Keeping Up With Swan Queen escrita por Sky


Capítulo 17
That One With Almost Everyone


Notas iniciais do capítulo

Olá olá...
Boa leitura



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...

— Precisando de mim, querida? – Emma deu um passo para trás ficando detrás de Cora, como se estivesse se escondendo de alguém.

— Como sempre você apareceu na hora certa – respondeu Regina sorrindo para a amiga.

— Querida, aconteceu alguma coisa? – perguntou Cora virando-se e vendo Emma parecer desconfortável com algo.

— Ah, perdoe-me. Esses tentáculos são um pouco assustadores, não é? – presumiu Úrsula gargalhando da expressão de Emma, Regina girou os olhos quando percebeu que Emma havia se assustado com sua amiga – Melhor agora? – perguntou trocando os tentáculos por duas pernas.

— Nada pessoal, é porque polvo é um pouco perturbador para mim. Não que você seja, você é linda e ainda assim é um polvo, não que eu ache você perturbadora é só que – quanto mais Emma tentava tornar a situação melhor, mas ela se perdia nas palavras.

— Não dê muito atenção a ela, Úrsula. Ela não é muito boa com palavras – respondeu Regina dando de ombros.

— E posso saber quem é esse bobo da corte? – perguntou Úrsula se aproximando de Emma, a loira cruzou os braços com o comentário maldoso da amiga de Regina.

— Suas amigas são todas assim? Gentis? – Úrsula gargalhou ao ver que tinha chateado aquela pobre criatura – Meu nome é Emma Swan, sou o braço direito de Cora aqui no castelo e não bobo na corte – respondeu olhando para mulher.

— E trouxe sua filha com você? – perguntou a mulher olhando para o bebê em uma espécie de berço.

— Ela não é minha – retrucou Emma.

— Ela tem seus olhos, me parece sua filha – respondeu Úrsula. Regina então pela primeira vez reparou a semelhança entre as duas.

— Eu não chamei você aqui para discutir a maternidade dessa criança, preciso que você me ajude Úrsula – pediu Regina mudando de assunto.

— Estou apenas esperando você me dizer o quê.

— Preciso que você encontre algumas pessoas para mim, e preciso que seja o mais rápido que você puder. – Úrsula ouviu as palavras da mulher, pareceu ponderar por alguns minutos.

— Algumas pessoas? De quantas estamos falando? – perguntou.

— Seis, são seis crianças – respondeu Emma voltando a se preocupar.

— De onde tantas crianças apareceram? Não vejo uma criança nesse Reino há anos.

— Querida, você irá ou não nos ajudar? – impôs-se Cora vendo o quanto aquilo era importante para Emma.

— E quando eu deixei de ajudar a família das Trevas? – as três sorriram para Úrsula por diferentes motivos.

...

— Obrigada, obrigada mais uma vez por está fazendo isso Rainha da Neve – agradeceu Anna feliz por finalmente ter conseguido a ajuda da mulher.

— Não estou fazendo isso por você, da ultima vez que essa garota se isolou causou um caos no Reino. Estou fazendo isso para não ter que lidar com possíveis problemas na frente – retrucou Ingrid fazendo questão de parecer rude em seu tom de voz.

— Acho que tanta neve congelou o coração dela – sussurrou Olaf para Anna, Ingrid virou-se imediatamente ao ouvir o sussurro do boneco.

— Mais uma palavra sobre mim e eu coloco um sol sobre sua cabeça, em dez segundos você não passará de água – disse ameaçadoramente fazendo Olaf se esconder atrás de Anna.

— Ingrid, você irá nos ajudar certo? – perguntou Aria com medo de que tudo aquilo fosse em vão. Ingrid abaixou-se para ficar na mesma altura das crianças.

— Você tem minha palavra – respondeu a mulher sorrindo, aqueles dois de alguma forma haviam derretido o coração de gelo daquela mulher.

— Cuidado, Elsa pode ser bem perigosa – alertou Kristoff para Ingrid, recebendo um beliscão de Anna.

— Já vi o que ela pode fazer, me impressiona, mas não assusta – retrucou Ingrid. A rainha estava nervosa, já estava passando da hora de Elsa saber toda verdade.

— Ingrid, vai ficar tudo bem – encorajou Ezra sorrindo para mulher. Ingrid sorriu em agradecimento e seguiu para o castelo de gelo que a filha havia feito para se refugiar.

...

— Não está aqui, esses são todos os que eu tenho – respondeu Belle mostrando a ultima prateleira de livros.

— Você tem uma coleção impressionante – observou Henry vendo a enorme sala para os livros.

— A grande parte dos livros foi presente – respondeu Belle parecendo distante ao falar – Enfim, sinto muito por não poder ajudar.

— Eu não tenho ideia do que fazer agora, a vida da minha família está em minhas mãos e não sei o que fazer para ajudá-los – respondeu Henry frustrado, sentou-se na cadeira próxima a mesa e levou as mãos ao rosto.

— Por que precisava desse livro? O que tinha de importante? – perguntou Belle percebendo que o garoto ainda não havia comentado o motivo.

— Eu tinha esperanças de que esse livro ajudasse a minhas mães a lembrar de quem elas realmente são, elas perderam a memoria. Talvez eu não seja aquele que irá salvá-las... – explicou Henry olhando para Belle. A mulher viu a angustia naqueles olhos castanhos, viu que ele precisava de ajuda – O pior de tudo é que minhas irmãs estão sofrendo muito mais do que eu, elas têm apenas cinco anos e não param de perguntar sobre nossas mães.

— Tem alguém que talvez possa ajudar você com isso, mas não sei se é uma boa ideia.

— Eu sou a única chance de trazer as memorias delas de volta, Belle. Por favor, eu preciso da ajuda de alguém que realmente possa fazer algo a respeito disso, não importa quem seja ou o que me custe – Belle respirou fundo e virou de costas para o garoto.

— Há muito tempo eu fui mantida como prisioneira por um homem, ele é bastante poderoso e temido por muitos. Se tem alguém que pode ajudar você é ele, porém ele sempre cobra algo em troca de seus favores – explicou Belle. Henry sabia exatamente de quem ela estava falando.

— Seria muito pedir que você me acompanhasse até ele? Você parece o conhecer bem, talvez se eu aparecesse com você seria mais fácil – o plano de Henry estava indo exatamente como ele havia planejado.

— Não sei Henry... – a verdade era que Belle nunca queria ter deixado o homem, ela não se via como uma prisioneira nas mãos de Rumple, diferente do que todos achavam, ele tinha seu lado bom. Voltar e encarar o homem que a mandou embora depois dela ter se declarado, não parecia uma boa ideia.

— Tudo bem, sabe... Uma das coisas que aprendi com minhas mães foi: “Nunca desista das pessoas que você ama”. Não sei o que deve ter acontecido entre vocês, mas posso presumir que ele deva ser importante para você. Enfim, me dê o nome e eu irei sozinho – Henry sabia o que viria a seguir.

— Eu vou com você, precisamos encontrar Rumpelstiltskin – respondeu. E com essa frase Henry havia conseguido o que queria. Desde o começo ele sabia que Rumple poderia ajudá-lo, o homem era poderoso o bastante para poder ajudar a trazer as memorias de volta, se ele fosse sozinho em busca de Rumple certamente seria ignorado. Então Henry precisava da ajuda da pessoa que Rumple mais amava, Belle French.

— Obrigada Belle – agradeceu abraçando a mulher.

— Não podemos perder tempo, precisamos ir até seu castelo. No Reino das Trevas – respondeu lembrando-se da ultima vez que esteve naquele lugar.

...

— Como eu vou encontrar Amy agora? Argh! – Karma olhava para o castelo em busca de alguma forma de encontrar Amy sem ter que entrar naquele local.

— Não sabia que Cruella tinha outros bichinhos além dos cachorros – Karma não se virou, conhecia bem aquela voz, aquela voz que tanto estava sentindo falta – Ei, Ruivinha. Estou falando com você – Karma continuou parada. Zelena girou os olhos e pegou a garotinha, colocando a pequena em seu ombro como se fosse alguma espécie de mercadoria.

— Me solta! Me solta! – pedia Karma. Zelena abriu a porta do castelo e entrou em busca da amiga.

— Cruella? – chamou a ruiva.

— Na sala queridinha – ouviu Zelena. A ruiva ainda carregando a garotinha no ombro foi ao encontro da amiga – Trouxe-me um presente? Que gentileza – respondeu deixando a fumaça sair de sua boca. Zelena colocou Karma no chão, a garotinha cruzou os braços e virou a cara para não encarar as mulheres – Espera um minuto... – Cruella se aproximou reconhecendo aquela garotinha.

— Encontrei essa aí na porta do castelo, é sua?

— Céus não! Essa garotinha é ajudante de algum ser maligno, ela me atacou ontem. O que está fazendo aqui? – perguntou. Karma ainda mantinha os braços cruzados e uma expressão de poucos amigos. Zelena não conhecia aquela figura, mas estava começando a gostar do jeito da garotinha.

— AMY! AMY! – gritou Karma – AMY!

— Ela não é desse Reino – comentou Zelena achado estranhando a presença de crianças por ali.

— Claro que não é. Essa daí veio direto do quinto dos infernos – respondeu Cruella voltando a colocar o cigarro em sua boca.

— O que você está fazendo aqui? Não sabe que Cruella é uma pessoa má? Não tem medo? – perguntou Zelena olhando para garotinha marrenta.

— Medo dessa chaminé de casaco? Nem um pouco – Zelena não pôde deixar de gargalhar com a resposta da garota.

— Já chega filhote de Hades, você tem três segundos para sumir da minha frente ou então irei prender você aqui para sempre e tornarei você em uma dos meus cachorrinhos – ameaçou Cruella.

— Eu só saio daqui com Amy! AMY!

— Quem é essa Amy? – perguntou Zelena sentando-se ao lado de Cruella que agora tinha um de seus cachorros sobre suas pernas. Amy então voltou a sua forma normal, e continuou sentada sobre Cruella.

— MAIS QUE RAIOS É ISSO? – perguntou Cruella se assustando ao ver a garotinha loira sobre suas pernas.

— Tia C, já disse que isso faz mal. Você fica dodói aqui – Amy tocou no peito de Cruella que não conseguia expressar nada além de espanto. Zelena olhou para garotinha ruiva em busca de explicação.

— Amy é um lobinho, ela consegue se transformar em lobo. Ela seguiu sua carruagem ontem e viemos parar aqui, ela se transformou em lobo e você a confundiu com um de seus cachorros e a levou para dentro de casa – explicou Karma. Cruella olhava ainda espantada para Amy que agora abraçava a mulher.

— Own Cruella, parece que alguém está encantada por você – comentou Zelena achando adorável aquela cena.

— Eu amo você tia C, por que você não me ama de volta? – perguntou fazendo seus olhinhos parecerem mais adoráveis do que antes.

— Okay. Vocês duas fora da minha casa! – ordenou Cruella colocando Amy no chão e levantando-se. Amy sentou-se no tapete e começou a chorar, parecia que havia levado uma queda ou se machucado com algo, as lágrimas escorriam de seus olhos como um temporal.

— NINGUÉM MAGOA MINHA AMIGA! – quando Cruella e Zelena olharam para a ruivinha tomaram mais um susto, principalmente Zelena. A pele de Karma estava começando a ficar verde, o que acontecia com Zelena. Ela não ficava verde quando estava com inveja, ela ficava verde quando estava com raiva e não conseguia se controlar.

— Eu estou começando a achar que ela é sua filha, Zel – comentou Cruella olhando para a amiga, Karma estava para chutar Cruella quando Amy chorou ainda mais alto – Okay, loirinha carente vem aqui – chamou Cruella. Amy enxugou as lágrimas e foi até a mulher – Se eu der um abraço em você, promete parar com esse barulho irritante que sai da sua boca? – Amy balançou a cabeça e sorriu. Cruella girou os olhos e abriu os braços, Amy abraçou a mulher apertando-se a ela.

— Diz que ama ela! – ordenou Karma.

— Não força Zeleninha – respondeu Cruella para a garotinha.

— Diz que ama Amy ou então vou... Vou... Vou – Karma não sabia o que fazer para ameaçar a mulher.

— Não precisa dizer tia C, eu amo por nós duas – respondeu Amy beijando o rosto da mulher.

— Own Cruella, você tem que ficar com essa garotinha – disse Zelena morrendo de amores por aquela cena – Eu fico com a ruivinha.

— Okay. Já chega de abraços, agora vão embora – pediu Cruella, porém dessa vez sua voz estava mais suave.

— De jeito nenhum, passei a noite aqui e estou morrendo de fome. É melhor você me alimentar ou eu vou... Hum... Eu vou... – Karma mais uma vez se perdeu em suas ameaças, causando gargalhadas em Zelena.

— Tudo bem, mas depois suma da minha casa – ordenou Cruella, a mulher tentou se mover, mas percebeu que ainda havia uma criança colada em seu corpo – Você pode me soltar agora – disse Cruella para Amy.

— Eu nunca vou te soltar tia C. – respondeu. Cruella girou os olhos e foi para cozinha sendo acompanhada pelas duas ruivas e a criança grudada nela.

...

— Não estou gostando disso... – repetia Emma se afastando de Úrsula.

— E minha mãe ainda diz que você é corajosa – implicou Regina.

— Ei! Eu sou corajosa, só não gosto disso. Por favor, me diga que ela não está invocando algum espírito – pediu Emma. Úrsula tinha os olhos fechados e falava algo que não era possível compreender, Emma tinha certeza que a qualquer momento ela estaria cercada por espíritos.

— Agora já sei qual é seu ponto fraco – gargalhou Regina causando calafrios em Emma.

— Querida, nada vai aparecer aqui. Isso que Úrsula está fazendo é necessário, ela está buscando as crianças – explicou Cora acalmando Emma – Para de implicância Regina – pediu Cora repreendendo a filha.

— Você poderia ser mais amável assim como sua mãe, não iria doer se tentasse – Regina não deu atenção para o comentário de Emma, viu Úrsula abrir os olhos e tomar alguns segundos para se adaptar – Então, encontrou? – perguntou Emma ainda sem se aproximar da mulher.

— Sim... Duas garotinhas, uma ruiva e uma loira – respondeu Úrsula.

— Só pode ser Karma, onde elas estão? Eu tenho que buscá-las – respondeu Emma ansiosa.

— Não precisa, elas virão até aqui... – garantiu Úrsula – Agora faltam apenas quatro – Úrsula respirou fundo e voltou ao seu ritual.

— Como assim elas virão até aqui? – perguntou Emma confusa.

— Úrsula as encontra e elas simplesmente vêm até ela, faz parte do feitiço – explicou Regina.

— Não se preocupe querida, ela sabe o que faz – respondeu Cora.

— Ma... Ma – Regina e Emma olharam para trás e viram Alison sorrindo enquanto caminhava lentamente até as duas – Ma.

— Parece que ela já se acostumou mesmo com você – comentou Emma vendo a garotinha ir em direção a Regina.

— Acho que ela sente falta dos pais, por isso me chama de “Ma”. – Emma apenas observava Regina e Alison, parecia que eram realmente mãe e filha – Olha o que ela aprendeu. Ali o que fazemos quando Emma nos irrita? – perguntou Regina para a garota. Alison olhou para Emma e deu língua para a loira, fazendo Regina gargalhar – Ela é tão esperta.

— Cora, está vendo o que ela está ensinando a garotinha? Ela vai crescer me odiando – reclamou Emma cruzando os braços como uma criança mimada.

— Se isso não é um casal, não sei o que é – comentou Cora para si vendo a interação entre Emma e Regina sobre Alison.

...

— Fee, eles não lembram – comentou Oliver vendo a amiga ainda abraçada a perna de Hook.

— Sempre me esqueço de lembrar – disse Felicity soltando a perna do pirata.

— Vamos Hook, precisamos continuar – chamou Glinda com pressa.

— Qual o conceito de “boa” em Oz? – perguntou o pirata desaprovando Glinda – Não podemos simplesmente deixá-los aqui e continuar nossa jornada – respondeu Hook olhando para a loirinha próxima a ele.

— Hook, temos que continuar. Eu preciso encontrar a Salvadora, talvez ela possa me explicar o que isso significa. Preciso encontrar Zelena também.

— Eu sei onde elas estão – respondeu Felicity.

— As conhecemos, por que precisa encontrá-las? – perguntou Oliver se aproximando da mulher.

— Preciso encontrar Zelena para resolver algo pessoal, e preciso encontrar essa Salvadora para obter respostas sobre algo – explicou Glinda para as duas crianças. Felicity e Oliver trocaram olhares e sorriram.

— Eu posso dizer onde encontrá-las, se vocês nos levarem junto – pediu a garotinha. Hook sorriu e pegou a garotinha em seu braço, colocando-a sentada em seu ombro.

— Não importa o que diga, esses dois vão conosco – respondeu Hook sorrindo – Ei piratinha, se aproxime – pediu Hook à Oliver – Afinal, qual o nome de vocês?

— Eu sou Felicity, ele é Oliver – respondeu a garotinha segurando na cabeça do pirata enquanto passava suas pernas sobre a nuca de Hook.

— Como vocês conhecem a Salvadora e Zelena? – perguntou Glinda curiosa para saber como aquelas duas crianças por coincidência conheciam exatamente quem ela estava procurando.

— Minha mãe conhece Zelena e a Salvadora – respondeu Felicity deixando ainda mais Glinda desconfiada.

— Tudo bem, onde elas estão? – perguntou a Bruxa Boa.

— No castelo da Rainha Regina, as duas – respondeu Oliver.

— Você ainda não me falou quem é essa Zelena – indagou Hook curioso, Glinda não respondeu e continuou a andar – O castelo da Rainha é por ali – respondeu Hook apontando para esquerda, Glinda olhou para o homem e seguiu suas instruções.

— Zelena é a namoradinha dela – sussurrou Felicity, o homem parou e levantou sua cabeça para olhar a garotinha sobre seus ombros.

— Fee! – repreendeu Oliver.

— Ei rapazinho, não se repreende uma moça. – bronqueou o pirata – Como você sabe disso princesinha? – perguntou Hook para garota.

— Quer saber de toda historia? Okay... Tudo começou quando... – o pirata continuava a andar enquanto ouvia atentamente a historia de Felicity, Oliver se mantinha atrás do pirata em caso de Felicity cair para trás ele estaria ali para segurá-la.

...

— Como você conseguiu entrar aqui?! – perguntou Elsa assustada por alguém ter conseguido passar pelos obstáculos que ela havia colocado em volta do castelo de gelo que havia feito.

— Sua irmã está preocupada com você, não acha que está na hora de voltar? Arendelle precisa de você no comando – pediu Ingrid se aproximando.

— Ela não é minha irmã! Eu não pertenço a Arendelle, não pertenço a lugar algum. Saia daqui ou então você não vai gostar do que irei fazer com você – respondeu Elsa preparando suas mãos, Ingrid sorriu não dando muita importância.

— Ela é sua irmã e você pertence à Arendelle, você vai negar tudo o que você possui por causa dessa descoberta? Você está agindo como criança.

— Você não sabe nada sobre mim, você não sabe o que estou sentindo. Saber que fui abandonada pela pessoa que deveria me amar incondicionalmente não é algo que me deixa alegre – Elsa só queria se isolar de todos, precisava de um tempo para se adaptar, para digerir a noticia de que não era quem ela achava ser.

— Oh eu sei muito mais do que você imagina. Você não foi abandonada – Ingrid pôde ver a confusão no rosto da loira – Sua mãe não queria deixar você, sua vida estava em risco por isso ela teve que deixar você nas mãos desse casal. Ela sabia que eles iriam cuidar bem de você, sabia que eles lhe dariam tudo o que precisaria principalmente amor. – Elsa não sabia se queria continuar ouvindo aquilo ou simplesmente usar seu poder para fazer aquela mulher sumir – Quando ela finalmente conseguiu se livrar dessas pessoas más que queriam machucar você, ela voltou... Mas você parecia feliz com a nova família, então ela viu que não poderia tirar aquilo de você... Sua felicidade – Ingrid parecia viver novamente em sua mente tudo o que estava falando – Então ela passou a cuidar de você, sempre mantendo distância, mas sempre presente. Sua mãe nunca quis abandoná-la Elsa.

— Como... Como você sabe disso tudo? Quem é você afinal? – perguntou. Elsa não era muito de confiar nas pessoas, mas algo naquelas palavras, naquela expressão de Ingrid dizia que ela estava falando a verdade e por um momento Elsa se sentiu culpada pelos pensamentos negativos que passou a ter da mulher que deveria ser sua mãe.

— Porque... Porque... – Ingrid fechou os olhos, não sabia se iria aguentar a rejeição de Elsa – Eu sei disso tudo porque sou eu Elsa – Ingrid se aproximou e segurou a mão da garota – Eu sou sua mãe, meu nome é Ingrid e sou conhecida como a Rainha da Neve – Elsa olhou para a mulher que segurava sua mão – Você tem todo direito de nunca mais querer me ver, de querer que eu fique bem longe de você, eu – Ingrid perdeu as palavras quando sentiu a garota lhe abraçando, não conseguia entender aquela reação, esperava algo como ódio e não aquela atitude de afeto – Elsa...

— Está tudo bem, eu sabia... Eu sabia que era você – respondeu Elsa sorrindo, Ingrid não pôde segurar as lágrimas que caiam ao saber que Elsa não estava odiando-a - Há alguns meses eu encontrei o diário da minha mãe – Elsa soltou-se do abraço e olhou para mulher – Dizia tudo sobre o que aconteceu, dizia os motivos de você ter me abandonado, só não dizia quem era minha verdadeira mãe. Anna e eu passamos então a procurar quem poderia ser, foi então que Kristoff deu essa sugestão de que poderia ser você.

— Você... Mas por quê? Porque não me procurou antes e falou que sabia? – perguntou confusa.

— Eu queria que você confessasse, queria que você dissesse tudo. Tivemos essa ideia de que se você fosse realmente minha mãe iria me procurar quando soubesse o que tinha acontecido comigo e você veio... – respondeu emocionada.

— Você não me odeia? Não me odeia por tudo que fiz? – perguntou se certificando de que estava tudo bem.

— Quando eu descobrir no começo sim, odiei porque eu não entendi os motivos, mas o diário de minha mãe contava tudo, inclusive as diversas vezes que você me protegeu. Eu só queria encontrá-la e poder pedir algo.

— Qualquer coisa minha filha, qualquer coisa – respondeu Ingrid sorrindo feito uma boba.

— Podemos começar do zero?

— É o que eu mais quero – Ingrid abraçou a filha e beijou o topo de sua cabeça – Eu amo você tanto, me perdoe meu amor.

— Está tudo bem, você está aqui agora – respondeu feliz por finalmente ter encontrado a mãe.

...

— Essa garotinha é pior que praga, comeu toda minha comida – comentou Cruella observando Karma encher sua boca de bolo.

— Estou em fase de crescimento – defendeu-se Karma.

— Crescimento para o lado não é, diabinha? Você daqui a pouco sai rolando por aqui – implicou Cruella.

— Deixa Cruella, a garotinha está com fome – respondeu Zelena colocando mais um pedaço de bolo para a ruiva.

— Te amo – disse Karma para Zelena.

— Cadê a tia ursinha? – perguntou Amy. A loirinha estava sentada na perna de Cruella, se recusando a sair de perto da mulher.

— Tia Ursinha? Quem é essa? – perguntou Zelena tão confusa quanto Cruella.

— Tia Ursinha, boba – respondeu Amy sorrindo para Cruella – Ela é seu amor – respondeu deitando sua cabeça sobre o peito da mulher.

— Vocês são algumas daquelas criancinhas que nascem com problemas mentais, não é? – perguntou Cruella, tudo que aquelas garotas falavam não faziam o menor sentindo.

— Elas não devem ter se conhecido ainda, Amy – respondeu Karma terminando de comer.

— Mas você tem que conhecer a tia Ursinha, ela é seu amorzinho. Vocês têm que ficar juntas para todo o sempre e ter filhinhos, ai eu vou ser amiga dos seus filhinhos e você vai me amar tia C. – Cruella estava cada vez mais cedendo ao excesso de fofura da garotinha.

— Okay, já chega. Essa é a hora que vocês vão embora e nunca mais voltam a me atormentar, principalmente você fruto maligno – respondeu Cruella apontando para Karma, a ruivinha apenas deu de ombros.

— Não Cruella, você tem que ficar com elas. Elas estão perdidas, não pode deixá-las assim – Zelena estava para falar algo quando uma luz apareceu no local, forte e irritante.

— EU SABIA QUE ESSA GAROTINHA ERA DO MAL, ELA ESTÁ NOS LEVANDO PARA O SUBMUNDO – gritou Cruella vendo a luz lhe consumir. Segundos depois as quatro apareceram em um lugar bastante conhecido para Zelena.

**

— Finalmente! – Emma correu e abraçou Karma e Amy – Encontrei vocês, o que vocês estavam pensando quando fugiram hein? Eu estava aqui morrendo de preocupação! – disse Emma para as duas garotinhas que pareciam culpadas, alguns metros dali Regina sorria vendo a atitude de Emma.

— Olha só o que temos aqui, se eu soubesse que alguém assim morava no seu castelo eu já teria vindo aqui há tempos Zel – respondeu Cruella olhando fixamente para Emma, memorizando aquela figura – Prazer, Cruella De Vil – disse a mulher. Emma sorriu e cumprimentou a mulher com aperto de mão.

— Emma Swan – respondeu Emma. Regina saiu de seu lugar e se aproximou daquela cena.

— Apresentações são desnecessárias – respondeu Regina desfazendo aquele aperto de mão e ficando entre Emma e Cruella – Posso saber o que você estava fazendo com essas crianças? – perguntou olhando para Cruella.

— Mas que visão dos deuses... – Cruella ignorou qualquer outra pessoa daquela sala quando seus olhos encontraram uma certa pessoa, a mulher andou até a pessoa – Acredito que não nos conhecemos ainda, eu sou Cruella – disse hipnotizada olhando para mulher.

— Úrsula – respondeu sorrindo maliciosamente – Por que tenho a sensação de que já nos conhecemos? – perguntou.

— O quê?! – perguntou Cruella impaciente quando sentiu alguém puxando sua saia.

— É ela tia C. Ela é a tia Ursinha – respondeu Amy sorrindo e apontando para Úrsula.

**

— O que as crianças estavam fazendo com vocês? – perguntou Cora ainda confusa.

— Longa história – respondeu Karma deitando no macio tapete da sala – Eu vou tirar uma soneca, me acordem mais tarde – pediu a ruivinha folgada.

— Okay, Úrsula. Falta mais quatro – informou Emma se aproximando de Cruella e Úrsula.

— Preciso terminar um favor, você ficará aqui certo? – perguntou Úrsula para Cruella, estava encantada por ela.

— Não sairia daqui nem arrastada, queridinha – disse piscando para a morena. Emma saiu com Úrsula deixando Cruella ali.

— Mais que adoráveis mulheres aquelas duas – disse a mulher enquanto se aproximava de Zelena e Regina.

— Se eu fosse você não tentava nada com a loira, ou então você terá o prazer de saber como é ter o coração arrancado – sussurrou Regina deixando o local, indo encontrar Úrsula e Emma.

— Não é nada pessoal, ela tem uma enorme fascinação e paixão por Emma, só não admite – retrucou Zelena fazendo Cruella gargalhar.

...

— Julgando pelo o que vejo, presumo que tudo ocorreu como planejávamos? – Anna perguntou já sabendo a resposta, Elsa e Ingrid saíram do castelo sorrindo.

— Temos muito que conversar ainda, mas estamos bem – respondeu Elsa não podendo está mais feliz.

— Isso é demais para mim, eu não aguento tanta emoção. Minha menininha... – Olaf correu e abraçou as pernas de Elsa.

— Obrigada, obrigada a todos vocês. Apesar desse plano parecer bobo, acabou dando certo – Ingrid ainda não acreditava que Elsa já sabia, ou melhor, suspeitava de tudo.

— Agora tudo voltará ao normal, sem mais preocupações – disse Kristoff aliviado.

— Ainda precisamos da ajuda de vocês – Aria estava começando a se preocupar com o que pudesse acontecer.

— Sim, irei ajudá-los. Do que precisam? – perguntou Ingrid se aproximando do casal de amigos.

— Precisamos ir até a Floresta Encantada, precisamos encontrar nossa família – respondeu Ezra não vendo a hora de aquilo tudo acabar.

— Eu levo vocês até lá – Ingrid prometeu – Prometo voltar assim que eu encontrar a família deles querida, então voltarei para você – explicou Ingrid para filha, porém Elsa negou.

— Eu irei com você – disse firme de suas palavras, Ezra e Aria se olharam e sorriram – Nós vamos achar a família de vocês, nunca é tarde demais – afirmou por experiência própria.

— Me deixa ir, me deixa ir, me deixa ir, me deixa ir – repetia sem parar Olaf.

— O que estamos esperando? Vamos a Floresta Encantada – afirmou Ingrid.

— Até mais – acenou Anna e Kristoff para os que estavam juntos, em um passe de mágica feita por Ingrid fez todos desaparecerem.

...

— Uma loirinha e um rapazinho... O... Os nomes deles são... Oliver e Felicity? – disse Úrsula abrindo os olhos depois da visão.

— Aquele garotinho aproveitador, eu disse que não era para ficar perto de Felicity! – Emma levantou-se e começou a andar de um lado para outro, chamando atenção de todos – Traga-os até aqui Úrsula, ou melhor, apenas a loirinha!

— Emma! Úrsula traga todas as crianças, sem faltar nenhuma – ordenou Regina.

— Querida, estamos quase conseguindo todas. Se acalme, por favor – pediu Cora para Emma, fazendo-a respirar fundo.

— Eu sei exatamente como acalmar esse seu estresse – disse Cruella bem perto da orelha de Emma, não prestando atenção que a alguns metros Regina a fuzilava com o olhar – Parece que a irmã da Zel é caidinha por você. Porque não alivia esse estresse com ela, se você entende o que quero dizer – disse Cruella irritando ainda mais Regina por está próxima demais de Emma. A loira olhou para Regina e viu que ela não tirava os olhos de Cruella.

— Okay. Não precisamos de mais gente nesse castelo, pode se retirar Cruella – disse Regina se aproximando novamente de Cruella e Emma.

— Só saio daqui com a Ursinha – respondeu dando de ombros e deixando Emma e Regina sozinhas.

— Você parece muito irritada com Cruella, ela não fez nada.

— Que seja – Regina deu as costas para Emma, mas a loira segurou seu braço antes que ela pudesse sair dali.

— Ciúmes majestade? – perguntou Emma se aproximando perigosamente de Regina, a Rainha estava incomodada com aquela aproximação repentina. Perdia-se ao olhar para boca e olhos de Emma, o que deixou a loira ainda mais confiante. Regina parecia não ouvir e ver nada além da mulher a sua frente.

— Nos seus sonhos, Swan – finalmente respondeu soltando-se e indo embora, mas três segundos ali e ela faria algo que iria se arrepender – Maldita beleza! – disse para si a se ver atraída pela beleza de Emma, ou melhor, pela a pessoa que Emma era.

...

— Lexa, vamos embora. Ele não está aqui – pediu Clarke ao ver que naquele castelo o homem não estava. Lexa se aproximou da mesa do escritório e pegou uma xícara lascada da mesa, sabendo exatamente onde vira aquilo.

— Se eu fosse você não tocaria nisso, querida – Lexa olhou para trás e deu um passo para longe daquele homem. Deixou a xícara na mesa e segurou a mão de Clarke, ficando na frente da garota.

— Papa... – disse Lexa reconhecendo o homem apesar daquela pele de crocodilo.


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Notas finais do capítulo

Então, quase todo mundo está se encontrando... proximo capitulo quem sabe todos fiquem reunidos ;)
Ah, nao esqueci da Ruby e Snow/Charming.
Bjors