falar o necessário para que aquilo se tornasse oficial, porém Regina e Emma não conseguiam prestar muita atenção no homem, Regina estava muito ocupada pensando no quão feliz estava, Emma estava se embriagando com o perfume de Regina, só queria acelerar logo tudo aquilo e partir para lua de mel.

— Estão com os votos? – perguntou Archie, as duas afirmaram – Regina? - Regina olhou para Emma e Henry entregou o papel que ela tinha escrito seus votos.

— Muitas pessoas devem está se perguntando se eu me arrependo das coisas de ruim que fiz no meu passado, por muito tempo eu me arrependi sim, mas depois que parei para pensar, eu jamais poderia me arrepender, senão isso jamais aconteceria, eu e você. Por mais que eu odeie admitir, tenho que agradecer a Snow, se ela não tivesse feito o que fez eu jamais teria ódio dela, não seria Má e certamente não lançaria a maldição, nunca teria encontrado e me apaixonado por você Emma, então não, não me arrependo de como meu destino foi traçado, porque ele me trouxe você. Obrigada por me mostrar o que é realmente ter um amor verdadeiro, obrigada por não desistir quando tudo parecia impossível para nós, obrigada por ficar todas as vezes que eu pedia para você ir, obrigada por me dar meu final feliz apesar de está apenas começando. Eu amo você, e pretendo amar sempre, até mesmo quando você não merecer meu amor, eu sempre te amarei – os convidados já estavam aos prantos quando Regina terminou, Emma não aguentou e deixou suas lágrimas escorrerem, era a primeira vez que Regina falava para todos os seus sentimentos – E caso vocês ainda não tenham notado, ela é minha – respondeu ganhando gargalhado de todos, inclusive de Snow, que estava feliz pelas duas.

— Isso é trapaça, você não poderia me fazer chorar – disse Emma envergonhada. Ruby foi até a amiga e entregou o papel com o voto de Emma, porém a loira negou, dizendo não precisar. Voltou a olhar para Regina e respirou fundo – Sei que você me pediu para não ser clichê, mas é impossível não falar de amor sem ser clichê. Você é o clique da minha vida, sabia? Você passa a vida apenas sobrevivendo, até que tem um momento de clique, que é quando você começa a viver realmente e não apenas a sobreviver, quando eu vi você pela primeira vez foi isso que aconteceu, você foi meu clique, você me despertou e comecei a viver. Você Regina, é a razão pelo a qual eu acredito em amor, pela qual eu acredito na vida, você demorou para chegar na minha vida, mas valeu a pena esperar cada segundo – Emma levou sua mão ao rosto de Regina enxugando a lágrima que caia – Todos os dias eu faço a mesma promessa para mim mesma, e agora vou fazer para que todos ouçam. Regina, eu prometo que sempre estarei ao seu lado, lhe darei qualquer coisa que você quiser, não importa o que seja, sempre me importarei com você, sempre acreditarei em você, mesmo nos momentos que você duvidar de você mesma. Eu te amarei a cada batida do meu coração – Emma concluiu com um sorriso nos lábios arrancando suspiros da maioria dos convidados, Regina não aguentou e a beijou, sem a permissão de Archie, estava presa aquela mulher e estava feliz com isso.

— Hum... Acho que vocês se aceitam então – respondeu Archie – Eu as declaro casadas... hum... Podem continuar a beijar – respondeu envergonhado. Aquele era mais uma etapa do para sempre delas.

...

— Moomy? Moomy? – chamou Clarke vendo sua mãe estranha.

— Hã? Desculpem. O que foi? – perguntou voltando a sua realidade depois da lembrança que invadiu sua mente.

— Vamos entrar, mamãe ainda está lá – respondeu Felicity correndo para entrar na prefeitura. Emma sorriu e acompanhou a garota junto à sua outra filha.


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Notas finais do capítulo

Então, vocês perceberam no capitulo passado o lance dos olhos da Emma ne? Então, tem um propósito... Ariel aparecendo, tem um propósito, Ingrid "parceira" de Ruby, tem um propósito, enfim..tudo tem um propósito rsrs
Ah, alguma ideia de quem seja o cirurgião(a) que irá chegar em Storybrooke no qual Whale falou? ;)
Bjors e me digam o que estão achando...



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